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por Danielle Nicoli Lopes, Analista | postado em 16/02/2024

3 Ações Que Eu Estou De Olho


Resumo do Telegram, resultados trimestrais e muito mais.

Recados Importantes
• Telegram: Entrem no telegram do Nord Ações. As próximas
recomendações serão feitas por lá, e posteriormente os relatórios de
tese serão publicados.

• Para entrar, acessem este LINK

Performance Nord Ações

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Finalizando o ano de 2023, fechamos com +28,71% de rentabilidade, acima do
nosso benchmark IBOV, com +22,28%.

Estamos felizes por atingir uma rentabilidade superior ao bench, mas sabemos
que podemos melhorar muito mais.

Janeiro começou bem ruim e ficamos abaixo do IBOV. Estamos avaliando


novas posições para ajustar nossa estratégia, cogitando posições mais táticas
(boas empresas, com estratégias específicas de médio prazo).

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Atualizações Das Nossas Empresas
PRIO - A Prio soltou a sua produção de janeiro, totalizando uma média de
95.583 boepd, um crescimento de +88% na comparação com janeiro do ano
passado, reflexo do aumento de produção em Frade.

Do lado das vendas, o saldo do mês foi de 2,4 milhões de barris, alta de +340%
versus jan/23. Lembrando que naquele período a Prio segurou as vendas por
causa da alta do custo do frete devido ao preço-teto do óleo russo.

Na comparação com dezembro de 2023, a produção teve uma queda de -5%,


reflexo das paradas em Frade e Albacora, e as vendas tiveram um recuo de
-26% na mesma comparação.

Conversamos com o time da PRIO a respeito do 4T23 e 2024. As notícias, como


sempre, são ótimas, PRIO nunca decepciona. Devemos ver mais um trimestre
com forte crescimento. A companhia segue reduzindo custos de extração (lifting
cost), o que é essencial para uma empresa commoditizada.

Sobre a greve do Ibama, já tem reuniões marcadas e a pressão política é grande,


já que tem dinheiro de royalties, que é relevante para os governos. Para o
primeiro óleo de Wahoo, a ideia era fazer com 3 poços, mas podem fazer com
apenas 1 se necessário. É uma tese que temos bastante confiança e segue
entregando valor aos acionistas.

Tupy - Conversamos com o time da Tupy a respeito do 4T23 e o que esperar


para 2024.

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Para o 4T23, podemos esperar receita estável na comparação anual, com lucro
bastante forte — auxiliado por um evento não recorrente. O dólar apresentou
queda em relação ao 4T22, o que também não contribui para os resultados da
companhia, que possui uma receita majoritária em moeda estrangeira, mas nada
impactante.

Os resultados do 4T23 também são positivamente impactados pela MWM, que


entrou em apenas um mês em 2022. Uma forte geração de caixa operacional é
esperada e é algo muito positivo para nós.

Para 2024, o impacto do agro ainda não foi visto nos resultados de Tupy, mas
eles imaginam que não será tão forte quanto o mercado imagina.

A companhia continua com boas expectativas quanto aos investimentos no


exterior, no qual a companhia segue líder mundial de componentes estruturais.
Com a estimativa do governo de investir até 5 trilhões de dólares até 2030 em
projetos que favoreçam a descarbonização e geração de fontes renováveis de
energia, existe bastante sinergia e oportunidades para o crescimento de Tupy no
exterior.

https://fiesc.com.br/pt-br/imprensa/investimento-trilionario-dos-eua-abre-
oportunidades-para-industria-de-sc

Gostamos bastante da companhia e seguimos confortáveis com nossa posição de


7,1%, mas sem avaliar um aumento de posição por enquanto. Quem ainda não
tem o mesmo % que nós, sugiro compra!

Movida - Conversamos com o time da Movida sobre o 4T23 e perspectivas para


2024. Apesar de vermos uma possível melhora em 2024, ainda é bastante no

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âmbito da promessa. MOVI cometeu um erro gravíssimo e foi ansiosa ao
comprar carros mais caros e agora está literalmente pagando o preço em seus
resultados. Devemos ver mais um tri de prejuízo, já que jogaram o ano de 2023
fora para recuperar.

2024 PODE ser melhor, mas tudo depende da capacidade da companhia de


operar bem o RAC, já que o GTF é mais resiliente e está relativamente
encaminhado. Se continuar nesse ritmo, nossa posição será zerada.

BTG Pactual - Tivemos a nossa primeira divulgação de resultados do 4T23.

O BTG Pactual (BPAC11) divulgou resultados acima das expectativas do


mercado no quarto trimestre de 2023 (4T23).

O mercado esperava um crescimento de +17% na receita líquida e de +22% no


lucro líquido. No entanto, a companhia entregou aumento de +56% na receita e
de +61% de lucro líquido em relação ao trimestre do ano anterior (4T22).

O banco de André Esteves também entregou uma rentabilidade (ROAE) acima


do ano de 2022, 23,4% no 4T23 e 22,7% em 2023.

Além de ótimos resultados e boa rentabilidade, o banco também aumentou sua


participação de mercado (market share) com o crescimento de captação,
atualmente em R$ 1,6 trilhão.

Apesar da sazonalidade natural do negócio, o banco entregou receita recorde em


sua linha de crédito (Corporate & SME Lending), gestão de fundos (Asset
Management) e gestão de fortunas/varejo digital (Wealth Management &
Consumer Banking).

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As receitas de crédito cresceram +1.188% diante da provisão que impactou o
4T22 (escândalo Americanas). Em fundos, a companhia apresentou crescimento
de +18,5% e com net new money (novo dinheiro captado) de R$ 14,5 bilhões,
superando a indústria ruim que entregou captação líquida negativa (mais saques
do que investimentos).

As captações líquidas totalizaram R$ 80,4 bilhões em 2023, um forte resultado


considerando os resgates da indústria de Asset Management de R$ 137,8 bilhões
(Fonte: Anbima).

A área de Wealth Management & Consumer Banking cresceu +25,6%, apoiada


pelo forte movimento de captação.

As áreas mais sensíveis aos juros altos, Sales & Trading (mesa de operações) e
Investment Banking (banco de investimentos — oferta de ações, emissão de
dívida), foram as mais impactadas nos resultados, mas muito abaixo do
esperado pelo mercado.

Em Investment Banking, a receita caiu -4% e, na mesa de operações, a receita se


mostrou mais resiliente, com crescimento de +24,1%. A boa notícia para a mesa
de operações, além do crescimento, foi o crescimento de resultados com as
operações de clientes, e não do próprio banco.

Apesar do crescimento de despesas (+17,7%), o crescimento mais acelerado de


receitas permitiu que a companhia entregasse um lucro +65,9% acima do 4T22.

Como falamos bastante, as cotações seguem os resultados. No caso do BTG


Pactual e seu ótimo crescimento de resultados, as ações acompanharam.

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BTG segue negociando abaixo da sua média histórica de P/L (preço/lucro) nos
atuais 11,2x frente aos 12x, média dos últimos 5 anos.

Para 2024, o banco espera uma rentabilidade acima de 2023, além de melhora
na alavancagem operacional já iniciada nos últimos anos.

Basicamente, o banco nos passa uma mensagem de se tornar mais produtivo e


gerar mais resultados aos acionistas com os mesmos recursos atuais.

Em nossa visão, o BTG tem conseguido alcançar ótimos resultados mesmo com
duas linhas principais do negócio ainda em recuperação (Investment Banking e
Sales & Trading).

Na nossa visão, BTG Pactual aprendeu uma lição valiosa de não depender de
uma única fonte de receita em um país volátil como o Brasil e tem conseguido
crescer em linhas mais consistentes do negócio.

Destacamos a gestão de fundos e fortunas (asset e wealth management), áreas


em que o “custo de troca” do cliente fica alto demais (é melhor levar todo o
dinheiro para um único lugar e apenas fazer a gestão por lá).

Com mercado favorável para a renda fixa, o cliente se mantém no BTG e faz
aplicações nessa modalidade. Com o bom momento para o mercado de renda
variável, ele apenas faz a mudança em carteira, permanecendo no BTG.

Com resultados cada vez mais resilientes, reforçamos nossa recomendação de


compra para as ações de BTG Pactual (BPAC11).

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GPS - O ano fechou mais desafiador, em especial pela comparação difícil com o
4T22, e um mercado de terceirização mais conflitante, com muitos players
menores oferecendo preços baixíssimos com a queda da inflação e dos juros no
mercado.

Mas isso tem data pra acabar. Boa parte dos menores entraram em complicações
de resultados, inclusive alguns pediram RJ (recuperação judicial).

Para GPS, 4T23 vem ruim, queda nos resultados, e em 2024 uma retomada
melhor, principalmente pelas aquisições entrando (das 7.4 serão no 1T24). A
companhia opta por manter boa rentabilidade e não reduzir preços para fechar
mais contratos, o que é importante em um setor em que as margens são mais
apertadas e difíceis de serem recuperadas no futuro.

A estratégia é ótima, a companhia tem baixa dívida, o que a permite operar em


juros agressivos mesmo com um mercado difícil. A reforma tributária deve
ajudar a companhia de forma positiva, principalmente pelo crédito tributário que
as empresas conseguem ter caso optem por terceirização de serviços em vez de
um aumento de folha. Seguimos confiantes com a posição, avaliando um
aumento.

Hypera - Conversamos com o time da Hypera a respeito do 4T23 e 2024.

As notícias são relativamente positivas, considerando um mercado pharma


bastante abalado, com baixo crescimento, e em especial para HYPE, visto que
ano passado foi ruim pela queda dos casos de gripe. A queda de -30% dos casos
foi a maior em 60 anos, o que impacta bastante o portfólio de venda da
companhia. Os números devem vir (receita, Ebitda e lucro) com dígitos baixos,
como 8/9% de queda em cada linha.

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Para 2024, a expectativa da companhia são os lançamentos de novos produtos,
em especial produtos crônicos, que geram uma boa recorrência de compra e não
têm impacto na sazonalidade.

Atualmente, 45% dos produtos que a companhia vende são crônicos, produtos
para sistema nervoso central, ginecológico, etc., e os demais 55% são gripais,
mais sazonais. A empresa espera que esse número se inverta com o tempo, até o
ano 5, quando os produtos atingem a maturidade das vendas.

O mercado está desesperado com a possibilidade de HYPE perder algum


benefício fiscal devido à pauta de tributação do ICMS, mas ela está bem
tranquila diante do benefício ser crédito presumido, e imagina que não terá
impacto algum. Nesse ponto, seguimos de olho.

Quanto ao movimento de aumento de capital para manter a mesma relação de


distribuição de proventos em relação aos lucros, em vista da nova MP que
impôs um teto, foi uma boa estratégia da companhia.

HYPE é uma tese bem “papai e mamãe”. Crescimento relativamente baixo


(10-15% ao ano), sem aquisições, focado em reduzir a alavancagem (atual 2,5x
dívida líquida/Ebitda) e lançar novos produtos (com boa margem e boa
rentabilidade). Genérico não é o foco deles, inclusive pelas margens baixas.

Gostamos bastante da empresa por ser redonda, mas não temos pretensão de
aumentar nossa posição no momento. No futuro, talvez a posição poderá ser
usada para aumentar posições que crescem mais... Estamos avaliando.

Vamos - Conversamos com o time da Vamos a respeito do que esperar no 4T23


e no ano de 2024.

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A companhia espera impacto em seus resultados principalmente com o impacto
no agronegócio advindo do fenômeno El Niño (aquecimento anormal das águas
superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico Equatorial). Como ainda há
bastante imprevisibilidade, entendemos que o segmento mais afetado —
concessionárias — não deve apresentar crescimento no 4T23 e em 2024. Em
2024, a companhia terá grande contribuição de sua recente aquisição (Grupo
Petrópolis) e devemos ver isso desde o 1T24.

Em 2024, o lucro deve crescer algo como +50%, mas uma dívida ainda mais
elevada, porém entendemos que está sob controle (3x dívida líquida/Ebitda).
Para os negócios que exigem alto investimento, como é o caso da Vamos, é de
se esperar que o endividamento não seja reduzido de forma significativa.

O mercado tem batido bastante nas ações, o que pode ser por causa da dívida
elevada (juros altos impactando bastante os resultados), e eu enxergo uma
possível descrença de que a companhia continuará crescendo em cenário de
juros altos combinado às atitudes do grupo Simpar de fazer emissão de ações
em momento que não faz sentido. A companhia tem uma execução de
resultados excelente, gostamos bastante e seguimos muito confortáveis com a
posição de 4,5% em nossa carteira.

Ações Que Estou De Olho (Radar


Nord Ações)
Vamos testar e comentar sobre algumas teses que estamos de olho no mercado.
Reforçamos que NÃO RECOMENDAMOS COMPRA DESSAS AÇÕES, E
SIM VAMOS ABRIR PARA DEBATES DOS INVESTIDORES.

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1 - Bradesco: A companhia apresentou resultados ruins no 4T23, mas está com
uma nova gestão, com planos bastante pé no chão e possibilidade de uma
reestruturação que pode ser interessante. Achamos a estratégia de focar em
baixa renda algo bem ruim e pouco rentável, mas se o Banco for capaz de
reduzir custos de largada (conforme planos do CEO), pode surpreender.
Estamos avaliando.

2 - BR Partners: Enxergamos a companhia como um “mini BTG” e


percebemos que tem sido bem-sucedida em emissões de dívida. Pode ser uma
oportunidade caso a gestão tenha boa cabeça “à la André Esteves”. Não é uma
posição favorável para nós no momento, mas está em nosso radar.

3 - Banco do Brasil: A companhia possui uma exposição muito interessante em


carteiras resilientes: agro e consignado. Acho bem fora do razoável não
imaginar que o risco governo já não esteja precificado, mas ainda enxergo risco.
É uma posição interessante, mas não é a minha favorita no momento.

Recomendações Abertas E Fechadas

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Recomendações Abertas: Todo o histórico de novas compras e aumento de
posições.

Recomendações Fechadas: Todo o histórico de redução de posições e


encerramento total de posição.

Com o histórico, acompanhamos o nosso track record (rentabilidade


consolidada).

Para acessar o que comprar em tempo real, acesse nosso ranking (AQUI).

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Em observância aos Artigos 20 e 21 da Resolução
CVM nº 20/2021, a Analista Danielle Nicoli Lopes
declara que: 1. é a responsável principal pelo
conteúdo do presente Relatório de Análise; 2. as
recomendações constantes no presente Relatório de
Análise refletem única e exclusivamente suas
opiniões pessoais e foram elaboradas de forma
independente, inclusive com relação à Nord
Research. A Nord Research esclarece que oferece
produtos contendo recomendações de investimento
pautadas por diferentes estratégias e/ou elaborados
por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que
um mesmo valor mobiliário encontre recomendações
distintas em diferentes produtos por nós oferecidos.
As indicações do presente Relatório de Análise,
portanto, devem ser sempre consideradas no
contexto da estratégia que o norteia.

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