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LEI MARIA DA PENHA

ESPÉCIES DE TORTURA
Morte/Lesão/Sofrimento físico
Sofrimento sexual
AÇÃO/OMISSÃO BASEADA
NO GÊNERO QUE CAUSE: Sofrimento psicológico
Dano colateral
Dano moral
No âmbito da unidade
doméstica, da família
ou qualquer relação
íntima de afeto.

OBS: Não precisa ser coabitante (morar junto).

SUJEITO ATIVO SUJEITO PASSIVO


Homem ou mulher. Pessoa do gênero
feminino (pode ser
trans).

DIFERENÇA DE SEXO PARA GÊNERO


SEXO: Demarca de nascer como fêmea ou macho.

GÊNERO: Identidade de ser masculino, feminino ou junção dos dois.

Com isso, entendeu o STJ, que a Lei Maria da Penha também aplica-se
às mulheres transexuais, pois são do gênero feminino, mesmo que
sejam do sexo "macho".

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TIPOS DE VIOLÊNCIA
VIOLÊNCIA FÍSICA
Conduta que ofenda a integridade ou saúde corporal.

VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Conduta que que cause dano emocional ou
diminuição da autoestima ou prejudique o pleno
desenvolvimento ou vise controlar suas ações,
comportamentos, crenças e decisões.
Mediante ameaça, constrangimento, humilhação,
manipulação, isolamento, vigilância constante,
perseguição contumaz, insulto, chantagem, violão de
sua intimidade, ridicularização, exploração, limitação
do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que
cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação.

VIOLÊNCIA SEXUAL
Conduta que constranja a presenciar/ manter/
participar de relação sexual não desejada.
Mediante intimidação/ ameaça/ uso da força.
Conduta que induza a comercializar/ utilizar de
qualquer modo sua sexualidade.
Conduta que impeça uso de contraceptivo, force
matrimônio, gravidez, aborto ou prostituição,
mediante chantagem/ suborno/ manipulação.
Conduta que limite/ anule o exercício de seus direitos
sexuais e reprodutivos.

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VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
Qualquer conduta que configure retenção/ subtração/ parcial
ou total de objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos,
incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.

VIOLÊNCIA MORAL
Calúnia, difamação ou injúria no âmbito da violência
doméstica.

MEDIDAS QUE DEVEM SER TOMADAS PELO DELEGADO


Garantia de proteção policial para a ofendida;
Encaminhamento da ofendida ao Hospital e ao IML
para os exames necessários;
Fornecer transporte para ofendida e dependentes
para local seguro ou abrigo, nos casos de riscos de
vida;
Informar a vítima sobre seus direitos e serviços
disponíveis para seu atendimento.

NO CASO DE RISCO À INTEGRIDADE


FÍSICA OU PSICOLÓGICA
Agressor será IMEDIATAMENTE afastado do lar/ convivência
com a ofendida.
Pode ser pelo:
I - Juiz
II - Delegado, quando o município não for sede de comarca;
III- Policial, quando na ausência se delegado e sede de comarca.

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No II e III, devem comunicar o juiz e dar ciência ao MP em até 24h.
Nesse caso não é admitida liberdade provisória.

AÇÃO PENAL
Nos crimes de ameaça no âmbito doméstico a ação
penal é condicionada à representação da vítima.
Nos crimes com lesão física a ação penal é pública
incondicionada, ou seja, não depende de representação
da vítima.

RETRATAÇÃODA DENÚNCIA (DESISTÊNCIA)


Só é possível nas de ação penal pública condicionada.
Perante o juiz em audiência específica, antes do
recebimento da denúncia, ouvido o MP.

OBSERVAÇÕES

São admitidas como prova: laudos, prontuários


médicos por hospitais ou postos de saúde.

A hipossuficiência e a vulnerabilidade da
mulher em contexto de violência doméstica e
familiar é presumida, ou seja, não tem que
provar que não tem condições de arcar com o
processo judicial sem comprometer seu
sustento, e também a fragilidade em âmbito
doméstico.

É direito, atendimento policial e pericial


especializado, preferencialmente por servidor
do sexo feminino.

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Em nenhuma hipótese, a mulher em situação
de violência doméstica e familiar, familiares e
testemunhas terão contato direto com
investigados ou suspeitos e pessoas a eles
relacionadas.

A mulher tem direito a manutenção do vínculo


trabalhista por até 6 meses.

Nos crimes praticados no âmbito doméstico e


familiar, a palavra da vítima tem especial
relevância para fundamentar o recebimento da
denúncia ou a condenação, pois normalmente
são cometidos sem testemunhas.

A mulher pode propor divórcio/dissolução de


união estável, mas se exclui, do Juizado de
Violência Doméstica, competência relacionada
à partilha de bens.

MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA


OBSERVAÇÕES GERAIS:
Pode ser concedida pelo juiz, a requerimento do MP
ou a pedido da ofendida;
As medidas são de imediato, mesmo sem audiência.

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O JUIZ, AO RECEBER, EM ATÉ 48 HORAS:
Decide sobre as medidas;
Encaminha ao órgão de assistência judiciária;
Comunica ao MP para providências;
Determina apreensão imediata da arma de fogo do
agressor.

ENTENDIMENDO DO STJ:
Não pode prisão preventiva de autor de contravenção
penal, mesmo que tenha sido em violência doméstica e
que ele tenha descumprido medida protetiva.

ROL DE MEDIDAS PROTETIVAS DE


URGÊNCIA AO AGRESSOR
I - Suspensão da posse ou restrição do porte de
armas;
II - Afastamento do local de convivência com a
ofendida;
III - Proibição de aproximação/ contado com
ofendida/ familiares/ testemunhas, frequência de
lugares para preservar integridade física/ psicológica
da ofendida;
IV - Restrição/ suspensão de visitas aos dependentes
menores;
V - Prestação de alimentos;
VI - Comparecimento a programas de recuperação/
reeducação;
VII - Acompanhamento Psicossocial;

Podem ser cumulativas.

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ROL DE MEDIDAS PROTETIVAS DE
URGÊNCIA À OFENDIDA
I - Encaminhar à programa de proteção/ atendimento;
II - Determinar recondução ao lar, após afastamento do
agressor;
III - Determinar afastamento da ofendida do lar;
IV - Determinar separação;
V - Determinar matrícula de dependentes em
instituição mais próxima ou transferência, mesmo sem
vagas;

ROL DE MEDIDAS PROTEÇÃO


PATRIMONIAL
I - Restituição de bens;
II - Proibição temporária de atos e contratos de compra
venda e locação;
III - Prestação de caução provisória, por depósito
judicial, por perdas e danos materiais da ofendida.

DESCUMPRIMENTO DE MEDIDAS
PROTETIVAS DE URGÊNCIA
Pena: Detenção de 3 meses à 2 anos.
Independente de juízo criminal ou civil.
Na prisão em flagrante por descumprimento de
medida protetiva, só o juiz pode conceder fiança,
independente da pena máxima.
Não exclui a aplicação de outras sansões cabíveis.
Só é admitida a forma dolosa.

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JURISPRUDÊNCIA

STJ: Não se aplica suspensão condicional do processo e


transação penal na Lei Maria da Penha.
STJ: A ação penal por lesão em violência doméstica é
pública incondicionada
STJ: Crime/contravenção na Lei Maria da Penha
impossibilita substituição da pena em restritiva de
direitos.
STJ: Não se aplica o princípio da insignificância na Lei
Maria da Penha.
STJ: Não se exige coabitação para configurar violência
doméstica.
STJ: Independentemente da extinção de punibilidade
do autor, a vítima de violência doméstica deve ser
ouvida para que se verifique a necessidade de
prorrogação/concessão das medidas protetivas.
STJ: A audiência especial de retratação (art 16) da Lei
Maria da Penha não é um ato processual obrigatório
determinado pela lei; a realização dessa audiência
configura apenas um direito da vítima, caso ela
manifeste o desejo de se retratar.
STJ: O juízo do domicílio da mulher vítima de violência
doméstica é competente para deferir as medidas
protetivas de urgência, mesmo que a agressão tenha
ocorrido em outra comarca; vale ressaltar, contudo, que
a competência para julgar o crime é do local dos fatos

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STJ: O requerido (autor da violência) não será citado
para contestar o pedido de medidas cautelares dos
incisos I, II e III do art. 22 da Lei Maria da Penha.
STJ: É ilegal a fixação ad eternum de medida protetiva,
devendo o magistrado avaliar periodicamente a
pertinência da manutenção da cautela imposta.
STJ: É indevida a manutenção de medidas protetivas
na hipótese de conclusão do inquérito policial sem
indiciamento do acusado.
STJ: A Lei Maria da Penha é aplicável às mulheres trans.

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