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Resumo
1. Introdução
2. Autotutela
É exceção - as partes podem solucionar seus conflitos, inclusive com força bruta, ou seja,
fazer justiça com as próprias mãos –. Ex.: legítima defesa (art. 188, I, do CC); apreensão do bem com
penhor legal (art. 1.467, I, do CC); desforço possessório imediato no esbulho (art. 1.210, § 1.º, do
CC).
Na maioria das vezes é vedado, é conduta tipificada como crime: exercício arbitrário das
próprias razões (se for um particular) e exercício arbitrário ou abuso de poder (se for o Estado).
Regra: somente o Estado que pode fazer “justiça”.
3. Autocomposição
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A autocomposição é um gênero, do qual são espécies a transação – a mais comum –, a submissão
e a renúncia. Na transação há um sacrifício recíproco de interesses. Na renúncia, o titular do
pretenso direito abdica de tal direito, fazendo-o desaparecer com o conflito gerado por sua ofensa,
enquanto na submissão o sujeito se submete à pretensão contrária, ainda que fosse legítima sua
resistência.
Ex.: Marina pretende obter 10, mas Aline só está disposta a pagar 5. Havendo um sacrifício
recíproco, as partes podem se autocompor por qualquer valor entre 5 e 10 (transação).
Marina, por outro lado, pode abdicar do direito de crédito de 10 (renúncia). Finalmente,
Aline poderia, mesmo acreditando ser devedora de apenas 5, pagar a Marina os 10 cobrados
(submissão).
Cumpre observar que, embora sejam espécies de autocomposição, e por tal razão formas de
equivalentes jurisdicionais, a transação, a renúncia e a submissão podem ocorrer também durante
um processo judicial, sendo que a submissão nesse caso é chamada de reconhecimento jurídico do
pedido, enquanto a transação e a renúncia mantêm a mesma nomenclatura.
c) Arbitragem:
A arbitragem consiste no julgamento do litígio por terceiro imparcial, escolhido pelas partes.
É espécie de heterocomposição de conflitos.
Consoante Neves (2018), a arbitragem é uma forma alternativa de solução de conflitos
fundada basicamente em dois elementos:
(i) as partes escolhem um terceiro de sua confiança que será responsável pela solução
do conflito de interesses e,
(ii) a decisão desse terceiro é impositiva, o que significa que resolve o conflito
independentemente da vontade das partes.
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Para parte da doutrina é equivalente jurisdicional – Jurisdição não é só dizer o direito (fase
de conhecimento), mas efetivá-lo (fase de execução) (Luiz Guilherme Marinoni, Humberto
Theodoro Jr.);
Há, porém, quem entenda que não se trata de equivalente jurisdicional, sendo jurisdição
propriamente dita, exercida por particulares, com autorização do Estado (Fredie Didier Jr.)
É jurisdição, o art. 515 do CPC pontua que a sentença arbitral é um título executivo
judicial, está no mesmo patamar da sentença do juiz
O juiz poderá anular a sentença arbitral, todavia não pode entrar no mérito/rever o
conteúdo da questão.
Diz o direito, mas não pode efetivar (fase de execução)
Caráter contratual, negocial
A arbitragem pode ser constituída por meio de um negócio jurídico denominado convenção
de arbitragem que, na forma do art. 3° da Lei n. 9.307/1996, compreende tanto a cláusula
compromissória quanto o compromisso arbitral. 1
- REFERÊNCIAS
Donizetti, Elpídio. Curso didático de direito processual civil / Elpídio Donizetti. – 20. ed. rev., atual. e
ampl. – São Paulo: Atlas, 2017.
GONÇALVES, Marcus Vinicius Rios Direito processual civil esquematizado® / Marcus Vinicius Rios
Gonçalves. – 9. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018.
NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil. - 10. ed., rev., ampl. e atual.
– Salvador: JusPODIVM, 2018.