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BREVE
NOTA.Valdano Afonso Jr.
procuração irrevogável nos termos da Lei por ser passada no interesse daprópria
mandatária" é antes necessário averiguar se, em concreto, ela foiconferida também no
interesse do procurador.X.
post mortem
XI.
a irrevogabilidade tem de "resultar da relação jurídica basilar e, em especial, por ter sido
conferido no interesse domandatário (ou do procurador) ou de terceiro"
».
Estudos em Homenagem ao Prof. Doutor J. J. Teixeira Ribeiro, II, Coimbra, 1979, págs.
356-363,especialmente 361-362), é um conceito indeterminado cuja aplicação exige
necessariamente uma
lação dos deveres contratuais (e, portanto, um ‘incumprimento’): será aquela violação
contratual que dificulta, torna insuportável ou inexigível para a parte não inadimplente a
continuação da
contrato com fundamento em ‘justa causa’ nos termos do citado art. 1140”.
XII.
e que se destina a ter execução a partirda sua morte ou em que é expressamente prevista
a irrelevância da mortedo mandante para efeitos de extinção do mandato
XIII.
Segundo o primeiro autor, os mandatos post mortem «serão válidos sempreque não
contendam com as regras que disciplinam a sucessão contratual oupactícia» (ibidem),
restringindo assim às situações (aliás, excepcionais) desucessão contratual as hipóteses
de ineficácia post mortem de mandato ouprocuração irrevogável, com o que acaba por
admitir essa eficácia quando essemandato se confronte, designadamente, com situações
de sucessãotestamentária (e, logo, unilateral ou não contratual).
XIV.
XV.
Refira-se ainda que idêntica solução foi encontrada, quer no citado Ac. STJ de3/6/97,
quer no Ac. RC de 31/5/2005 (Proc. 462/05, idem), em que seconfrontavam,
semelhantemente, um contrato de compra e venda dedeterminado bem, celebrado com
base em procuração irrevogável (por
a)
tenha sido convencionada sem ocorrerem os pressupostos que deveriam estar nasua
base, a
communis opinio
”.
“[A] procuração irrevogável está sempre ligada a um contrato, que lhe constitui arelação
subjacente […]” (pág. 301); “a procuração, como simples acto de outorga
causa […]” (pág. 302); “É perante a relação subjacente que vai ser apurado se
aprocuração é outorgada no exclusivo interesse do representado […] ou nointeresse do
procurador ou de terceiro, casos em que não é livremente revogável”(pág. 303); “a
irrevogabilidade da
Vai no mesmo sentido, no essencial,para o que interessa, Januário Gomes, obra citada,
págs. 145 a 152 e 169 a 186,embora a propósito do nº. 2 do art. 1170 do CC, pelo que
tem de ser lido com asdevidas adaptações. E ainda Luís Miguel D. P. Pestana de
Vasconcelos, A cessãode créditos em garantia e a insolvência, em particular da posição
do cessionáriona insolvência do cedente, Coimbra Editora, Outubro de 2007, págs. 72 a
77,especialmente pág. 75