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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE DARCY RIBEIRO

Bacharel em Engenharia de Produção

AMERICANAS : Relatório ético da empresa

Ianna Dutra

Rodolfo Zangerolame

Yasmin Pereira

Outubro de 2023

Campos dos Goytacazes, RJ


SUMÁRIO

1) Apresentação da Empresa em análise ………………………………………..…....1


2) Declarações Éticas e Responsabilidade Social ……………………………….…. 1
3) Motivo da Escolha ……………………………………………………………...……… 2
4) Efeitos das Atividades …………………………………………………..……………. 2
5) Desafios …………………………………………………………………………………. 2
6) Considerações Finais …………………………………………………………..…….. 3
1. Apresentação da Empresa em análise

As Lojas Americanas chegaram ao Brasil em 1929, a primeira loja da rede foi


fundada em setembro de 1929, no município de Niterói. Ela foi fundada pelos americanos
John Lee, Glen Matson, James Marshall e Batson Borger, que partiram dos EUA em direção
a Buenos Aires com o objetivo de abrir uma loja no estilo Five and Ten Cents (que vendiam
mercadorias a 5 e 10 centavos, na moeda americana) (1)

Dito isso, a empresa tem um histórico quase centenário no Brasil, tendo se


consolidado como um dos principais grupos de comércio e varejo do país. A marca tem
esse nome por ter sido fundada por um grupo de empresários norte-americanos,que tinham
como objetivo abrir uma loja com diversos produtos acessíveis a preços baixos. Desta
forma,O slogan inicial da marca era "nada além de dois mil réis", reforçando a proposta de
vender várias mercadorias de uso cotidiano a preços baixos e acessíveis. Ao final do
primeiro ano de funcionamento, a rede contava com quatro lojas, sendo três no Estado do
Rio de Janeiro e uma em São Paulo. Com o sucesso do negócio, o grupo decidiu abrir o
seu capital em 1940, tornando-se uma sociedade anônima. (1)

Além da operação eletrônica, as Americanas continuam trabalhando com dois


modelos de lojas físicas: o tradicional, com área média de 1.500 m² e um catálogo de 60 mil
itens, e o Express, com 400 m² e 15 mil itens. (1)

2. Declarações Éticas e Responsabilidade Social

Em linha com o ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima, a gestão


ambiental segue o compromisso com o desenvolvimento sustentável buscando a redução
de impactos para o meio ambiente e o equilíbrio entre responsabilidade social e
desenvolvimento econômico, com foco na eficiência no consumo de recursos naturais, na
redução e gestão de resíduos, adaptação e mitigação das mudanças climáticas. (2)

As iniciativas incluem a contabilização, redução e compensação das emissões de


gases de efeito estufa (GEE), visando o alcance da meta de sermos carbono neutro em
2025 e de termos a operação abastecida com 100% de energia renovável até 2030.
Também promovem a manutenção da floresta em pé com o fortalecimento e
desenvolvimento da biodiversidade, através do enriquecimento e recomposição florestal na
Amazônia, além de ações voltadas para a conservação do bioma. Em nossa plataforma
digital, a Americanas +Clima auxilia os clientes na identificação de produtos que ajudam no
combate às mudanças climáticas. (2)

Além disso, pode-se abordar também a atividade de compensação de carbono, visto


que é uma empresa com operação carbono neutro pelo quarto ano consecutivo, realizando
a compensação das nossas emissões de GEE totais dos Escopos 1 e 2. Essa iniciativa é
complementar à estratégia principal de mitigação e está alinhada ao plano de
descarbonização da Companhia e ao ODS 13, prioritário para nossa estratégia ESG. (2)

Por fim, na área logística a aceleração das entregas, que já podem ser feitas em três
horas (saindo da integração O2O) e 24 horas. Essa mudança se deve a vários fatores como
o aumento da malha de distribuição, que reduziu os custos de frete e tornou a operação
mais ecoeficiente. A redução das distâncias, por sua vez, diminuiu as emissões de GEE,
geradas pelo transporte dos produtos.(2)

3. Motivo da Escolha

Atualmente é uma das principais redes varejistas do Brasil, contando com mais de
3.800 estabelecimentos por todo o país, assim, foi escolhida as Lojas Americanas por ser
uma empresa que está inserida no dia a dia dos usuários do grupo, além de ter sido ponto
de compra diversas vezes. E como fator decisivo, em janeiro de 2023, a Americanas
revelou um rombo contábil de R$ 20 bilhões, que forçou um pedido de recuperação judicial.
O escândalo colocou suspeitas sobre a gestão da companhia e sobre os acionistas
majoritários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.

4. Efeitos das Atividades

Após o anúncio das Lojas Americanas de inconsistências nos balanços da empresa que
chegavam a R$ 20 bilhões, o grupo acredita que vários grupos foram afetados com essa
ação, provocando efeitos que se expandiram desde clientes à muitos investidores da
empresa que podem ter retirado suas ações devido à toda situação enfrentada.
Clientes também ficam receosos de comprar os produtos da empresa e não recebê-los e
além disso podem acreditar que uma empresa individualizada pode estar cortando custos
para compensar suas dívidas, o que pode resultar em uma diminuição da qualidade dos
produtos ou serviços que ela oferece. Isso pode fazer com que os clientes evitem comprar
de tal empresa.
Os fornecedores podem hesitar em vender para uma empresa individualizada por vários
motivos, incluindo o risco de inadimplência: Empresas individualizadas podem ter
dificuldades em pagar suas contas ao longo do tempo, o que aumenta o risco de
inadimplência para os fornecedores. Isso pode resultar em perdas financeiras para os
fornecedores, que podem preferir evitar tais situações.
Todos esses efeitos podem agravar ainda mais as dívidas, pois interferem diretamente e
indiretamente na lucratividade da empresa.

5. Desafios

O prejuízo da Americanas se deve, em grande parte, a operações de "risco sacado,"


conhecidas como forfait, nas quais a empresa recorreu a empréstimos bancários para pagar
fornecedores. Curiosamente, tais valores não foram detectados na auditoria realizada pela
consultoria multinacional PwC. Esse cenário levanta vários obstáculos que contribuíram
para o rombo milionário:

1. Contabilizar "risco sacado" como dívida ao fornecedor: Um dos


problemas-chave é a prática de considerar essas operações de "risco sacado" como
simples dívidas a fornecedores. Essa abordagem contábil inadequada obscurece a
verdadeira saúde financeira da empresa e, ao fazê-lo, cria riscos significativos.
2. Falha nas auditorias independentes: A falta de detecção dessas operações pela
auditoria independente, neste caso a PwC, aponta para possíveis deficiências nos
procedimentos de auditoria ou até mesmo falta de transparência da parte da
empresa. Isso prejudica a confiabilidade das informações financeiras.
3. Omissão por parte dos bancos credores: A omissão dos bancos credores, que
permitiram essas operações arriscadas sem avaliá-las devidamente, é um aspecto
crítico desse cenário. Os bancos desempenham um papel fundamental na gestão do
risco financeiro das empresas e devem ser mais vigilantes.
4. Falha nos controles internos da Americanas: Além disso, a presença de falhas
nos controles internos da Americanas é preocupante. Isso sugere que a empresa
pode não ter mecanismos adequados para monitorar e gerenciar seus riscos
financeiros internos, permitindo a execução de operações arriscadas sem a devida
avaliação.
Em resumo, a situação da Americanas é complexa e envolve uma série de fatores, desde
práticas contábeis questionáveis até deficiências na auditoria, omissões por parte dos
bancos e falhas nos controles internos. Identificar e resolver esses problemas será
essencial para a recuperação da empresa e para evitar futuras crises financeiras.
6. Considerações Finais

A recuperação judicial é um mecanismo crucial para empresas em momentos de dificuldade


financeira, como o que enfrenta a Americanas. Por meio desse processo, a organização
busca assegurar a continuidade de suas operações e o cumprimento de obrigações
fundamentais, como o pagamento de fornecedores e a manutenção dos empregos de seus
cerca de 40 mil funcionários.

Nesse contexto, os 60 dias iniciais são críticos, pois é quando se inicia o desenvolvimento
de um plano de reestruturação. Esse plano, para ser posto em prática, necessita da
aprovação de, pelo menos, metade dos credores. A viabilidade dessa aprovação depende
de negociações complexas e, por vezes, da renegociação de dívidas consideráveis.

Embora a intenção seja preservar os postos de trabalho, a realidade mostra que, em muitos
casos, a empresa pode se ver forçada a reduzir sua força de trabalho. Os sindicatos dos
trabalhadores já estão se mobilizando para negociar da melhor forma possível os impactos
sobre os empregos. A recuperação judicial é, portanto, um processo complexo e desafiador,
com implicações profundas não apenas para a empresa em questão, mas também para
seus colaboradores e parceiros comerciais.
7. Referências

1- A Americanas foi fundada em 1929, no Rio, conheça a história da empresa. GHZ


Economia. Disponível em:
<https://gauchazh.clicrbs.com.br/economia/noticia/2023/01/americanas-foi-fundada-em-192
9-no-rio-conheca-a-historia-cld98u62m000v01576h7y7kb8.html>

2- Sustentabilidade. Americanas entrega. Disponível em:


https://www.americanasentrega.com.br/sustentabilidade/>

3 - Por que as Americanas têm esse nome? Qual a história da empresa?. Disponível
em:
https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2023/01/12/por-que-as-americanas-tem-esse-
nome-qual-a-historia-da-empresa.htm

4 - As falhas que podem ter levado ao rombo bilionário na Americanas. Disponível em:
https://g1.globo.com/economia/noticia/2023/01/24/as-falhas-que-podem-ter-levado-ao-romb
o-bilionario-na-americanas.ghtml

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