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Relatório Semanal de Câmbio

19 de maio de 2023
1. VISÃO SEMANAL
➢ O dólar ganhou força nos últimos dias, refletindo principalmente a conjuntura dos EUA. O impasse nas
discussões sobre a elevação do teto da dívida valorizaram a moeda americana. Além disso, falas de cunho
mais hawkish de dirigentes do Fed impulsionaram a abertura das Treasuries. Com relação à agenda, no
mesmo sentido, os resultados do comércio e da indústria indicaram uma atividade mais fortalecida no país. O
varejo registrou alta de 0,7% MoM no grupo de controle (vs est. 0,3%) e a produção industrial avançou 0,8%
MoM (vs est. 0,4%) em abril. A China, por sua vez, surpreendeu negativamente o mercado pela economia mais
fraca que o esperado – o que também atuou de forma a fortalecer o dólar, indiretamente. Os primeiros hard
datas do segundo trimestre indicaram um desempenho menos pujante, com crescimento de 5,6% YoY da
indústria (vs est. 10,9%) e de 18,4% YoY do comércio (vs est. 21,9%). A perspectiva, portanto, de um impulso
chinês menor ao crescimento global aumentou o risk-off dos investidores. Esse conjunto de fatores fez com
que moedas de países emergentes fossem penalizadas.

➢ Já no ambiente doméstico, predominou a discussão acerca do novo arcabouço fiscal, que foi apresentado a
líderes do Congresso. A proposta deve ser votada semana que vem na Câmara dos Deputados, já que foi
aprovado o pedido de urgência para análise. O texto apresentado pelo Ministério da Fazenda foi alterado pelo
relator, incluindo gatilhos e restrições de gastos em caso de não cumprimento das metas. Além disso, o
relatório fixou o crescimento real das despesas em 2,5% em 2024, independentemente do desempenho das
receitas. Em linhas gerais, contudo, a maior parte da proposta foi preservada – implicando fontes de receita
adicionais para atingimento das metas primárias – e mais dispêndios serão permitidos caso a inflação do final
do ano supere a taxa acumulada em 12 meses até junho. Do lado dos dados, destaque para o forte
crescimento da atividade no 1º trimestre do ano – o IBC-Br (proxy para o PIB) recuou 0,15% MoM em março (vs
est. -0,30%), resultando em uma alta de 2,4% no trimestre. Esse desempenho reflete principalmente a forte
produção agrícola e o mercado de trabalho brasileiro ainda resiliente. De todo modo, a fixação do crescimento
das despesas em 2024, somado à conjuntura externa, culminou na depreciação do real na semana.
2. REAL VS INDICADORES DE MERCADO

Fonte: Bloomberg

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3. FLUXO CAMBIAL CONTRATADO

Bottom line: Fluxo cambial novamente negativo na segunda semana de maio


➢ O mercado de câmbio ficou negativo em US$ 680 milhões entre 08 e 12 de maio, refletindo um fluxo negativo de US$
1,2 bilhão no segmento financeiro, compensando em parte por um fluxo positivo de US$ 565 milhões no segmento
comercial.

➢ Com relação ao fluxo financeiro, as saídas mais fortes mantiveram o segmento abaixo da sazonalidade, assim como
em abril – a despeito da entrada líquida de US$ 238 milhões de estrangeiros na bolsa, nesse período, totalizando
US$ 2,1 bilhões no ano.

➢ O fluxo comercial, por sua vez, foi beneficiado pelas exportações ainda fortes, em linha com os resultados robustos
da balança comercial física. Mesmo assim, na semana, o diferencial entre os saldos (contratado e físico) foi negativo
em US$ 1,3 bilhão. No ano, US$ 8 bilhões não foram internalizados – contra US$ 40,4 bilhões de 2022.

➢ Com isso, o fluxo cambial acumula um saldo positivo de US$ 569 milhões nos últimos 12 meses e um saldo positivo
de US$ 12,4 bilhões no ano – valor que pode sofrer alterações devido à defasagem dos dados de importação do
segmento comercial.

Fonte: BCB
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4. BALANÇA COMERCIAL - MDIC

Bottom line: Superávit de US$ 1,9 bi na segunda semana de maio

➢ O resultado da balança comercial registrou um superávit de US$ 1,9 bilhão entre 8 e 14 de maio. Com isso, o saldo
dessazonalizado e anualizado chegou a US$ 82 bilhões, e a US$ 62 bilhões excluindo petróleo.

➢ No mês, as exportações avançaram 18% e as importações, 16% - em termos mensalizados e dessazonalizados. Já as


exportações ex-petróleo subiram 15% na margem e as importações ex-petróleo, 19%.

➢ O desempenho positivo das exportações no mês refletiu principalmente os avanços de petróleo e derivados (39%
MoM), Minérios (28% MoM) e Soja (14% MoM). Além disso, somente 3 dos 17 grupos acompanhados recuaram no
mês. Em relação a 2022, as exportações totais avançaram 12%.

➢ Do lado das importações, Aeronaves e peças 151% MoM), Veículos automóveis e partes (39% MoM) e Equipamentos
elétricos e eletrônicos (30% MoM) foram os principais responsáveis pela alta. Na comparação interanual, queda de
6,7% das importações totais.

➢ Com esse resultado, o saldo do ano acumulou US$ 28,9 bilhões e a perspectiva deve continuar favorável às contas
externas – já que, além do cenário agrícola melhor devido principalmente à supersafra de soja, equipamentos
mecânicos foram o destaque de alta em maio na comparação interanual, a despeito da expectativa de
desaceleração externa.

Fonte: MDIC

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5. FLUXO DE ESTRANGEIROS

Fonte: B3

Fonte: B3 e Armor Capital

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6. CONTRATOS EM ABERTO

Fonte: B3

7. PERFORMANCE DO REAL

Fonte: JP Morgan
Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg

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