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UNIDADE 4

CONCEITOS CORRELACIONADOS COM O CONJUNTO DE PRINCÍPIOS PARA A PROTEÇÃO


DE TODAS AS PESSOAS SUJEITAS A QUALQUER FORMA DE CAPTURA, DETENÇÃO OU
PRISÃO

a) Privação de liberdade: é a definição mais ampla da violação da liberdade de ir e vir. Esta inclui
a retenção de menores, de pessoas mentalmente doentes, de viciados em drogas ou em álcool e
de desocupados. A privação se estende a situações em que esta é causada tanto por pessoas
comuns quanto por agentes públicos.
b) Captura: Ação policial consistente em privar uma pessoa de sua liberdade de locomoção, em
virtude de suspeição da prática de delito, ou por ato de uma autoridade judiciária competente
(mandado de prisão).
c) Pessoa detida: Pessoa privada de sua liberdade, exceto no caso de condenação por um
delito.
d) Pessoa presa: Qualquer pessoa privada de sua liberdade como resultado da condenação por
um delito.

TÓPICOS IMPORTANTES

• A audiência de custódia é o instrumento processual que determina que todo preso em


flagrante deve ser levado à presença da autoridade judicial, no prazo de 24 horas, para que
esta avalie a legalidade e necessidade de manutenção da prisão.

• A audiência será presidida por autoridade que detém competências para controlar a legalidade
da prisão. Além disto, serão ouvidas também as manifestações de um Promotor de Justiça, de
um Defensor Público ou de seu Advogado. O preso será entrevistado, pessoalmente, pelo juiz,
que poderá relaxar a prisão, conceder liberdade provisória com ou sem fiança, substituir a
prisão em flagrante por medidas cautelares diversas, converter a prisão em preventiva ou ainda
analisar a consideração do cabimento da mediação penal, evitando a judicialização do conflito,
corroborando para a instituição de práticas restaurativas.

• Mulheres: medidas especiais, incluindo: a proteção contra uma vitimização posterior,


encaminhamento a abrigos e a prestação de serviços médicos especializados, aconselhamento
ou outro serviço de apoio.

• Policiais femininos podem ter mais acessibilidade às vítimas mulheres ou crianças, o que as
tranquilizará de forma mais imediata e facilitará a aproximação e o atendimento policial.

• Nos casos em que houver necessidade de socorro médico às vítimas, este deve ser priorizado
em relação a qualquer outro procedimento policial

• Violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A
vítima deverá ser orientada quanto aos seus direitos, medidas protetivas e de possíveis locais ou
órgãos de apoio e, se possível, que procure abrigo em casa de parentes ou amigos.

• O caminho principal da Corporação na promoção dos Direitos Humanos é justamente o


cumprimento da missão ordinária de preservação da ordem e garantia da lei; o principal “projeto
social” da Corporação deve continuar pautado no combate incisivo e sistemático à violência e ao
crime; em ações e operações policiais diversas

UNIDADE 5

•Grupo Vulnerável é um conjunto de pessoas que, por questões ligadas a gênero, idade,
condição social, deficiência e orientação sexual, tornam-se mais suscetíveis à violação de seus
direitos. A vulnerabilidade está na ação de sujeição da pessoa a constante preconceito e
discriminação, independente de outros fatores.

GRUPOS EXISTENTES
 mulheres;
 crianças e adolescentes;
 idosos;
 população em situação de rua;
 pessoas com deficiência física e intelectual ou sofrimento mental: o termo mais adequado hoje
com relação aos deficientes é “PESSOA COM DEFICIÊNCIA”, utilizado no texto da Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, uma vez que a pessoa não é
diferente, especial ou deficiente, mas simplesmente possui uma deficiência.
 população LGBTTI.

ATENDIMENTO À MULHER

• Violência baseada no gênero como sendo: “violência que é dirigida à mulher pelo fato dela ser
mulher ou que atinge a mulher desproporcionalmente. Inclui atos que causem sofrimento ou dano
físico, mental ou sexual, ameaças de tais atos e outras privações da liberdade "

• Uma das maiores novidades trazidas pela Lei foi a criação dos Juizados de Violência Doméstica
e Familiar contra a Mulher (JVDFM), com competência cível e criminal .

Lei Maria da Penha

• depois da Lei, ficou proibido o uso de pena pecuniária, multa ou entrega de cestas básicas, e se
permitiu a prisão em flagrante e a prisão preventiva do agressor, a depender dos riscos que a
mulher corra.

•Antes de 2006, a mulher podia desistir da denúncia na própria delegacia, e depois de 2006, ela
só fica permitida a desistir da denúncia, perante o juiz. Fica à decisão do juiz fixar um limite
mínimo de distância entre o agressor e a vítima, seus familiares e testemunhas, e pode também
proibir qualquer tipo de contato com a agredida, seus familiares e testemunhas, bem como, a
possibilidade de determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de
recuperação e reeducação .

• Configura-se qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
 no âmbito da unidade doméstica;
 no âmbito da família;
 em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.

OBS. As relações pessoais enunciadas independem de orientação sexual

São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:


I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, violação de sua intimidade, ridicularização, exploração e limitação
do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à
autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter
ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da
força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou
anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria.

• Nova lei autoriza a concessão de medida protetiva de urgência, por juiz, delegado de
polícia ou policial, à mulher em situação de violência doméstica e familiar ou a seus
dependentes. A nova lei, que foi aprovada pelo Congresso, permite à polícia tirar o agressor do
convívio da mulher agredida sem que ocorra uma decisão da Justiça, nos casos em que a
cidade onde houver a agressão não for sede de comarca judicial .

•Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher o juiz poderá aplicar, de
imediato, ao agressor as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
 afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a mulher;
 proibição de aproximação da mulher, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite
mínimo de distância entre estes e o agressor;

restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento


multidisciplinar ou serviço similar;
 prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
Quando necessário, o juiz ainda poderá:
 encaminhar a mulher e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de
atendimento;
 determinar a recondução da mulher e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após
afastamento do agressor;
 determinar o afastamento da mulher do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda
dos filhos e alimentos;
 determinar a separação de corpos.

A Lei Maria da Penha determina que não será concedida liberdade provisória ao preso nos
casos de risco à integridade física da mulher ou à efetividade da medida protetiva de urgência.

• A violência psicológica consiste em ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,


isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz e insultos. São sete os verbos constantes
do tipo penal, agora em vigor:
1- ameaçar ,2- constranger , 3- humilhar ,4- isolar ,5- manipular , 6- chantagear ,7- ridicularizar , 8-
limitar o direito de ir e vir .

• violência política contra mulher é toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir,
obstaculizar ou restringir os direitos políticos delas. E não apenas durante as eleições, mas no
exercício de qualquer função política ou pública.

•Lei Mariana Ferrer :


a lei visa coibir a prática de atos atentatórios à dignidade de vítimas e testemunhas, em especial
nos crimes contra a dignidade sexual, além de estabelecer causa de aumento de pena no crime
de coação no curso do processo . As alterações trazidas pela Lei Mariana Ferrer buscam reprimir
a chamada vitimização secundária ou revitimização. A vitimização secundária diz respeito às
agressões psicológicas sofridas pelas vítimas no âmbito público, praticadas por agentes do
Estado ou pela própria sociedade e pode ocorrer em delegacias de polícia, institutos médico-
legais, varas criminais ou fóruns.

• - O Feminicídio é o homicídio doloso, tentado ou consumado, praticado contra a mulher por


“razões da condição de sexo feminino”, quando o crime envolver: a) violência doméstica e familiar,
e b) desprezo, menosprezo ou discriminação à condição de mulher, como se as pessoas do sexo
feminino tivessem menos direitos do que as do sexo masculino.

– causas de aumento de pena (de um terço até a metade) para os casos em que o
feminicídio tenha sido praticado: durante a gestação; nos três meses posteriores ao parto;
contra pessoa menor de quatorze anos; contra pessoa maior de sessenta anos; contra
pessoa com deficiência; na presença de ascendente e/ou descendente da vítima.

Feminicídio X Femicídio: Femicídio significa praticar homicídio contra mulher (matar mulher);
Feminicídio significa praticar homicídio contra mulher por “razões da condição de sexo feminino”
(por razões de gênero).
Sujeito passivo: obrigatoriamente deve ser uma pessoa do sexo feminino (criança, adulta, idosa,
desde que do sexo feminino). Mulher que mata sua companheira homoafetiva: pode haver
feminicídio se o crime foi por razões da condição de sexo feminino. Vítima homossexual (sexo
biológico masculino): não haverá feminicídio, considerando que o sexo físico continua sendo
masculino.
Vítima travesti (sexo biológico masculino): não haverá feminicídio, considerando que o sexo físico
continua sendo masculino.

Considera-se que há “razões de condição de sexo feminino” quando o crime envolve:


I - violência doméstica e familiar;
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Como princípios norteadores do ECA, tem-se que crianças e adolescentes são:


- Prioridade absoluta na formulação de políticas, na destinação de recursos e na prestação de socorro;
- Sujeito em condição de desenvolvimento, aspecto que deve fundamentar ações e decisões no âmbito
individual e coletivo;
- Sujeitos de direitos.
Tem-se como responsáveis pela execução: família, sociedade, Estado.

• No Brasil, considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a adolescência
como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade incompletos. O adolescente pode ter o voto opcional
como eleitor e cidadão a partir dos 16 anos. Desta forma, conceito menor fica subentendido para
os menores de 18 anos.

• ATO INFRACIONAL é a ação tipificada como contrária à lei que tenha sido praticada pela
criança ou adolescente. São inimputáveis todos os menores de 18 anos e não poderão ser
condenados a penas.

•ATO INFRACIONAL é a ação tipificada como contrária à lei que tenha sido praticada pela criança
ou adolescente. São inimputáveis todos os menores de 18 anos e não poderão ser condenados a
penas.

• Adolescente em caso de flagrância de ato infracional será levado à autoridade policial


especializada. Recebem medidas socioeducativas, sem caráter de apenação. É ilegal a
apreensão do adolescente para averiguação. Fica apreendido, e não preso. A apreensão somente
ocorrerá, quando for em flagrância ou por ordem judicial. O adolescente que cometer ato
infracional estará sujeito às seguintes medidas socioeducativas: advertência, liberdade
assistida, obrigação de reparação do dano, prestação de serviços à comunidade, internação em
estabelecimento especial, entre outras.

• Nos atos praticados por criança será encaminhada ao Conselho Tutelar do Município, onde se
verificou o ato infracional a quem será dirigido o Registro de Eventos de Defesa Social/ Boletim de
Ocorrência (REDS/BO). Nos atos praticados por adolescente fará a apreensão em flagrante e o
informará dos seus direitos conduzindo o mesmo à presença da autoridade de polícia judiciária, à
qual dirigirá o REDS/BO. Ao se verificar a ocorrência do ato infracional, o adolescente receberá
“Voz de apreensão em flagrante”. Quanto à criança, não há esse procedimento, devendo apenas
ser encaminhada, imediatamente, ao Órgão Competente.

POPULAÇÃO LGBTTI

• A diversidade sexual pode ser entendida como o termo usado para designar as várias formas de
expressão da sexualidade humana.

Na sociedade encontramos as seguintes definições:


- lésbicas: são mulheres, não necessariamente masculinizadas, que se relacionam afetiva e
sexualmente com outras mulheres;
- gays: são homens que se relacionam afetiva e sexualmente com pessoas do mesmo sexo;
- bissexuais: são indivíduos que se relacionam sexual e afetivamente com pessoas de ambos os
sexos;
- travestis: pessoa que apresenta sua identidade de gênero oposta ao sexo designado no
nascimento. Ela se diferencia da pessoa transexual, por não ter se submetido à cirurgia de
readequação sexual;
- transexuais: pessoa que apresenta sua identidade de gênero oposta ao sexo designado no
nascimento, e que submeteu-se à cirurgia de readequação sexual.
- intersexuais: pessoa que possui qualquer variação de caracteres sexuais, cromossomos,
órgãos genitais que dificultam a identificação de um indivíduo como totalmente feminino ou
masculino.

Orientação Sexual: é a atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa sente pela outra.
Identidade de gênero: é o sentimento de masculinidade ou feminilidade que acompanha a
pessoa ao longo da vida. É como a pessoa se sente: homem ou mulher. Nem sempre está de
acordo com o sexo biológico ou com a genitália da pessoa.

• Devemos ter em mente que sexo e gênero são conceitos distintos. Em 1968, Robert Stoller
define a diferença conceitual entre sexo e gênero: sexo refere-se aos aspectos anatômicos,
morfológicos e fisiológicos (genitália, cromossomos sexuais, hormônios) da espécie humana. Ou
seja, a categoria sexo é definida por aspectos biológicos: quando falamos em sexo, estamos nos
referindo a sexo feminino e sexo masculino, ou a fêmeas e machos. Já o conceito de gênero
remete aos significados sociais, culturais e históricos associados aos sexos.

• O nome social compreende a designação pela qual a pessoa travesti se identifica e é conhecida
em seu meio social, enquanto que a identidade de gênero representa uma dimensão da
personalidade da pessoa quanto à forma como se relaciona com as representações de
masculinidade e feminilidade e sua prática social, sem guardar relação necessária com o sexo
atribuído no nascimento.
Contudo, não abriu mão o Estado do nome civil do declarante, que será mantido, com todos
os seus dados, para fins de uso interno; mas aquele que se valer do nome social e gênero
declarado, será assim reconhecido perante o público externo.

• A homofobia pode ser definida como o preconceito, o ódio e aversão que determinados grupos e
pessoas sentem contra a população LGBTTI. O problema surge quando este tipo de preconceito
se transforma em agressão, seja ela oral ou física.

• o Supremo Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, por maioria de votos, que as chamadas
condutas de homofobia ou transfobia são consideradas como crimes de racismo, ao menos, até
que o Poder Legislativo emita normativa específica sobre o tema

• o BO/REDS deve ser redigido com o nome de registro da pessoa e o tratamento verbal deve ser
feito pelo nome social (nome pelo qual a pessoa quer ser chamada)

• O policial militar deve ter conhecimento de que os atos de preconceito em razão de aversão à
orientação sexual ou orientação de gênero são crimes e exigem os mesmos procedimentos de
atuação previstos para os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor.

PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

• pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais
pessoas.

• As políticas públicas para as pessoas com deficiência devem levar em conta as disparidades
regionais e a desigual distribuição de renda que, associadas, produzem sob a forma de pobreza,
algumas das maiores causas de deficiências

PESSOA IDOSA

• O Estatuto do idoso, criado pela Lei Fed. nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, define como
pessoa idosa, aquela com idade igual ou superior a 60 anos. Nele se encontram estabelecidos
com prioridade absoluta as medidas protetivas ao idoso.

• o Estatuto do Idoso também estabelece como obrigação da família, da sociedade e do Poder Público, a
efetivação de direitos fundamentais da pessoa idosa, como o direito à saúde, ao lazer, à cidadania, à
vivência com dignidade, incluída aí, principalmente, a convivência familiar.

Direitos previstos no estatuto do idoso


1. O atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à população;
2. a preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
3. a destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção ao idoso;
4. a viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso com as
demais gerações;
5. a priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimento
asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria
sobrevivência;
6. a capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na
prestação de serviços aos idosos;
7. o estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
8. a garantia de acesso à rede de serviços de saúde, como o SUS, por exemplo, e de assistências
sociais locais;
9. a prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

• prioridade especial das pessoas maiores de oitenta anos.

PESSOA EM SITUAÇÃO DE RUA

• Quanto à legislação específica sobre a população em situação de rua, em 23 de dezembro de


2009, foi assinado pelo Presidente da República, o Decreto nº. 7.053, que instituiu a Política
Nacional para População em Situação de Rua e seu Comitê Intersetorial de Acompanhamento e
Monitoramento, para assegurar o acesso aos direitos fundamentais garantidos
constitucionalmente, bem como o respeito e promoção de direitos civis, políticos, econômicos,
sociais e culturais, bem como o direito dos cidadãos

•No atendimento de ocorrências de mendicância, deverá tratar os mendigos na condição de ser


humano, socorrendo-os nos casos de embriaguez, fome ou frio, bem como encaminhá-los aos
órgãos assistenciais, procurando saber de seus familiares e tentando a sua localização,
colocando-se à disposição para apoio e orientação.

• “Carta Referente aos Princípios e Orientação para Atuação da Polícia Militar junto à População
em Situação de Rua no Estado de Minas Gerais” : foram elaborados alguns direcionamentos para
que a ação da Polícia Militar nunca viole os direitos fundamentais das pessoas em situação de rua

MINORIAS ÉTINICAS, LINGUÍSTICAS E RELIGIOSAS

• Grupo de cidadãos de um Estado, constituindo minoria numérica e em posição não-dominante


no Estado, dotada de características étnicas, religiosas ou linguísticas que diferem daquelas da
maioria da população, tendo um senso de solidariedade um para com o outro, motivado, senão
apenas implicitamente, por vontade coletiva de sobreviver e cujo objetivo é conquistar igualdade
com a maioria, nos fatos e na lei. Identificadas como :

Minorias étnicas - São grupos que apresentam fatores distinguíveis em termos de experiências
históricas compartilhadas e sua adesão a certas tradições e significantes tratos culturais, que são
diferentes dos apresentados pela maioria da população. Exemplos: Cigano, Índios e Quilombolas

Minorias Linguísticas – São grupos que usam uma língua, quer entre os membros do grupo,
quer em público, que claramente se diferencia daquela utilizada pela maioria, bem como da
adotada oficialmente pelo Estado.

Minorias Religiosas – São grupos que professam e praticam uma religião que se diferencia
daquela praticada pela maioria da população. Exemplos no Brasil: judeus, budistas, muçulmanos,
candomblé, etc.

• Como discriminação entende-se uma conduta (ação ou omissão) que objetiva separar ou isolar
as minorias raciais, sociais, religiosas, culturais e ideológicas, no seio de uma sociedade.

• Os crimes resultantes de preconceito e tipifica o crime de racismo, usando três principais verbos:
obstar, recusar e impedir alguém de exercer seus direitos previstos pela lei em decorrência de sua
cor, religião, etnia, língua ou procedência nacional.
Prevendo uma natural aproximação entre a injúria preconceituosa e o racismo, o policial deve
ter extremo cuidado para que não enquadre incorretamente o agente de crime.

• Na injúria preconceituosa (racial), o agente pratica o crime quando atribui qualidades negativas
a alguém, promovendo xingamentos e ações dessa natureza, com base nos elementos da raça,
da cor, etnia, religião, idade, ou condição física do ofendido. O racismo, por sua vez, atende
diretamente a vontade do ofensor em segregar socialmente o ofendido, obstando-lhe os direitos.
É um crime imprescritível, inafiançável, cuja ação pública é incondicionada, e que atinge
diretamente a dignidade da pessoa humana.

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