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ações AMER3?
Mas, afinal, o que esperar das ações da Americanas daqui em diante? A crise da
empresa afeta outros ativos? Como fica a confiança do investidor com o setor varejista
depois desse caso? Pensando em esclarecer essas e outras dúvidas, o time da Levante
elaborou este relatório.
Boa leitura!
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De onde veio o rombo bilionário?
A Americanas S.A. é uma velha conhecida dos brasileiros, principalmente pelos seus
estabelecimentos físicos, as Lojas Americanas, que foram fundadas em 1929, no Rio de
Janeiro, por cinco estrangeiros: os americanos John Lee, Glen Matson, James Marshall,
Batson Borger e o austríaco Max Landesmann.
Criada inicialmente como uma espécie de “loja de 1,99”, a empresa cresceu com o
passar dos anos e se transformou em um dos maiores players do varejo brasileiro, com
destaque para o boom de crescimento iniciado nos anos 1980, com a entrada da 3G
Capital, private equity dos megainvestidores Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann
Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Tais esperanças caíram por terra com a divulgação do rombo estimado em R$ 20 bilhões
pelo recém empossado CEO da companhia, o economista Sergio Rial, que renunciou ao
cargo nove dias após sua nomeação, em virtude dos problemas encontrados.
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Reação dos credores
Dessa forma, com caixa reduzido e dívida maior, a varejista entrou com um pedido de
recuperação judicial em caráter emergencial no dia 19 de janeiro. Com a sanção da
recuperação judicial, todas as obrigações de dívidas da companhia serão suspensas por
180 dias, e a Americanas terá o prazo de 60 dias para apresentar um plano de
reestruturação aos seus credores. Feito isso, o plano terá que ser aprovado pelos
credores em uma assembleia, a ser convocada em até 150 dias.
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é insuficiente para provocar um forte impacto nas carteiras de crédito multibilionárias
dessas instituições. Dessa forma, a recuperação judicial pode forçar essas instituições a
aumentarem as provisões para devedores duvidosos no curto prazo, mas não afeta a
saúde dos bancos envolvidos.
No caso dos fundos imobiliários, a situação é mais delicada, já que alguns fundos
possuem parcelas significativas de seus rendimentos atreladas ao aluguel de imóveis
para a Americanas.
Pelo menos oito FIIs possuem exposição expressiva à varejista: MAXR11 (FII Max
Retail), GGRC11 (GGR Covepi Renda FII), XPLG11 (XP Log FII), LVBI11 (FII VBI Logístico),
BRCO11 (Bresco Logístico), VIUR11 (Vinci Imóveis Urbanos FII), RBRL11 (Rbr Log – Fundo
de Investimento Imobiliário) e HGLG11 (CSHG Logística).
MAXR11, GGRC11 e XPLG11 são os fundos mais expostos à varejista, que responde por
34%, 19% e 8% de suas receitas, respectivamente. É importante ter em mente que ainda
não sabemos como o processo de recuperação judicial pode afetar a capacidade da
Americanas de pagar seus aluguéis, e é preciso aguardar a divulgação do plano de
reestruturação que será apresentado aos credores nos próximos meses.
Na visão do nosso analista Flávio Conde, a Americanas está diante de uma recuperação
judicial muito complicada, que não deve ser rápida e cujo desfecho deve ser
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desfavorável para os papéis da companhia. Para Conde, a Americanas precisa seguir os
seguintes passos:
1. Republicar os balanços dos últimos anos e mostrar para os credores onde está
esse rombo de aproximadamente R$ 20 bilhões identificado pelo time de Sergio
Rial.
2. Mostrar para os credores que a empresa tem condições de pagar a dívida
atual, traçando um plano e estabelecendo prazos.
Contudo, o custo desse plano de reestruturação deve ser alto. A Americanas não tem
muitos ativos valiosos para vender. As redes Hortifruti, Natural da Terra e a
participação que a empresa possui na Vem Conveniência podem ser vendidas para
levantar recursos, mas os valores não fazem frente à dívida multibilionária. Outros
ativos que a companhia possui são a Shoptime, a Submarino e 70% do grupo Uni.co,
dono das marcas Imaginarium, Puket, MinD e Lovebrands. Isso significa que a empresa
pode realizar uma nova capitalização e pedir a renegociação das dívidas.
Sobre a possibilidade de aquisição da empresa, é difícil que algum outro player deseje
comprar a Americanas, já que a varejista não possui nenhum grande atrativo ou
diferencial frente a seus pares.
Por fim, empresas que devem se beneficiar da crise da Americanas são os principais
players do varejo no Brasil, tanto digital quanto físico, que devem disputar a fatia de
mercado anteriormente ocupada pela companhia. Destacamos o Magazine Luiza
(MGLU3), o Mercado Livre (NASDAQ: MELI) e a Via (VIIA3), dona das marcas Casas
Bahia e Ponto.
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