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INTRODUÇÃO

À TERAPIA DO
ESQUEMA
Luana Borba

Conteúdo licenciado para Beatriz dos Santos - 110.074.037-64


Luana Borba
@luanaborb

Psicóloga clínica, pós-graduanda em


Terapia Cognitivo-Comportamental na
PUCRS, formada em Terapia do Esquema na
Wainer Psicologia, head de marketing no Psi
do Futuro e professora na Exame Academy.

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O QUE É E PARA QUEM É
A TERAPIA DO ESQUEMA
Aula 1

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Terapia do Esquema

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Terapia do Esquema
Criada por J. Young para tratar dificuldades emocionais arraigadas onde o
modelo beckiano mostrava-se limitado;
Inicialmente vinculada aos transtornos de personalidade, mas hoje
ampliada para demais patologias de indivíduos e casais.
Combina modelos teóricos cognitivo, comportamental, da teoria do apego,
psicodinâmico; sendo focada nos processos emocionais.

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Características do Tratamento
Ênfase sobre o nível mais profundo da cognição;
Menos guiada para a descoberta e mais p/ confrontação;
Uso maior da relação terapêutica como veículo de mudança
(“transferência”);
Terapia mais lenta e o nível de afeto é maior durante as sessões;
Devota mais tempo às origens infantis dos esquemas.

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Objetivos da Terapia
Ajudar o paciente a ter suas necessidades centrais atendidas;
Busca modificar a valência de ativação dos esquemas desadaptativos; dos
estilos de enfrentamento e dos modos dos esquemas;
O terapeuta busca a Cura do Esquema, tentando eliminar a operação de
Perpetuação do Esquema.

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Objetivos da Terapia
Ajudar o paciente a ter suas necessidades centrais atendidas;
Busca modificar a valência de ativação dos esquemas desadaptativos; dos
estilos de enfrentamento e dos modos dos esquemas;
O terapeuta busca a Cura do Esquema, tentando eliminar a operação de
Perpetuação do Esquema.

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SEI, MAS NÃO SINTO

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Somos seres biopsicossociais

BIOLÓGICO PSICOLÓGICO SOCIAL


Genética Identidade Socioeconômico
Saúde física Cognição Cultural
Efeito de substâncias Autoestima Relacional
Emoções

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Personalidade
“Uma organização relativamente estável, composta de sistemas e moldes.
Sistemas de estruturas (esquemas) interconectadas respondem pela
sequência que se estende desde a recepção do estímulo até o ponto final de
uma resposta comportamental” (Beck & Freeman, 1993)

Traços de personalidade são manifestações dos esquemas subjacentes

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Teoria do Apego
Criada por John Bowlby, psicólogo, psiquiatra e psicanalista, nos anos
1950
Interação mãe-bebê para compreender a dinâmica de relacionamentos a
longo prazo
Figuras de apego como base segura para explorar o ambiente e ter para
onde voltar
As reações dos pais leva ao desenvolvimento de padrões de apego; estes,
por sua vez, levam aos modelos internos de funcionamento que irão guiar
as percepções individuais, emoções, pensamentos e expectativas em
relacionamentos posteriores.

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Temperamento
Características individuais na qualidade emocional e/ou comportamental
cujo surgimento na infância é baseado em processos biológicos
amplamente hereditários. (Eisenberg et al., 2000)

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Big Five

Fatores O que avalia Personalidades


Abertura Interesses artísticos; Imaginação; Raciocínio; Curiosidade; Criatividade; Inovação Leonardo Da Vinci

Diligência; Autodisciplina; Ordem/organização; Confiabilidade; Responsabilidade;


Consciência Pavlov
Persistência

Extroversão Amigabilidade; Assertividade; Entusiasmo; Sociabilidade; Dinamismo Oprah Winfrey

Amabilidade Altruísmo; Cooperação; Confiança; Receptividade; Solidariedade; Complacência Jesus Cristo

Neuroticismo Regulação emocional; Calma; Depressão; Ansiedade; Impulsividade; Constrangimento Woody Allen

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Teoria do Apego
Tipo de
Características dos cuidadores Criança Adulto e relacionamentos
apego

Oferece uma base segura para a exploração do ambiente Explora o ambiente a sua volta, é Relata a sua infância de forma vívida e equilibrada.
Seguro desconhecido, incentiva a autonomia e acolhe as necessidades sociável e vai ao encontro do cuidador Tem uma visão positiva de si e apresenta fica
da criança. em momentos de medo. confortável com intimidade e a independência.

Passiva, não sabe quando pode confiar


Ora dão conforto e acolhimento, ora são agressivos ou Relata experiências confusas, vagas ou conflitantes
nos cuidadores, pouco interesse em
Ambivalente distantes. Possuem um padrão imprevisível de comportamento na infância. Tem dificuldade em compreender a
explorar o ambiente. Pode se apegar ao
e nem sempre atendem às necessidades da criança. origem de suas emoções preocupantes.
cuidador antes de que haja separação.

Aprende a não demonstrar suas Possui um relato idealizado da infância, falha na


São distantes, rejeitam interações de afeto. Afasta a criança
necessidades e não procura os reconstrução de memórias infantis e nega ou
Evitativo quando os procura, incentiva a independência relativamente
cuidadores para obter conforto. Parecem minimiza efeitos de experiências difíceis. Evita
precoce e evita a proximidade.
desconectados dos outros. relacionamentos íntimos e prefere sua liberdade.

Apresenta sinais de desorientação e desorganização


Desorganizado Punitivos, ameaçadores, abusivos. Os cuidadores significam Demonstra comportamentos incoerentes
às memórias de eventos traumáticos. Pode ser
/ansioso uma fonte amedrontadora para a criança. com a situação ou contraditórios.
inseguro, dependente, angustiado ou confuso.

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Para quem não é a Terapia do Esquema
O problema atual não se relaciona com os padrões de vida esquemáticos
do paciente;
O paciente passa por uma crise profunda em alguma área específica da
sua vida;
O paciente está em quadro psicótico;
O paciente encontra-se em fase aguda de transtorno mental grave que
requer atenção imediata;
Uso de drogas e/ou álcool em nível grave.

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ESQUEMAS INICIAIS
DESADAPTATIVOS
Aula 2

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O que são esquemas emocionais
Estrutura teorética composta por crenças, regras e memórias
Unidade básica da personalidade
Responsáveis pelo processamento da informação
Influenciam padrões de comportamento
Podem ser um modo de funcionamento
Todos possuímos esquemas adaptativos e desadaptativos (mais de um)

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Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs)
Elaborados ao longo da vida e consistem de temas estáveis e duradouros
desenvolvidos na infância
Significativamente disfuncionais
Desenvolvidos através de padrões continuados em experiências cotidianas,
geralmente com membros da família (pais e irmãos) e outras
crianças(amigos) que de certa forma reforçam esse esquema.

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Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs)

Experiências Necessidades
Temperamento
inato da criança + disfuncionais
do ambiente
+ Emocionais
Básicas
= EIDs

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Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs)
Verdades Incondicionais
Autoperpetuáveis
Disfuncionais
Ligados a altos níveis de afeto
Ativados por acontecimentos relevantes

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Necessidades Emocionais Básicas

NEB Quando é suprida Quando não é suprida

Sentimento de abandono, desconfiança,


Facilidade em desenvolver vínculos,
Vínculos seguros vergonha, que não será cuidado ou
confiar nas pessoas e ser vulnerável
compreendido, e/ou isolamento social

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Domínio I: Desconexão e Rejeição
(Expectativa de que as necessidades de ter proteção, segurança, estabilidade,
cuidado e empatia, de compartilhar sentimentos e de ser aceito e respeitado não
serão satisfeitas de maneira previsível. A origem familiar típica é distante, fria,
rejertadora, refreadora, solitária, impaciente, imprevisível e abusiva.)

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28.

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Domínio I: Desconexão e Rejeição
1. Abandono/instabilidade
Percepção de que os outros com quem poderia se relacionar são instáveis e
indignos de confiança.
Envolve a sensação de que pessoas importantes não serão capazes de continuar
proporcionando apoio emocional, ligação, força ou proteção prática porque seriam
emocionalmente instáveis e imprevisíveis (por exemplo, têm ataques de raiva), não
mereceriam confiança ou só estariam presentes de formaerrática; porque
morreriam a qualquer momento, ou iriam abandoná-lo por outra pessoa melhor.
Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28.

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Domínio I: Desconexão e Rejeição
2. Desconfiança/abuso
Expectativa de que so outros irão machucar, abusar, humilhar, enganar, mentir,
manipular ou aproveitar-se. Geralmente, envolve a percepção de que o prejuízo é
intencional ou resultado de negligência injustificada ou extrema. Pode incluir a
sensação de que sempre se acaba sendo enganado por outros ou "levando a
pior".

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28.

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Domínio I: Desconexão e Rejeição
3. Privação emocional
Expectativa de que o desejo de ter um grau adequado de apoio emocional não
será satisfeito adequadamente pelos outros. As três formas mais importantes de
privação são:
a) Privação de cuidados: ausência de atenção, afeto, carinho ou companheirismo.
b) Privação de empatia: ausência de compreensão, de escuta, de uma postura
aberta ou de compartilhamento mútuo de sentimentos.
c) Privação de proteção: ausência de força, direção ou orientação por parte de
outros.
Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28.

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Domínio I: Desconexão e Rejeição
4. Defectividade/vergonha
Sentimento de que é defectivo, falho, mau, indesejado, inferior ou inválido em
aspectos importantes, ou de não merecer o amor de pessoas importantes
quando está em contato com elas.
Pode envolver hipersensibilidade à crítica, rejeição e postura acusatória;
constrangimento, comparações e insegurança quando se está junto de outros,
ou vergonha dos defeitos percebidos. Essas falhas podem
ser privadas (como egoísmo, impulsos de raiva, desejos sexuais inaceitáveis)
ou públicas (como aparência física indesejável, inadequação social).
Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28.

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Domínio I: Desconexão e Rejeição
5. Isolamento social/alienação
Sentimento de que se está isolado do resto do mundo, de que se é diferente
das outras pessoas e/ou de não pertencer a qualquer grupo ou comunidade.

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28.

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Necessidades Emocionais Básicas

NEB Quando é suprida Quando não é suprida

Sentimento de abandono, desconfiança, vergonha,


Facilidade em desenvolver vínculos,
Vínculos seguros que não será cuidado ou compreendido, e/ou
confiar nas pessoas e ser vulnerável
isolamento social

Tem clareza de seus pontos fortes e


Autonomia, competência e senso de Dependência, pouca autonomia, sente-se
fracos, independência, sente-se capaz e
identidade fracassado e/ou vulnerável ao dano ou doença
competente

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Domínio II: Autonomia e Desempenho Prejudicados
(Expectativas, sobre si mesmo e sobre o ambiente, que interferem na própria
percepção da capacidade de se separar, sobreviver, funcionar de forma
independente ou ter bom desempenho. A família de origem costuma ter
funcionamento emaranhado, solapando a confiança da criança,
superprotegendo ou não estimulando a criança para que tenha um
desempenho competente extra-familiar.)

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28-29.

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Domínio II: Autonomia e Desempenho Prejudicados
6. Dependência/incompetência
Crença de que se é incapaz de dar conta das responsabilidades cotidianas
de forma competente sem considerável ajuda alheia (por exemplo, cuidar
de si mesmo, resolver problemas do dia-a-dia, exercer a capacidade de
discernimento, cumprir novas tarefas, tomar decisões adequadas). Com
freqüência, apresenta-se como desamparo.

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28-29.

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Domínio II: Autonomia e Desempenho Prejudicados
7. Vulnerabilidade ao dano ou à doença
Medo exagerado de que uma catástrofe iminente cairá sobre si a qualquer
momento e de que não há como a impedir. O medo se dirige a um ou mais
dos seguintes: (A) catástrofes em termos de saúde (ataques do coração,
AIDS, etc.); (B) catástrofes emocionais (enlouquecer, por exemplo); (C)
catástrofes externas (queda de
elevadores, ataques criminosos, desastres de avião, terremotos).

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 28-29.

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Necessidades Emocionais Básicas
NEB Quando é suprida Quando não é suprida

Sentimento de abandono, desconfiança, vergonha,


Facilidade em desenvolver vínculos,
Vínculos seguros que não será cuidado ou compreendido, e/ou
confiar nas pessoas e ser vulnerável
isolamento social

Tem clareza de seus pontos fortes e


Autonomia, competência e senso de Dependência, pouca autonomia, sente-se
fracos, independência, sente-se capaz e
identidade fracassado e/ou vulnerável ao dano ou doença
competente

Diz "não", consegue postergar


Se sente superior aos outros e/ou tem falta de
Limites realistas e autocontrole gratificações momentâneas e
autodisciplina
comunicar aos outros

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Domínio III: Limites Prejudicados
(Deficiência em limites internos, responsabilidade para com outros indivíduos ou
orientação para objetivos de longo prazo. Leva a dificuldades de respeitar os direitos
alheios, cooperar com outros, estabelecer compromissos ou definir e cumprir objetivos
pessoais realistas. A origem familiar típica caracteriza-se por permissividade, excesso de
tolerância, falta de orientação ou sensação de superioridade, em lugar de
confrontação, disciplina e limites adequados em relação a assumir responsabilidades,
cooperar de forma recíproca e definir objetivos. Em alguns casos, a criança pode não ter
sido estimulada a tolerar níveis normais de desconforto e nem ter recebido supervisão,
direção ou orientação adequadas.)
Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29.

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Domínio III: Limites Prejudicados
10. Arrogo/grandiosidade
Crença de que é superior a outras pessoas, de que tem direitos e privilégios especiais, ou de que
não está sujeito às regras de reciprocidade que guiam a interação social normal.
Envolve a insistência de que se deveria poder fazer tudo o que se queira, independentemente da
realidade, do que outros consideram razoável ou do custo a outras pessoas. Tem a ver com o
foco exagerado na superioridade (estar entre os mais bem sucedidos, famosos, ricos) para
atingir poder ou controle (e não principalmente para obter atenção ou aprovação). Às vezes,
inclui competitividade excessiva ou dominação em relação a outros: afirmar o próprio poder,
forçar o próprio ponto de vista ou controlar o comportamento de outros segundo os próprios
desejos, sem empatia ou preocupação com as necessidades ou desejos dos outros.
Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29.

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Domínio III: Limites Prejudicados
11. Autocontrole/autodisciplina insuficientes
Dificuldade ou recusa a exercer autocontrole e tolerância à frustração com relação aos próprios
objetivos ou a limitar a expressão excessiva das próprias emoções e impulsos. Em sua forma
mais leve, o paciente apresenta ênfase exagerada na evitação de desconforto: evitando dor,
conflito, confrontação e responsabilidade, à custa da realização pessoal, comprometimento ou
integridade.

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29.

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Necessidades Emocionais Básicas
NEB Quando é suprida Quando não é suprida

Sentimento de abandono, desconfiança,


Facilidade em desenvolver vínculos,
Vínculos seguros vergonha, que não será cuidado ou compreendido,
confiar nas pessoas e ser vulnerável
e/ou isolamento social

Tem clareza de seus pontos fortes e


Autonomia, competência e senso de Dependência, pouca autonomia, sente-se
fracos, independência, sente-se capaz e
identidade fracassado e/ou vulnerável ao dano ou doença
competente

Diz "não", consegue postergar


Se sente superior aos outros e/ou tem falta de
Limites realistas e autocontrole gratificações momentâneas e
autodisciplina
comunicar aos outros

Busca aprovação, coloca as necessidades dos


Sente-se confortável para comunicar
Liberdade de expressão outros em primeiro lugar e/ou não dá importância
seus sentimentos e é validado
aos seus sentimentos

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Domínio IV: Direcionamento para o Outro
(Foco excessivo nos desejos, sentimentos e solicitações dos outros, à custa das próprias
necessidades, para obter aprovação, manter o senso de conexão e evitar retaliação.
Geralmente, envolve a supressão e a falta de consciência com relação à própria raiva e às
próprias inclinações naturais. A origem familiar típica caracteriza-se pela aceitação
condicional: as crianças devem suprimir importantes aspectos de si mesmas para receber amor,
atenção e aprovação. Em muitas famílias desse tipo, as necessidades emocionais e os desejos
dos pais - ou sua aceitação social e seu status - são valorizados mais do que as necessidades e
sentimentos de cada filho.)

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29-30.

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Domínio IV: Direcionamento para o Outro
12. Subjugação
Submissão excessiva ao controle dos outros, por sentir-se coagido, submetendo-se para evitar a
raiva, a retaliação e o abandono.
As duas principais formas são:
a) Subjugação das necessidades: supressão das próprias preferências, decisões e desejos.
b) Subjugação das emoções: supressão de emoções, principalmente a raiva.
Envolve a percepção de que os próprios desejos, opiniões e sentimentos não são válidos ou
importantes para os outros. Apresenta-se como obediência excessiva, combinada com
hipersensibilidade a sentir-se preso. Costuma levar a aumento da raiva, manifestada em sintomas
desadaptativos (como comportamento passivo-agressivo, explosões de descontrole, sintomas
psicossomáticos, retirada do afeto, "atuação", uso excessivo de álcool ou drogas).
Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29.

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Domínio IV: Direcionamento para o Outro
13. Auto-sacrifício
Foco excessivo no cumprimento voluntário das necessidades de outras pessoas em situações
cotidianas, à custa da própria gratificação. As razões mais comuns são: não causar sofrimento a
outros, evitar culpa por se sentir egoísta, ou manter a conexão com outros percebidos como
carentes. Muitas vezes, resulta de uma sensibilidade intensa ao sofrimento alheio. Às vezes, leva a
uma sensação de que as próprias necessidades não estão sendo adequadamente satisfeitas e a
ressentimento em relação àqueles que estão sendo cuidados. (Sobrepõe-se ao conceito de co-
dependência.)

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29.

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Domínio IV: Direcionamento para o Outro
14. Busca de aprovação/busca de reconhecimento
Ênfase excessiva na obtenção de aprovação, reconhecimento ou atenção de outras pessoas, ou no
próprio enquadramento, à custa do desenvolvimento de um senso de se/f seguro e verdadeiro.
A auto-estima depende principalmente das reações alheias, em lugar das próprias inclinações
naturais. Por vezes, inclui uma ênfase exagerada em status, aparência, aceitação social, dinheiro
ou realizações como forma de obter aprovação, admiração ou atenção (não principalmente em
função de poder ou controle). Com freqüência, resulta em importantes decisões não-autênticas
nem satisfatórias, ou em hipersensibilidade à rejeição.

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 29.

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Necessidades Emocionais Básicas

NEB Quando é suprida Quando não é suprida

Facilidade em desenvolver vínculos, confiar nas Sentimento de abandono, desconfiança, vergonha, que não
Vínculos seguros
pessoas e ser vulnerável será cuidado ou compreendido, e/ou isolamento social

Tem clareza de seus pontos fortes e fracos, Dependência, pouca autonomia, sente-se fracassado e/ou
Autonomia, competência e senso de identidade
independência, sente-se capaz e competente vulnerável ao dano ou doença

Diz "não", consegue postergar gratificações


Limites realistas e autocontrole Se sente superior aos outros e/ou tem falta de autodisciplina
momentâneas e comunicar aos outros

Sente-se confortável para comunicar seus Busca aprovação, coloca as necessidades dos outros em
Liberdade de expressão
sentimentos e é validado primeiro lugar e/ou não dá importância aos seus sentimentos

Consegue se divertir, desconectar dos problemas Pessimista, rígido, perfeccionista, não demonstra seus
Espontaneidade e divertimento
de forma equilibrada sentimentos e/ou se pune

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Domínio V: Supervigilância e Inibição
(Enfase excessiva na supressão dos próprios sentimentos, impulsos e escolhas espontâneas, ou no
cumprimento de regras e expectativas internalizadas e rígidas sobre desempenho e
comportamento ético, à custa da felicidade, auto-expressão, descuido com os relacionamentos
íntimos ou com a saúde.) A origem familiar típica é severa, exigente e, às vezes, punitiva:
desempenho, dever, perfeccionismo, cumprimento de normas, ocultação de emoções e evitação de
erros predominam sobre o prazer, sobre a alegria e sobre o relaxamento. Geralmente, há
pessimismo subjacente e preocupação de que as coisas desabarão se não houver vigilância e
cuidado o tempo todo.)

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 30-31.

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Domínio V: Supervigilância e Inibição
15. Negativismo/pessimismo
Foco generalizado, que dura toda a vida, nos aspectos negativos (sofrimento, morte, perda,
decepção, conflito, culpa, ressentimento, problemas não resolvidos, erros potenciais, traição, algo
que pode dar errado, etc.), enquanto se minimizam ou negligenciam os aspectos positivos ou
otimistas. Costuma incluir uma expectativa exagerada - em uma ampla gama de situações
profissionais, financeiras ou interpessoais - de que algo vai acabar dando muito errado, ou, que
aspectos da própria vida que parecem ir muito bem acabarão por desabar. Envolve um medo
exagerado de cometer erros que podem levar a colapso financeiro, perda, humilhação ou a se ver
preso em uma situação ruim. Como exageram os resultados negativos potenciais, essas pessoas
costumam se caracterizar por preocupação, vigilância, queixas ou indecisão crônicas.

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 30-31.

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Domínio V: Supervigilância e Inibição
16. Inibição emocional
Inibição excessiva da ação, dos sentimentos ou da comunicação espontâneos, em geral para evitar
a desaprovação alheia, sentimentos de vergonha ou de perda de controle dos próprios impulsos.
As áreas mais comuns da inibição envolvem:
(a) inibição da raiva e da agressão;
(b) inibição de impulsos positivos (por exemplo, alegria, afeto, excitação sexual, brincadeira);
(c) dificuldade de expressar vulnerabilidade ou comunicar livremente seus sentimentos,
necessidades e assim por diante;
(d) ênfase excessiva na racionalidade, ao mesmo tempo em que se desconsideram emoções.

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 30-31.

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Domínio V: Supervigilância e Inibição
17. Padrões inflexíveis/postura crítica exagerada
Crença subjacente de que se deve fazer um grande esforço para atingir elevados padrões
internalizados de comportamento e desempenho, via de regra para evitar críticas.
Costuma resultar em sentimentos de pressão ou dificuldade de relaxar e em posturas críticas
exageradas com relação a si mesmo e a outros. Deve envolver importante prejuízo do prazer, do
relaxamento, da saúde, da auto-estima, da sensação de realização ou de relacionamentos
satisfatórios. Os padrões inflexíveis geralmente se apresentam como: (a) perfeccionismo, atenção
exagerada a detalhes ou subestimação de quão bom é seu desempenho em relação à norma; (b)
regras rígidas e idéias de como as coisas "deveriam" ser em muitas áreas da vida, incluindo preceitos
morais, éticos, culturais e religiosos elevados, fora da realidade; (c) preocupação com tempo e
eficiência, necessidade de fazer sempre mais do que se faz.
Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 30-31.

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Domínio V: Supervigilância e Inibição
18. Postura punitiva
Crença de que as pessoas devem ser punidas com severidade quando cometem erros.
Envolve a tendência a estar com raiva e a ser intolerante, punitivo e impaciente com aqueles
(incluindo a si próprio) que não correspondem às suas expectativas ou padrões. Via de regra, inclui
dificuldades de perdoar os próprios erros, bem como os alheios, em função de uma relutância a
considerar circunstâncias atenuantes, permitir a imperfeição humana ou empatizar com sentimentos.

Fonte: YOUNG, J. E.; KLOSKO, J. S.; WEISHAAR, M. E. Terapia do Esquema: Guia de técnicas cognitivo-comportamentais inovadoras. Porto Alegre: Artmed, 2008, p. 30-31.

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Estilos de Enfrentamento - Coping
É o modo como o indivíduo se adapta aos ambientes angustiantes de suas primeiras experiências
de vida.
Estilo de
Respostas comuns Exemplos no Esquema de Abandono
Enfrentamento

Escolhe parceiros com os quais não consegue


Resignação Complacência; Dependência
estabelecer compromisso e fica no relacionamento

Abuso de substâncias; Afastamento,


Evitação (Fuga) Evita relacionamentos íntimos
desligamento; Isolamento; Procrastinação

Agressão, hostilidade; Manipulação,


"Agarra-se" ao parceiro e o "sufoca"
Hipercompensação exigências, controle excessivo;
a ponto de afastá-lo
Perfeccionismo

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MODOS ESQUEMÁTICOS
Aula 3

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O que são Modos Esquemáticos?
“Conjunto de esquemas ou operações de esquemas – adaptativos ou
desadaptativos – que estão ativados no indivíduo em um dado momento.”
O modo é o estado predominante em um determinado momento.
Modos incluem sentimentos, enfrentamentos, cognições e reações
saudáveis que experimentamos no momento.
Mudamos para modos desadaptativos quando necessidades primordiais
não são cumpridas e os esquemas são acionados.

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Modos criança - Respostas emocionais para as NEB
Modos esquemáticos
Funcionamento EIDs comumente associados
(conjunto de esquemas)

AbandonoDesconfiança/abusoPrivação
Vivencia sentimentos disfóricos ou ansiosos, emocionalDefectividadeIsolamento
Criança vulnerável especialmente medo, tristeza e desamparo quando está socialDependência/IncompetênciaVulnerabilidade à
"em contato" com esquemas associados. dano/doençaEmaranhamento/Self
subdesenvolvidoNegatividade/pessimismo.

Libera a raiva diretamente em resposta a necessidades


AbandonoDesconfiança/abusoPrivação emocionalSubjugação(ou, às
Criança zangada fundamentais não satisfeitas ou a tratamento injusto
vezes, qualquer desses esquemas associados à criança vulnerável)
relacionado a esquemas nucleares.

Age impulsivamente, segundo desejos imediatos de


prazer, sem considerar limites nem as necessidades ou
Criança impulsiva/ indisciplinada Arrogo/grandiosidadeAutocontrole/autodisciplina insuficientes.
sentimentos de outras pessoas (não está ligado a
necessidades fundamentais)

Criança feliz Sente-se amada, conectada, contente e satisfeita. Nenhum. Ausência de esquemas ativados.

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Modos internalizados de pais disfuncionais - Baseado em pensamentos

Modos esquemáticos
Funcionamento EIDs comumente associados
(conjunto de esquemas)

SubjugaçãoPostura
Restringe, critica ou pune a si ou
Pai/mãe punitivo punitivaDefectividadeDesconfi
aos outros.
ança/abuso (como abusador)

Estabelece expectativas e níveis


de responsabilidade altos em Padrões inflexíveisAuto-
Pai/mãe exigente
relação aos outros; pressiona a si sacrifício
ou a outros para cumpri-los.

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Coping - Estilos desadaptativos de enfrentamento

Modos esquemáticos (conjunto de esquemas) Funcionamento

Adota um estilo de enfrentamento baseado em obediência e


Capitulador complacente
dependência.

Adota um estilo de enfrentamento de retraimento emocional,


Protetor desligado
desconexão, isolamento e evitação comportamental.

Adota um estilo de enfrentamento caracterizado por contra-


Hipercompensador ataque e controle. Pode hipercompensar por meios semi-
adaptativos, como trabalho em excesso.

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Modo adulto saudável

Modos esquemáticos
Funcionamento EIDs comumente associados
(conjunto de esquemas)

Ajuda a Dá carinho, reassegura e protege a criança


satisfazer as vulnerável.Estabelece limites para a criança zangada e para a
necessidades criança impulsiva/ indisciplinada, segundo os princípios da
Adulto saudável
emocionais reciprocidade e da autodisciplina.Combate ou modera os
básicas da modos pai/mãe disfuncionais e de enfrentamento
criança. desadaptativo.

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Escolha agir a partir da sua
versão Adulto Saudável
e não a partir da sua
criança ferida.

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ATUAÇÃO DO
TERAPEUTA
DO ESQUEMA
Aula 4

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A atuação do terapeuta do esquema
Educar o paciente sobre seus esquemas e modos de enfrentamento
Utiliza técnicas vivenciais para avaliar e ativar esquemas.
Observa atentamente os esquemas e estilos de enfrentamento que
aparecem na relação terapêutica e na vida do paciente.

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Reparação Parental Limitada
Preenchimento das necessidades emocionais não atendidas do paciente,
dentro dos limites da relação terapêutica.

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Confronto Empático
Compreender a emoção e confrontar o comportamento

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