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Prepare-se

para investir com bons retornos

Bom dia, Vietnã



Por Felipe Miranda & Equipe 23/11/15


América Latina como um todo começa a semana um pouco melhor, mais livre da
aventura populista heterodoxa em que se enfiou nos últimos anos. Maurício Macri
venceu as eleições na Argentina e isso pode ter significado para a região.

Enquanto aguardamos 2018, tentamos apropriar-nos, dentro de nossas possibilidades,
da melhora no vizinho, cuja grama está, sim, ficando mais verde (mais sobre isso
abaixo).

Iniciamos a segunda-feira ajustando-nos ao rali dos ADRs brasileiros na sexta-feira,
quando os mercados locais estiveram fechados por conta do feriado de Consciência

Negra. Ibovespa Futuro registra alta de 0,19%.

A segunda-feira é ruim para as bolsas internacionais, em especial para as empresas de
commodities, diante da queda das principais matérias-primas. Dólar sobe contra as
principais moedas lá fora.

Agenda internacional traz atividade industrial na região de Chicago, PMI Markit e dados
de moradia nos EUA.

Por aqui, IPC-S marcou inflação de 0,94%, levemente acima das projeções, e relatório
Focus trouxe nova deterioração das expectativas para as principais variáveis macro,
com destaque para elevação das estimativas para inflação em 2016, agora projetada
em 6,64%, pela primeira vez acima do teto da meta.

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crises”

SAIBA MAIS


Eleição argentina: read through para Brasil


Consideramos a vitória de Maurício Macri marginalmente positiva para Brasil - e,
obviamente, positiva para a Argentina também. Macri assume com proposta de
liberalização da economia, livre flutuação cambial, combate à inflação e maior
austeridade fiscal.

O fim do kirchenerismo e a eleição de um candidato pró-mercado trazem a perspectiva
de recuperação do crescimento econômico e da atribuição de valuation mais favorável
para ativos sediados no país.

Ou seja, para empresas brasileiras, pode haver um duplo efeito favorável. O primeiro
ligado ao eventual aumento de exportações derivado da retomada da economia
argentina. E o segundo atrelado a destravamento de valor em fábricas e/ou operações
de companhias brasileiras com ativos no país vizinho.

Há várias companhias diretamente afetadas pela assertiva anterior, como as da cadeia
automobilística, Valid, Grendene, Natura, Contax e até mesmo Petrobras.
Existem também outros elementos associados a benefícios indiretos para Brasil, como
potencial despertar, na margem, de um pouco mais de fluxo para Latam e, sob
perspectiva mais ampla, a percepção de que o modelo populista, de muita intervenção
governamental e políticas econômicas heterodoxas pode estar esgotado na América
Latina.

Isso já está claro para a Argentina, com uma vitória surpreendente do candidato
oposicionista, e pode também ficar claro no Brasil, em especial a partir das eleições de
2016. Não esperamos que o mercado vá esperar até 2018 para formar preço a partir
dessa avaliação.

O período de invenções de política econômica e desrespeito às identidades macro
contábeis básicas pode estar terminando na América Latina e isso pode permitir um re-
rating dos ativos na região.

Felipe Miranda
Analista CNPI

felipe.miranda@empiricus.com.br


Alpargartas: quanto valem as sandálias?
Veja reporta como a J&F, dos irmãos Baptista da JBS, comprarão o controle da
Alpargatas (ALPA4) por R$ 2,67 bilhões.
Mas a reportagem não explicita qual a quantidade de ações que serão adquiridas pelo
montante. O grupo Camargo Corrêa possui 67% das ações ordinárias e 20% das
preferenciais.

Já comentávamos como o grupo vendedor tinha interesse de levantar capital com a

participação, mas ninguém esperava este desfecho.

O Estadão também comenta como diversos grupos de Private Equity anunciariam


propostas para a companhia. Mas nada de concreto até o momento.

As ações devem refletir o preço a ser pago pelos novos controladores. Nós
continuamos olhando o desfecho de longe, confortáveis com neutro em ALPA.
Admitimos, porém, chance de rali de curtíssimo prazo pautado nos desdobramentos da
oferta.

Bruce Barbosa
Analista CNPI

bruce.barbosa@empiricus.com.br


Cetip e BMF&Bovespa: adoçando a oferta?
Segundo o Estadão, Cetip (CTIP3) deverá anunciar hoje (23-11-15) sua opinião sobre a
oferta de R$ 39 por ação feita pela BMF&Bovespa (BVMF3).

O mercado especula que Cetip deverá pedir uma melhora na oferta, como é de praxe

em negociações assim.

Acompanhamos atentamente. Nossa percepção é de que BMF deve mesmo adoçar a


oferta, aproveitando o momento de mercado para reduzir a sua competição.

Continuamos comprados na fusão que deverá ser benéfica para ambas as partes.

Bruce Barbosa
Analista CNPI

bruce.barbosa@empiricus.com.br

Petrobras: Capitalização da dívida através de instrumentos híbridos?


Ou, mais incerteza para o minoritário
Na sexta-feira, o Estadão e analistas de mercado especularam sobre a possibilidade de
o controlador fazer uma emissão de capital na Petrobras através de capitalização de
dívida. A analogia foi feita com uma emissão de dívida conversível do Banco do Brasil
em 2009. É interessante mencionar que nem a nota da imprensa nem os analistas
deram um detalhe sobre como a eventual emissão seria feita, nem o mecanismo.
Posteriormente, o ministro Levy esclareceu que "não vê necessidade imediata para um
aporte de capital, que o governo tem restrições orçamentárias e…é algo que você
precisa evitar neste momento".


Concordamos com o ministro da Fazenda, a analogia com a emissão de dívida
conversível do Banco do Brasil está completamente fora de lugar, pois se tratava de
uma conjuntura muito diferente tanto do ponto de vista macro quanto fiscal e das
particularidades da companhia. Por um lado, o Brasil não estava com ameaça de ser
rebaixado por uma segunda agência de risco para baixo do grau de investimento e o
Banco do Brasil é um banco que tem um histórico de retorno sobre o capital positivo,
governança corporativa que estava melhorando e uma estratégia clara de longo prazo.
Finalmente, Petrobras na época estava bem longe de ser o maior emissor de dívida junk
do mundo. Grosso modo, especulações reforçam como a gestão da petroleira tem um
foco no dia a dia e não no longo prazo.

Carlos
Analista CNPI

carlos.herrera@empiricus.com.br


Randon: ainda insuficiente para decretar inversão da tendência
Randon (RAPT4) anunciou queda de 1,9% em sua receita em outubro na comparação
com o mesmo mês de 2014, atingindo R$ 316,9 milhões. Dado pode sugerir
desaceleração do ritmo negativo, posto que receita acumulada este ano ainda marca
retração de 18,5%, mas há de se ponderar a sazonalidade da coisa, uma vez que a base
de comparação do final do ano passado já pega o início de período mais fragilizado de
vendas para o setor. Embora gostemos da empresa, com ótimo track record de
resultados e management competente, esperaríamos uma consolidação da inversão de
tendência para o setor antes de qualquer iniciativa com as ações.

Não há nenhum elemento no radar para sequer cogitarmos essa inversão de tendência
de forma firme no curto e médio prazos, e lembramos que o momentum de resultados
é muito ruim, acumulando quedas de 45% no ebitda ajustado e prejuízo líquido
acumulados nos nove primeiros meses de 2015, o que atrapalha a avaliação por
múltiplos de resultados, e aumento significativo da alavancagem (atingindo
desconfortáveis 4,1x dívida líquida/ebitda mesmo isolando a atividade industrial da
empresa ao final do 3T15), de forma que seguimos de fora das ações e underweight
com setor automotivo em geral.

Roberto Altenhofen
Analista CNPI

roberto.altenhofen@empiricus.com.br

Trisul: nova recompra


Trisul anunciou cancelamento de três milhões de ações mantidas em tesouraria e do
programa de recompra de ações anterior, acompanhado do lançamento de um novo
programa de recompra, de até 2,7 milhões de ações.

Novo programa de recompra pode ser positivo para os papéis no curto prazo, mas
momento muito adverso do setor com ações muito fora do radar tornam a coisa um
pouco mais difícil. Há nomes mais óbvios no momento.
Felipe Miranda
Analista CNPI

felipe.miranda@empiricus.com.br


Menu do dia

:. ESTRATÉGIA COM OPÇÕES: Qualquer mudança aqui é bastante relevante para a Vale.

Mas não só. Um adiamento da subida dos juros americanos pode ser o gatilho para
recuperação das commodities, puxando as cotações do minério de ferro.
Esta é a maravilha de comprarmos opções. Podemos acertar errando. Muitas notícias
podem não estar precificadas nos preços da Vale e nos beneficiar com uma alta.


Basicamente, as ações da Vale caíram muito e muito rápido. Acreditamos que a
mineradora é sólida e tem potencial de recuperação forte no curto prazo.
Isso mesmo, estamos comprando a opção de lucrar com o desconhecido. Não é
maravilhoso?

Saiba mais


Q&A - Por que tantas fusões e aquisições com


empresas na bolsa?

Quem acompanhou o Oportunidades de um Vida sabe como a bolsa brasileira está
barata.

Os anúncios de aquisição e ofertas de compra refletem o entendimento dos grandes


grupos e de investidores internacionais de que este é o momento de ir às compras na
bolsa brasileira.
Mas não recomendamos comprar quaisquer empresas.

Voltamos a frisar: o investidor de longo prazo deve aproveitar este momento para
construir uma carteira de ações com empresas ótimas e extremamente baratas.

Não sabemos e não tentamos prever qual será o desfecho dos problemas político-
econômicos.

Mas os grandes investidores institucionais estão colocando seu dinheiro na mesa.

Nós também.

Links Recomendados

:. Espresso Financista: Na volta do feriado, dados dos EUA e política estão no radar


:. Como comparar CDB com LCA ou LCI?

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