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LEI DE EXECUÇÃO PENAL

LEI Nº 7.210/1984 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL) – INCIDENTES DA EXECUÇÃO II


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LEI Nº 7.210/1984 (LEI DE EXECUÇÃO PENAL) – INCIDENTES DA


EXECUÇÃO II

Anistia, Indulto e Graça (Indulto Individual)


- Noções Gerais.
- Causas extintivas da punibilidade. Art. 107, II, CP. → O indivíduo passa a não ter
mais uma pena a cumprir ou terá uma pena diminuída (indulto parcial/comuta-
ção da pena).
- Decisão judicial: o Juiz da execução observará que o indivíduo preenche os requi-
sitos previstos no decreto presidencial para ter a sua pena extinta.

Anistia
- Lei penal – razões de clemência – apaga EFEITOS PENAIS de um fato criminoso.

Exemplo:
Lei n. 6683/79
Art. 1º É concedida anistia a todos quantos, no período compreendido entre 2 de setem-
bro de 1961 e 15 de agosto de 1979, cometeram crimes políticos ou conexo com estes, crimes
eleitorais, aos que tiveram seus direitos políticos suspensos e aos servidores da Administra-
ção Direta e Indireta, de fundações vinculadas ao poder público, aos Servidores dos Poderes
Legislativo e Judiciário, aos Militares e aos dirigentes e representantes sindicais, punidos
com fundamento em Atos Institucionais e Complementares (vetado).
Obs.: crimes específicos em determinado período de tempo.
5m
- Clemência política, social.
- Excludente de punibilidade.
- Crimes de ação penal pública ou privada.

Art. 5º XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia


a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os defini-
dos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem.
§ 1º Consideram-se conexos, para efeito deste artigo, os crimes de qualquer natureza
relacionados com crimes políticos ou praticados por motivação política.
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§ 2º Excetuam-se dos benefícios da anistia os que foram condenados pela prática de


crimes de terrorismo, assalto, sequestro e atentado pessoal.

- Fatos e não pessoas. Períodos certos – não se confunde com abolitio criminis. A
conduta não deixa de ser criminosa, mas quem a cometeu em um determinado
período de tempo receberá o perdão por ter praticado essa conduta.
- Congresso Nacional. Sanção presidencial. Art. 48, VIII, CRFB.
- Art. 21. Compete à União: XVII – conceder anistia;
- Antes do trânsito em julgado (própria) ou depois do trânsito em julgado
(imprópria).
- Decisão judicial – declaratória. Se for imprópria, é declarada pelo Juiz da execu-
ção; se for própria, será declarada pelo Juiz da causa ou pelo Tribunal.
- Lei de Execução Penal. Art. 187. Concedida a anistia, o Juiz, de ofício, a requeri-
mento do interessado ou do Ministério Público, por proposta da autoridade admi-
nistrativa ou do Conselho Penitenciário, declarará extinta a punibilidade.
- Condicionada (prevê condições a serem cumpridas antes de receberem a anis-
tia, sendo possível que o preso recuse realizar as condições e mantenha a pena)
ou incondicionada.
10m
- Irrestrita (abrange crimes conexos) ou restrita (não abrange crimes conexos).
- Fato: Efeitos penais (pena pecuniária, sursis, reincidência.) → São extintos X
Efeitos civis (dever de indenizar, confisco de bens) → Não são extintos.
- É irrevogável.

DIRETO DO CONCURSO
1. (CEBRASPE/TJ-DFT/2013/TÉCNICO JUDICIÁRIO) No que se refere a ação penal e
extinção da punibilidade, julgue os itens seguintes.
A anistia representa o esquecimento do crime, afastando a punição por fatos considera-
dos delituosos, e constitui ato privativo do presidente da República.

COMENTÁRIO
O indulto representa o esquecimento do crime, afastando a punição por fatos considera-
dos delituosos, e constitui ato privativo do presidente da República.
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2. (MPE-MG/2014/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Não se pode deduzir o seguinte efeito


da anistia:
a. Pode ser revogada.
b. Por não ser pessoal, a anistia do delito cometido pelo autor beneficia também os
eventuais partícipes.
c. A parte da pena cumprida até a descriminalização é considerada ao abrigo do direito
vigente à época de sua execução, de modo que não se pode pedir a restituição da
multa paga.
d. Não pode ser repudiada pelo beneficiário.

COMENTÁRIO
a. Não pode ser revogada.
b. Por não ser pessoal, a anistia do delito cometido pelo autor beneficia também os even-
tuais partícipes.
c. A parte da pena cumprida até a descriminalização é considerada ao abrigo do direi-
to vigente à época de sua execução, de modo que não se pode pedir a restituição da
multa paga.
15m
d. Não pode ser repudiada pelo beneficiário, via de regra.

Graça
do Poder Executivo – Decreto do Presidente da República.
- Ato
Pode ser delegado.
- Delegação? Art. 84, XII, CRFB.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
XII – conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos ins-
tituídos em lei.

- Pena em concreto. Trânsito em julgado da sentença penal condenatória.


- Total (extinção da pena) ou parcial (redução da pena).
20m
- Pena X Efeitos penais secundários e efeitos extrapenais.
- Indulto – requisitos do decreto.
- Pena em concreto. Trânsito em julgado da sentença penal condenatória.
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Art. 5º
XLIII – a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo
evitá-los, se omitirem;

Classificação
-Total (ou pleno) ou parcial;
-Comutação da pena;
- Condicionado ou Incondicionado.

Lei de Execução Penal

Art. 188. O indulto individual poderá ser provocado por petição do condenado, por inicia-
tiva do Ministério Público, do Conselho Penitenciário, ou da autoridade administrativa.
Art. 189. A petição do indulto, acompanhada dos documentos que a instruírem, será
entregue ao Conselho Penitenciário, para a elaboração de parecer e posterior encaminha-
mento ao Ministério da Justiça.
Art. 190. O Conselho Penitenciário, à vista dos autos do processo e do prontuário, pro-
moverá as diligências que entender necessárias e fará, em relatório, a narração do ilícito
penal e dos fundamentos da sentença condenatória, a exposição dos antecedentes do con-
denado e do procedimento deste depois da prisão, emitindo seu parecer sobre o mérito do
pedido e esclarecendo qualquer formalidade ou circunstâncias omitidas na petição.
Obs.: o parecer não é vinculativo, portanto, o Presidente não tem obrigação de acei-
tar o pedido.
Art. 191. Processada no Ministério da Justiça com documentos e o relatório do Conse-
lho Penitenciário, a petição será submetida a despacho do Presidente da República, a quem
serão presentes os autos do processo ou a certidão de qualquer de suas peças, se ele o
determinar.
Art. 192. Concedido o indulto e anexada aos autos cópia do decreto, o Juiz declarará
extinta a pena ou ajustará a execução aos termos do decreto, no caso de comutação.
25m
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GABARITO
1. E
2. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula prepa-
rada e ministrada pela professora Francisca Danielle.
ANOTAÇÕES

A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo


ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva
deste material.

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