Você está na página 1de 9

Crimes contra instituições financeiras e os novos desafios da Segurança Pública

Lucélio Ferreira M. F. França1

Historicamente, o homem busca compreender os conflitos sociais a fim de mediá-los


pacificamente e promover a paz social. Isso pôde ser observado mesmo quando o poder
punitivo ainda existia apenas na instância privada e o Estado não era organizado o suficiente
para avocar e criar suas leis.
Nesse contexto, submerso na imensidão seca e esquecida do sertão nordestino, nos
idos de 1500, coexistiam figuras como senhores de terras, pequenos agricultores e aqueles que
empunhavam armas em defesa própria, de um grupo ou de outros que os remunerassem.
Mesmo com todo o esforço do Estado em controlar as pessoas em seu território, naqueles
rincões, a distância e a pobreza ainda eram uma imensa barreira a ser superada. Prevalecendo,
assim, a lei do mais forte.
Com o passar de quase 500 anos, o Estado foi organizando-se e se fazendo mais
presente, em especial com sua legislação. Eis que temos os novos conflitos. Agora, pessoas,
que sempre foram a própria solução de seus problemas, haviam que recorrer ao Estado, em
algum lugar, sob pena de serem colocadas à margem da lei por ações corriqueiras de outrora.
E quem ganhava a vida empunhando armas e promovendo a justiça da conveniência passa de
caçador a caça.
Não foi diferente com Lampião após ter alguns membros da família mortos e, ao
revidar na mesma moeda, passa então para a condição de criminoso, o que não o exime dessa
condição. Como qualquer outro fora da lei, Virgulino Ferreira escolhe o caminho do antigo
valentão e se torna um ícone, mesmo porque essa era a cultura arraigada secularmente naquele
povo.
Tanto é verdade que não custou para se formarem grandes bandos de criminosos que
perambulavam pelo sertão vivendo de saques, de roubos, de pistolagens e até mesmo da
“reintegração de posse” a mando de grandes fazendeiros. Outro fato que vem corroborar com
a relevância tomada por suas ações foi a patente de Capitão concedida a Lampião, pelo
Estado, para que ele combatesse a Intentona Comunista em 1935.

1
Major da Polícia Militar de Mato Grosso, Bacharel e Especialista em Segurança Pública pela Academia de
Polícia Militar Costa Verde e trabalha com roubos a instituições financeiras desde 2009. Nessa trajetorisa de
trabalho passou pelo BOPE, GAECO e ROTAM e atualmente labora no setor de planejamento da PMMT.
Nos tempos áureos de Lampião, entre 1920 a 1938, quando ele morreu, não era
comum ouvir falar em roubos a banco, até mesmo porque não havia tantas agências bancárias.
Entretanto, as ações comandadas por Virgulino possuíam a dimensão do “Domínio de
Cidades”, modalidade criminosa profetizada por Renato Júnior e Ferraço2 para o futuro
próximo.
Os autores de Guerra Federal preveem que chegará o momento em que os ataques, que
hoje acontecem simultaneamente contra os bancos e as policias, serão como quando
protagonizava Lampião, i.e., contra toda possível fonte de renda e concomitantemente contra
qualquer ameaça que houver na cidade,. Tomando, dessa forma, todo o domínio sobre aquela
urbe durante o ataque. Fatos semelhantes são contados em um relatório produzido por um
gerente do Banco do Brasil da cidade de Mossoró – RN, referente ao primeiro semestre de
1927, o que nos habilita a dizer que o próprio Lampião inaugurou a modalidade criminosa que
Rodrigues3 denomina como “Domínio de Cidades”.

2
JÚNIOR, R.; FERRAÇO, L. Guerra federal – retratos do combate a crimes violentos no Brasil. 2018, no
prelo.
3
RODRIGUES, R. M. Do Novo Cangaço ao Domínio de Cidades. 1º ed. Brasília – DF. 2018, no prelo.
Trecho do relatório da Agência Local do Bando do Brasil, datado do primeiro trimestre de 1927. O documento
traz relatos sobre o impacto negativo na econômico local em razão das ações de Virgulino Ferreira (Lampião).

A reação do Estado às ações desordeiras recebeu o nome de Volantes, verdadeiros


batalhões itinerantes que tinham como missão fazer frente às ações daqueles bandoleiros e
que pôs fim a essa saga criminosa com a morte de Lampião em 28 de junho de 1938, sendo
debelado completamente, como conta a história, em 1940 com a morte de Corisco, o Diabo
Loiro.
Avançando algumas décadas, deparamo-nos com um fato na economia brasileira
conhecido como “Milagre Econômico”, resultado de grandes investimentos no combate à seca
no sertão.

A atividade econômica da região Nordeste vem se mostrando mais dinâmica do que


a do país como um todo, a partir da década de 1970. Durante a fase do "milagre
econômico" (1970-80) o Produto Interno Bruto (PIB) nordestino apresentou a
expressiva média anual de crescimento de 8,7%, contra a de 8,6% obtida pelo Brasil,
em razão, fundamentalmente, do volume de investimentos públicos (infraestrutura) e
privados (indústria) efetuados durante os anos 60 e 70 4.

A disponibilização desses recursos necessitaria de instituições financeiras mais


próximas do sertanejo para que ele pudesse ter acesso ao dinheiro disponibilizado pelo
Governo Federal. Motivo que leva agências bancárias a serem instaladas nas mais diversas
cidades do sertão nordestino. Esquecendo o governo, todavia, de proporcionar uma segurança
mínima àqueles numerários.
Ressurge pelo Brasil na década de 1970 uma pequena sequência de ataques a bancos
relacionados a questões políticas5, que viria a se tornar uma onda de ataques a instituições
financeiras nas décadas seguintes naquele mesmo sertão de terra rachada. Dessa vez com algo
a mais, OS TEMPOS SÃO NOVOS E COM ELE NOVAS TECNOLOGIAS
APRESENTAM-SE, até mesmo para o crime.
As armas são melhores, os fuzis são automáticos, não se usa mais cavalos e sim carros
possantes da época. Preserva-se dos tempos de Lampião apenas o homizio na mata, a
brutalidade das ações e o hábito de subjugar as forças de segurança em busca do intento
criminoso. Passamos, então, a ouvir falar em novos cangaceiros que na sua maioria
pertenciam a famílias que fizeram fama por suas ações tidas como espetaculosas, a exemplo
dos Araquãs, Benvindos, Carneiros, Ricarte Viana, dentre outros.
O destaque está com a Família dos Carneiros que são apontados como aqueles que
reinauguraram a modalidade criminosa inventada por Lampião. A ação ocorreu em maio de
19826 e o alvo não foi um banco, e sim os malotes que continham os 94 milhões de Cruzados
que seriam destinados ao pagamento de trabalhadores das obras emergenciais de combate à
seca no Rio Grande do Norte.
A reação a esses novos ataques veio em forma de companhias especializadas dentro
das Polícias Militares Nordestinas: como a CIOSAC7 da PM de Pernambuco, criada
oficialmente 2004, mas que existia desde 1997 com outras denominações; as CIPE’s da PM
da Bahia que possuem sua origem de 2003. Essa repressão qualificada realizada no sertão

4
BRASIL, Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Desempenho Econômico da
Região Nordeste do Brasil 1960-97 (Síntese). 1999, p. 1. Disponível em:
http://www.sudene.gov.br/system/resources/BAhbBlsHOgZmSSI7MjAxMi8wNS8xMC8xN18xOV81MF8zN
DNfRGVzZW1wZW5ob19FY29ub21pY29fZG9fTkUucGRmBjoGRVQ/Desempenho%20Economico%20do
%20NE.pdf. Acesso em 01/07/2016.
5
Ataques a bancos durante o Regime Militar que ocorreram no Sudeste do país.
6
TRIBUNA DO NORTE. Vanzinho conta detalhes do roubo dos 94 milhões no RN. Homepage. 2016.
Disponível em: http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/vanzinho-conta-detalhes-do-roubo-dos-94-milhoes-
no-rn/239147. Acesso em: 28/07/2017.
7
Companhia Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga.
obriga os criminosos a se dispersarem pelo país, levando essa modalidade criminosa a vários
estados, inclusive a Mato Grosso.
Mato Grosso começa a sentir os efeitos dessa diáspora de criminosos especializados na
década de 1990 com alguns eventos que deixaram marcas traumáticas no seio da PMMT e da
sociedade mato-grossense. O ano era 1998, em Rondonópolis, uma grande ação criminosa
contra o Banco do Brasil deixa uma pessoa morta. Em 2001, em Vila Rica, um ataque nos
mesmos moldes deixou um policial militar morto e outro ferido. Em 2006, o alvo foi
Guiratinga, onde mais um PM tombou nesse combate injusto. Campinápolis sofria sua
segunda ação em 2008, quando outro jovem policial militar, portando uma pistola Taurus,
encerra sua carreira na luta contra assaltantes armados de fuzis de calibres diversos.

Breve do CIOSAC, da PM de Breve da CIPE Caatinga, da PM Breve do CPAR, da PM de Mato


Pernambuco. da Bahia. Grosso.

Essa sucessão de fatos desastrosos, de 1998 a 2008, levou o BOPE da PMMT a


desenvolver sua doutrina para fazer frente a essa modalidade criminosa, como fizeram as
polícias nordestinas de outrora com suas Volantes e Companhias Especializadas. Em Mato
Grosso essa doutrina foi batizada de Curso de Patrulhamento em Ambiente Rural - CPAR.
Somado a isso, em 2011, a PMMT por meio do Batalhão de Operações Policiais Especiais
passou a atuar sistematicamente em parceria com o GAECO de MT com a orientação de
especialistas abnegados da PF, o que resultou em uma série de ocorrências bem-sucedidas.
Dessas ocorrências, podemos citar as mais relevantes: em 2011, a prisão de integrantes
da quadrilha chefiada por Lindomar Alves de Almeida (Nenenzão) que havia realizado várias
ações de roubo a instituições financeiras em MT, dentre elas o assalto ao Banco do Brasil em
Campo Novo do Parecis no mês de outubro daquele ano, o último praticado pela citada
quadrilha; em 2012, a cidade de Marcelândia foi o alvo da quadrilha de Clóvis da Silva Veiga
e 31 dias após o roubo, a ocorrência foi encerrada com todo o dinheiro e armas apreendidos e
os quatro assaltantes tombaram em confronto com a doutrina do CPAR; também em 2012, 37
dias após a ocorrência de roubo a banco praticada pelo bando de Josimar Ribeiro da Silva
(Parazinho), em Comodoro, as diligências foram encerradas com 2 fuzis AK 47 e mais de 1.1
milhões de reais aprendidos, nos confrontos restaram 8 assaltantes mortos e outros presos; por
fim, a cidade de Vila Rica protagonizou um dos maiores assaltos a banco do estado, mais de
quinze criminosos atacaram, ao mesmo tempo, as agências do Banco do Brasil, Bradesco,
Sicredi e Correios, no oitavo dia uma equipe do BOPE encontrou os criminosos na mata e, em
confronto com a doutrina do CPAR, dois criminosos vieram a óbito, entre eles Antônio
Moura, um dos maiores líderes do “Novo Cangaço” contemporâneo e membro agregado da
mencionada Família dos Carneiros.
A resposta estatal em Mato Grosso foi dada e o “efeito pedagógico” assimilado por
aqueles que integram essas quadrilhas. Tanto é verdade que, desde o fato em Vila Rica, Mato
Grosso acumulou apenas mais um assalto em dezembro daquele ano e outros dois na
modalidade “Novo Cangaço” em 2014, estando desde então sem registro de crimes contra
instituições financeiras com o aludido modus operandi. Outro efeito positivo foi que a citada
doutrina passou a ser adotada por várias unidades de Operações Especiais pelo Brasil e em
todos os estados brasileiros existem policiais formados no CPAR.
Nos últimos anos, com a repressão especializada aos assaltantes de bancos na
modalidade Novo Cangaço e carros fortes, os criminosos desenvolveram outras formas de
acessar o dinheiro no interior das agências, diminuindo os riscos de confrontos com a polícia.
Popularizando, portanto, os ataques a terminais de autoatendimento (TAA) das agências
bancárias, os caixas eletrônicos. Contra esses aparelhos, os criminosos passaram a utilizar
desde computadores com os ataques lógicos8, até maçaricos9 e explosivos. Os grandes
problemas vieram com disseminação dos explosivos que possibilitaram ações mais rápidas
contra cofres cada vez mais resistentes.
Para minimizar essas ações, os bancos passaram a operar com um volume de dinheiro
menor nos TAA e agências, enviando sempre que possível o excedente para as empresas de
custódia e transporte de valores, as bases de valores. Por sua vez, essas empresas passaram a
transportar remessas menores por viagem, na tentativa de deixar os carros fortes menos
atrativos para as ações criminosas.
Essa série de medidas resultou em empresas de custódia e transporte recheadas com
grandes numerários e, em novembro de 2015, os criminosos inauguram os ataques às bases de
valores com o uso de explosivos. O alvo foi Campinas, a terceira maior cidade do Estado de
São Paulo. Neste caso, a inovação tecnológica é o explosivo, uma vez que as bases de valores
já vinham sendo atacadas por assaltantes utilizando túneis e sequestros de gerentes e

8
Nesse ataque, os criminosos conectam fios entre computadores e os caixas eletrônicos e provocam uma pane no
sistema, o que faz com o TAA coloque todo dinheiro para fora, como se fosse um saque.
9
Aparelho utilizado para cortar chapar de aço, utilizado por criminosos para abrir os cofres dos TAA.
tesoureiros. O maior exemplo de túnel no Brasil foi o do Banco Central de Fortaleza, em
agosto de 2005, seguido de mais de dez outros túneis pelo Brasil e inclusive Paraguai.
Nos ataques a bases de valores, como o que ocorreu em Campinas/SP, a tecnologia
utilizada pelos assaltantes perpassa por fuzis automáticos de diversos calibres, dentre eles
7,62 e .50, este com capacidade de furar a blindagem de carros fortes e das guaritas das
empresas. A chave dos grandes cofres passa a ser cargas extraordinárias de explosivos em
repetidas detonações, bem como o conhecimento especializado para manuseá-los. E, por fim,
a alta capacidade de planejamento operativo, com ações cronometradas e divisão de tarefas
para mais de cinquenta assaltantes, tudo isso simultaneamente.

Imagens ilustrativas da destruição resultado de ataques a base de valores e a carros fortes.

O que permanece é a grande incógnita de como contrapor essas ações e seus recursos
abundantes, mesmo porque já restou claro que não há cidade com efetivo policial capaz de
fazer frente a essas ações sem que algo novo seja planejado e implementado no âmbito da
Segurança Pública. Digo isso porque as mencionadas ações já subjugaram as forças de
segurança de Campinas, Santos, Ribeirão Preto e Santo André, todas entre as dez maiores
cidades de São Paulo.
Em Pernambuco, o alvo foi a própria Recife. Por sua vez, no Paraguai, a ação foi
contra a segunda maior e mais importante cidade daquele país. E se engana aquele que pensa
que as cidades menores estão livres, o que importa para esses criminosos é o dinheiro e, onde
ele estiver, esses criminosos estão dispostos a buscá-lo.
Para ilustrar, citamos as ações semelhantes ocorridas em Marabá (271.594 habitantes)
e Redenção (75.556 habitantes), ambas no Pará. Tomando como base apenas essas
ocorrências fica fácil inferir que não há em Mato Grosso uma cidade que possa ser
considerada segura e imune a essa nova modalidade criminosa, e que, segundo
Rodrigues10, deverá evoluir em breve para o “Domínio de Cidades”.

10
RODRIGUES, 2017.
Outro ponto foi levantado por Uchoa11, em seu artigo sobre o tema e que exploramos
em entrevista, é a maior rentabilidade dessas ações contra bases de valores e a menor
vulnerabilidade dos criminosos em uma eventual intervenção policial, o que torna essas ações
mais lucrativas e seguras. Uchoa aponta que o montante roubado em cada ação contra base de
valor equivale, aproximadamente, a 20 assaltos a banco na modalidade “Novo Cangaço”, o
que pode ser mais um indicativo de que essas ações tendem a aumentar a cada dia. Nessa
esteira, o número sempre superior a 30 criminosos munidos de fuzis de última geração e farta
munição coloca em xeque o aparato de segurança pública de pronta resposta das cidades,
tornando, assim, a ação criminosa extremamente segura para os seus executores.
Se fosse propor alguma possível solução para esse problema sem precedente, indicaria
dois:
A primeira seria a confecção de um Plano de Defesa, começando pelas cidades onde
há bases de transporte de valores, como Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças e Cuiabá. Em
Mato Grosso, houve duas ocorrências de roubo a banco que só foram possíveis de serem
solucionadas em razão da confecção de bloqueios nas vias de acesso durante as ações
criminosas. Os fatos ocorreram em Campos de Júlio, em 09 de agosto de 2012, e Comodoro,
em 30 de outubro de 2012. Nas referidas ações todo o dinheiro foi recuperado e os criminosos
foram presos ou mortos.
A segunda seria a implementação de uma Força Tarefa, em nível de Secretaria de
Segurança, com a participação efetiva do maior número possível de órgãos ligados a
segurança presentes no estado. Sempre digo que o potencial de produtividade de uma Força
Tarefa é diretamente proporcional a sua capilaridade dentro dos órgãos de segurança.
Exemplificando, pode-se mencionar o modelo de Força Tarefa implementado pelas
Secretarias de Segurança da Bahia e do Piauí, que vêm dando um basta nas ações criminosas
contra instituições financeiras e ao crime organizado daqueles estados. Ou quem sabe um
modelo de atuação sistemática, como já houve entre a PMMT e o GEACO, de julho de 2011 a
dezembro de 2014. Modelo semelhante pode ser encontrado em Goiás entre a Polícia Militar e
a Polícia Federal, que vem produzindo resultados invejáveis.
Recentemente muito se ouve mencionar a respeito de falta de inteligência dentro dos
órgãos que compõem o sistema de segurança, mas os especialistas param por aí, sem indicar
como é possível transformar a teoria em prática. A falta de inteligência apontada nada mais é

11
UCHOA, R. F. Ataque às bases de transporte de valores: um crime comum no Brasil? Federação Nacional
dos Policiais Federais, 2017. Disponível em: http://www.fenapef.org.br/ataques-as-bases-de-transporte-de-
valores-um-crime-comum-no-brasil/. Acesso em: 28/07/2017.
do que a ausência de comunicação entre os atores da segurança pública. Para aqueles que se
habilitem a contra-argumentar a teoria proposta, sugiro rever os dados criminais do país e, se
houvesse comunicação inteligente, tais não estariam em ascenção como se vê, a exemplo do
número12 de mortes violentas intencionais no país entre 2011 e 2016. Ou seja, se existe
comunicação e integração como muitos prolatam, é provável que não esteja sendo feito da
forma correta a fazer frente a escalada da criminalidade.
Por fim, o mais importante é encarar a escalada dos grandes crimes contra as
instituições financeiras como um fato e, como tal, um problema que está prestes a acontecer,
inclusive em Mato Grosso, portanto, precisamos nos preparar para ele, seja com “inteligência
inteligente” ou com planejamento. E mais importante que preservar o patrimônio será evitar
que vidas sejam perdidas durante ações cinematográficas de extrema violência em afronta aos
poderes constituídos.

12
Segundo publicações anuais realizadas pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública os números referentes as
mortes violentas intencionais no Brasil saltaram de 48.084 em 2011 (6º Anuário publicado em 2012) para
61.283 em 2016 (11º Anuário publicado em 2017).

Você também pode gostar