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Aula de Geografia – 7 anos A e

C – de 13/02 a 17/02
TEMA: LIMITE E FRONTEIRA
PROFESSOR: LUCAS MONTEIRO
HABILIDADES: (EF07GE14*) – IDENTIFICAR EM REGISTROS HISTÓRICO-
GEOGRÁFICOS, AS FORMAS DE ORGANIZAÇÃO POLÍTICO
ADMINISTRATIVA DO BRASIL EM DIFERENTES TEMPOS E RELACIONAR
COM A CRIAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO;
(EF07GE15*) – ANALISAR AS DIVISÕES REGIONAIS DO IBGE E OUTRAS
PROPOSTAS DE REGIONALIZAÇÃO TAIS COMO: OS COMPLEXOS
REGIONAIS OU REGIÕES GEOECONÔMICAS E DESCREVER AS
CARACTERÍSTICAS CULTURAIS, ECONÔMICAS, NATURAIS, POLÍTICAS E
SOCIAIS DE CADA REGIÃO BRASILEIRA.
Limite e Fronteira

Existem dois termos muitos utilizados no âmbito


da Geografia e em outras áreas do conhecimento
que são frequentemente considerados como
sinônimos no senso comum e até em algumas
abordagens acadêmicas: os conceitos de limite e
fronteira.
Limite e Fronteira

 No entanto, trata-se de expressões que possuem


significados diferentes e expressam, portanto, dinâmicas
territoriais e sociais distintas entre si.
 A diferençaentre limite e fronteira está no grau de
abrangência de cada um desses termos, além do grau de
dinamismo que um apresenta em relação ao outro.
Limite

 O conceito de limite relaciona-se com a ideia de divisão, que muitas


pessoas imaginam pertencer à ideia de fronteira, o que não é correto. O
limite é a divisão entre uma unidade territorial e outra, geralmente entre
dois países.
 A ideia desse conceito remonta à constituição do Estado moderno e sua
necessidade de determinar com total precisão os pontos do território sobre
o qual ele exerce sua soberania, incluindo os seus valores constitutivos,
idiomas, moeda e outros aspectos.
Fronteiras

 Por outro lado, o conceito de fronteira é mais dinâmico e designa


uma frente de expansão ou uma zona de inter-relações entre os
diferentes meios, que podem ou não ser territórios diferentes.
 Ao contrário de limite, que é uma noção mais exata e fixada
juridicamente, as fronteiras são mais fluidas e há mais comunicação
e interação.
Fronteiras

 "Quando usamos o termo “fronteira agrícola do Brasil”, por


exemplo, estamos falando das áreas mais ou menos definidas onde
a produção agropecuária avança sobre as áreas naturais.
 Não se trata, dessa forma, de um limite preciso, mas de uma zona
móvel onde acontecem diferentes interações em diferentes
perspectivas, incluindo, nesse caso, conflitos territoriais, grilagem
de terras, ocupação de áreas públicas e privadas e vários outros
elementos.
 Assim sendo, dizer, por exemplo, o “limite entre Brasil e Paraguai”
é diferente de dizer “a fronteira entre Brasil e Paraguai”, sendo essa
última referente às áreas de interação populacional, econômica e
cultural entre os povos.
 Na mesma medida, quando falamos das “fronteiras da
Globalização”, estamos falando de suas áreas periféricas de
prolongamento. Enquanto o limite define um término, a ideia de
fronteira consiste em um começo ou uma expansão.
Fronteiras do Brasil
Fronteiras Pelo Mundo
Tríplice Fronteira – América do Sul
Fronteiras pelo mundo
Fronteiras pelo mundo
Fronteiras pelo mundo
Fronteiras pelo mundo
A problemática do trafico nas fronteiras brasileiras.

 Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, cerca de 560 toneladas de drogas


foram apreendidas nas fronteiras brasileiras em 2021.
 A atuação desses grupos ligados ao narcotráfico ocorre por dois motivos: o Brasil é um
grande consumidor de drogas ilícitas; e um ótimo “corredor” para lugares como Europa e
África.
 As drogas, em sua maioria, vêm de países como Colômbia, Peru e Paraguai, atravessam o
território e vão para os portos e aeroportos de todo país.
 O Brasil é um dos maiores consumidores de maconha do mundo, segundo relatório
do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crime (UNODC), sendo também grande
produtor e importador da droga.
A problemática do trafico nas fronteiras brasileiras.

 A cocaína, por sua vez, é extremamente relevante não só quando falamos de


consumo, mas também da distribuição. O Brasil se tornou uma das principais rotas
internacionais para a droga.
 Isso se dá pelo fato de que os maiores produtores são os nossos vizinhos, Peru e
Colômbia, e a passagem pelo Brasil acaba se tornando vantajosa para os
traficantes.
 A atuação dos criminosos acaba causando temor na população, com casos mais
recentes de confronto entre narcotraficantes em fronteiras no Mato Grosso do
Sul e Rio Grande do Sul.
Dificuldades no combate ao crime nas fronteiras

 De acordo com dados, o Brasil possui 16.885,7 km de linha de fronteira. O tamanho


continental do país (e consequentemente de suas divisões) gera problemas imensos para o Estado.
 Dentre eles, destaca-se a falta de pessoal para realizar a vigilância ao redor do território. Não
existem agentes o suficiente, mesmo juntando todas forças de segurança que possam atuar
na região de fronteira (Polícia Federal, Forças Armadas e Polícia Rodoviária Federal).
 Mais dificuldades aparecem visto que, por muito tempo, faltaram iniciativas para integrar
esses agentes de diferentes instituições, o que faz com que a transmissão de informações e a
coordenação de ações acabem sendo desorganizadas.
Dificuldades no combate ao crime nas fronteiras

 Alguns programas foram criados para melhorar esse aspecto, dentre eles
podemos destacar o PEF (2011), PPIF (2016) e o VIGIA (2019).
 Além de enfrentar o crime transnacional, alguns programas como o PDFF (2009)
e o ENAFRON (2011) buscaram tratar da falta de desenvolvimento e de
integração dos municípios da região, problemas que potencializam a atuação dos
criminosos, como veremos no próximo tópico.
Combate ao crime organizado nas fronteiras
brasileiras: uma questão de segurança pública

 Algumas iniciativas do governo federal do Brasil estão se saindo muito bem no combate ao tráfico
internacional.
 Podemos destacar o programa VIGIA, que tem como objetivo unificar as forças de combate ao crime
organizado em uma única atuação e já apreendeu quase 900 toneladas de drogas desde sua criação em
2019.
 Entretanto, o grande foco do país no que tange a segurança está na questão da violência urbana,
que há muitos anos é um problema que afeta constantemente a população.
 Sendo assim, falta uma visão mais ampla de como os grupos criminosos internos e externos se
relacionam, para que operações de maior amplitude sejam realizadas.
 Em suma, a falta de desenvolvimento das regiões fronteiriças criam um ambiente fértil para a atuação
de facções criminosas, que não irão parar até que medidas mais intensas sejam de fato realizadas pelo
Estado brasileiro.

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