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REVISÃO DIEGO PUREZA (LEIS PENAIS ESPECIAIS)

LEIS :

- ABUSO DE AUTORIDADE
- TORTURA
- CRIMES HEDIONDOS
- ESTATUTO DO DESARMAMENTO
- LEI DE DROGAS

ABUSO DE AUTORIDADE

Art. 1º - Esta Lei define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público,
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exerce-las , abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído
§1º - As condutas descritas nesta lei constituem crime de abuso de autoridade quando
praticadas pelo agente com a finalidade especifica de prejudicar outrem ou beneficiar a si
mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
§2º - A divergência na interpretação da lei ou na avaliação de fatos e provas não configura
abuso de autoridade. (DIVERGEN CIA ENTRE INSTANCIAS NÃO CONFIGURA CRIME DE ABUSO)

Art. 4º - DOS EFEITOS DA CONDENAÇÃO E DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS:


I – Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos.
II – A inabilitação para exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período
de 1 a 5 anos.
III – A perda do cargo, do mandato ou da função pública.
 II e III somente se aplicam em caso de reincidência

Art 5º - RESTRITIVAS DE DIREITOS


As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta lei são:
I – Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas
II – Suspensão do exercício do cargo, da função ou mandato, pelo prazo de 1 a 6 meses, com a
perda dos vencimentos e das vantagens.
§ único – As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma/cumulativas.
DOS CRIMES E DAS PENAS
Art.9º - Decretar medida de privação da liberdade em manifesta desconformidade com as
hipóteses legais:
PENA – Detenção 1 a 4 anos, e multa
§ único: Incorre na mesma pena a autoridade judiciaria que, dentro de prazo razoável deixar
de:
I – Relaxar a prisão manifestamente ilegal;
II – Substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de conceder liberdade
provisória, quando manifestamente cabível
III – Deferir liminar ou ordem de Habeas Corpus, quando manifestamente cabível.

Art. 12 – Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante a autoridade judiciaria


no prazo legal:
PENA: Detenção de 6 meses a 2 anos e multa
§ único: Incorre na mesma pena quem:
I – Deixar de comunicar, imediatamente a execução de prisão temporária ou preventiva a
autoridade judiciaria que a decretou.
II – Deixar de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se
encontra a sua família ou a pessoa por ela indicada.
III – Deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 HORAS, a nota de culpa assinada pela
autoridade, com o motivo da prisão e os nomes dos condutores e das testemunhas.
IV – Prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão
preventiva, de medida de segurança ou de internação deixando, sem motivo justo e
excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura após recebido ou de promover a soltura do
preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.

Art.13 – Constranger o preso ou o detento, mediante violência ou grave ameaça ou redução


de sua capacidade de resistência, a:
I – Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública
II – Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei
III – Produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro:
PENA: Detenção de 1 a 4 anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência
LEI Nº 9.455/97 – CRIMES DE TORTURA

Art.1º - Constitui crime de tortura:


I – Constranger alguem com emprego de violência ou grave ameaça, causando-
lhe sofrimento físico ou mental:
a) Com fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de
terceira pessoa.
b) Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa
c) Em razão de discriminação racial ou religiosa

II – Submeter alguem, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de


violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma
de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
PENA – RECLUSÃO de 2 a 8 anos

§ 1º - Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida


de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da pratica de ato
não previsto em lei ou não resultante de medida legal.

§ 2º - Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de


evita-las ou apura-las, incorre na pena de detenção de 1 a 4 anos.

§ 5º - A condenação acarretará a perda do cargo função ou emprego público e a


interdição para seu exercício pelo DOBRO do prazo da pena aplicada.
LEI 8.072/90 – LEI DOS CRIMES HEDIONDOS

CRIMES HEDIONDOS:

 Homicídio: Por grupo de extermínio ou qualificado


 Lesão Corporal dolosa de natureza gravíssima/ seguida de morte:
Quando praticadas contra autoridade ou agente descritos nos artigos 142
e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou
contra seu conjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro
grau, em razão dessa condição.
 Roubo com privação de liberdade da vítima, com emprego de arma de
fogo; Latrocínio
 Extorsão qualificada pela restrição de liberdade da vítima
 Extorsão mediante sequestro e na forma qualificada
 Estupro
 Estupro de vulnerável
 Epidemia com resultado morte
 Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados
a fins terapêuticos ou medicinais
 Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual
de criança ou adolescente venerável
 Genocídio; posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido,
comércio ilegal de arma de fogo, tráfico internacional de arma de fogo,
munição ou acessórios; e o crime de organização criminosa quando
direcionado à pratica de crime hediondo ou equiparado.

CRIMES EQUIPARADOS A HEDIONDO:

 Tortura
 Tráfico de drogas
 Terrorismo
LEI Nº 10.826/03 – ESTATUTO DO DESARMAMENTO

POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

Art 12 – Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição,
de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no
interior de sua residência ou dependência desta, ou ainda, no seu local de
trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento
ou empresa:

PENA : Detenção de 1 a 3 a nos e multa

PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO

Art 14 – Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,


ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob
guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:

PENA : RECLUSÃO , de 2 a 4 anos e multa

POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO

Art 16 – Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito,


transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar,
manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso
restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:

PENA – RECLUSÃO 3 a 6 anos e multa

§ 1 º - NAS MESMAS PENAS INCORREM:

I- Suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de


arma de fogo ou artefato;
II- Modificar as características de arma de fogo, de forma a torna-la equivalente
a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de
qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz.
III – Possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.
IV – Portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com
numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido
ou adulterado.
V – Vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo,
acessório munição ou explosivo a criança ou adolescente.
VI – Produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de
qualquer forma, munição ou explosivo
§ 2º - Se as condutas descritas no caput e no º§1º deste artigo envolverem arma
de fogo de uso proibido ***** (HEDIONDO)*****

PENA- RECLUSÃO de 4 a 12 anos

LEI ANTIDROGAS – 11.343/06

Art. 28 – Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer


consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar será submetido as seguintes penas:

I – advertência sobre os efeitos das drogas


II – Prestação de serviços à comunidade
III – Medida educativa de comparecimento à programa ou curso educativo
§ 1º - As mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal,
semeia, cultiva ou colhe plantas destinadas a preparação de pequena
quantidade de substancia ou produto capaz de causar dependência física ou
psíquica

§ 2º - Para determinar se a droga destina-se a consumo pessoal, o juiz atenderá


à natureza e à quantidade da substancia apreendida, ao local e às condições
em que se desenvolveu a ação, às circunstancias sociais e pessoais, bem como
à conduta e aos antecedentes do agente

§ 3º - As penas previstas nos incisos II e II do caput deste artigo serão aplicadas


pelo prazo máximo de 5 meses
§ 4º- Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput
deste artigo serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 meses.

§ 5º - A prestação de serviços a comunidade será cumprida em programas


comunitários, entidades educacionais ou assistenciais, hospitais,
estabelecimentos congêneres, públicos ou privados sem fins lucrativos, que se
ocupem, preferencialmente, da prevenção do consumo ou da recuperação de
usuários e dependentes de drogas.

§ 6º - Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o


caput, nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá
o juiz submete-lo, sucessivamente a:
I-Admoestação verbal
II-Multa
§ 7º - O juiz determinará ao Poder Público que coloque a disposição do infrator,
gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial para
tratamento especializado.

Art 33 – Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir,


vender, expor a venda, oferecer, ter em deposito, transportar, trazer consigo,
guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:

PENA – RECLUSÃO de 5 a 15 anos e pagamento de 500 a 1.500 dias multa

§ 1º - Nas mesmas penas incorre quem:

I - Importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe á venda,


oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal
ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado á
preparação de drogas.

II – Semeia, cultiva ou faz colheita, sem autorização ou em desacordo com


determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-
prima para a preparação de drogas.

IV – Vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico


destinado a preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a
determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando
presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.
(INCLUIDO POR PACOTE ANTICRIME)

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