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A estipulação em favor de terceiro está prevista nos arts. 436 a 438 do Código
Civil.
Diz o CC, art. 436: “o que estipula em favor de terceiro pode exigir o
cumprimento da obrigação”. Nesse tipo de contrato, na esteira do art. 436,
tanto o estipulante quanto o beneficiário poderão exigir o cumprimento da
obrigação contratual estipulada. Todavia, em relação ao beneficiário, se ele
anuir ao contrato, ficará sujeito às condições e normas do contrato (nesse caso,
anuindo ao contrato, o beneficiário não será terceiro propriamente dito).
Imagine-se um acordo extrajudicial de separação judicial em que se estabelece
uma cláusula de pagamento de pensão alimentícia em favor do filho (que é
terceiro em relação á avença). Não sendo paga a pensão (obrigação estipulada
em favor de terceiros), esta poderá ser executada pelo ex-cônjuge (estipulante)
ou pelo filho (beneficiário).
ESU EDUCACIONAL Prof. Fernando Augusto De Vita Borges de Sales
Dispõe o CC, art. 437 que “se ao terceiro, em favor de quem se fez o contrato,
se deixar o direito de reclamar-lhe a execução, não poderá o estipulante
exonerar o devedor”. Na estipulação em favor de terceiro, como regra geral, o
estipulante poderá, a qualquer tempo, desobrigar o promitente ou substituir
(por interpretação a contrario sensu do art. 437) o beneficiário (art. 438).
A substituição poderá ser feita por ato entre vivos, como um adendo ao
contrato, ou por disposição de última vontade, como um testamento.