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NO BRASIL,
FRONTEIRAS E CRIMES VIOLENTOS
COORDENADOR: ÉLCIO D´ANGELO
FACÇÕES CRIMINOSAS
NO BRASIL,
FRONTEIRAS E CRIMES VIOLENTOS
Autores:
Lucélio Ferreira M. F. França
Marco José dos Santos
Mônica Pinto Leimgruber
Ricardo Matias Rodrigues
Romildson Farias Uchôa
Suzi D´Angelo
Vinícius de Souza Almeida
Leme - SP
2019
4 Élcio D’Angelo
Diagramação
Roselene Cristiani dos Santos
Capa:
Nicolas Roberto Chinaglia
Supervisor Editorial:
Benedito Claudio de Oliveira
FICHA CATALOGRÁFICA
D’Angelo, Élcio;
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos
Élcio D’Angelo - 1ª edição, CL EDIJUR - Leme/SP - Edição 2019.
276 páginas
1. Direito. ?????
2. Título. Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos
ISBN 978-85-7754-xxx-x
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio: eletrônico, mecânico,
inclusive por processo xerográfico, sem a devida autorização do Editor (Lei nº 9.619/98).
Todos os direitos desta publicação são reservados á:
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................. 9
CONCLUSÃO................................................................................ 151
6 Élcio D’Angelo
Élcio D´Angelo
Élcio D´Angelo
Marco José dos Santos5
16 Citado por Jorge Manoel da Costa Freitas, op. cit., pp. 47-48.
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 29
Suzi D´Angelo1
Élcio D´Angelo
Élcio D´Angelo
Marco José dos Santos
13 Não por outra razão que Charles Darwin disse que ‘nada mais
fácil do que admitir de palavra a verdade da luta universal pela
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 49
1. Introdução
O presente artigo emerge da observância dos decorrentes
roubos, com ações violentas contra as instituições financeiras
ocorridos no Brasil e, exportados como modalidade
criminosas, para as fronteiras com a Bolívia e Paraguai,
visto que há um vazio demográfico existente que favorece
diferentes prática ilícitas nas áreas fronteiriças a exemplo dos
crimes de tráfico de entorpecentes; tráfico internacional de
arma de fogo, munições e explosivos; contrabando, pirataria e
descaminho; evasão de divisas; exportação ilegal de veículos;
imigração ilegal de estrangeiros pela fronteira seca; tráfico de
pessoas e crimes ambientais.
Desde o século XVI que existem evidências da existência
de que grupos salteadores armados e do surgimento do cangaço
no nordeste brasileiro, que utilizava de ações violentas para
o roubo de grandes valores, foi o primeiro fenômeno, desta
natureza, a ser estudado de forma detalhada (MELLO, 2004).
6. Conclusão
7. Referências
33 http://artigo19.org/a-organizacao/
96 Élcio D’Angelo
................................................................................
..........................................
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a
venda ou a entrega de arma de fogo, acessório
ou munição, em operação de importação, sem
autorização da autoridade competente, a agente
policial disfarçado, quando presentes elementos
probatórios razoáveis de conduta criminal pré-
existente.” (NR) “
40 https://fas.org/irp/agency/doj/fbi/dojguidelines.pdf
41 “Numa época anterior a qualquer tipo de ajuda tecnológica, em
que os informantes eram, não apenas a mais importante, mas a
única fonte de informações possível, a única qualificação para o
sucesso (nas investigações policiais era uma íntima familiaridade
com o submundo dos ladrões profissionais, ou até, um passado
dentro dele.) A necessidade de proteger informantes e, quando
grandes somas de dinheiro estavam envolvidas, a tentação para
acordos ilegais, às vezes a custa de vítimas, eram motivos mais
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 113
43 https://theintercept.com/2017/01/31/fbi-tem-ampla-liberdade-
-para-recrutar-informantes/
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 115
44 http://istoe.com.br/detencao-de-informante-gera-debate-nos-
-eua-sobre-protecao-de-fontes/
45 https://oglobo.globo.com/sociedade/procurador-geral-dos-eua-
-recomenda-que-agentes-nao-contratem-prostitutas-15848913
116 Élcio D’Angelo
REFERÊNCIAS
https://www.academia.edu/8979564/Undercover_and_
Informant_Handling_Tactics_Training_Manual
doc/UNDOC/GEN/G00/102/59/PDF/G0010259.pdf?OpenEle-
ment. Acesso em 16 jan. 2016.
http://gcn.net.br/noticias/291306/opiniao/2015/07/
informante-confidencial
https://jota.info/especiais/pelo-mp-o-informante-
confidencial-como-instrumento-de-combate-
corrupcao-29032016
https://leb.fbi.gov/2013/december/vetting-confidential-
human-source-intelligence-through-investigative-statement-
analysis
https://archives.fbi.gov/archives/news/testimony/improving-
our-confidential-human-source-program
https://theintercept.com/2017/01/31/fbi-tem-ampla-
liberdade-para-recrutar-informantes/
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_
link=revista_artigos_leitura&artigo_id=764
https://www.conjur.com.br/2019-jan-09/delator-protegido-
acoes-outras-areas-nicolao-dino
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/02/pacote-
de-moro-quer-conceituar-organizacoes-criminosas-e-
alterar-14-leis.shtml?utm_source=whatsapp&utm_
medium=social&utm_campaign=compwa
120 Élcio D’Angelo
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 121
Brasil. Fora dito isso para repensarmos quem deve ser os alvos
a serem perseguidos no início da carreira. Lembrando que em
uma rede criminal estruturada, esses líderes são facilmente
substituídos; pois o crime é dinâmico e conforme dito pelo
Dr. Bruno Requião da Cunha54 uma investigação direcionada
para entender as ligações criminais tende a ser mais efetiva
no combate a grupos criminosos.
Com o fracasso nas formas de investigar os grupos
criminosos prisionais, e, com o discurso de que “a culpa é
das facções”, na medida em que os governantes procuram
democratizar suas responsabilidades, principalmente,
quando apresentam resultados nefastos, jogam o problema
para o objeto a ser combatido. A verdade é que a falta de
controle das facções é culpa dos sucessivos governos em seu
desastre na segurança pública, sistema prisional, políticas
sociais e políticas antidrogas. Facção é o crime agindo
comunicativamente, societariamente, pois é claro que isso
potencializa, mas, mesmo assim, os criminosos existiriam e
já existiam sem as facções. O crime é um fenômeno natural
inerente à vontade dos governantes ou dos membros das
Polícias; sem cura definitiva. Criminalidade tem de ser
pensada como doença a ser controlada e não combatida com
remédio único e milagroso.
67 RODRIGUES, 2017.
68 UCHOA, R. F. Ataque às bases de transporte de valores: um cri-
me comum no Brasil? Federação Nacional dos Policiais Federais,
2017. Disponível em: http://www.fenapef.org.br/ataques-as-ba-
ses-de-transporte-devalores-um-crime-comum-no-brasil/. Acesso
em: 28/07/2017.
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 149
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
(...)
Art. 15. O emprego das Forças Armadas na defesa da Pátria
e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem,
e na participação em operações de paz, é de responsabilidade
do Presidente da República, que determinará ao Ministro de
Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada
a seguinte forma de subordinação:
(...)
§ 2o A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e
da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitu-
cionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato
do Presidente da República, após esgotados os instrumentos
destinados à preservação da ordem pública e da incolumida-
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 165
II – MEDIDAS DE IMPLEMENTAÇÃO
(...)
- estreitamento da cooperação entre os países da América
do Sul e, por extensão, com os do entorno estratégico
brasileiro;
(...)
Fundamentos
Os ambientes apontados na Estratégia Nacional de
Defesa não permitem vislumbrar ameaças militares concretas
e definidas, representadas por forças antagônicas de países
potencialmente inimigos ou de outros agentes não-estatais.
Devido à incerteza das ameaças ao Estado, o preparo das
Forças Armadas deve ser orientado para atuar no cumprimento
de variadas missões, em diferentes áreas e cenários, para
respaldar a ação política do Estado.
As Hipóteses de Emprego são provenientes da associa-
ção das principais tendências de evolução das conjunturas
nacional e internacional com as orientações político-estraté-
gicas do País.
Na elaboração das Hipóteses de Emprego, a Estratégia
Militar de Defesa deverá contemplar o emprego das Forças
Armadas considerando, dentre outros, os seguintes aspectos:
- o monitoramento e controle do espaço aéreo, das
fronteiras terrestres, do território e das águas jurisdicionais
brasileiras em circunstâncias de paz;
- a ameaça de penetração nas fronteiras terrestres ou
abordagem nas águas jurisdicionais brasileiras;
(...)
Comando e Controle
Consolidar o sistema de comando e controle para a
Defesa Nacional.
174 Élcio D’Angelo
(...)
Estabilidade Regional
(...)
1. O Ministério da Defesa e o Ministério das Relações
Exteriores promoverão o incremento das atividades destinadas
à manutenção da estabilidade regional e à cooperação nas
áreas de fronteira do País.
2. O Ministério da Defesa e as Forças Armadas
intensificarão as parcerias estratégicas nas áreas cibernética,
espacial e nuclear e o intercâmbio militar com as Forças
Armadas das nações amigas, neste caso particularmente com
as do entorno estratégico brasileiro e as da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa.
(...)
Segurança Nacional
(...)
Todas as instâncias do Estado deverão contribuir para o
incremento do nível de Segurança Nacional, com particular
ênfase sobre:
(...)
- a integração de todos os órgãos do Sistema de Inteligência
Nacional (SISBIN);
(...)
- as ações de segurança pública, a cargo do Ministério da
Justiça e dos órgãos de segurança pública estaduais;
176 Élcio D’Angelo
http://www.epex.eb.mil.br/index.php/sisfron
ESCRITÓRIO DE PROJETOS DO EXÉRCITO BRASILEIRO
– SISFRON: “Integrando capacidades na vigilância e na
atuação em nossas fronteiras.”
(...)
Art. 1º Esta Lei institui o Sistema Único de Segurança
Pública (Susp) e cria a Política Nacional de Segurança
Pública e Defesa Social (PNSPDS), com a finalidade de
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas
e do patrimônio, por meio de atuação conjunta, coordenada,
sistêmica e integrada dos órgãos de segurança pública e
defesa social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, em articulação com a sociedade.
(...)
Art. 5º São diretrizes da PNSPDS:
(...)
IV - atuação integrada entre a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios em ações de segurança pública e
políticas transversais para a preservação da vida, do meio
ambiente e da dignidade da pessoa humana;
V - coordenação, cooperação e colaboração dos órgãos e
instituições de segurança pública nas fases de planejamento,
execução, monitoramento e avaliação das ações, respeitando-
se as respectivas atribuições legais e promovendo-se a
racionalização de meios com base nas melhores práticas;
(...)
VIII - sistematização e compartilhamento das informações
de segurança pública, prisionais e sobre drogas, em âmbito
nacional;
IX - atuação com base em pesquisas, estudos e
diagnósticos em áreas de interesse da segurança pública;
(...)
XIII - modernização do sistema e da legislação de acordo
com a evolução social;
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 181
(...)
XVI - colaboração do Poder Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública na elaboração de estratégias
e metas para alcançar os objetivos desta Política;
(...)
Art. 6º São objetivos da PNSPDS:
I - fomentar a integração em ações estratégicas e
operacionais, em atividades de inteligência de segurança
pública e em gerenciamento de crises e incidentes;
(...)
VII - promover a interoperabilidade dos sistemas de
segurança pública;
VIII - incentivar e ampliar as ações de prevenção, controle
e fiscalização para a repressão aos crimes transfronteiriços;
IX - estimular o intercâmbio de informações de
inteligência de segurança pública com instituições
estrangeiras congêneres;
X - integrar e compartilhar as informações de segurança
pública, prisionais e sobre drogas;
(...)
XVII - fomentar ações permanentes para o combate ao
crime organizado e à corrupção;
(...)
Art. 7º A PNSPDS será implementada por estratégias que
garantam integração, coordenação e cooperação federativa,
interoperabilidade, liderança situacional, modernização da
gestão das instituições de segurança pública, valorização e
proteção dos profissionais, complementaridade, dotação
de recursos humanos, diagnóstico dos problemas a serem
182 Élcio D’Angelo
(...)
§ 2º O integrante que deixar de fornecer ou atualizar seus
dados e informações no Sinesp poderá não receber recursos
nem celebrar parcerias com a União para financiamento de
programas, projetos ou ações de segurança pública e defesa
social e do sistema prisional, na forma do regulamento.
§ 3º O Ministério Extraordinário da Segurança Pública
é autorizado a celebrar convênios com órgãos do Poder
Executivo que não integrem o Susp, com o Poder Judiciário e
com o Ministério Público, para compatibilização de sistemas
de informação e integração de dados, ressalvadas as vedações
constitucionais de sigilo e desde que o objeto fundamental
dos acordos seja a prevenção e a repressão da violência.
§ 4º A omissão no fornecimento das informações legais
implica responsabilidade administrativa do agente público.
(...)
O processo interagências deve unir os interesses de todos
os participantes, buscando a obtenção da unidade de esforços
por intermédio da cooperação, voltada para o objetivo da
operação em curso.
(...)
Cada organização possui sua própria cultura, filosofia,
objetivos, práticas e habilidades. Essa diversidade é a força
do processo interagências, proporcionando um somatório de
conhecimentos na busca de um objetivo comum, gerando
a necessidade de um fórum coordenado para a integração
dos muitos pontos de vista, capacidades e opções. Todos
os esforços devem ser coordenados, apesar das diferenças
culturais e de técnicas operacionais.
(...)
As operações interagências possuem características tais
como:
(...)
- possibilidade do emprego das Forças Armadas em
conjunto com órgãos governamentais das esferas federal,
estadual e municipal;
(...)
- complexidade de ações, que exigem dos militares
conhecimentos dos conceitos, das características e das
missões dos parceiros interagências e saibam conduzir
atividades de assuntos civis, a fim de atuarem de modo
integrado e sintonizado com o objetivo da missão;
- dependência da socialização das informações;
- centralização do planejamento no mais alto nível
possível, com a execução mais descentralizada possível;
Facções Criminosas no Brasil - fronteiras e crimes violentos 187
(...)
Princípios Norteadores
Colaboração
É essencial que sejam criadas condições para a
colaboração entre os atores envolvidos na ação, sintetizando
a cooperação e a coordenação, sendo necessário que exista
um grau mínimo de cooperação institucional para que a
coordenação produza seus efeitos.
(...)
Unidade de esforços
(...)
As técnicas, procedimentos e sistemas de Comando
e Controle (C²) podem auxiliar na obtenção de unidade de
esforços ajustadas ao ambiente interagências. A unidade de
esforços só pode ser alcançada por meio de contínua e estreita
coordenação e cooperação.
(...)
188 Élcio D’Angelo