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Relatório Semanal de Câmbio

05 de maio de 2023
1. VISÃO SEMANAL
➢ No ambiente externo, a aversão ao risco diminuiu na semana. A decisão do FOMC foi fator preponderante para essa
dinâmica, pela sinalização de que a alta de 25bps nas Fed Funds foi a última do aperto monetário em curso – conforme
expectativas. Ainda que o comitê tenha ressaltado a possibilidade de retomada do ciclo e que não vislumbram cortes de
juros neste ano, falas de Powell favoreceram uma visão mais construtiva à frente. A autoridade mostrou-se otimista
com a situação dos bancos americanos e reforçou que um soft landing da economia ainda tem probabilidade majoritária
em sua percepção. No mesmo sentido, o BCE optou por elevar suas taxas, na mesma magnitude (a 3,75%), mas indicou
que um novo aumento é esperado em junho. Em ambos os casos, o cenário da inflação persiste pressionado, o que
enfraqueceu os preços do petróleo significativamente, diante de chances ainda dominantes de recessão nessas
economias. O PMI chinês da indústria, por sua vez, também atuou de forma a moderar os preços de commodities ao
surpreender negativamente (49,5 vs est. 50,0). Parte desse movimento, contudo, foi revertido com o resultado do
Payroll de abril, que ficou acima do esperado (253k vs est. 185k), com salários avançando 0,5% MoM e desemprego em
mínimas históricas (3,4%). De todo modo, moedas de países emergentes foram liquidamente beneficiadas.

➢ O real acompanhou a conjuntura externa, fechando a semana abaixo dos R$ 5,00. Mas a decisão de política monetária
doméstica também ajudou nessa apreciação, pelo tom ainda hawkish do comunicado do BCB. Embora tenha mantido a
taxa Selic inalterada e trechos reforçando o comprometimento da instituição em alcançar a meta da inflação, o Copom
possibilitou ao mercado vislumbrar cortes nos juros em um curto prazo. A ata deve trazer detalhes adicionais da
decisão, com um tom mais brando – o que tende a reforçar nossa expectativa de afrouxamento monetário em agosto.
Além disso, ministro do STF recuou em caso sobre incentivos fiscais de ICMS, mantendo, portanto, a decisão que
autorizou a tributação de IRPJ e CSLL, caso determinadas regras não sejam cumpridas. Com isso, um montante
importante de receita fica garantido ao governo – o que também aumentou o risk-on do investidor. Por fim, tanto a
devolução da queda do preço das commodities quanto a expectativa de um possível fluxo de cerca de US$ 7 bilhões
ajudaram na performance da moeda brasileira no final da semana. Segundo o noticiário, a estatal Adnoc, controlada
pelo governo de Abu Dhabi, estaria preparando uma oferta de compra do controle da Braskem, petroquímica da
Novonor (ex-Odebrecht).

2. REAL VS INDICADORES DE MERCADO

Fonte: Bloomberg

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3. FLUXO CAMBIAL CONTRATADO

Bottom line: Fluxo cambial positivo em US$ 844 mi em abril


➢ O mercado de câmbio ficou positivo em US$ 2 bilhões entre 24 e 28 de abril, levando o saldo do mês a US$ 844
milhões. Na semana, houve um fluxo positivo de US$ 4,4 bilhões no segmento comercial (totalizando US$ 6,0 no
mês) e um fluxo negativo de US$ 2,4 bilhões no segmento financeiro (totalizando US$ -5,2 bilhões no mês).

➢ Com relação ao fluxo financeiro, as saídas mais fortes mantiveram o segmento abaixo da sazonalidade esperada – a
despeito da entrada líquida de US$ 542 milhões de estrangeiros na bolsa, nesse período, totalizando uma entrada de
US$ 2,2 bilhões no ano.

➢ O fluxo comercial, por sua vez, fechou o mês próximo à sazonalidade e bem abaixo de 2022, a despeito dos
resultados robustos da balança comercial física. Na semana, o diferencial entre os saldos (comercial contratado e
físico) foi positivo em US$ 2,3 bilhões – revertendo em parte o resultado negativo do mês. No ano, US$ 5,4 bilhões
não foram internalizados – contra US$ 40,4 bilhões de 2022.

➢ Com isso, o fluxo cambial acumula um saldo negativo de US$ 5,0 bilhões nos últimos 12 meses e um saldo positivo
de US$ 13,5 bilhões no ano – valor que pode sofrer alterações devido à defasagem dos dados de importação do
segmento comercial.

Fonte: BCB
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4. BALANÇA COMERCIAL - MDIC

Bottom line: Balança comercial continua robusta em abril

➢ O resultado da balança comercial registrou um superávit de US$ 8,2 bilhões em abril. Com isso, o saldo
dessazonalizado e anualizado chegou a US$ 66 bilhões, e a US$ 61 bilhões excluindo petróleo.

➢ No mês, as exportações recuaram 16% e as importações, 3,9% - em termos mensalizados e dessazonalizados. Já as


exportações ex-petróleo caíram 9,2% na margem e as importações ex-petróleo, 2,0%.

➢ O desempenho negativo das exportações no mês refletiu principalmente os recuos de Petróleos e derivados (-47%
MoM), Soja (-16% MoM) e Açúcar (-41% MoM). Em relação a 2022, as exportações totais recuaram 0,2%.

➢ Do lado das importações, Combustíveis e lubrificantes (-15% MoM), Equipamentos elétricos e eletrônicos (-5,4%
MoM) e Veículos automóveis e partes (-8,2% MoM) foram os principais responsáveis pela queda. Na comparação
interanual, queda de 2,6% das importações totais.

➢ Com esse resultado, o saldo do ano acumulou US$ 24,7 bilhões – resultado elevado mesmo com a dissipação das
fortes exportações de petróleo do mês anterior. Já os gargalos internos de escoamento impediram um número
mais forte vindo da supersafra de soja, embora as contas tenham sido beneficiadas por preços mais pressionados).
De todo modo, o ambiente externo tem mostrado desaceleração mais moderada que o esperado.

Fonte: MDIC

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5. FLUXO DE ESTRANGEIROS

Fonte: B3

Fonte: B3 e Armor Capital

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6. CONTRATOS EM ABERTO

Fonte: B3

7. PERFORMANCE DO REAL

Fonte: JP Morgan
Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg

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