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INTERVENÇÃO CLÍNICA NA

INFÂNCIA
Joana Proença Becker
pbeckerjoana@gmail.com

2020/2021
PRINCIPAIS CONCEITOS DISCUTIDOS NAS ÚLTIMAS AULAS

• René Spitz

• Margaret Mahler

• Método Bick
MÉTODO BICK

“Em 1948, o método de observação de Esther Bick (1964) foi introduzido na


formação de psicoterapeutas e de psicanalistas com o objetivo de desenvolver a
função analítica dos mesmos.
É um modelo tripartido que consiste em: observar uma díada mãe-bebé, durante
uma hora, semanalmente, em casa de uma família razoavelmente estruturada;
anotar à posteriori tudo o que foi observado fora e dentro de si mesmo;
apresentar e discutir o registo no grupo do seminário de supervisão.
Os seus três vértices assentam no paradigma intersubjetivo, relacional e
potencial: na relação mãe-(pai)-bebé na família; na relação observador-família e
na relação observador-grupo/supervisor.
A observação da relação precoce, submete o observador à vivência de uma
contratransferência “primária”, colorida por intensas angústias arcaicas e
difusas, através das quais contacta aspectos profundos de intimidade consigo
próprio e com o outro, revisitando o bebé que foi e as relações com os seus
objetos internos”.

Sociedade Portuguesa de Psicanálise


https://www.sppsicanalise.pt/
PSICANÁLISE

- Provoca neurose regressiva de transferência

- Frustração das pulsões

- Falta de conhecimento sobre a vida e personalidade real do analista PDT: também


evitar contato
- Ausência de todo o contato com o analista fora do tempo restrito das sessões

- Frequência intensa das sessões

- Indefinição do tempo do tratamento

- Sem foco nos sintomas

- Técnica da associação livre, com expressão de sentimentos e fantasias, com ênfase nas
fantasias.

- Uso da interpretação como quase único meio de intervenção

- Interpretação constante e sistemática da transferência permite reconstruir a estrutura


psíquica
PSICOTERAPIA DINÂMICA

- Evita neurose transferencial

- Comunicação face-a-face

- Uma ou duas sessões semanais

- Foco nos sintomas e sofrimentos que conduziram o paciente ao tratamento


- Sublinha vínculo entre realidade e fantasias inconscientes do paciente

- “Entrevista livre”, com ênfase na realidade que está inserido e na que vive com o terapeuta

- Interpretação das reações e propensões transferenciais reforça as capacidades adaptativas


do ego, permite melhora do sentido de realidade e facilita o enfrentamento dos conflitos

- Intervenções verbais: confrontação, clarificação e interpretação


A Técnica da Psicoterapia Conjunta Pais-Bebés

- O enquadre

- A(s) primeira(s) consulta(s)

- Análise das resistências


- Transferência e contratransferência

- Interpretação
BERNARD GOLSE: pedopsiquiatra francês; psicanalista; membro da Associação
Psicanalítica da França; professor de psiquiatria infantil na Universidade Paris-
Descartes; diretor do Serviço de Psiquiatria Infantil Necker-Enfants Malades (Paris); e
é presidente da Associação Europeia de Psicopatologia da Criança e do Adolescente.

VICTOR GUERRA: psicólogo e psicanalista uruguaio, membro da Associação


Psicanalítica do Uruguai e membro e correspondente da Associação Brasileira de
Estudos sobre o Bebê. Professor convidado da Universidade de Paris, Universidade
Lumière Lyon, Universidade Alberto Hurtado do Chile, PUC de São Paulo e PUC do
Rio de Janeiro. Coordenador de grupos de formação em Montevideo (Uruguai) e
Porto Alegre (Brasil).
Principais direções das psicoterapias conjuntas pais-bebé

• Monitoramento do desenvolvimento
• Clínica do apego
• Psicoterapias de inspiração psicanalítica

Psicoterapias de Inspiração Psicanalítica.

• Winnicott – possibilidade do terapeuta se oferecer como “objeto transicional”


para a díade mãe-filho, com objetivo de alcançar uma diferenciação extrapsíquica
(acesso à intersubjetividade; consciência de separação).
• Lebovici – “empatia metaforizante”, cujo objetivo é “revelar e clarificar os
diferentes mandatos transgeracionais que pesavam no desenvolvimento do bebé
e o impediam de se desenvolver” (Golse, 2008, p. 66).
As Projeções

Projeção:
“Operação pela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro – pessoa ou coisa
– qualidades, sentimentos, desejos e mesmo “objetos” que ele desconhece ou
recusa nele. Trata-se aqui de uma defesa de origem muito arcaica, que vamos
encontrar em ação particularmente na paranoia, mas também em modos de
pensar normal” (Laplanche & Pontalis, 2001, p. 374).

• Escutar o que os pais falam do sintoma do filho, o que o sintoma provoca neles,
permite ao terapeuta perceber quais as representações em torno do filho e do seu
desenvolvimento, sobretudo se há a projeção do Eu ideal.

*Eu ideal: instância que remete ao que o sujeito


gostaria de ter sido; corresponde à uma figura do
narcisismo – o sujeito como objeto para o outro.
Aquilo que eu gostaria ou deveria ter sido para
completar perfeitamente o que o outro esperava
de mim.
“A clarificação ou a elucidação de tais projeções por parte do terapeuta
permite a sua apropriação e sua integração psíquica por parte da mãe, o que
alivia sua relação com o filho, cujos sintomas perderão sua utilidade
psicodinâmica” (Golse, 2008, p. 67).

• Essa compreensão do sintoma e do que ele representa para os pais irá permitir que o
terapeuta explore outras temáticas da relação pais-bebé: capacidade de associação; grau
de tolerância do casal em torno do filho e ao projeto de filho e de família (essencial para
definir a abordagem); tipos de defesas; presença de ansiedade persecutória.
O Enquadre

• O enquadre deve ser

“relativamente flexível e suficientemente firme, que permita uma


bissexualidade bem elaborada. Todo enquadre é fundamentalmente bissexual,
na medida em que, a partir de um ponto de vista metafórico, ele sempre inclui
uma dimensão continente (materna ou feminina) e uma dimensão limitante
(paterna ou masculina), cuja qualidade integrativa combina e direciona em
parte o efeito de nossas intervenções” (Golse, 2008, p. 70).
• O tratamento de bebés é mediado pelo jogo, desenho ou encenação.

• A diferença no tratamento psicanalítico de crianças é considerada como uma


descondensação/dissolução do enquadre. Pois, diferente dos princípios da psicanálise,
o tratamento não se dá apenas através da palavra; a transferência nem sempre é focada
no terapeuta (pais como coterapeutas) e o tratamento se desvia do jogo de
identificações, ao não se dirigir apenas a estruturas neuróticas, mas também “a
estruturas em processo de estruturação”. O bebé está em processo de diferenciação, de
perceber o que é interno e externo.
O Terapeuta

• Não assumir o papel de “super-pai reparador”;

• Sensível às projeções;

• Disposição para o enactment (atuação de uma experiência / evento; bebé não expressa em
palavras);

• Permanecer suficientemente atento para perceber/sentir as induções interativas do bebé


(que pode estar a contar seus primeiros encontros);

• Capacidade de encontrar uma distância adequada;

• Flexibilidade e capacidade de traduzir/ dar sentido ao que é expresso pelo bebé;

• Integração da bissexualidade psíquica.


Primeira(s) Consulta(s)

• Evitar trabalhar a história que os pais não trazem, uma vez que ainda não se conhece a
dinâmica do casal e se sua história (ou de um deles) está relacionada ao sintoma do
bebé;
• Constituir a aliança terapêutica;
• Escuta aberta a partir do sintoma do bebé, buscando perceber o funcionamento mental
dos pais, sobretudo quanto ao que o sintoma desperta neles. Isso permite abordar
outros tópicos e perceber:
• Permeabilidade psíquica
• Capacidade de associação
• Possibilidade de envolver-se afetivamente com o filho
• Grau de tolerância das diferenças entre o casal
Objetivos da Psicoterapia

Victor Guerra (s/d, p. 4) destaca como objetivos:

• “Modificar a imagem mental que os pais têm do filho e de si mesmos na interação com
ele;

• Modificar os aspectos da interação real que se relacionam com a emergência do sintoma;

• Alterar a perspectiva sobre o projeto de filho, diminuindo as projeções e necessidade


extrema de reconstituir suas histórias infantis através do filho;

• Ter a possibilidade de reforçar o registo experiencial histórico sobre o filho, conhecendo


algumas características próprias do filho, diferentes das que conhecem;
• Resignificar o sintoma e trabalhar sua participação na constituição do mesmo;

• Retomar um lugar de conhecimento parcial sobre o funcionamento afetivo do filho e


reconstituir a “malha simbólica” danificada pela instauração do sintoma que os
“desaloja” de seus lugares de pais;

• Dar a possibilidade de colocar ordem ao caos, ligando as palavras aos afetos.

• Revelar a importância da transmissão psíquica (afetos, histórias e mitos passados de


geração em geração)”.
Victor Guerra (s/d), para alcançar os objetivos do tratamento, devemos contar com alguns
aspectos do funcionamento mental dos pais, como: predominância de transferência positiva;
boa capacidade de associação; possibilidade de que as resistências cedam antes de serem
assinaladas; disponibilidade mental para descobrir algo inesperado tanto no filho como em
neles próprios; e que exista uma certa harmonia entre o casal e respeito pelas diferenças,
tanto culturais como quanto aos desejos em relação ao filho.
Resistências

“A análise das projeções parentais permite confrontar os pais com suas


resistências diante do impacto que sua dinâmica fantasmática inconsciente tem
no comportamento do bebé e na edificação de seu mundo representacional”
(Golse, 2008, p. 72).

• As resistências se opõem ao trabalho analítico; de repetições de operações defensivas.

• No caso da criança, ela pode ter aprendido a adivinhar e cumprir expectativas dos pais.
Temendo a perda do amor dos pais (ou não satisfazer o desejo do outro – terapeuta), ela
pode manifestar uma reação de protesto, desesperança ou retraimento.
A Dinâmica da Transferência (Freud, 1912)

• Desejos e primeiros vínculos afetivos vivenciados e sentidos na atualidade. No setting,


transpõe as figuras parentais ou substitutos para o terapeuta.

• A mais forte das resistências. Cada pensamento, cada ato representa um compromisso
com as forças que visam a cura e com as que visam conservar a doença.

• A ambivalência nas inclinações afetivas (transferência negativa e transferência positiva)


é o que permite ao terapeuta revelar a relação transferencial, desligando dele o
componente do ato afetivo e o mantendo para o trabalho analítico.
“A análise percorre o caminho que vai da vida adulta à infância e, através de
estágios intermediários, retorna à vida adulta, num movimento recorrente, para
frente e para trás, de acordo com a relação transferencial predominante” (Klein,
1957, p. 209).

• Para Melanie Klein, o terapeuta pode representar, em diferentes momentos, total ou


parcialmente, qualquer objeto interno do paciente (mãe, pai, figuras atuais) ou mesmo partes
do self (como partes do superego).
• No que diz respeito às psicoterapias conjuntas pais-bebé, a transferência dos pais para o
terapeuta é uma importante ferramenta para acessar os conflitos.
• Como questiona Golse (2008, p. 68), “O bebé é capaz de transferir e, em tal caso, de que
tipo de transferência se trata? […] Certamente, são capazes de induzir nos adultos
modalidades interativas derivadas de suas primeiras experiências relacionais”.

• Sendo induções, então não se situam na dinâmica do après-coup* no mesmo grau que a
transferência.

“O que, de acordo com o meu ponto de vista, reduz o lugar de interpretações


transferenciais com os pais dentro das terapias conjuntas é que a relação com
seu filho já é, de certo modo, uma questão de transferência (através da
dinâmica do filho da fantasia, do filho imaginado, do filho narcisista e até
mesmo do filho mítico), até certo ponto que sua transferência no(s)
terapeuta(s) não representa mais do que uma faceta parcial dessas
dinâmicas” (Golse, 2008, p. 72-73).

* experiências, traços mnêmicos que são remodelados em


função de novas experiências; com novo sentido e eficácia
psíquica.
• Essa questão é considerada a versão moderna do conflito entre Anna Freud e Melanie
Klein. Pois, enquanto Klein desenvolvia e acreditava na psicanálise infantil, Anna Freud
falava em pedagogia psicanalítica, pois não acreditava que a criança devia ser analisada.

• Para Anna Freud, era preciso analisar o contexto e as relações que podem marcar os
problemas infantis. A transferência não poderia ocorrer porque a criança não estaria
pronta para reproduzir relações que ainda estariam se construindo e sendo
experienciadas; mas também pela impossibilidade do terapeuta sustentar uma posição
neutra, muitas vezes assumindo um papel de educador.

• Já Melanie Klein entendia o brincar como o associar livremente, sendo através do


brincar que a criança simboliza e comunica suas fantasias, desejos e experiências. Para
Klein, o fenômeno da transferência não seria uma repetição de uma relação inicial
recalcada, mas um interjogo entre objetos internos e externos, compreendidos a partir de
padrões de relações objetais.
• A depender da idade, o bebé é capaz de comunicar suas fantasias, desejos, ansiedades
e experiências.

• Para Lebovici (1994), o bebé deve ser considerado central no setting, sendo possível
que intervenções visem uma mudança nas suas protofantasias. Embora reconheça o
conflito relacional mãe-bebé, o terapeuta precisa estar atento às comunicações do bebé,
sugerindo ser essa comunicação um potencial transferencial. O psicanalista destaca a
importância da empatia do terapeuta e a contratransferência como os meios que devem
guiar as intervenções.
Contratransferência

“A contratransferência é um fenômeno mental em todo tratamento


psicoterapêutico ou psicanalítico e sua adequada compreensão e utilização são de
primordial importância para todo o desenvolvimento do processo” (Coderch, 1990,
p. 116-117).

• Freud (1910) referiu-se ao conceito de contratransferência como “algo que surge no


terapeuta como resultado da influência do paciente sobre seus sentimentos inconsciente e
advertiu sobre a necessidade do analista reconhecer e superar esses sentimentos […] Mais
tarde, modificou essa ideia e, de forma implícita, reconheceu a utilidade da
contratransferência para desvelar a situação mental do paciente e sua relação neurótica com
o analista (p. 150).
• Se a contratransferência for baseada nos conflitos inconscientes do terapeuta pode
representar um perigo para o tratamento. Entretanto, pode ser uma ferramenta essencial
para a compreensão do inconsciente do paciente e, através do seu comportamento, o
terapeuta guiá-lo na avaliação e enfrentamento de suas ansiedades infantis.

• Victor Guerra (s/d, p. 7) diz que “não podemos falar em processo contratransferencial,
e sim em fenómenos transferenciais-contratransferenciais, dada a presença de projeções
intensas por parte dos pais e pela reativação de aspectos primários e ideais narcisistas do
terapeuta”.

“Isso leva à reflexão sobre a regressão no processo terapêutico – os pais


regridem até mesmo para serem capazes de decodificar a comunicação do
filho, portanto estão suscetíveis a buscar um continente (transferência) em suas
emoções arcaicas. O terapeuta precisa receber e metabolizar tais emoções,
assim como integrá-las com o que experimenta (contratransferência)” (Guerra,
s/d, p. 7).
Contratransferência e Parentalidade

• Posição parental: conjunto de fantasias, desejos e ideais que povoam nosso


posicionamento sobre sermos pais

PARENTALIDADE
“Este conceito refere-se ao conjunto de experiências, fantasias, ideias e ideais
que alimentam a posição interna sobre a representação de si mesmo como pai
ou mãe. As experiências atuais de nossa vida, nossos sucessos, nossos
fracassos, o destino de nossa libido que às vezes pode buscar uma forma de
expressão em nosso trabalho, por não encontrar uma forma de satisfação na
realidade fora do escritório. Não somos tentados a nos sentir e nos nomear
como melhores pais e mães do que nossos pacientes? E assim esquecer o que
não queremos ou não podemos ver em nossos filhos (reais e fantasiados)?”
(Guerra, s/d, p. 13).
Enactment

“É um conceito que se refere a um aspecto da contratransferência, quando se torna


um ato, quase uma passagem para o ato, onde o terapeuta se sente compelido a
agir de alguma forma, sendo levado pela projeção de aspectos arcaicos da mente
do paciente” (Guerra, s/d, p. 9).

• Enactment = imposição para agir e encenação de conflitos psíquicos inconscientes na


situação analítica

Acting-out vs. Enactment


Acting-out se refere a atuação de um dos envolvidos.
Enactment a ação conjunta da dupla terapêutica.
Interpretação

“As terapias conjuntas pai-mãe-(pais)-bebê acumulam várias dificuldades, na


medida em que as intervenções do terapeuta devem atingir simultaneamente o
bebê e seus pais, que são obviamente pessoas cujo grau de diferenciação e
individuação não é de forma alguma comparável ou simétrico” (Golse, 2008, p.
75).
Função da Interpretação (Guerra; Golse)

1) O mais próximo possível dos afetos.


2) Direcionada de maneira geral à criança, buscando abranger os pais.
3) Vincular e dar sentido.
4) Busca libertar a criança das projeções dos pais.
5) Aprecia a capacidade dos pais de assumirem as suas responsabilidades.
6) Movimento que favorece uma regressão narcísica nos pais, necessária como parte do
processo de identificação com o bebê.
7) Direcionado ao pré-consciente dos pais. Permite avaliar se:
a) Gera defesas?
b) novas associações?
c) uma troca diferente? (no nível da interação real).
8) Abertura ou emergência do inconsciente de um dos pais (em relação, por exemplo, ao
reprimido transgeracional)
9) Impacto sobre o bebê e sua capacidade de se recompor nos braços da mãe.
Nota final
“[...] muitos autores consideram que um trabalho interpretativo, em sentido
estrito, não é possível no começo, não apenas por se tratar de pacientes que
ainda não acederam ainda a linguagem verbal propriamente dita (de fato,
alguns desses pacientes não falam, mas podem ser muito sensíveis à
linguagem do outro), mas porque a própria natureza de sua psicopatologia
exige um primeiro momento de verbalização, por parte do terapeuta, de seus
conteúdos de pensamento (sensações, percepções, afetos e emoções,
protofantasias e protosímbolos), a fim de ajudá-los realizar um trabalho de
esclarecimento identificatório primário, graças à “presença bem viva” da
terapeuta.
Os autores do movimento lacaniano rejeitam essas propostas e consideram
que a interpretação verbal e simbólica (ou, melhor, simbolizante) é realmente
capaz de ser utilizada desde o início com qualquer tipo de paciente, pois,
segundo eles, a linguagem é percebida por todos os sujeitos,
independentemente do seu grau de diferenciação, pelo valor simbólico que lhe
é inerente e que permite até estabelecer o sujeito enquanto sujeito” (Golse.
2008, p. 74).
Referências

Coderch, J. (1990). Teoría y Técnica de la Psicoterapia Psicoanalítica. Barcelona: Editoria Herder.

Freud, S. (1976). A dinâmica da transferência. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund
Freud, v. XII. Rio de Janeiro: Imago. [orig. 1912]

Freud, S. (2006). As perspectivas futuras da terapêutica psicanalítica. In Edição standard brasileira das obras
psicológicas completas de Sigmund Freud, v. XI. Rio de Janeiro: Imago. [orig. 1910]

Golse, B. (2008). Las psicoterapias conjuntas padre-madre-(padres)-bebé: conquita o viaje a la deriva? Rev. Colomb.
Psiquiat., 87 (1), 63-77.

Guerra, V. (s/d). Sobre la técnica en las consultas terapéuticas com padres y bebés (anotaciones y reflexiones en
torno a alguns aspectos ténicos de las consultas terapêuticas).
Klein, M. (1991). Inveja e Gratidão (1957). In Inveja e Gratidão e outros trabalhos (1946-1963). 4ª ed. Rio de Janeiro:
Imago.
Laplanche & Pontalis (2001). Vocabulário da Psicanálise. 4ª ed., São Paulo: Martins Fontes.

Lebovici, S. (1994). La pratique des psychothérapies mères-bébés par Bertrand Cramer et Francisco Palacio-Espasa:
note de lecture. Psychiatrie de l’enfant, XXXVII(2), 415-427.
SÍNTESE

• ENQUADRE

• CARACTERÍSTICAS DO TERAPEUTA

• OBJETIVOS DAS PRIMEIRAS CONSULTAS


• OBJETIVOS DA PSICOTERAPIA

• IMPORTÂNCIA DAS PROJEÇÕES PARENTAIS

• ENACTMENT

• RESISTÊNCIA, TRANSFERÊNCIA E CONTRATRANSFERÊNCIA

• INTERPRETAÇÃO
Joana Proença Becker
pbeckerjoana@gmail.com

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