Você está na página 1de 31

Copyright © 2020 de Mapas Concursos

Todos os direitos reservados. Este ebook ou qualquer parte dele não pode ser reproduzido ou usado de
forma alguma sem autorização expressa, por escrito, do autor ou editor, exceto pelo uso de citações
breves em uma resenha do ebook.

Edição: 2022.
Cardápio

1 Lei do Abuso de Autoridade - Lei nº 13.869/19.................................................................................... 3


2 Crimes Resultantes de Preconceito de Raça ou Cor - Lei nº 7.716/89 .............................................. 8
3 Lei de Crimes Hediondos - Lei nº 8.072/90......................................................................................... 10
4 Crimes contra o Consumidor, a Ordem Econômica e Tributária - Lei nº 8.078/90 e Lei nº 8.137/90
13
5 Lei dos Crimes de Tortura - Lei nº 9.455/97 ....................................................................................... 16
6 Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) - Lei nº 10.826/03 ........................................................ 20
7 Lei de Tóxicos (Drogas) - Lei nº 11.343/06 .......................................................................................... 23
8 Lei Maria da Penha - Lei nº 11.340/06................................................................................................. 25
9 Lei de Crimes Ambientais - Lei nº 9.605/98 ........................................................................................ 29
10 Improbidade Administrativa - Lei nº 8.429/92 ................................................................................... 30

2
1 Lei do Abuso de Autoridade - Lei nº 13.869/19

Art. 1º Esta Lei define os crimes de abuso de


autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas
funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído.

§ 1º As condutas descritas nesta Lei constituem


crime de abuso de autoridade quando praticadas
pelo agente com a finalidade específica de
prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a
terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou
satisfação pessoal.

Art. 12. Deixar injustificadamente de


comunicar prisão em flagrante à
autoridade judiciária no prazo
legal (CPP Art. 306. A prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão
comunicados imediatamente ao juiz
competente, ao Ministério Público e à
família do preso ou à pessoa por ele
indicada.)

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2


(dois) anos, e multa.

3
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:

I - deixa de comunicar, imediatamente, a


execução de prisão temporária ou
preventiva à autoridade judiciária que a
decretou;

II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão


de qualquer pessoa e o local onde se encontra
à sua família ou à pessoa por ela indicada;

III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24


(vinte e quatro) horas, a nota de culpa, assinada
pela autoridade, com o motivo da prisão e os
nomes do condutor e das testemunhas;

4
IV - prolonga a execução de pena privativa de
liberdade, de prisão temporária, de prisão
preventiva, de medida de segurança ou de
internação, deixando, sem motivo justo e
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura
imediatamente após recebido ou de promover a
soltura do preso quando esgotado o prazo judicial
ou legal.

Art. 13. Constranger o preso ou o


detento, mediante violência ,
grave ameaça ou redução de sua
capacidade de resistência, a:

I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte


dele exibido à curiosidade pública;

II - submeter-se a situação vexatória ou


a constrangimento não autorizado em
lei;

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro)


anos, e multa, sem prejuízo da pena
cominada à violência

5
A nova lei de abuso de autoridade trouxe a vedação expressa do cumprimento de mandado de busca
e apreensão após as 21h e antes das 5h, ou seja, ainda que a autoridade esteja munida do respectivo
mandado, não poderá adentrar a residência, mas tão somente resguardar as portas e janelas, tornando
a casa incomunicável até o amanhecer.

6
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante,
imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação
judicial ou fora das condições estabelecidas em lei:

Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.

§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, quem:

III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes
das 5h (cinco horas).

7
2 Crimes Resultantes de Preconceito de Raça ou Cor - Lei nº
7.716/89

Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os


crimes resultantes de discriminação ou
preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.

[...]

Art. 5º Recusar ou impedir acesso a


estabelecimento comercial, negando-se a
servir, atender ou receber cliente ou
comprador.

Pena: reclusão de um a três anos.

Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional.

8
§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou
propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.

Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa

9
3 Lei de Crimes Hediondos - Lei nº 8.072/90

10
Art. 1º São considerados hediondos os
seguintes crimes, consumados ou tentados:

I – homicídio (art. 121), quando praticado


em atividade típica de grupo de extermínio,
ainda que cometido por um só agente, e
homicídio qualificado (art. 121, § 2, incisos I,
II, III, IV, V, VI e VII);

I-A – lesão corporal dolosa de natureza


gravíssima (art. 129, § 2) e lesão corporal
seguida de morte (art. 129, § 3), quando
praticadas contra autoridade ou agente
descrito nos Arts. 142 e 144 da CF/88, e,
integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício
da função ou em decorrência dela, ou contra
seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão
dessa condição;

II – Roubo : a) circunstanciado pela restrição


de liberdade da vítima,

b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido
ou restrito ,

c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (latrocínio)

III – extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte
(art. 158, § 3);

IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ l, 2 e 3);

V – estupro (art. 213, caput e §§ 1 e 2);

VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1, 2, 3 e 4);

VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1).

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou


medicinais (art. 273, caput e § 1, § 1-A e § 1-B).

VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente


ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).

IX – Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum.
(art. 155, § 4º-A)

Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados:

a) Genocídio,

11
b) Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido,
c) Comércio ilegal de armas de fogo,
d) Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição,
e) Organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.

12
4 Crimes contra o Consumidor, a Ordem Econômica e
Tributária - Lei nº 8.078/90 e Lei nº 8.137/90

O agente que comete crime contra a ordem


tributária , mas realiza o pagamento
integral do tributo devido, a qualquer tempo,
tem a punibilidade extinta.

Art. 3° Constitui crime funcional contra a


ordem tributária (...):

III - patrocinar, direta ou indiretamente,


interesse privado perante a administração
fazendária , valendo-se da qualidade de
funcionário público.

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e


multa.

Patrocina perante a Administração Pública =


Advocacia administrativa

Patrocina perante a Administração


Fazendária = crime funcional contra a ordem
tributária

13
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:
(Vide Lei nº 9.964, de 10.4.2000)

I - fazer declaração falsa ou omitir declaração


sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar
outra fraude, para eximir-se, total ou
parcialmente, de pagamento de tributo;

II - deixar de recolher, no prazo legal, valor


de tributo ou de contribuição social,
descontado ou cobrado, na qualidade de
sujeito passivo de obrigação e que deveria
recolher aos cofres públicos;

III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o


contribuinte beneficiário, qualquer
percentagem sobre a parcela dedutível ou
deduzida de imposto ou de contribuição
como incentivo fiscal ;

IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de imposto
liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;

V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da


obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda
Pública .

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:

IV - Deixar de aplicar, ou aplicar em


desacordo com o estatuído, incentivo fiscal
ou parcelas de imposto liberadas por órgão
ou entidade de desenvolvimento;

Quando a questão falar de crimes de ordem


TRIBUTÁRIA , fique atento nas palavras
FISCAL , TRIBUTO, FAZENDÁRIA .

Se tiver uma dessas palavras, é por que faz


parte dos crimes da referida ordem.

14
Lei 8.137/90, Art. 4° Constitui crime contra
a ordem econômica:

I - abusar do poder econômico ,


dominando o mercado ou eliminando,
total ou parcialmente, a concorrência
mediante qualquer forma de ajuste ou
acordo de empresas;

II - formar acordo , convênio, ajuste ou


aliança entre ofertantes, visando

a) à fixação artificial de preços ou


quantidades vendidas ou produzidas

b) ao controle regionalizado do mercado por


empresa ou grupo de empresas

c) ao controle, em detrimento da
concorrência, de rede de distribuição ou de
fornecedores.

15
5 Lei dos Crimes de Tortura - Lei nº 9.455/97

Tortura (equiparado a hediondo)

Art. 1º Constitui crime de tortura:

I - Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça , causando-lhe


sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; (tortura
confissão ou prova)

16
b) para provocar ação ou omissão de
natureza criminosa; (tortura crime)

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

17
c) em razão de discriminação racial ou
religiosa; (tortura discriminatória).

A tortura discriminatória se difere do


racismo pois há emprego de violência ou
grave ameaça. O racismo é um crime contra
a coletividade e não contra uma pessoa ou
grupo específico. Pode ser tanto dizer “todos
os negros são macacos”, como recusar
acesso a estabelecimento comercial ou
elevador social de um prédio.

E se o crime for outro motivo de


discriminação? A doutrina entende que só
haverá tortura se a discriminação for
RACIAL ou RELIGIOSA, não cabe analogia in
malan partem .

Pena - reclusão, de dois a oito anos.

II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça,
a intenso sofrimento físico ou mental , como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo. (tortura castigo)

18
Pena - reclusão, de dois a oito anos.

A pena prevista para o crime de tortura


consistente em submeter alguém, sob sua
guarda, poder ou autoridade, com emprego
de violência ou grave ameaça, a intenso
sofrimento físico ou mental , como forma
de aplicar castigo pessoal ou medida de
caráter preventivo, é de reclusão de dois a
oito anos.

O agente público que pratica uma das


condutas que caracterizam crimes de tortura
terá a pena aumentada em um sexto a
um terço. a

O agente público condenado por crime de


tortura perderá o cargo , função ou
emprego público (forma automática) e
sofrerá interdição para seu exercício pelo
dobro do prazo da pena aplicada.

O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

19
6 Lei de Armas (Estatuto do Desarmamento) - Lei nº 10.826/03

Lei n. 10.826/2003. Art. 5 - O certificado de


Registro de Arma de Fogo, com validade em
todo o território nacional, autoriza o seu
proprietário a manter a arma de fogo
exclusivamente no interior de sua
residência ou domicílio , ou dependência
desses, ou, ainda, no seu local de trabalho,
desde que seja ele o titular ou o responsável
legal pelo estabelecimento ou empresa.

§ 1 O certificado de registro de arma de fogo


será expedido pela Polícia Federal e será
precedido de autorização do Sinarm.

Art. 4 - O SINARM expedirá autorização de compra de arma de fogo após atendidos os requisitos
anteriormente estabelecidos, em nome do requerente e para a arma indicada, sendo intransferível
esta autorização

Art. 10 - A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido , em todo o território
nacional, é de competência da Polícia Federal e somente será concedida após autorização do
SINARM.

20
Art. 13. Deixar de observar as cautelas
necessárias para impedir que menor de 18
(dezoito) anos ou pessoa portadora de
deficiência mental se apodere de arma de
fogo que esteja sob sua posse ou que seja de
sua propriedade.

O crime que é culposo se consuma no


momento em que o menor ou portador de
deficiência mental se apodera da arma.
Sendo que, na hipótese de provocar lesão ou
morte de alguém, responderá o agente por
homicídio culposo ou lesão corporal culposa.

Porte ilegal de arma de fogo de uso


permitido

Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer,


receber, ter em depósito, transportar, ceder,
ainda que gratuitamente, emprestar,
remeter, empregar, manter sob guarda ou
ocultar arma de fogo , acessório ou
munição , de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com
determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro)


anos, e multa.

Posse ou porte ilegal de arma de fogo de


uso restrito

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir,


fornecer, receber, ter em depósito,
transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito , sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

21
Na forma do CP. Art 17, o crime é impossível
de ser consumado quando:

Delito impossível por ineficácia absoluta do


meio - a ineficácia absoluta do meio se
traduz na impossibilidade do instrumento
utilizado consumar o delito de qualquer
forma: exemplo de arma sem munição.

Contudo, caso seja um revólver, por


exemplo, e esteja municiado, mesmo a arma
não possuindo o mecanismo de
acionamento do gatilho haverá crime (portar
arma de fogo, munição e acessórios).

No caso de uma arma em condições de


disparo, mas apenas desmuniciada, sua
impropriedade não é absoluta, é relativa, de
forma a afastar a figura do “crime
impossível”. E mais, uma arma que não
funciona, não é mais arma, é um conjunto de metais inservível.

22
7 Lei de Tóxicos (Drogas) - Lei nº 11.343/06

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em


depósito, transportar ou trouxer consigo,
para consumo pessoal, drogas sem
autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar será
submetido às seguintes penas:

I – advertência sobre os efeitos das


drogas;

II - prestação de serviços à comunidade ;

III - medida educativa de comparecimento


a programa ou curso educativo.

Art. 33, §3º Oferecer droga, eventualmente


e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento , para juntos a
consumirem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um)


ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas
previstas no art. 28;

Art. 50. Ocorrendo prisão em flagrante, a


autoridade de polícia judiciária fará,
imediatamente, comunicação ao juiz
competente, remetendo-lhe cópia do auto
lavrado, do qual será dada vista ao órgão do
Ministério Público , em 24 (vinte e quatro)
horas.

§ 1 Para efeito da lavratura do auto de prisão


em flagrante e estabelecimento da
materialidade do delito, é suficiente o laudo
de constatação da natureza e quantidade da
droga, firmado por perito oficial ou, na
falta deste, por pessoa idônea.

23
Súmula 587-STJ: Para a incidência da
majorante prevista no artigo 40, V, da Lei
11.343/06, é desnecessária a efetiva
transposição de fronteiras entre estados da
federação, sendo suficiente a demonstração
inequívoca da intenção de realizar o tráfico
interestadual.

Aumento de 1/6 a 2/3. a

Pegadinha da banca: Vai meter


intermunicipal no meio do enunciado, vai
está incorreto!

Súmula n. 528/STJ: Compete ao juiz federal


do local da apreensão da droga remetida do
exterior pela via postal processar e julgar o
crime de tráfico internacional.

24
8 Lei Maria da Penha - Lei nº 11.340/06

Art. 7º, V, da Lei 11.340: Art. 7º São


formas de violência doméstica e
familiar contra a mulher , entre
outras: V - a violência moral,
entendida como qualquer
conduta que configure calúnia,
difamação ou injúria.

Art. 18, I, da Lei 11.340: Art. 18.


Recebido o expediente com o
pedido da ofendida , caberá ao
juiz , no prazo de 48 (quarenta
e oito) horas: I - conhecer do
expediente e do pedido e decidir
sobre as medidas protetivas de
urgência;

Art. 22. Constatada a prática de


violência doméstica e familiar
contra a mulher , nos termos
desta Lei, o juiz poderá aplicar,
de imediato, ao agressor, em
conjunto ou separadamente, as
seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:

I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas...

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

III - proibição de determinadas condutas , entre as quais:

a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de


distância entre estes e o agressor;

b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;

c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da


ofendida;

IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento


multidisciplinar ou serviço similar;

V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios...

Art. 27. Em todos os atos processuais, cíveis e criminais, a mulher em situação de violência doméstica
e familiar deverá estar acompanhada de advogado , ressalvado o previsto no art. 19 desta Lei.

25
Art. 19. As medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz , a requerimento
do Ministério Público ou a pedido da ofendida.

Art. 11. No atendimento à mulher em


situação de violência doméstica e familiar, a
autoridade policial deverá, entre outras
providências:

I - garantir proteção policial, quando


necessário, comunicando de imediato ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário;

II - encaminhar a ofendida ao hospital


ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;

III - fornecer transporte para a ofendida


e seus dependentes para abrigo ou local
seguro, quando houver risco de vida;

IV - se necessário, acompanhar a ofendida


para assegurar a retirada de seus pertences
do local da ocorrência ou do domicílio
familiar;

V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.

26
Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física da mulher em
situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será imediatamente
afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida:

I - pela autoridade judicial (Juiz) ;

II - pelo delegado de polícia , quando o Município não for sede de comarca; ou

III - pelo policial , quando o Município não for sede de comarca e não houver delegado disponível no
momento da denúncia.

27
§ 1º. Nas hipóteses dos incisos II e III do caput deste artigo, o juiz será comunicado no prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) horas e decidirá, em igual prazo, sobre a manutenção ou a revogação
da medida aplicada, devendo dar ciência ao Ministério Público concomitantemente.

§ 2º. Nos casos de risco à integridade física da ofendida ou à efetividade da medida protetiva de
urgência, não será concedida liberdade provisória ao preso.

Art. 19. As medidas protetivas de urgência


poderão ser concedidas pelo juiz , a
requerimento do Ministério Público ou a
pedido da ofendida.

§ 1 As medidas protetivas de urgência


poderão ser concedidas de imediato,
independentemente de audiência das partes
e de manifestação do Ministério Público ,
devendo este ser prontamente comunicado.

§ 2 As medidas protetivas de urgência serão


aplicadas isolada ou cumulativamente, e
poderão ser substituídas a qualquer tempo
por outras de maior eficácia, sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem
ameaçados ou violados.

28
9 Lei de Crimes Ambientais - Lei nº 9.605/98

Art. 34 Tipifica a conduta de pesca ilegal


como “Pescar em período no qual a pesca
seja proibida ou em lugares interditados
por órgão competente”, crime este de perigo
abstrato e formal.

Art. 36 Para os efeitos desta Lei, considera-


se pesca todo ato tendente a retirar, extrair,
coletar, apanhar, apreender ou capturar
espécimes dos grupos dos peixes ,
crustáceos, moluscos e vegetais hidróbios,
suscetíveis ou não de aproveitamento
econômico, ressalvadas as espécies
ameaçadas de extinção, constantes nas listas
oficiais da fauna e da flora.

29
10 Improbidade Administrativa - Lei nº 8.429/92

Em termos mais gerais, pode-se entender a improbidade administrativa como uma conduta
desonesta por parte de funcionários públicos .

Os atos que caracterizam improbidade administrativa são divididos em três grupos, de acordo com os
danos que causam à sociedade.

O primeiro deles é o Enriquecimento ilícito : Ilustrado por uma mão recebendo propina (vantagem
econômica) após ter realizado uma licitação.

30
No segundo caso, temos o Prejuízo ao Horário(Erário) : Lembre-se do relógio e não esquecerá! Nele
o erário sofre um dano. O erário é a administração pública. Neste caso, não há enriquecimento ilícito
por parte do agente. Porém, se o agente permitir, facilitar ou concorrer para que 3º se enriqueça
ilicitamente, ele causará um dano ao erário. ⠀

Por último, atos que atentam contra os princípios da administração pública: São as condutas que
violam o LIMPE ! (Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência). Lembre-se da
empregada LIMPando.

Em resumo, se o agente ganhou dinheiro (lucrou) houve o enriquecimento ilícito. Se não ganhou, mas
permitiu que outro ganhe ou causou um dano à administração pública sem ter o agente enriquecido
houve o dano/prejuízo ao erário. Por último, se ninguém ganhou pode ter ocorrido atentado aos
princípios.

Art. 20 A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o
trânsito em julgado da sentença condenatória .

Parágrafo único. A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o


afastamento do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual.

31

Você também pode gostar