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LEGISLAÇÃO PENAL
ESPECIAL
Lei Maria da Penha – Lei nº
11.340/06
Material de apoio
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
LEI MARIA DA PENHA
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Futuro(a) Policial,
Nesse ano, iniciaremos, em nosso canal no Youtube, o projeto Alvo Certo – Temas
Importantes para Carreiras Policiais em 30 minutos.
Como o próprio nome já sinaliza, o nosso objetivo é que, em apenas 30 minutos, você tenha
uma aula completa acerca de um tópico relevante para concursos das Carreiras Policiais.
Além da aula gratuita, você terá acesso a um material de apoio completo, com o resumo
da aula e questões para treinamento.
Semanalmente, serão liberados 2 vídeos das matérias que compõem o Núcleo Duro das
Carreiras Policiais: Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal/Criminologia,
Processo Penal e Legislação Penal Especial.
Iniciaremos o nosso projeto com as matérias de Direito Penal e Legislação Penal Especial.
Vejam só a nossa dupla de professores:
Tudo isso de forma gratuita e permanente, pois, fiquem tranquilos, as aulas não serão
retiradas do canal após determinado tempo.
Bons estudos!
Equipe @dedicacaodelta
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1.1 – A Lei Maria da Penha criou mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e
familiar contra a mulher
Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial:
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
Física
Psicológica
Sexual
Patrimonial
Moral
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III - pelo policial, quando o Município não for sede de comarca e não houver
delegado disponível no momento da denúncia.
APROFUNDANDO:
A autora da ação afirmou que, sem que haja flagrante delito, a entrada de um policial sem
autorização judicial em qualquer domicílio viola princípios constitucionais da reserva de jurisdição,
do devido processo legal e da inviolabilidade do domicílio (incisos XII, LIV e XI do artigo 5º da
Constituição Federal).
A inclusão dos dispositivos questionados na Lei Maria da Penha — art. 12-C, II, III e § 1º — é razoável,
proporcional e adequada. Ela permite a retirada imediata do algoz, sem ordem judicial prévia,
mediante a atuação de delegados de polícia, quando o município não for sede de comarca, e de
policiais, quando o município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no
momento da denúncia. Em ambos os casos, o juiz deverá ser comunicado no prazo máximo de 24
horas e decidirá sobre a manutenção ou revogação da medida protetiva de urgência.
Além disso, a legislação está de acordo com o sistema internacional de proteção aos direitos
humanos das mulheres e de combate à violência contra a mulher, que evoluiu no sentido de
recomendar a criação de mecanismos preventivos e repressivos eficazes e, dentre outras
considerações, a outorga de prioridade à segurança sobre os direitos de propriedade.
Com esses entendimentos, o Plenário julgou improcedente pedido formulado em ação direta e
declarou a constitucionalidade das normas impugnadas.
https://www.dizerodireito.com.br/2022/05/e-constitucional-o-art-12-c-da-lei.html
Juiz – 48 horas para conhecer do pedido e decidir (24h se afastamento se deu pelo Delegado
ou pelo policial)
MPU podem ser concedidas
A requerimento do Ministério Público
A pedido da ofendida
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1.7 – Feminicídio
Art. 129. § 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da
condição do sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste Código -
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos).
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Obs.: Violência doméstica – Art. 129. §9º - Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente,
irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-
se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade - Pena - detenção, de 3
(três) meses a 3 (três) anos.
Súmula 536 - A suspensão condicional do processo e a transação penal não se aplicam na hipótese
de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha.
Súmula 542 – A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica
contra a mulher é pública incondicionada.
Súmula 588 - A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave
ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos.
Súmula 600 - Para a configuração da violência doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei n.
11.340/2006 (Lei Maria da Penha) não se exige a coabitação entre autor e vítima.
JT 209 - Tese 7) As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006 são aplicáveis às minorias,
como transexuais, transgêneros, cisgêneros e travestis em situação de violência doméstica, afastado
o aspecto meramente biológico.
JT 211 – Tese 6) É possível a aplicação da Lei Maria da Penha no caso de violência doméstica
praticada contra empregada doméstica.
JT 211 – Tese 7) É possível aplicar a Lei Maria da Penha no caso de violência praticada por neto
contra avó.
JT 211 – Tese 9) Nos delitos praticados em contexto de violência doméstica e familiar contra a
mulher não é possível a consunção entre o crime de descumprimento de medidas protetivas de
urgência e o crime de ameaça.
JT 211 – Tese 11) A imputação simultânea das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no
crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar não
caracteriza bis in idem.
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JT 211 – Tese 12) É inadmissível a utilização da tese da "legítima defesa da honra" como argumento
no feminicídio e nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, pois se trata de
alegação discriminatória que contribui para a perpetuação da violência de gênero.
01 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A violência psicológica é aquela entendida como qualquer conduta que configure calunia, difamação
ou injuria.
02 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O prazo para a autoridade policial remeter o expediente com o pedido de medida protetiva de
urgência para o juiz é de 24h.
03 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
É necessário que contenha, no pedido de medida protetiva de urgência, dentre outros requisitos, o
nome e a idade dos filhos dependentes.
04 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Na ADI 6138 o STF entendeu pela constitucionalidade da atuação supletiva e excepcional do
delegado de polícia para afastamento do lar mesmo sem autorização judicial prévia.
05 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O descumprimento de decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência é um crime de
menor potencial ofensivo e é causa de aumento de pena prevista no art. 121, §7º do Código Penal.
06 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A prática de crime contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico
impossibilita a substituição da PPL por PRD. O mesmo não se aplica às contravenções penais.
07 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Não se aplica a Lei Maria da Penha no caso de violência doméstica praticado contra empregada
doméstica.
08 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
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09 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A imputação simultânea das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio
praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar não caracteriza bis in idem.
10 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Não é possível a aplicação da tese da “legítima defesa da honra” como argumento no feminicídio e
nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher.
GABARITO COMENTADO
01 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A violência psicológica é aquela entendida como qualquer conduta que configure calunia, difamação
ou injuria.
GABARITO: ERRADO.
Art. 7º, V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação
ou injúria
02 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O prazo para a autoridade policial remeter o expediente com o pedido de medida protetiva de
urgência para o juiz é de 24h.
GABARITO: ERRADO.
Art. 12 – A autoridade policial deverá:
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da
ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
03 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
É necessário que contenha, no pedido de medida protetiva de urgência, dentre outros requisitos, o
nome e a idade dos filhos dependentes.
GABARITO: CERTO.
§1º - O pedido da ofendida deverá conter:
II - nome e idade dos dependentes;
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04 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Na ADI 6138 o STF entendeu pela constitucionalidade da atuação supletiva e excepcional do
delegado de polícia para afastamento do lar mesmo sem autorização judicial prévia.
GABARITO: CERTO.
É válida a atuação supletiva e excepcional de delegados de polícia e de policiais a fim de afastar o
agressor do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida, quando constatado risco atual ou
iminente à vida ou à integridade da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus
dependentes, conforme o art. 12-C inserido na Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha).
STF. Plenário. ADI 6138/DF, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 23/3/2022 (Info 1048).
05 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
O descumprimento de decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência é um crime de
menor potencial ofensivo e é causa de aumento de pena prevista no art. 121, §7º do Código Penal.
GABARITO: CERTO.
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta Lei:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos.
06 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A prática de crime contra a mulher com violência ou grave ameaça no ambiente doméstico
impossibilita a substituição da PPL por PRD. O mesmo não se aplica às contravenções penais.
GABARITO: ERRADO.
Súmula 588 - A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com violência ou grave
ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos.
07 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Não se aplica a Lei Maria da Penha no caso de violência doméstica praticado contra empregada
doméstica.
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GABARITO: ERRADO.
JT 211 – Tese 6) É possível a aplicação da Lei Maria da Penha no caso de violência doméstica
praticada contra empregada doméstica.
08 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
É aplicável o princípio da consunção no crime de descumprimento de medida protetiva de urgência
e ameaça no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.
GABARITO: ERRADO.
JT 211 – Tese 9) Nos delitos praticados em contexto de violência doméstica e familiar contra a
mulher não é possível a consunção entre o crime de descumprimento de medidas protetivas de
urgência e o crime de ameaça.
09 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
A imputação simultânea das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no crime de homicídio
praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar não caracteriza bis in idem.
GABARITO: CERTO.
JT 211 – Tese 11) A imputação simultânea das qualificadoras de motivo torpe e de feminicídio no
crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e familiar não
caracteriza bis in idem.
10 – EXCLUSIVO @DEDICACAODELTA
Não é possível a aplicação da tese da “legítima defesa da honra” como argumento no feminicídio e
nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher.
GABARITO: CERTO.
JT 211 – Tese 12) É inadmissível a utilização da tese da "legítima defesa da honra" como argumento
no feminicídio e nos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher, pois se trata de
alegação discriminatória que contribui para a perpetuação da violência de gênero.
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