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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PUBLICA


POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO
COMANDO DE SEGURANÇA COMUNITÁRIA
Av. dos Holandeses, nº 50, Olha D’água, CEP 65065–180 – São Luís- MA

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO - POP


ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR
CONTRA O GÊNERO MULHER/LEI MARIA DA PENHA

São Luís – MA
2024
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA O POP 03
GÊNERO MULHER/LEI MARIA DA PENHA
Estabelecido em 02/06/2017 Atualizado Execução
Nº PAG.:
Ten Cel QOPM Edhyelem Santos em Guarnição PMMA/PMP
14
1º Ten QOPM Camilla Cardoso 04/01/2023
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Fardamento, equipamento e armamento utilizados pela PMMA;
2. Formulários de BO’s (GUARNIÇÕES DE POLICIA MILITAR);
3. Certidões/Relatórios de Fiscalização de Medida Protetiva (GUARNIÇÃO DA PATRULHA
MARIA DA PENHA-PMP);
4. Cópia da Medida Protetiva de Urgência deferida pela autoridade competente (GUARNIÇÃO DE
PATRULHA MARIA DA PENHA-PMP).
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL E DOUTRINÁRIA
LEGISLAÇÃO/ DOUTRINA ESPECIFICAÇÃO
Constituição Federal de 1988 Inteiro teor
Decreto-Lei nº 2.848, de 07 de dezembro de 1940 - Código
Inteiro teor
Penal
Decreto-Lei nº 3689, de 03 de outubro de 1941 - Código de
Inteiro teor
Processo Penal
Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e Arts. 2º, 103,104, 106, 107, 110, 111, 131
do Adolescente 171, 172, 178, 230 e 262.
Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha Inteiro teor
Lei nº 13.104, de 09 de março de 2015 - Lei do Feminicídio Inteiro teor
Decreto nº 31.763, de 20 de maio de 2016 – Institui a Patrulha
Inteiro teor
Maria da Penha
Lei nº 13.641, de 03 de abril de 2018 - Tipifica o crime de
Inteiro teor
Descumprimento de Medida Protetiva de Urgência
Manual de Abordagem da PMMA Inteiro teor
Manual de Princípios e Práticas de Formação de Policiais
para o Atendimento às Mulheres em Situação de
Inteiro teor
Violência – Fórum Brasileiro de Segurança Pública
(OUT/2020)
Lei nº 14.188, de 28 de julho de 2021 – Define o
Programa Sinal Vermelho contra a Violência Doméstica,
mudança na modalidade de pena da lesão corporal
Inteiro teor
simples cometida contra a mulher por razões da condição
do sexo feminino e criou o tipo penal de violência
psicológica contra a mulher
Lei nº 14.149, de 05 de maio de3 2021 – Institui o
Formulário Nacional de Avaliação de Risco, a ser
Inteiro teor
aplicado à Mulher vítima de violência doméstica e
familiar
Lei nº 14.344, de 24 de maio de 2022 - Lei Henry Borel Inteiro teor
Diretrizes nacionais para atendimento policial militar às
MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
Inteiro teor
DOMÉSTICA E FAMILIAR (Secretaria Nacional de
Segurança Pública – 2022)
CONCEITOS BÁSICOS
É como a pessoa se vê. Ela pode se enxergar
IDENTIDADE DE GÊNERO mulher, homem ou outro, como neutro ou
uma combinação entre masculino e feminino.
Refere-se à atração sentida pelos indivíduos.
ORIENTAÇÃO AFETIVA E SEXUAL Uma pessoa pode ser homossexual,
heterossexual, bissexual etc.
Refere-se a características biológicas do
SEXO corpo de uma pessoa. Pode ser feminino,
masculino ou intersexo.
Qualquer ação ou omissão baseada no gênero
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico,
MULHER sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial.
Espaço de convívio permanente de pessoas,
ÂMBITO DA UNIDADE DOMÉSTICA com ou sem vínculo familiar, inclusive as
esporadicamente agregadas
Comunidade formada por indivíduos que são
ou se consideram aparentados, unidos por
ÂMBITO DA FAMÍLIA
laços naturais, por afinidade ou por vontade
expressa
O agressor conviva ou tenha convivido com a
ÂMBITO RELAÇÃO ÍNTIMA DE AFETO
ofendida, independentemente de coabitação.
Qualquer conduta que ofenda sua integridade
VIOLÊNCIA FÍSICA ou saúde corporal.
Qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que
lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou
controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça,
VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de
sua intimidade, ridicularização, exploração e
limitação do direito de ir e vir ou qualquer
outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e à autodeterminação.
Qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus
objetos, instrumentos de trabalho,
VIOLÊNCIA PATRIMONIAL
documentos pessoais, bens, valores e direitos
ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades.
Qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não
desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou
uso da força; que a induza a comercializar ou a
utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a
VIOLÊNCIA SEXUAL
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou
que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou
à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno
ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício
de seus direitos sexuais e reprodutivos.
Qualquer conduta que configure calúnia, difamação
VIOLÊNCIA MORAL
ou injúria.
É o assassinato de uma mulher pela condição de ser
mulher, motivado geralmente por ódio, desprezo ou
sentimento de perda do controle e da propriedade
sobre as mulheres. O Feminicídio está previsto na
legislação brasileira desde 2015 como circunstância
FEMINICÍDIO qualificadora do crime de homicídio consumado ou
tentado (Lei 13.104, de 9 de março de 2015).
Considera-se que há razões de condição de sexo
feminino quando o crime envolve: I) Violência
doméstica e familiar; II) Menosprezo ou
discriminação à condição de mulher. A Lei também
incluiu o feminicídio no rol dos crimes hediondos.
São medidas de natureza processual cautelar
deferidas por autoridade judicial competente que
MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA obrigam o agressor a não praticar determinadas
condutas e que também são direcionadas à mulher e
aos filhos com vistas à protegê-los.
Grupamento policial militar que tem por objetivo
acompanhar e atender as mulheres em situação de
vulnerabilidade, vítimas de violência doméstica e
PATRULHA MARIA DA PENHA familiar, detentoras de Medidas Protetivas de
Urgência, deferidas por autoridade competente, além
de fiscalizar o cumprimento destas pelos(as)
agressores(as).
Ferramenta disponibilizada pela Secretaria de Estado
de Segurança Pública no enfrentamento à violência
contra a mulher. O(a) usuário(a) baixa o aplicativo
em seu celular pelo Play Store (Android/IOS), com
APLICATIVO SALVE MARIA MARANHÃO preenchimento dos dados pessoais, onde poderá
acionar, em caso de urgência, um botão de
segurança, dispositivo que vai gerar uma ocorrência
georreferenciada, de forma imediata, para o
atendimento no 190 (CIOPS) pela Guarnição da
Polícia Militar.
ATENDIMENTO POLICIAL
(Sequência de ações)

1. Aproximar-se do local da ocorrência com a devida cautela e segurança necessários;

2. Analisar todas as variáveis no caso em concreto, como quantidade de pessoas


envolvidas, presença de armas (se necessário, proceder busca pessoal, conforme
Manual de Abordagem da PMMA, com as atualizações devidas no que tange à
violência do gênero mulher), luminosidade etc;

3. Identificar as partes envolvidas na situação da ocorrência de violência doméstica e


familiar - pessoa ofendida, o(a) autor(a) e as possíveis testemunhas; se a violência
foi cometida contra o gênero Mulher; se ocorreu em um dos âmbitos previstos na
Lei Maria da Penha – doméstico, familiar ou relação íntima de afeto.

4. Tomar ciência de como se deram os fatos e confirmar a prática do delito;

5. Realizar a escuta ativa da vítima, preferencialmente em local afastado da presença


do(a) suposto(a) agressor(a), buscando a compreensão dos fatos, demonstrando
respeito, boa vontade e abstendo-se de pré-julgamentos, aplicando as providências
específicas da Lei Maria da Penha, garantindo proteção à pessoa ofendida;

6. Utilizar, em caso de necessidade, das técnicas e/ou equipamentos não letais,


obedecendo ao uso proporcional da força, a fim de separar as pessoas envolvidas,
diante à situação iminente de agressões físicas e/ou verbais entre as partes;

7. Verificar a necessidade de solicitar apoio (número elevado de pessoas envolvidas,


existência de pessoas com ânimos exaltados etc);

8. Atentar se há criança ou adolescente envolvido. Se houver, observar as normas


contidas acima do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, informando o
Conselho Tutelar da localidade;

9. Providenciar socorro médico imediato para a(s) vítima(s) em caso de necessidade


ou acionar uma Unidade de Resgate, para cuidados médicos, conforme o caso;

10. Atentar para o disposto no art. 22 da nova Lei de Abuso de Autoridade, evitando
adentrar a local ou nele permanecer, sem respeitar as devidas previsões legais;

11. Confirmar se é caso de crime de descumprimento de medida protetiva de urgência


(Art. 24-A da Lei Maria da Penha), pedindo à solicitante/vítima o documento
comprobatório da existência da determinação judicial (que pode ser tanto impressa
ou em mídia);

12. Realizar a prisão em flagrante do(a) autor(a) do delito, coletando todas as


informações e provas possíveis (filmagens, fotos, objetos usados na prática do
ilícito) e arrolar testemunha(s), caso haja, conduzindo-os à Delegacia da Polícia
Civil especializadas (Delegacia Especial da Mulher, Delegacia do Idoso, Delegacia
de Proteção à Criança e Adolescente) ou não, preferencialmente, em viaturas
distintas;

13. Atender as solicitações dos Oficiais de Justiça (Guarnições de área quando


devidamente autorizadas por suas Unidades) para o cumprimento de mandados
judiciais referentes às medidas protetivas de urgência, quando necessário,
informando ao CIOPS (190) ou COPOM;

14. Verificar se, na localidade do atendimento da ocorrência de violência doméstica e


familiar contra o gênero Mulher, ocorre o descrito no art. 12-C da Lei Maria da
Penha, onde a Guarnição Policial deverá preencher o Boletim de Ocorrência
relatando a situação encontrada, as partes envolvidas, testemunhas e/ou outras
comprovações, além do Formulário de Avaliação de Risco – FRIDA (anexo).

i i a a a is ia is a ua u i i i a u i gi a
física da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus
dependentes, o agressor será imediatamente afastado do lar, domicílio ou local
de convivência com a ofendida:
I - pela autoridade judicial;
II - pelo delegado de polícia, quando o Município não for sede de comarca; ou
III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver
delegado disponível no momento da denúncia.
§1º Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será
comunicado no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual
prazo, sobre a manutenção ou a revogação da medida aplicada, devendo dar
ciência ao Ministério Público concomitantemente.

ENVOLVIDOS IDENTIFICADOS, VERIFICAR

1. Se há a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher baseada no gênero que


tenha causado morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial e, tenha ocorrido no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família ou
em qualquer relação íntima de afeto, incluindo pessoas travestis, mulheres transgênero,
transexuais e em relações homoafetivas, que:

1.1. Tenha resultado lesões aparentes (visíveis a olho nu), adotar-se-á os seguintes
procedimentos, após informado ao CIOPS/COPOM:
AUTOR ENCONTRADO AUTOR SE EVADIU
VÍTIMA DESEJA IR À VÍTIMA NÃO DESEJA VÍTIMA DESEJA IR VÍTIMA NÃO
DELEGACIA (DP) IR À DELEGACIA À DELEGACIA (DP) DESEJA IR À
(DP) DELEGACIA
(DP)
a)Realizar os a)Realizar a condução a)Dar o apoio policial a)Lavrar o Boletim
procedimentos, efetuando do(a) autor da violência necessário à vítima, de Ocorrência
a prisão do(a) autor(a), doméstica e familiar e levando-a à DP para Informativo
conduzindo ambos – autor apresentá-lo na DP, realizar o registro do (consignar os
e vítima à DP e lavrando o Boletim de fato. Caso hajam pormenores da
testemunhas, caso haja. Ocorrência; testemunhas que situação) e entregar
Neste último caso, presenciaram o fato, na sua Unidade
consignar o nome consignar no Boletim Policial para o CPU
completo da testemunha, de Ocorrência (nome e/ou setor
endereço e telefone; completo, endereço e responsável para o
telefone); recebimento deste –
P3.
b)Apreender os b)Caso haja testemunhas b)Apreender os b)Solicitar que a
instrumentos ou objetos que presenciaram o fato, instrumentos ou objetos vítima assine o
usados na prática da levá-las. Se estas se usados na prática da Boletim de
infração, se houver; recusarem ir, consignar os infração, se houver - ao Ocorrência. Caso a
nomes, endereços e se evadir, o(a) autor(a) mesma se recuse,
telefones e solicitar que abandou os mesmos. consignar a recusa;
assinem o Boletim de Entregá-los na DP;
Ocorrência. Se se
recusarem, consignar
também;

c)Se necessário, levar a c)Levar fotos e vídeos c)Se necessário, levar a c)Caso a vítima
vítima ao Hospital ou que tenham sido vítima ao Hospital ou precise de
Posto de Saúde para o registrados pela equipe Posto de Saúde para o atendimento
atendimento médico: policial no local da atendimento médico: médico,
-Vítima permanece: ocorrência; -Vítima permanece: providenciar o
acionar os parentes acionar os parentes socorro médico
próximos, a fim de ficar próximos, a fim de ficar imediato,
com a mesma no referido. com a mesma no solicitando da
Pegar com a equipe referido. Pegar com a equipe médica um
médica um Relatório de equipe médica um relatório sobre
atendimento para Relatório de aquela, para que
apresentar na DP junto atendimento para seja anexado ao
com o(a) Autor(a) do fato; apresentar na DP junto Boletim de
-Vítima não permanece: com o(a) Autor(a) do Ocorrência lavrado.
após o atendimento, se fato;
deslocar para a DP. -Vítima não permanece: OBS: Dependendo
OBS: Dependendo das após o atendimento, se das circunstâncias
circunstâncias em que a deslocar para a DP. em que a vítima se
vítima se encontre, faz-se OBS: Dependendo das encontre, faz-se
necessário acionar uma circunstâncias em que a necessário acionar
Unidade de Resgate, para vítima se encontre, faz- uma Unidade de
cuidados médicos. se necessário acionar Resgate, para
uma Unidade de cuidados médicos.
Resgate, para cuidados OBS: Se a vítima
médicos. recusar o
atendimento médico
consignar no
Boletim de
Ocorrência.
d)Se necessário, no d)Solicitar que a vítima d)Se necessário, no
momento da ocorrência, assine o Boletim de momento da ocorrência,
acompanhar a ofendida Ocorrência. Caso a acompanhar a ofendida
para assegurar a retirada mesma se recuse, para assegurar a retirada
de seus pertences do local consignar a recusa; de seus pertences do
do fato ou do domicílio local do fato ou do
familiar, consignando no domicílio familiar,
Boletim de Ocorrência; consignando no
Boletim de Ocorrência;
e)Lavrar o Boletim de e)Caso a vítima precise de e)Lavrar o Boletim de
Ocorrência (caso a vítima atendimento médico, Ocorrência (caso a
se recuse a assinar, providenciar o socorro vítima se recuse a
consignar a recusa neste). médico imediato, assinar, consignar a
solicitando da equipe recusa neste).
médica um relatório sobre
aquela, para que seja
apresentado à DP.

OBS: Dependendo das


circunstâncias em que a
vítima se encontre, faz-se
necessário acionar uma
Unidade de Resgate, para
cuidados médicos.
OBS: Se a vítima recusar
o atendimento médico
consignar no Boletim de
Ocorrência.

1.2. Não tenha resultado lesões aparentes, adotar-se-á os seguintes procedimentos, após
informado ao CIOPS/COPOM:
-Vítima deseja ir à DP: Dar o apoio policial necessário à vítima, levando-a à DP para
realizar o registro do fato. Caso haja testemunhas que presenciaram o fato, consignar no
Boletim de Ocorrência (nome completo, endereço e telefone).
-Vítima não deseja ir à DP: Lavrar o Boletim de Ocorrência Informativo (consignar os
pormenores da situação) e entregar na sua Unidade Policial para o CPU e/ou setor
responsável para o recebimento deste – P3.

2. Se não houve a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher baseada no


gênero que tenha causado morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano
moral ou patrimonial e que não tenha ocorrido no âmbito da unidade doméstica, no âmbito
da família ou em qualquer relação íntima de afeto, incluindo pessoas travestis, mulheres
transgênero, transexuais e em relações homoafetivas:
a) Atender a ocorrência conforme o delito cometido pelo agente, obedecendo as
demais orientações legais;
b) Ligar 190 (CIOPS) para originar o Mike e informar o deslocamento para a
Delegacia/Hospital;
c) Atender de acordo com os procedimentos adotados pela PMMA para cada delito
em específico.

3. Em caso de ocorrências que apresentem características do crime de Feminicídio:


a) Isolar o local do crime;
b) Colher informações acerca da ocorrência;
c) Acionar o CIOPS (190), para que sejam acionadas a Perícia Técnica, a fim de que
sejam comunicados os órgãos investigativos para se identificar o autor do crime e
proceder a sua prisão.

ERROS A SEREM EVITADOS

1. Não informar à pessoa ofendida os seus direitos com relação à Lei Maria da Penha;
2. Lavrar Termo Circunstanciado nos casos de Lei Maria da Penha;
3. Não tomar as providências essenciais quando há o crime de descumprimento de
medidas protetivas de urgência ou o cometimento de violência doméstica e familiar
contra o gênero Mulher, deixando de conduzir as partes à DP;

4. Deixar de socorrer a vítima para um estabelecimento de saúde ou deixar de acionar a


Unidade de Resgate, quando necessário;

5. Não avaliar corretamente a ocorrência;


6. Agir sem imparcialidade, revitimizando a mulher vítima de violência ou
culpabilizando-a;
7. Fazer julgamentos em relação à violência sofrida pela mulher, pormenorizando a
situação;

8. Agir com inflexibilidade e com truculência, sem fornecer um atendimento


humanizado;

9. Permitir que pessoas interfiram no atendimento da ocorrência, dificultando o trabalho


policial;

10. Não tratar a ocorrência de violência contra a mulher como uma Ocorrência Policial
Militar;

11. No primeiro contato com a vítima (por telefone ou in loco) demonstrar desinteresse
pelo caso;

12. Em ocorrência de violência contra a mulher, não há acordo.


ANEXO
FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCO – FRIDA

IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES


Delegacia de Polícia:
Nome da vítima: Idade:
Escolaridade:
Nacionalidade:
Nome do(a) agressor(a): Idade:
Escolaridade:
Nacionalidade:
Vínculo entre a vítima e o(a) agressor(a):
Data: / /

BLOCO I – SOBRE O HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA


1. O(A) agressor(a) já ameaçou você ou algum familiar com a finalidade de atingi-la?
( ) Sim, utilizando arma de fogo
( ) Sim, utilizando faca
( ) Sim, de outra forma
( ) Não
2. O(A) agressor(a) já praticou alguma(s) destas agressões físicas contra você?
( ) Queimadura
( ) Enforcamento
( ) Sufocamento
( ) Tiro
( ) Afogamento
( ) Facada
( ) Paulada
( ) Nenhuma das agressões acima
3. O(A) agressor(a) já praticou alguma(s) destas outras agressões físicas contra você?
( ) Socos
( ) Chutes
( ) Tapas
( ) Empurrões
( ) Puxões de Cabelo
( ) Nenhuma das agressões acima
4. O(A) agressor(a) já obrigou você a fazer sexo ou a praticar atos sexuais contra sua
vontade?
( ) Sim
( ) Não
5. O(A) agressor(a) já teve algum destes comportamentos?
( ) iss a g pa i a as : “s ã i ha, ã s á ais i gué ”
( ) perturbou, perseguiu ou vigiou você nos locais em que frequenta
( ) proibiu você de visitar familiares ou amigos
( ) proibiu você de trabalhar ou estudar
( ) fez telefonemas, enviou mensagens pelo celular ou e-mails de forma insistente
( ) impediu você de ter acesso a dinheiro, conta bancária ou outros bens (como documentos
pessoais, carro)
( ) teve outros comportamentos de ciúme excessivo e de controle sobre você
( ) nenhum dos comportamentos acima listados
6. Você já registrou ocorrência policial ou formulou pedido de medida protetiva de urgência
envolvendo essa mesma pessoa?
( ) Sim
( ) Não
7. As ameaças ou agressões físicas do(a) agressor(a) contra você se tornaram mais
frequentes ou mais graves nos últimos meses?
( ) Sim
( ) Não
BLOCO II – SOBRE O (A) AGRESSOR (A)
8. O(A) agressor(a) faz uso abusivo de álcool ou de drogas?
( ) Sim, de álcool
( ) Sim, de drogas
( ) Não
( ) Não sei
9. O(A) agressor(a) tem alguma doença mental comprovada por avaliação médica?
( ) Sim e faz uso de medicação
( ) Sim e não faz uso de medicação
( ) Não
( ) Não sei
10. O(A) agressor(a) já descumpriu medida protetiva anteriormente?
( ) Sim
( ) Não
11. O(A) agressor(a) já tentou suicídio ou falou em suicidar-se?
( ) Sim
( ) Não
12. O(A) agressor(a) está desempregado ou tem dificuldades financeiras?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não sei
13. O(A) agressor(a) tem acesso a armas de fogo?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não sei
14. O(A) agressor(a) já ameaçou ou agrediu seus filhos, outros familiares, amigos, colegas de
trabalho, pessoas desconhecidas ou animais de estimação?
( ) Sim.
Especifique: ( ) filhos ( ) outros familiares ( ) outras pessoas ( ) animais
( ) Não
( ) Não sei
BLOCO III – SOBRE VOCÊ

15. Você se separou recentemente do(a) agressor(a) ou tentou se separar?


( ) Sim
( ) Não
16. Você tem filhos?
( ) Sim, com o agressor. Quantos?
( ) Sim, de outro relacionamento. Quantos?
( ) Não
16.1. Se sim, assinale a faixa etária de seus filhos. Se tiver mais de um filho, pode assinalar
mais de uma opção:
( ) 0 a 11 anos
( ) 12 a 17 anos
( ) A partir de 18 anos
16.2. Algum de seus filhos é pessoa portadora de deficiência?
( ) Sim, Quantos?
( ) Não
17. Você está vivendo algum conflito com o(a) agressor(a) em relação à guarda do(s) filho(s),
visitas ou pagamento de pensão?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não tenho filhos com o(a) agressor(a)
18. Seu(s) filho(s) já presenciaram ato(s) de violência do(a) agressor(a) contra você?
( ) Sim
( ) Não
19. Você sofreu algum tipo de violência durante a gravidez ou nos três meses posteriores ao
parto?
( ) Sim
( ) Não
20. Se você está em um novo relacionamento, percebeu que as ameaças ou as agressões
físicas aumentaram em razão disso?
( ) Sim
( ) Não
21. Você possui alguma deficiência ou é portadora de doenças degenerativas que acarretam
condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental?
( ) Sim. Qual(is)?
( ) Não
22. Com qual cor/raça você se identifica:
( ) branca
( ) preta
( ) parda
( ) amarela/oriental
( ) indígena

BLOCO IV – OUTRAS INFORMAÇÕES IMPORTANTES

23. Você considera que mora em bairro, comunidade, área rural ou local de risco de
violência?
( ) Sim
( ) Não
( ) Não sei
24. Você se considera dependente financeiramente do(a) agressor(a)?
( ) Sim
( ) Não
25. Você quer e aceita abrigamento temporário?
( ) Sim
( ) Não

Declaro, para os fins de direito, que as informações supra são verídicas e foram prestadas
por mim,

Assinatura da Vítima/terceiro comunicante:

PARA PREENCHIMENTO PELO PROFISSIONAL:


( ) Vítima respondeu a este formulário sem ajuda profissional;
( ) Vítima respondeu a este formulário com auxílio profissional;
( ) Vítima não teve condições de responder a este formulário;
( ) Vítima recusou-se a preencher o formulário;
( ) Terceiro comunicante respondeu a este formulário.

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