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PARTES, LEGITIMIDADE E TERCEIROS

Introdução teórica
Em uma relação processual, parte é todo sujeito que deduz pedidos
ou contra quem estes pedidos são deduzidos, relativamente ao
mérito de uma demanda. O autor quando formula a petição inicial,
e o réu ao apresentar defesa, manifestam-se quanto ao objeto do
processo, que é o mérito (ARRUDA ALVIM, Novo…, p. 93).
No entanto, o conceito dado pelo autor acima limita-se ao conceito
processual de parte. Deve-se acrescentar uma qualificação, um
adjetivo, ao conceito de parte, porque para o processo apenas
interessa quem é parte legítima. A parte ilegítima configura vício,
defeito, corrigido pela exclusão da pessoa ilegítima do processo.
A definição de parte legítima assenta-se na relação de interesse com
a relação de fundo (com o mérito). Se para postular é necessário ter
legitimidade (CPC, art. 17), a legitimidade encontra-se na união entre
pleitear em nome próprio o direito próprio. Há uma relação de
identidade entre o direito material e processual. A identificação de
quem tem legitimidade nem sempre é tarefa fácil. Em alguns casos,
o direito material indica os legitimados: o art. 12 do CC prevê que a
defesa aos direitos da personalidade é do próprio sujeito, mas “em
se tratando de morto, terá legitimação para requerer a medida
prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente
em linha reta, ou colateral até o quarto grau”. Outro exemplo: para
fins de proteção da imagem e nome, o próprio sujeito tem
legitimidade para requerer as medidas judiciais; e “em se tratando
de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes” (CC, art.
20). Em outros casos é pela leitura do próprio litígio que se
encontram as partes legítimas.
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Geralmente o processo se instaura pelo litígio de uma pessoa contra
a outra, de um autor contra um réu. É possível, todavia, a
pluralidade de pessoas no polo ativo e passivo. Trata-se de assunto
que as leis brasileiras conhecem desde o Império.
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O litisconsórcio pode ser ativo quando duas ou mais pessoas são
autores e passivo quando duas ou mais pessoas são réus. No
litisconsórcio as duas ou mais pessoas precisam ter legitimidade,
pois se alguém não tem legitimidade, ela não poderá permanecer no
processo nem sozinho e muito menos em litisconsórcio.
Entre estas partes que estão do mesmo lado sempre haverá certo
grau de afinidade entre elas, afinal é a lei ou a natureza jurídica da
relação entre os litisconsortes que possibilitará que eles integrem o
mesmo polo processual. Ou seja, quando duas ou mais pessoas são
autores e estão em litisconsórcio é porque entre eles há um grau de
afinidade. Por vezes a pluralidade de partes presta-se a gerar uma
economia processual - evitando múltiplas demandas -, e por outras
justifica-se pela impossibilidade de que decisões diversas sejam
dadas à mesma lide pertencente a mais de uma pessoa.
Quanto à formação, pode ser facultativo ou necessário.
É facultativo quando duas ou mais pessoas podem litigar, no mesmo
processo, em conjunto. O facultativo pode ser ativo e passivo. As
hipóteses estão indicadas no art. 113 do CPC e os incisos I ao III,
gradativa e decrescentemente, apresentam os liames que justificam
a reunião: (i) Entre elas houver comunhão de direitos ou de
obrigações relativamente à lide. Exemplo: quando há pluralidade de
devedores por obrigação indivisível, cada um será obrigado pela
dívida toda (CC, art. 259), mas o credor pode optar pela cobrança
contra dois ou mais, porque entre eles há comunhão de obrigações
relativamente à lide; outro exemplo: quando na mesma obrigação
concorre mais de um credor (CC, art. 254); (ii) Entre as causas houver
conexão pelo pedido ou pela causa de pedir: Exemplo: duas pessoas
vítimas do mesmo acidente de veículos; e (iii) Ocorrer afinidade de
questões por ponto comum de fato ou de direito. Estas hipóteses
estão previstas no art. 113 do CPC e tratam do litisconsórcio
facultativo. O juiz pode limitar o número de pessoas em
litisconsórcio quando comprometer a rápida solução do litígio ou
dificultar a defesa ou a execução.
O litisconsórcio é necessário quando por expressa disposição legal
ou quando, pela natureza da relação jurídica controvertida, a
eficácia da sentença depender da citação de todos que devam ser
litisconsortes (CPC, art. 114). São dois os motivos para o
litisconsórcio necessário: ou a lei prevê ou a discussão de dada
relação jurídica pressupõe a presença de todos. O ideal que justifica
a exigência de litisconsórcio necessário é a garantia de que os
interessados diretos e/ou possíveis prejudicados com a decisão
sejam ouvidos oportunamente (ARRUDA ALVIM, Novo…, p. 87). O
litisconsórcio necessário por natureza da relação jurídica não
ocorre só no polo passivo (ARRUDA ALVIM, Novo…, p. 85). O
litisconsórcio necessário ativo no polo ativo não pode obstar o
acesso à Justiça. São exemplos de litisconsórcio necessário por
disposição legal: cônjuges, no polo passivo (CPC, art. 73, §1º);
quando o inventariante for dativo, os sucessores do falecido serão
intimados no processo no qual o espólio seja parte (CPC, art. 75,
§1º).
O litisconsórcio necessário só existe para o processo de
conhecimento. Nas execuções de título extrajudicial e no
cumprimento de sentenças inexiste a figura do litisconsórcio
necessário.
O juiz não pode determinar a formação de litisconsórcio facultativo.
O juiz pode determinar ao autor que inclua pessoas apenas no caso
de litisconsórcio necessário. O juiz, quando entender que é caso de
litisconsórcio necessário, intimará o autor para que requeira a
citação das pessoas que não estão no processo e que deveriam ser
litisconsortes, dentro do prazo que assinar, sob pena de extinção do
processo se o autor não obedecer (CPC, art. 115, par. ún.).
Quanto ao momento de formação: inicial ou ulterior.
E quanto ao resultado, será simples ou unitário.
O litisconsórcio será simples quando o juiz não tem que decidir o
mérito de modo uniforme para todos os litisconsortes. Por causa
disso, os litisconsortes serão considerados, em suas relações com a
parte adversa, como litigantes distintos (CPC, art. 117).
O litisconsórcio será unitário quando, pela natureza da relação
jurídica, o juiz tiver de decidir o mérito de modo uniforme para
todos os litisconsortes (CPC, art. 116). Neste caso, os atos e as
omissões de um não prejudicarão os outros, mas os poderão
beneficiar. Apenas no caso de unitariedade os litisconsortes não
agem autonomamente; a regra geral é que são considerados como
litigantes distintos, pois integram o mesmo processo, mas
compõem lides diversas. A exceção é justamente o litisconsórcio
unitário (ARRUDA ALVIM, Novo…, p. 82). A unitariedade, oriunda da
natureza da relação jurídica significa haver uma só lide respeitante
a mais de uma pessoa; a lide será julgada não apenas de maneira
uniforme, mas uma só vez, alcançando todos aqueles a quem diz
respeito; por esta razão, deve integrar o processo, quer no polo
ativo, quer no polo passivo (ARRUDA ALVIM, Novo…, p. 85).
O litisconsórcio facultativo pode acarretar, a depender do caso,
litisconsórcio simples ou unitário. Quando duas ou mais pessoas se
unem para propor ação judicial em conjunto, cada um pede direito
próprio em nome próprio. E quando não se unem, mas um deles
apenas é quem pede, este pede direito próprio em nome próprio,
assim como pede em outros casos o direito próprio e ao mesmo
tempo alheio. Pense na hipótese de duas pessoas vítimas de um
mesmo acidente de veículos; elas formarão litisconsórcio
facultativo, cada um pedindo o que é seu, cada um é titular do seu
respectivo direito. A união é por conveniência. O resultado deste
litisconsórcio, por consequencia, é simples. Outro exemplo: a
solidariedade da obrigação resulta em pluralidade de sujeitos, e
embora cada credor solidário possa exigir do devedor o
cumprimento da prestação por inteiro, esta obrigação é divisível.
Por isso o art. 274 do CC prevê que o “julgamento contrário a um
dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento
favorável aproveita-lhes”.
Por outro lado, quando há indivisibilidade do direito e pluralidade
de sujeitos titulares, a co-legitimação para a causa admite a
formação do litisconsórcio facultativo. Exemplo: os arts. 12 e 20 do
CC indicam que em se tratando de morto, alguns familiares têm
legitimidade para requerer as medidas judiciais em defesa dos
direitos da personalidade, tais como, o cônjuge, os ascendentes e
parentes na linha colateral. Neste caso, qualquer um é legitimado e
todos podem, em litisconsórcio facultativo, propor a ação. O
resultado no processo, contudo, somente pode ser unitário.
Dispõe o art. 177 do CC que “a anulabilidade não tem efeito antes
de julgada por sentença, nem se pronuncia de ofício; só os
interessados a podem alegar, e aproveita exclusivamente aos que a
alegarem, salvo o caso de solidariedade ou indivisibilidade”. Neste
caso, se for hipóteses de solidariedade ou indivisibilidade,
percebam que o CC menciona a figura do litisconsórcio unitário.
Outro exemplo: o art. 105 do CC prevê que “a incapacidade relativa
de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício
próprio, nem aproveita aos co-interessados capazes, salvo se, neste
caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum”.
Neste caso, a alegação aproveita ou não a depender de
indivisibilidade do objeto do direito ou da obrigação.
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Disposições sobre custas e honorários dos litisconsortes.
Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos
respondem proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários
(CPC, art. 87). A sentença deverá distribuir entre os litisconsortes,
de forma expressa, a responsabilidade proporcional de cada um. Na
ausência de disposição expressa, são responsáveis solidários (CPC,
art. 87, §§1º e 2º). Se um deles, irresignado contra a sentença,
interpõe apelação, a quota da majoração pertencerá integralmente
ao apelante, ou seja, majorando os honorários de 10% para 15%, essa
diferença deverá ser paga exclusivamente por quem deu causa ao
recurso.
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Disposições sobre gratuidade da justiça. O direito é pessoal e não
se estende a litisconsorte, salvo requerimento e deferimento
expressos (CPC, art. 99, §6º).
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Sobre intervenção de terceiros.
De uma forma simples e resumida, sempre considerar que autor é
aquele que pede e réu aquele contra quem se pede. São as partes,
portanto. Neste conceito, por exclusão, conclui-se que terceiros são
todos aqueles que não são parte, independente de terem interesse
jurídico ou não na relação processual.
Os terceiros podem intervir no processo de forma espontânea (a
requerimento do próprio terceiro) ou de forma provocada ou coacta
(por provocação de uma pessoa que é parte no processo). A
intervenção implica sempre a alteração dos limites subjetivos, e às
vezes alteração dos limites objetivos, quando o terceiro deduz
pedidos próprios ou quando uma das partes deduz pretensão em
face dele.
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Questões para Exercício
Caso n. 1: O art. 18 do CPC preceitua que “ninguém poderá pleitear
direito alheio em nome próprio”. Este artigo faz referência expressa
à uma exigência processual de apenas se permitir a defesa em juízo
pelo próprio titular do direito litigioso (que pede ou defende direito
próprio em nome próprio). Trata-se da legitimidade ordinária.
Legitimidade do autor e do réu de defender direito próprio em nome
próprio. Quem não defende direito próprio e não está autorizado a
defender o de outrem (nos casos excepcionais de legitimidade
extraordinária), portanto, quem não defende o seu direito litigioso
não é parte legítima e deve ser excluído do processo. Assim,
responda: se Paulo é casado com Maria e Paulo ofendeu Camila com
ofensas raciais e Camila pode pedir judicialmente a reparação dos
danos morais sofridos e Camila propôs a ação judicial contra Paulo
e Maria, quem têm legitimidade e quem é parte ilegítima?

Caso n. 2: Caio alugou veículo na empresa Locadora de Veículos Ltda


e ao conduzi-lo bateu no veículo de Tício, causando-lhe prejuízos
materiais e morais. Tício, sabendo que permanece em pleno vigor o
enunciado da Súmula 492/STF, pode processar Caio e a Locadora ou
apenas Caio ou apenas a Locadora? Quem afinal tem legitimidade?
Caso n. 3: Uma dada empresa emitiu cheques que foram devolvidos
por insuficiência de fundos. Mévio, de posse dos cheques, propôs a
ação judicial para pedir o pagamento da soma em dinheiro contra a
pessoa jurídica emitente e seus dois sócios. Considerando as
disposições do art. 49-A do CC, responda se os três réus têm
legitimidade passiva.
Caso n. 4: É pacífico na jurisprudência dos tribunais que na ação de
reconhecimento e dissolução de união estável post mortem os
próprios herdeiros devem figurar no polo passivo, cujo fundamento
desta exigência é o fato de tratar-se de ação com reflexos
patrimoniais. Assim, se Caio viveu com Maria por longos anos como
se casados fossem e Maria morreu deixando três filhos do primeiro
relacionamento, os quais não reconhecem a união estável, Caio irá
propor a ação contra o espólio de Maria ou contra os herdeiros?
Neste caso, considerando que Maria deixou três filhos, a ação deve
ser proposta contra todos os filhos em litisconsórcio passivo
necessário ou pode ser proposta contra apenas um, pois neste caso
a formação do litisconsórcio é facultativo?

Caso n. 5: Na ação de alimentos avoengos ajuizada pela neta contra


os avós paternos, o juiz determinou à autora que incluísse no polo
passivo os avós maternos em litisconsórcio necessário. Esta decisão
está correta ou equivocada? Nas ações de alimentos avoengos o
litisconsórcio passivo é obrigatório ou facultativo?

Caso n. 6: Tício faleceu “sem deixar herdeiros” conhecidos. Seus


irmãos, então herdeiros na ordem de vocação hereditária, logo
abriram o inventário de cuja sucessão se trata e partilharam o
imóvel deixado pelo falecido atribuindo-o na proporção de 20% para
cada um dos 5 irmãos. Estes venderam o imóvel para Caio. Mévio,
todavia, se fez presente alegando ser filho de Tício, e para tanto deu
início ao processo para ser reconhecido como filho de Tício e para
anular o inventário e partilha do imóvel. Considerando que, em tese,
a anulação do inventário estende seus efeitos aos negócios
seguintes, Caio é litisconsorte passivo necessário?

Caso n. 7: No dia 17/10/2022 o TJSP noticiou que a 4ª Câmara de


Direito Privado deste Tribunal manteve decisão que negou o pedido
de anulação de ato em que filho escriturou a compra de imóvel em
nome da mãe. No caso, a viúva e a filha do homem buscavam a
anulação do negócio com o argumento de simulação para que a casa
voltasse ao patrimônio do homem e fosse incluída na partilha do
divórcio. Responda: o litisconsórcio ativo entre a filha e mãe está
correto?

Caso n. 8: Os arts. 108/110 do CPC versam sobre sucessão das


partes. O que isso significa: que no curso do processo somente é
permitida a sucessão (uma pessoa sucedendo a outra, ingressando
no lugar da outra...) voluntária ou pela morte, nos casos previstos
em lei. O art. 110 do CPC prevê que ocorrendo a morte de qualquer
das partes, a sucessão será pelo seu espólio (o espólio ingressa nos
autos no lugar da pessoa falecida) ou pelos seus sucessores (os
herdeiros), mas o art. 485, IX, do CPC, também prevê que o juiz deve
proferir sentença em caso de morte da parte e a ação for
considerada intransmissível. Ou seja, para descobrir se após a
morte o processo se encerra ou continua com o espólio ou
sucessores, antes é preciso definir se a ação é ou não transmissível.
Pois bem, o Superior Tribunal de Justiça entende pela Súmula
642/STJ que “o direito à indenização por danos morais transmite-
se com o falecimento do titular”. Assim, se Paulo propôs a ação de
indenização por danos morais contra Mévio e Paulo morreu no
curso do processo, o processo será extinto ou prosseguirá com os
sucessores? Quem são os sucessores? Trata-se de litisconsórcio
facultativo ou necessário?

Caso n. 9: O art. 119 do CPC prevê que pendendo causa entre duas
ou mais pessoas, o terceiro juridicamente interessado em que a
sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo
para assisti-la”. O interesse previsto neste artigo é o interesse
jurídico, aquele que advém das possíveis consequencias jurídicas
que a sentença o pode acarretar, mesmo que a coisa julgada limita-
se às partes entre as quais é dada. O interesse econômico não
permite o ingresso do terceiro. A intervenção da empregadora como
assistente do INSS é admitida com frequência nas ações de acidente
do trabalho propostas pelo empregado contra o INSS, pois se o INSS
for condenado ele poderá pedir o ressarcimento das despesas para
a empregadora.
Caso n. 10: "Somente pode intervir como assistente o terceiro que
tiver interesse jurídico em que uma das partes vença a ação. Há
interesse jurídico do terceiro quando a relação jurídica da qual seja
titular possa ser reflexamente atingida pela sentença que vier a ser
proferida entre assistido e parte contrária. Não há necessidade de
que o terceiro tenha, efetivamente, relação jurídica com o assistido,
ainda que isto ocorra na maioria dos casos. Por exemplo, há
interesse jurídico do sublocatário em ação de despejo movida
contra o locatário. O interesse meramente econômico ou moral não
enseja a assistência, se não vier qualificado como interesse também
jurídico." (Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, in
Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante, 9ª
ed., Ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2006, pág. 232). Desta
forma, se o locador propôs ação de despejo contra o locatário,
responda: (a) o sublocatário poderá intervir espontaneamente? (b) o
sublocatário intervém por petição nos autos? (c) até qual momento?
(d) ele recebe o processo no estado em que se encontra?

Caso n. 11: A denunciação da lide é obrigatória ou facultativa?

Caso n. 12: Paulo comprou um imóvel de Tício, mas foi


surpreendido quando recebeu citação do processo que Mévio pede
o imóvel para si. Para garantir-se dos efeitos da evicção, Paulo pode
pedir a intervenção de Tício no processo? Qual é a modalidade de
intervenção de terceiros? Em qual momento Paulo pede a
intervenção?

Caso n. 13: Mévio contratou o engenheiro civil Paulo para construir


sua casa. A casa desabou e causou sérios e graves danos em Maria,
que processou Mévio pedindo a reparação dos danos. Mévio pode
pedir a inclusão de Paulo no processo?

Caso n. 14: Na ação em que o fiador é réu, ele pode chamar ao


processo o afiançado?

Caso n. 15: Se Paulo, Mévio e Tício se comprometeram de forma


solidária a pagar uma quantia em dinheiro e a solidariedade existe
quando dois ou mais devedores concorrem na dívida toda (CC, art.
264), podendo o credor exigir de um ou de alguns, parcial ou
totalmente, a dívida comum (CC, art. 275), Maria, a credora, propôs
ação de cobrança apenas contra Paulo. Paulo pode chamar ao
processo os demais? Em qual momento?

Caso n. 16: A desconsideração da personalidade jurídica da pessoa


jurídica pode ocorrer nas hipóteses previstas nos arts. 50 do CC e
28 do CDC. E o pedido pode ser feito na petição inicial ou no curso
do processo. Quando o pedido é feito no curso do processo, o
pedido dá origem a um incidente previsto nos arts. 133/137 do CPC.
O CPC considera a desconsideração uma forma de intervenção de
terceiros. Pois bem, após a inclusão da pessoa jurídica no polo
passivo, ela se torna litisconsorte do devedor originário. Este
litisconsórcio é facultativo ou necessário? É simples ou unitário?

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