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a) Privação de liberdade: é a definição mais ampla da violação da liberdade de ir e vir. Esta inclui
a retenção de menores, de pessoas mentalmente doentes, de viciados em drogas ou em álcool e
de desocupados. A privação se estende a situações em que esta é causada tanto por pessoas
comuns quanto por agentes públicos.
b) Captura: Ação policial consistente em privar uma pessoa de sua liberdade de locomoção, em
virtude de suspeição da prática de delito, ou por ato de uma autoridade judiciária competente
(mandado de prisão).
c) Pessoa detida: Pessoa privada de sua liberdade, exceto no caso de condenação por um
delito.
d) Pessoa presa: Qualquer pessoa privada de sua liberdade como resultado da condenação por
um delito.
TÓPICOS IMPORTANTES
• A audiência será presidida por autoridade que detém competências para controlar a legalidade
da prisão. Além disto, serão ouvidas também as manifestações de um Promotor de Justiça, de
um Defensor Público ou de seu Advogado. O preso será entrevistado, pessoalmente, pelo juiz,
que poderá relaxar a prisão, conceder liberdade provisória com ou sem fiança, substituir a
prisão em flagrante por medidas cautelares diversas, converter a prisão em preventiva ou ainda
analisar a consideração do cabimento da mediação penal, evitando a judicialização do conflito,
corroborando para a instituição de práticas restaurativas.
• Policiais femininos podem ter mais acessibilidade às vítimas mulheres ou crianças, o que as
tranquilizará de forma mais imediata e facilitará a aproximação e o atendimento policial.
• Nos casos em que houver necessidade de socorro médico às vítimas, este deve ser priorizado
em relação a qualquer outro procedimento policial
• Violência doméstica e familiar contra a mulher é qualquer ação ou omissão baseada no gênero
que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. A
vítima deverá ser orientada quanto aos seus direitos, medidas protetivas e de possíveis locais ou
órgãos de apoio e, se possível, que procure abrigo em casa de parentes ou amigos.
UNIDADE 5
•Grupo Vulnerável é um conjunto de pessoas que, por questões ligadas a gênero, idade,
condição social, deficiência e orientação sexual, tornam-se mais suscetíveis à violação de seus
direitos. A vulnerabilidade está na ação de sujeição da pessoa a constante preconceito e
discriminação, independente de outros fatores.
GRUPOS EXISTENTES
mulheres;
crianças e adolescentes;
idosos;
população em situação de rua;
pessoas com deficiência física e intelectual ou sofrimento mental: o termo mais adequado hoje
com relação aos deficientes é “PESSOA COM DEFICIÊNCIA”, utilizado no texto da Convenção
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, uma vez que a pessoa não é
diferente, especial ou deficiente, mas simplesmente possui uma deficiência.
população LGBTTI.
ATENDIMENTO À MULHER
• Violência baseada no gênero como sendo: “violência que é dirigida à mulher pelo fato dela ser
mulher ou que atinge a mulher desproporcionalmente. Inclui atos que causem sofrimento ou dano
físico, mental ou sexual, ameaças de tais atos e outras privações da liberdade "
• Uma das maiores novidades trazidas pela Lei foi a criação dos Juizados de Violência Doméstica
e Familiar contra a Mulher (JVDFM), com competência cível e criminal .
• depois da Lei, ficou proibido o uso de pena pecuniária, multa ou entrega de cestas básicas, e se
permitiu a prisão em flagrante e a prisão preventiva do agressor, a depender dos riscos que a
mulher corra.
•Antes de 2006, a mulher podia desistir da denúncia na própria delegacia, e depois de 2006, ela
só fica permitida a desistir da denúncia, perante o juiz. Fica à decisão do juiz fixar um limite
mínimo de distância entre o agressor e a vítima, seus familiares e testemunhas, e pode também
proibir qualquer tipo de contato com a agredida, seus familiares e testemunhas, bem como, a
possibilidade de determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de
recuperação e reeducação .
• Configura-se qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
no âmbito da unidade doméstica;
no âmbito da família;
em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a
ofendida, independentemente de coabitação.
• Nova lei autoriza a concessão de medida protetiva de urgência, por juiz, delegado de
polícia ou policial, à mulher em situação de violência doméstica e familiar ou a seus
dependentes. A nova lei, que foi aprovada pelo Congresso, permite à polícia tirar o agressor do
convívio da mulher agredida sem que ocorra uma decisão da Justiça, nos casos em que a
cidade onde houver a agressão não for sede de comarca judicial .
•Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher o juiz poderá aplicar, de
imediato, ao agressor as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a mulher;
proibição de aproximação da mulher, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite
mínimo de distância entre estes e o agressor;
A Lei Maria da Penha determina que não será concedida liberdade provisória ao preso nos
casos de risco à integridade física da mulher ou à efetividade da medida protetiva de urgência.
• violência política contra mulher é toda ação, conduta ou omissão com a finalidade de impedir,
obstaculizar ou restringir os direitos políticos delas. E não apenas durante as eleições, mas no
exercício de qualquer função política ou pública.
– causas de aumento de pena (de um terço até a metade) para os casos em que o
feminicídio tenha sido praticado: durante a gestação; nos três meses posteriores ao parto;
contra pessoa menor de quatorze anos; contra pessoa maior de sessenta anos; contra
pessoa com deficiência; na presença de ascendente e/ou descendente da vítima.
Feminicídio X Femicídio: Femicídio significa praticar homicídio contra mulher (matar mulher);
Feminicídio significa praticar homicídio contra mulher por “razões da condição de sexo feminino”
(por razões de gênero).
Sujeito passivo: obrigatoriamente deve ser uma pessoa do sexo feminino (criança, adulta, idosa,
desde que do sexo feminino). Mulher que mata sua companheira homoafetiva: pode haver
feminicídio se o crime foi por razões da condição de sexo feminino. Vítima homossexual (sexo
biológico masculino): não haverá feminicídio, considerando que o sexo físico continua sendo
masculino.
Vítima travesti (sexo biológico masculino): não haverá feminicídio, considerando que o sexo físico
continua sendo masculino.
CRIANÇAS E ADOLESCENTES
• No Brasil, considera criança a pessoa até 12 anos de idade incompletos e define a adolescência
como a faixa etária de 12 a 18 anos de idade incompletos. O adolescente pode ter o voto opcional
como eleitor e cidadão a partir dos 16 anos. Desta forma, conceito menor fica subentendido para
os menores de 18 anos.
• ATO INFRACIONAL é a ação tipificada como contrária à lei que tenha sido praticada pela
criança ou adolescente. São inimputáveis todos os menores de 18 anos e não poderão ser
condenados a penas.
•ATO INFRACIONAL é a ação tipificada como contrária à lei que tenha sido praticada pela criança
ou adolescente. São inimputáveis todos os menores de 18 anos e não poderão ser condenados a
penas.
• Nos atos praticados por criança será encaminhada ao Conselho Tutelar do Município, onde se
verificou o ato infracional a quem será dirigido o Registro de Eventos de Defesa Social/ Boletim de
Ocorrência (REDS/BO). Nos atos praticados por adolescente fará a apreensão em flagrante e o
informará dos seus direitos conduzindo o mesmo à presença da autoridade de polícia judiciária, à
qual dirigirá o REDS/BO. Ao se verificar a ocorrência do ato infracional, o adolescente receberá
“Voz de apreensão em flagrante”. Quanto à criança, não há esse procedimento, devendo apenas
ser encaminhada, imediatamente, ao Órgão Competente.
POPULAÇÃO LGBTTI
• A diversidade sexual pode ser entendida como o termo usado para designar as várias formas de
expressão da sexualidade humana.
Orientação Sexual: é a atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa sente pela outra.
Identidade de gênero: é o sentimento de masculinidade ou feminilidade que acompanha a
pessoa ao longo da vida. É como a pessoa se sente: homem ou mulher. Nem sempre está de
acordo com o sexo biológico ou com a genitália da pessoa.
• Devemos ter em mente que sexo e gênero são conceitos distintos. Em 1968, Robert Stoller
define a diferença conceitual entre sexo e gênero: sexo refere-se aos aspectos anatômicos,
morfológicos e fisiológicos (genitália, cromossomos sexuais, hormônios) da espécie humana. Ou
seja, a categoria sexo é definida por aspectos biológicos: quando falamos em sexo, estamos nos
referindo a sexo feminino e sexo masculino, ou a fêmeas e machos. Já o conceito de gênero
remete aos significados sociais, culturais e históricos associados aos sexos.
• O nome social compreende a designação pela qual a pessoa travesti se identifica e é conhecida
em seu meio social, enquanto que a identidade de gênero representa uma dimensão da
personalidade da pessoa quanto à forma como se relaciona com as representações de
masculinidade e feminilidade e sua prática social, sem guardar relação necessária com o sexo
atribuído no nascimento.
Contudo, não abriu mão o Estado do nome civil do declarante, que será mantido, com todos
os seus dados, para fins de uso interno; mas aquele que se valer do nome social e gênero
declarado, será assim reconhecido perante o público externo.
• A homofobia pode ser definida como o preconceito, o ódio e aversão que determinados grupos e
pessoas sentem contra a população LGBTTI. O problema surge quando este tipo de preconceito
se transforma em agressão, seja ela oral ou física.
• o Supremo Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, por maioria de votos, que as chamadas
condutas de homofobia ou transfobia são consideradas como crimes de racismo, ao menos, até
que o Poder Legislativo emita normativa específica sobre o tema
• o BO/REDS deve ser redigido com o nome de registro da pessoa e o tratamento verbal deve ser
feito pelo nome social (nome pelo qual a pessoa quer ser chamada)
• O policial militar deve ter conhecimento de que os atos de preconceito em razão de aversão à
orientação sexual ou orientação de gênero são crimes e exigem os mesmos procedimentos de
atuação previstos para os crimes resultantes de preconceitos de raça ou de cor.
• pessoas com deficiência são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física,
mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais
pessoas.
• As políticas públicas para as pessoas com deficiência devem levar em conta as disparidades
regionais e a desigual distribuição de renda que, associadas, produzem sob a forma de pobreza,
algumas das maiores causas de deficiências
PESSOA IDOSA
• O Estatuto do idoso, criado pela Lei Fed. nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, define como
pessoa idosa, aquela com idade igual ou superior a 60 anos. Nele se encontram estabelecidos
com prioridade absoluta as medidas protetivas ao idoso.
• o Estatuto do Idoso também estabelece como obrigação da família, da sociedade e do Poder Público, a
efetivação de direitos fundamentais da pessoa idosa, como o direito à saúde, ao lazer, à cidadania, à
vivência com dignidade, incluída aí, principalmente, a convivência familiar.
• “Carta Referente aos Princípios e Orientação para Atuação da Polícia Militar junto à População
em Situação de Rua no Estado de Minas Gerais” : foram elaborados alguns direcionamentos para
que a ação da Polícia Militar nunca viole os direitos fundamentais das pessoas em situação de rua
Minorias étnicas - São grupos que apresentam fatores distinguíveis em termos de experiências
históricas compartilhadas e sua adesão a certas tradições e significantes tratos culturais, que são
diferentes dos apresentados pela maioria da população. Exemplos: Cigano, Índios e Quilombolas
Minorias Linguísticas – São grupos que usam uma língua, quer entre os membros do grupo,
quer em público, que claramente se diferencia daquela utilizada pela maioria, bem como da
adotada oficialmente pelo Estado.
Minorias Religiosas – São grupos que professam e praticam uma religião que se diferencia
daquela praticada pela maioria da população. Exemplos no Brasil: judeus, budistas, muçulmanos,
candomblé, etc.
• Como discriminação entende-se uma conduta (ação ou omissão) que objetiva separar ou isolar
as minorias raciais, sociais, religiosas, culturais e ideológicas, no seio de uma sociedade.
• Os crimes resultantes de preconceito e tipifica o crime de racismo, usando três principais verbos:
obstar, recusar e impedir alguém de exercer seus direitos previstos pela lei em decorrência de sua
cor, religião, etnia, língua ou procedência nacional.
Prevendo uma natural aproximação entre a injúria preconceituosa e o racismo, o policial deve
ter extremo cuidado para que não enquadre incorretamente o agente de crime.
• Na injúria preconceituosa (racial), o agente pratica o crime quando atribui qualidades negativas
a alguém, promovendo xingamentos e ações dessa natureza, com base nos elementos da raça,
da cor, etnia, religião, idade, ou condição física do ofendido. O racismo, por sua vez, atende
diretamente a vontade do ofensor em segregar socialmente o ofendido, obstando-lhe os direitos.
É um crime imprescritível, inafiançável, cuja ação pública é incondicionada, e que atinge
diretamente a dignidade da pessoa humana.