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SUMÁRIO – 1.Introdução; 2.A evolução do Novo Cangaço; 3.Grandes Roubos a Base de Valores; 4.Grandes
Roubos às Instituições Financeiras nas Fronteiras Brasileiras: Brasil/Paraguai e Brasil/Bolívia; 5. Grandes
Roubos às Instituições Financeiras e a Facção Criminosa Primeiro Comando da Capital; 6.Conclusão;
7.Referências.
RESUMO: O artigo retrata as atuações dos grupos criminosos chamados de novos cangaceiros, frente
à modalidade conhecida como novo cangaço, ações essas que evoluíram para os grandes roubos às
instituições financeiras. O objetivo é compreender a dinâmica desta modalidade de crime; descrever o
processo de expansão territorial em âmbito nacional e internacional; e analisar os aspectos correlatos
com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital – PCC, por meio de pesquisas bibliográficas. Os
resultados obtidos se referem ao crescimento destas ações violentas, frequentemente empregadas em
cidades do Brasil e, recentemente, nas fronteiras brasileiras junto ao Paraguai e a Bolívia. Assim,
conclui-se que o crime, configurado como grandes roubos às instituições financeiras, vem se
alastrando consideravelmente no país e preocupando as autoridades da segurança pública nos países
fronteiriços. Ademais, existem algumas ligações destas atuações criminosas com integrantes do PCC,
nas ações individuais que independe dos preceitos ideológicos da facção.
Palavras-chave: Novo Cangaço; Grandes Roubos; Instituições Financeiras; Facção Criminosa;
Primeiro Comando da Capital (PCC).
ABSTRACT: This article refers about criminal groups called cangaceiros, compared the modality known
as "novo cangaço", actions that have evolved into the big robberies of financial institutions. The purpose
is to understand the dynamics of this type of crime; describe the process of territorial expansion at the
national and international levels; and to analyze aspects about the criminal organization called Primeiro
Comando da Capital - PCC, through bibliographical research. The results refers to the growth of these
violent actions, frequently employed in cities in Brazil and, recently, in the Brazilian frontiers with
Paraguay and Bolivia. Thus, it was concluded that the crime set up as major robberies to financial
institutions has been spreading considerably in the country, and worrying authorities of public security in
the border countries. In addition, there are some connections of these criminal actions with members of
the PCC in the individual actions that independent of the ideological precepts of the faction.
Keywords: Novo Cangaço; Big robberies; Financial Institutes; Criminal organization; Primeiro
Comando da Capital (PCC).
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1 Introdução
1
Período da história brasileira entre 1969 e 1973 em que é marcado pelo repentino e forte crescimento da
economia. O milagre somente foi possível pelo Programa de Ação Econômica do Governo – PAEG criado em
1964 no regime militar.
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Justifica-se este trabalho, à medida que a continuidade deste modus operandi fez com que o
crime se especializasse e ultrapassasse fronteiras. As ações de assaltos a bancos, ataques a
carros-fortes e ataques a base de valores, tornaram-se corriqueiras no país; começaram a aparecer
algumas participações de criminosos membros integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da
capital (PCC), que chamaram a atenção das autoridades policiais e, assim, iniciou-se o processo de
expansão fronteiriça desta modalidade de crime para o Paraguai e Bolívia, que culminou na
necessidade de um efetivo planejamento estratégico, das corporações policiais, que objetivasse a
credibilidade na missão de preservação da ordem pública.
Neste sentido, como alerta a essa questão, este trabalho analisa a dinâmica da evolução do
novo cangaço, os grandes roubos contra instituições financeiras, a perspectiva considerando o foco da
fronteira brasileira com o Paraguai e Bolívia, e ainda a influência do Primeiro Comando da Capital
(PCC) nesses crimes. Para tal, utiliza-se da pesquisa metodológica bibliográfica feita a partir do
levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros,
artigos científicos e páginas de web sites.
Com a evolução das ações do novo cangaço para o novo cangaço noturno, os criminosos
conseguiam obter lucros mais expressivos com o mínimo de risco possível, visto que ocorriam nas
madrugadas e os riscos de confronto com policiais eram minimizados, evitando mortes deles próprios
como de reféns ou policiais, garantindo então uma pena mais branda, em caso de prisão (FRANÇA,
2016).
Conforme Rodrigues (2018, no prelo), as ações do novo cangaço noturno rapidamente são
expandidas a outros estados da Federação, e sua evolução pode afetar grande parte da população em
um futuro breve caso medidas urgentes não forem tomadas.
É fato que hoje os assaltos a instituições de valores modificaram e registram, nos vários
roubos de um passado recente ao presente, mais de 10 (dez) integrantes, chegando até o expressivo
número de 60 (sessenta) pessoas, como foi o assalto ocorrido na Ciudad Del Leste, no Paraguai
(demonstrado no item 4 deste artigo). E, em relação as ocorrências em cidades com população inferior
a 50 mil habitantes, os ataques chegaram a cidades grandes como Campinas/SP, Santos/SP e
Recife/PE.
Logo, o que é fonte de estudo deste trabalho serão os roubos contra as instituições
financeiras, que incidem em padrões similares (ou para mais) aos dispostos no manual da Polícia
Federal acima referenciado.
Uchôa (2017) destaca os sucedidos ataques às bases transportadoras de valores pelo país
afora, além nos inúmeros ataques a carros-fortes e às equipes de vigilantes, ocorridos em menos de 18
meses. Esta nova modalidade de crime contra o patrimônio segue, em linhas gerais, as características
dos roubos a bancos e suas variáveis. Porém, com características próprias e inovadoras, visto que o
modus operandi requer quantidade elevada de assaltantes, que são divididos, estrategicamente, em:
financiadores, primeiro, segundo e terceiro escalão.
Rodrigues (2018, no prelo) frisa o ataque a base de valores na cidade de Campinas/SP
ocorrido no mês de novembro, de 2015, como um novo marco na modalidade novo cangaço que
passa, desde então, a ser assimilada e potencializada em suas ações anteriores. Considera os ataques
a base de valores como uma evolução da ação do novo cangaço ou tomada de cidade, tendendo a se
elevar, como um próximo passo, ao domínio de cidades, o que significa a subjugação da população de
um determinado local por onde os criminosos atacariam os alvos múltiplos com explosões de roubos
simultâneos, atacariam presídios para libertação de presos e executariam pessoas consideradas
“desafetos”.
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Oceano Atlântico e 16.886 km da foz do rio Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa, ao arroio
Chuí, ao sul com o Uruguai. Além disso, faz fronteira com a maioria dos países da América do Sul, com
exceção apenas de Chile e Equador.
Essa extensa linha fronteiriça, equivale à distância de Brasília a Pequim, na China. A faixa de
fronteira foi estabelecida numa distância de 150 km da linha que divide os países, sendo 10 países, 11
estados federados e 588 municípios estão nesta área, que impõem aos órgãos de segurança pública o
desafio de prevenir e reprimir os crimes delimitados a este espaço.
A fronteira brasileira tem como características a produção/exportação de drogas e outros
ilícitos como é o caso de Paraguai, Bolívia e Colômbia e as organizações criminosas preferem atuar
nas fronteiras, pois assim conseguem dominar in loco o tráfico internacional de drogas, enviando para
diversos países de outros continentes.
Em uma série de três reportagens da ÉPOCA, em 2017, pode-se observar a entrada do
Comando Vermelho, no final da década de 1990, no Paraguai:
A primeira facção criminosa brasileira a entrar no Paraguai foi a carioca Comando Vermelho
(CV), no final da década de 1990. Naquele tempo, o sotaque arrastado e a cor de pele mais
escura que a dos locais despertaram curiosidade – e colocaram a polícia em alerta. Em
1997, o traficante Fernandinho Beira-Mar fugiu de um presídio em Belo Horizonte para a
região. A maconha até então dominava o comércio ilegal e a cocaína era um produto de
menor escala no país. Beira-Mar se associou a um importante produtor da região, a família
Morel, e começou a mandar maconha e cocaína para o Rio de Janeiro e São Paulo. Primeiro
por terra, escondendo a substância em caminhões; depois por ar, usando pequenos aviões.
Os pilotos saíam da fronteira de madrugada, aterrissavam com a mercadoria no interior de
São Paulo e, de lá, era feita a distribuição. (ÉPOCA, 2017)
Para o Coronel do exército Colombiano, Beltran Castor (2016) a violência, associada com a
disputa pelo poder nas redes de mercados ilegais, é um dos efeitos do narcotráfico nos países
produtores, que tem como consequência a modificação dos cartéis para o crime organizado,
caracterizado pela violência e o financiamento de atividades ilícitas mediante recursos de emprego do
narcotráfico.
Ainda segundo a reportagem, o Paraguai é entreposto no tráfico de cocaína produzido na
Bolívia, Peru e Colômbia. Pois, a fronteira seca e a facilidade em lavar dinheiro tornam o lugar propício
para as organizações criminosas que se utilizam do tráfico como maior atividade.
Em pesquisa sobre o controle das fronteiras brasileiras, D´Angelo e Santos (2017) concluíram
ser esse um desafio nacional, em decorrência do descontrole do Estado em relação ao poder das
facções criminosas que tem a violência urbana crescente e que disputam por mais territórios do tráfico.
A facção criminosa PCC investiu cerca de um milhão de dólares para a morte de
Jorge Rafaat Toumani, chefe do tráfico em Pedro Juan Caballero (cidade do lado paraguaio que faz
fronteira com Ponta Porã-MS) e, como consequência, a facção dobrou o tráfico aéreo de cocaína
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trazida da Bolívia, sendo uma estimativa de 3,5 milhões de dólares por semana de arrecadação
(ÉPOCA, 2017).
Um dos objetivos do processo de expansão do PCC é a tomada de poder das áreas
fronteiriças. Pois, cada vez mais novos membros faccionados são identificados no Paraguai, criando,
assim um clima de guerra entre distintas organizações criminosas, as quais intencionam o pleno
controle do tráfico. Vários homicídios nessa região decorrem das disputas de poder entre facções e
esse processo expansionista não ocorre somente na fronteira com o Paraguai, mas também em outros
países produtores de drogas.
A fronteira brasileira serve como corredor para escoar as drogas que abastecem os grandes
centros urbanos como Rio de Janeiro e São Paulo, locais estes que são os geradores das maiores
facções criminosas, Comando Vermelho e Primeiro Comando da Capital respectivamente. Estas
organizações criminosas tem o tráfico de drogas como principal atividade e o tráfico de armas o intento
de domínio territorial.
Neste contexto de expansão do crime organizado, com objetivo de domínio territorial da
fronteira que o Brasil exportou a modalidade criminosa de assaltos contra instituição financeira para os
países vizinhos Paraguai e Bolívia.
Cerca de 60 (sessenta) indivíduos, seguindo o mesmo modus operandi das ocorrências
brasileiras anteriores, invadiram a empresa privada de transporte de valores de razão social Prosegur,
na Ciudad Del Leste, no Paraguai, subtraindo cerca de 40 (quarenta) milhões de reais. Assim, a
modalidade de roubo contra bases de valores que se iniciou em São Paulo, se espalhou pelo Norte e
Nordeste, chegando a outro país – sendo possivelmente o mesmo grupo que encabeçou os ataques
anteriores, com equipes de assaltantes recrutados pontualmente para os roubos (UCHÔA, 2017).
Na mesma época, bandidos supostamente brasileiros, utilizando granadas e fuzis, realizam
um ataque ao carro forte da empresa privada de transporte de valores de razão social Brinks, em
Roboré, Bolívia distante 120 Km da fronteira com o Brasil, onde 2 milhões de dólares foram subtraídos
(MIDIAMAX, 2017).
Diante da necessidade das forças de segurança dos países fronteiriços em coibir os crimes,
em especial os grandes roubos às instituições financeiras, tema deste trabalho, se faz necessário
compreender a dinâmica dos roubos e sua ligação com as facções criminosas.
Em 02 de agosto de 2013, com a Lei nº 12850, ocorreram mudanças significativas para tratar
de criminalidade organizada no país. Segundo o parágrafo 1º do primeiro artigo, in verbis:
Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente,
com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que
sejam de caráter transnacional. (BRASIL, Lei nº 12850, 2013).
Portanto, tais ações não se configuraram como autoria do PCC, apesar de que não raro,
integrantes de facção foram presos por participarem em ações de cangaço. Importante se faz
pesquisar dos reais aspectos correlatos entre o novo cangaço e o PCC.
Segundo Salles e Cerantula (2017), o PCC vive um dos maiores desafios de sua história, pois
está em fase de expansão para todo território nacional sendo o tráfico de drogas o carro chefe da
facção. Correlacionado a esta questão tem as constantes disputas pelas regiões fronteiriças como
forma de controle do tráfico de drogas.
De acordo com Leimgruber e Torres (2017) o membro faccionado, quando em liberdade, é
obrigado a pagar uma contribuição mensal chamada de “cebola”. Para isso pode utilizar os
armamentos e as munições do setor “paiol”, que é responsável pela salvaguarda de armamentos da
facção para ações criminosas individuais que objetivem o efetivo pagamento da “cebola”, com o valor
pré definido; os membros faccionados não podem atuar em atividades lícitas conforme é subtendido no
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artigo 6º do novo estatuto do PCC2 redigido em 2011; a ideologia do PCC é de expansão transnacional,
com ênfase ao tráfico internacional de drogas e armas, vez que um dos requisitos para expansão da
facção é o poder.
A pesquisa literária de Costa (2016) descreve o crime organizado do assalto a banco da
modalidade novo cangaço, desde suas origens históricas no sertão nordestino que, mesmo diante da
prisão ou morte de alguns componentes, volta a ser reconstituída e integrada por novos criminosos,
dando continuidade à prática delituosa, como ocorre nas grandes organizações criminosas
internacionais.
Para Uchôa (2017) as ações criminosas de ataques às bases de valores estão em constante
evolução no mundo inteiro, vez que as quadrilhas se fortalecem com os valores roubados e investiram
em tecnologia, armamento e metodologia de ataque. Em geral, vários crimes estão interligados: os
veículos roubados servem como moeda de troca para aquisição de armas e drogas, bem como para
serem utilizados em roubos diversos e os roubos a banco, as explosões de caixas eletrônicos, servem
como treinamento e levantamento de fundos para ataques maiores.
6. Conclusão
Embora no início, o cangaço não tenha realizado ações de grandes roubos a bancos, naquela
época era comum “saquearem” as cidades com características de guerrilha rural e tomada de cidades,
vez que os “cangaceiros” se embrenhavam na caatinga e faziam uma relativa ou total tomada de
pequenas cidades brasileiras.
Ocorre que, com o passar dos anos, a terminologia novo cangaço foi alargada para todo e
qualquer tipo de assalto com violência que ocorria no país como: roubo a uma cooperativa, roubo a um
cofre de posto de gasolina, explosão de terminais de autoatendimento a noite com emprego de muitos
indivíduos (ação chamada de cangaço noturno).
Os cangaceiros viviam errantes e em bandos promovendo suas ações. Os indivíduos que
cometiam tais ilicitudes, do final dos anos 80 e 90 procediam de forma parecida, porém tinham o seu
reduto. Os atuais se reúnem para a prática criminosa e depois seguem suas vidas normalmente, são
inseridos na sociedade, têm família, amigos, por isso se configuram como organização criminosa.
Os grandes roubos exigem criminosos com aptidão, ou seja, com disposição para realizar
ações violentas, domínio de técnicas e táticas com armamento de grosso calibre, e poder de
enfrentamento a repressão dos órgãos de segurança; os grandes roubos exigem armamento de grosso
calibre para as ações e os membros, não querem arriscar aos seus próprios integrantes em uma
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Novo Estatuto (2011). Art. 6º - O comando não admite entre os seus integrantes estupros, homossexualismo, pedofilia,
caguetagem, mentiras, covardia, opressões, chantagem, extorsões, invejas, calúnia e outros atos que ferem a ética do
crime.
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eventual prisão por porte de arma para não prejudicar o planejamento e execução da ação; aliado a
esta questão, muitos criminosos possuem mandado de prisão em aberto inviabilizando, assim, a auto
exposição em rodovias.
Com os constantes enfrentamentos com as forças de segurança pública, os bandos foram se
desfazendo e a ideologia de estilo de vida dos novos cangaceiros decaiu, dando ênfase para
lucratividade, pois sem identidade de grupo, cada um agia de forma individual, dando início a divisões
de tarefas junto às organizações criminosas, a exemplo da facção PCC.
Os assaltantes precisam de criminosos dispostos e com poder de enfrentamento, explosivos
e armas, o que podem conseguir com as ações individuais dos faccionados que, por vez, utiliza-se da
facção para suprir esta necessidade. Logo, indiretamente os assaltantes de instituições financeiras
dependem da facção, pois conseguem esta intenção de forma rápida e segura.
Em relação ao PCC, que precisa demonstrar poder, no seu projeto expansionista pela
fronteira brasileira, o assalto a instituição financeira aliada a facção é fator relevante, pois estas ações
são impactantes, violentas para os órgãos de segurança, para a população e principalmente, para os
rivais de onde disputam domínio territorial, criando uma sensação de superioridade e poder de
enfrentamento contra outras organizações criminosas e, principalmente, contra o Estado democrático
de Direito da sociedade brasileira.
Contextualizando estas duas vertentes, conclui-se que as ações de grandes roubos as
instituições financeiras contribuem, significativamente, para o crime organizado (e vice-versa), de forma
indireta, sendo intencional ou não.
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