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29 de julho de 2022
1. VISÃO SEMANAL
➢ O Federal Reserve confirmou as expectativas e elevou os juros básicos em 75 pontos nesta semana. Ainda que a
decisão não tenha surpreendido, chamou a atenção o discurso de Powell após a reunião notadamente mais dovish. O
chairman do FED reconheceu a desaceleração da atividade econômica em vários segmentos como no mercado
imobiliário, indústria, no consumo e investimento. Porém, continuou reconhecendo a resiliência do mercado de
trabalho e a persistência da inflação elevada. Enfatizou a necessidade de recuperar a estabilidade de preços, porém,
sem a mesma veemência de falas anteriores. Em suma, o FOMC acusou o golpe da desaceleração da atividade
econômica, pois, os últimos dados de inflação foram até mais preocupantes do que aqueles verificados no mês
passado (e que motivaram o FED a alterar o guidance de alta de 0,5% para 0,75% 2 dias antes da reunião e no período
de silêncio). Powell se absteve da sinalização do ritmo de ajuste da próxima reunião, mas reforçou que o que está
valendo são os dots da reunião de junho, o que implica em 3,5% no final desse ano e quase 4% em 2023. O que seria
compatível com mais uma alta de 50 pontos e duas altas de 25 pontos ainda nesse ano e mais uma ou 2 altas deste
patamar no começo de 2023. Em suma, esse dovish hike acabou contribuindo para a fraqueza do dólar americano e
movimento de risk-on nos mercados internacionais.
➢ Nesta semana, o real se beneficiou, em grande medida, da depreciação do dólar, alta de commodities e do maior
apetite por risco no cenário global. Adicionalmente, a performance relativa da moeda brasileira foi positiva de um lado,
pelo fato de sermos um mercado emergente de maior liquidez; e de outro, por possíveis entradas mais pontuais de
fluxo cambial e retorno do investidor estrangeiro para bolsa brasileira (ainda que modestamente). O cenário político
doméstico segue tensionado, porém, foi favorável o fato de Lula ter se manifestado em favor de uma regra fiscal,
reforma tributária e manutenção de reservas internacionais, ainda que o discurso do ex-presidente em relação à
Petrobras e bancos públicos esteja bem longe de ser pró-mercado. Na próxima semana, o Copom deverá elevar a taxa
de juros em 50 pontos e sinalizar interrupção do ciclo de aperto monetário usando o argumento da defasagem de
política monetária. Ademais, a inflação de curto prazo tem mostrado alívio concentrado em preços administrados,
porém, também estamos vislumbrando um cenário mais alvissareiro para de bens industriais no curto prazo, tendo
em vista a queda de commodities em reais e descompressão de preços de produtos industrializados no atacado.
Fonte: Bloomberg
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4. BALANÇA COMERCIAL - MDIC
Bottom line: Superávit de US$ 1,7 bilhão na quarta semana de Julho.
➢ Na quarta semana de Julho, a balança comercial brasileiro registrou um superávit de US$ 1,7 bilhão. O saldo
dessazonalizado anualizado ficou em US$ 86 bilhões. Quando excluímos petróleo, esse saldo cai para US$ 56 bilhões.
➢ As exportações caíram 0,8% MoM e as importações 1,4% MoM. Na margem as exportações ex-petróleo caíram 5,4% e as
importações avançaram 0,4%.
➢ Do lado das importações o grupo de combustíveis e lubrificantes registrou uma queda de 17,2% na margem. No mesmo
sentido, farmacêuticos caíram 9,3% MoM.
➢ O principal destaque positivo pelo lado das exportações foi o grupo de peróleo e derivados (30,9% MoM). Além dele,
categorias como açúcar (30,3% MoM) e papel e celulose (28,1% MoM) também contríbuiram positivamente para o saldo
comercial.
➢ Entre janeiro e julho de 2021, o saldo acumulado foi de US$ 44,4 bilhões. O saldo acumulado deste ano está em US$ 39,6
bilhões.
Fonte: B3 Fonte: B3
6. PERFORMANCE DO REAL
Fonte: Bloomberg