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https://noticias.r7.com/economia/fotos/entenda-o-caso-da-americanas-apos-escandalo-do-
rombo-de-r-20-bilhoes-18012023

Entenda o caso da Americanas,


após escândalo do rombo de
R$ 20 bilhões
Desde que a rede varejista divulgou ter encontrado
'inconsistências contábeis', valor de mercado caiu quase
82% na Bolsa
ECONOMIA | Do R7, com Agência Estado

18/01/2023 - 15H56 (ATUALIZADO EM 18/01/2023 - 16H42)

A Americanas abalou o mercado nos últimos dias após anunciar na quarta-feira (11) que
encontrou inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões ligadas à conta de fornecedores e
que o presidente-executivo, Sérgio Rial, decidiu deixar a companhia, apenas dez dias
depois de ter assumido o cargo. Entenda, a seguir, o que aconteceu com a rede
varejista
LUIS LIMA JR/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO-17/01/2023

Em cerca de dois meses, a Americanas (AMER3) completará 18 anos de negociações


na Bolsa de Valores. E, nesse meio-tempo, a ação, que começou com valor de quase R$
10, já chegou a ultrapassar R$ 100. No entanto, a partir da última quinta-feira (12), a
companhia perdeu mais de R$ 8 bilhões em seu valor de mercado por conta
das "inconsistências contábeis" de R$ 20 bilhões nos balanços da empresa que foram
reveladas recentemente
Estadão Conteúdo / Davi Corrêa / Futura Press - 12/01/2023

No dia seguinte ao da descoberta, em evento do BTG Pactual, Rial declarou que o impacto
bilionário da companhia estava relacionado ao "risco sacado, que não era lançado como
dívida". Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o "risco sacado" consiste em uma
modalidade de antecipação de recebíveis. Ou seja, "a companhia vendedora emite uma
fatura que contempla o prazo a ser financiado pelo banco, porém não reconhece em sua
contabilidade a venda pelo valor presente. E com isso apresenta um Ebitda (lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização) maior". Assim, a empresa compradora consegue
distorcer sua real situação financeira. O Ebitda, por sua vez, serve como "um indicador
bastante útil para medir o potencial de geração de caixa da empresa", afirmou a Rico
Investimentos, em relatório
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 12.1.2023

A CVM abriu quatro processos administrativos para investigar a Americanas, além de ter
recebido uma denúncia contra a companhia. Segundo a assessoria do órgão, os processos
ainda estão em fase inicial. O estágio em que se encontram é o de recolher informações e
apurar os fatos
DAVI CORRÊA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO-12/01/2023

Bancos e corretoras puseram as ações da varejista sob revisão, e as principais agências de


classificação de risco, Moody’s, Fitch e S&P Global Ratings, rebaixaram os ratings da
companhia após a descoberta do rombo contábil. Até o ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, deu declarações sobre a história
RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO-13/01/2023

Além das questões da CVM, desde sexta-feira (13) a Americanas trava uma batalha para se
defender da cobrança dos credores, principalmente os bancos. E dessa vez é com a Justiça. A
empresa conseguiu uma medida de tutela de urgência cautelar que suspende a possibilidade
de bloqueio, sequestro ou penhora de bens da empresa. O pedido também adia a obrigação
de pagamento de dívidas até que a companhia decida, em um prazo de 30 dias, se opta por
um pedido de recuperação judicial. E, amparada pela Justiça, a Americanas já anunciou o
primeiro calote
Ueslei Marcelino/Reuters - 12.1.2023

A medida desagradou ao BTG Pactual, que subiu o tom e disse que "o fraudador" estaria
"pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude". O banco contra-atacou
com diferentes estratégias para reverter a decisão judicial, mas ainda sem sucesso. Segundo
fontes ouvidas pela reportagem, o entendimento da Justiça é que, se revertida a decisão que
adiou o pagamento das dívidas, outros credores poderiam seguir os passos do BTG e exigir o
adiantamento de passivos que só deveriam ser pagos no longo prazo. Um cenário que
poderia significar o fim para a empresa. Além disso, entidades representativas da sociedade
já começam a abrir processos contra a empresa
DAVI CORRÊA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O Juiz da 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Paulo Assed, além de ter concedido a medida
tutelar à companhia, deu um prazo de 30 dias para que a Americanas peça, se avaliar que é o
caso, recuperação judicial. A decisão foi tomada após a varejista alegar que poderia ter R$ 40
bilhões em dívidas no curto prazo. A medida, que a companhia não definiu se será acatada
ou não, nada mais é do que meios jurídicos para tentar renegociar dívidas e pagamentos
junto a credores, colaboradores e fornecedores
Lorena – Notícias

Para tentar salvar a companhia, a varejista anunciou nesta terça-feira (17) o nome de Camille
Loyo Faria como nova CFO (Diretora Financeira) e DRI (Diretora de Relações com
Investidores) da empresa. Um dos seus marcos profissionais foi da companhia de telefonia
fixa Oi. Ela foi a responsável pela renegociação do plano de recuperação da empresa, que
tinha dívidas de cerca de R$ 60 bi, o triplo do informado no primeiro momento pela
Americanas
ETTORE CHIEREGUINI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO-18/01/2023

Como saída, os bilionários e investidores de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e
Carlos Alberto Sicupira, afirmaram que poderiam injetar R$ 6 bilhões na Americanas. Hoje, o
trio é dono da 3G Capital, fundo de private equity controlador da varejista. No entanto, o
montante foi considerado insuficiente pelos bancos, que avaliam que o trio precisaria aportar
entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões para viabilizar uma capitalização que a varejista vai
precisar fazer de forma urgente para se salvar
Ueslei Marcelino/Reuters-12/01/2023

Na prática, para receber o aporte, a Americanas precisará passar por uma operação de follow
on, a oferta subsequente de ações a serem adquiridas pelos bilionários da 3G. Algo que não
é tão positivo para os investidores minoritários na Bolsa, explica Flávio Conde, analista de
ações da Levante Ideias de Investimentos. “Isso trará uma perda grande para os atuais
acionistas, porque haverá uma diluição patrimonial para os investidores, que serão donos de
uma parcela menor da ‘nova’ e capitalizada Americanas”, diz Conde. “O preço de emissão das
ações tende a ser bem menor do que o preço de Bolsa hoje para atrair mais investidores
além do 3G”
DAVI CORRÊA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO-16/01/2023

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