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Nome- Willian Jorge Gaspar Ferrão

Trabalho de Economia Política (Resumo Rio Ecopol)

O estado do Rio de Janeiro representa o segundo maior P.I. B no conjunto das


unidades da federação ,mas ao longo dos últimos anos, em comparação aos respectivos
estados da região sudeste , é o que mais deixa a desejar em termos econômicos e
sociais. Esta ampla regressão nos chama a refletir sobre as causas e os desafios que as
esferas de poder fluminense têm sobre a mesa.

O estado do Rio de janeiro é um território geograficamente pequeno, subdivido por


oito regiões, nomeadamente: região médio paraíba, região da costa verde, região centro
sul, região serrana, região metropolitana, região norte fluminense e região das baixadas
litorâneas , cada uma com a sua peculiaridade. Todavia, é na região metropolitana que
há uma maior incidência de problemas , estes que vão desde à escassez de
infraestruturas aos défices de água e de saneamento quer nas escolas quer nas
moradias, principalmente nas zonas periféricas (favelas).

Teoricamente, estes problemas podem ser entendidos a partir da visão do economista


americano Paul Krugman , que no seu livro economia espacial ,versado na temática de
economia urbana / regional, utilizou das premissas de outros teóricos (Gunnar myrdal e
Albert Hirschman) e deu origem ao conceito de região centrípeta e região
centrifuga ,ou seja , se uma região for centrípeta esta contará com algumas forças que
atraem desenvolvimento e tenderá a progredir melhor e se uma região for centrifuga
esta, contará com forcas que expulsam os meios de desenvolvimento , e por meio de
uma eventualidade qualquer penderá à um ciclo de decadência. Num dos seus artigos
ao jornal New York Times , Krugman destacou que se a cidade de nova York sofresse
um outro ataque equiparado aos de 11 de Setembro , provavelmente perderia o estatuto
de modelo de metrópole global.

Num contexto histórico, o caso do Rio inspira visões que se assemelham a uma região
centrifuga e o que endossa essa perspectiva é que antes da transferência da capital para
Brasília ,o rio era o centro cultural do país , recebia as sedes das multinacionais , e tinha
a indústria extrativa mineral e transformadora, gerando uma grande produtividade no
exercício da atividade econômica. Só que a partir do momento que perdeu o estatuto
de capital da união perdeu também parte do que o sustentava , das muitas valências
setoriais que tornavam cada zona peculiar , grande parte foi ao longo do tempo se
transferindo do estado em efeito manada. A par disso, o estado por ter um grande
acervo histórico, intelectual , turístico, cultural e até financeiro ainda constitui parte
importante da renda nacional mas em termos de atividade econômica foi dando espaço
para a ascensão de Minas Gerais como segunda maior economia do país .Em
decorrência disso , pode se afirmar que o capital intelectual do estado sempre
contribuiu muito para as questões nacionais e até mundiais , mas em contrapartida
pouco fez pelo estado de origem , pois se o fizesse , o estado não entraria nesse ciclo de
decadência .
Além da perder o bom desempenho econômico , subjaz ao histórico recente do rio,
sequenciais crises políticas , basta ver pelo número elevado de cassação de mandatos e
escândalos nas esferas municipais. Se o desestruturamento a nível executivo se faz
presente , não difere muito a nível legislativo e judiciário .

Em termos de agregados nacionais, pese embora o fraco crescimento advir do


crescimento nacional pífio ,o rio se coloca em posições inferiores às dos estados do
sudeste e até de algumas metrópoles do nordeste. No quesito de arrecadação para o PIB
perdeu a segunda posição para minas gerais , no quesito educação ,medido pelo (IDEB)
teve uma das piores notas principalmente nas regiões periféricas do estado , tendo uma
média abaixo de 6 por estudante ,no quesito saúde novamente a periferia se destacou
negativamente, no quesito de segurança pública ultimamente também houve uma piora.
Estes dados acompanham uma situação social dramática ,pois mais de quinhentos mil
jovens e mais precisamente os periféricos , sem estudar nem trabalhar encontram nestas
condições , fertilizantes atrativos para o ramo da criminalidade.

Feita a identificação do que assola o estado , restam os desafios que se acometem a


mesa das entidades de poder do estado. E para isso, estes devem seguir a cartilha do
desenvolvimento integrado , isto é, se a educação precisa de melhorar ,o saneamento e a
saúde também, nada pode sofrer melhoria de forma isolada.

O estado conta com vazios urbanos que podem ser utilizados para atividade
produtiva , voltando assim a atrair emprego para o pessoal qualificado. O estado conta
também com zonas verdes e preservadas e o zoneamento urbano deve impedir que os
cidadãos que procuram por morada criem mais problemas ambientais. O estado deve
aperfeiçoar a estratégia da exploração de petróleo e gás experimentando o método
norueguês ,deve também, investir melhor nas potencialidades turísticas do estado vide a
extrema capacidade de convivência do povo carioca – fluminense .

O estado deve melhorar a política de segurança pública integrando o planejamento


entre estado e município. Na questão cultural ,o estado deve investir muito em políticas
que promovam e melhorem a autoestima do carioca-fluminense . O orçamento deve ser
territorializado a fim de gerar mais igualdade .Tem-se dito que quanto mais segregada
uma região mais violenta ela será, logo , alocando e distribuindo melhor as riquezas o
estado estará mais seguro. Ao fim deve o estado , incentivar uma cultura do
conhecimento abrangente.

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