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INTERVENÇÃO CLÍNICA NA

INFÂNCIA
Joana Proença Becker
pbeckerjoana@gmail.com

2020/2021
Psicodiagnóstico

Relembrando...

▪ Conceito

▪ Entrevista lúdica

Teste comumente aplicado na área forense:


▪ RATC (Roberts Apperception Test for Children)

Convidada Dra. Roberta Coelho – Avaliação Psicológica: a prática


“Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica, feita com propósitos clínicos e,
portanto, não abrange todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças
individuais. É um processo que visa a identificar forças e fraquezas no funcionamento
psicológico, com um foco na existência ou não de psicopatologia. Isso não significa
que a classificação psiquiátrica seja um objetivo precípuo do psicodiagnóstico, mas
sim que, para medir forças e fraquezas no funcionamento psicológico, devem ser
considerados como parâmetros os limites da variabilidade normal“ (Cunha, 2007, p.
23).
Entrevista lúdica diagnóstica
▪ Geralmente, é a primeira etapa da avaliação psicológica;

▪ Uso de brinquedos, jogos e instrumentos lúdicos como mediadores da comunicação


entre psicólogo e paciente;

▪ Utilizada para conhecer a realidade da criança em processo de avaliação;

▪ Potencializa a análise dos resultados de outras técnicas (como entrevista com pais e
testes);

▪ Permite compreender e formular hipóteses sobre a problemática do paciente;

▪ Visa um diagnóstico sobre o comportamento da criança;

▪ Avalia as representações de conflitos, tanto do ponto de vista evolutivo quanto


patológico;

▪ Evidencia as principais defesas;

▪ Permite perceber as fantasias da criança quanto à doença, à cura e ao tratamento;

▪ Pode ajudar na orientação do profissional que irá tratar a criança posteriormente


(terapeuta).
“Embora os psicólogos atualmente utilizem métodos bastante conhecidos, a
avaliação psicológica de crianças não segue uma padronização rígida para
todos os casos atendidos. Essa prática profissional mostra-se extremamente
flexível, sem a existência de uma regra única para sua execução, sendo
caracterizada por uma maleabilidade alicerçada no fato de que a decisão quanto
aos procedimentos a serem seguidos é resultado do próprio processo
avaliativo” (Hutz et al., 2016, p. 133).
Análise da Entrevista Lúdica Diagnóstica

▪ Transferência ▪ Imagem de si mesmo e do seu entorno


▪ Contratransferência ▪ Modalidade da brincadeira
▪ Capacidade simbólica ▪ Personificação
▪ Nível de angústia ▪ Motricidade
▪ Nível de insight ▪ Tolerância à frustração
▪ Fantasias inconscientes ▪ Adequação à realidade
▪ Comunicação (verbal e não-verbal) ▪ Sentimentos associados ao trauma
▪ Jogo escolhido ▪ Tipos de pensamentos
▪ Mecanismos de defesa ▪ Relação com agressor
Testes Psicológicos

“procedimentos sistemáticos de observação e registro de comportamentos com


o objetivo de descrever e/ou mensurar características e processos psicológicos”
(Hutz et al., 2016, p. 435).

▪ Testagem no contexto clínico apresenta características diferentes de testagens realizadas


no contexto hospitalar, escolar ou jurídico.
▪ Enquanto na clínica é possível uma análise mais detalhada, com a
exploração das variáveis observadas, nos demais contextos, geralmente, o
psicólogo visa avaliar uma característica/sintoma específico – cumpre
responder a um objetivo (disputa de guarda, verificar capacidade
intelectual, avaliação pré-cirúrgica, etc.).
▪ Os diferentes objetivos afetam a escolha dos testes, que poderão ser mais
breves e objetivos (escalas) ou mais complexos (testes projetivos).

▪ O psicólogo deve seguir o manual, que detalha como as explicações sobre a realização do
teste devem ser transmitidas à criança.
Teste Apercetivo de Roberts para Crianças (RATC)

• 27 placas com imagens, sendo 16 selecionados para aplicação: 11 placas com figuras do
sexo feminino; 11 placas com figuras do sexto masculino; 5 placas administradas a ambos os
sexos;
• Desenvolvido para crianças de 6 a 15 anos de idade;
• As imagens representam situações interpessoais do cotidiano; (desacordo parental,
conflito, agressão, etc.)
• Narração de uma história após a apresentação de cada placa, com explicação dos
sentimentos e pensamentos em relação a cena observada;
• Avalia características de personalidade e funcionamento comportamental, social e
emocional;
“Quanto aos testes psicológicos, deve-se salientar que esses instrumentos não
são capazes de responder sozinhos a todas as questões levantadas no processo
de avaliação psicológica. Os testes são ferramentas úteis, porém
complementares às informações oriundas de outras fontes, métodos e técnicas,
de que o psicólogo necessariamente deve lançar mão ao conduzir a avaliação”
(Hutz et al., 2016, p. 438).
Convidada Dra. Roberta Coelho

▪ Psicóloga (2007); Mestre (2012); Doutora (2014) em Psicologia pela PUCRS.


▪ Realizou estágio doutoral na University of Texas Health Science Center (financiamento
CAPES);
▪ Possui experiência na área da Psiquiatria, com ênfase na infância e adolescência, atuando
principalmente em neurociência do desenvolvimento, psicopatologia da infância e
adolescência, avaliação psicológica, neurocognitiva, e genómica,
Joana Proença Becker
pbeckerjoana@gmail.com

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