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Conflito de interesses. Interesse como posição favorável em relação a um bem da vida (a uma
necessidade).
Subsistência do conflito e a necessidade de solucioná-lo. Razões: (a) quem devia satisfazer a não o faz;
ou, (b) o ordenamento veda a satisfação espontânea.
O "conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida" (a lide, segundo Carnelutti).>é um
conflito de interesse que assume uma proporção maior na sociedade já que vai pro judiciário , justifica a
presença da jurisdição em cima do conceito de lide, eu tenho a lide e uso o estado para resolver essas
lides.
o conceito que carnelutti apresentava era mais sociologico que jurídico, a lide que efetivamente
interessaria do ponto de vista processual é aquilo q é levado ao judiciário, o conceito de caneluti é mais
abrangente.
“esse conflito de pedidos forma a matéria lógica do processo e o elemento formal de seu objeto, ao
passo que o conflito de interesses, na medida em que foi deduzido em juízo, representa o seu substrato
material. Este conflito de interesses, qualificado pelos pedidos correspondentes, representa a lide, ou
seja, o mérito da causa. A lide é o conflito depois de moldado pelas partes e vazado nos pedidos
formulados ao juiz.”
Resumidamente: a lide que vai ser trabalhada no processo vai ser aquela levada pro judiciário
No cod. De processo civil de 73 ele adota lide no sentido de mérito(aquilo que tah sendo pedido, o que a
causa pede), mas dependendo do art. Do CPC nem sempre é em sentido de mérito.....
Necessidade de superar os conflitos (conflito traz angústias). O processo como instrumento de solução
dos conflitos.
Sugestão de leitura: Fundamentos do Processo Civil Moderno, vol. 1 (O Conceito de Mérito em Processo
Civil), de Cândido Dinamarco
Autotutela: instintivo e egoísta, proteção própria, primitivo e instintivo , o problema dela é que é um
meio que soluciona o conflito no primeiro momento, mas nao de forma plena, ele é bastante falho para
produzir satisfação. Egoista sem terceiros a propria pessoa utiliza de seus meios para resolver os
conflitos, ou seja, me favoreço. Utiliza forca, de seus meios para satisfazer seu próprio interesse.
Arbitragem: de início, facultativa, seria delegar a soluçao do conflito a um árbitro escolher um terceiro
para resolver isso depende da vontade das partes, é facultativo. É um meio de heterocomposiçao, entra
outro para resolver o conflito, o arbitro. Ela passou por uma lenta evolução, teve uma transformação
conforme abaixo:
- Período da legis actiones (754 aC até 149 aC): tem esse nem por base nas leis das 12 tábuas, eram
previstas nela principalmente. Havia algumas ações especificas para resolver determinados conflitos.
Duas fases: in jure (perante o pretor – celebrando a litiscontestatio) ela se processava qnto se tinha o
pretor, onde as pessoas em divergências se apresentavam diretamente a ele e ele era o romeiro
momento onde ele enquadrava o conflito em determinada ação da lei, o conflito ficava delimitado, sobre
o q eles estavam debatendo. As partes aceitavam a se submeter a decisão que era tomada, não pelo
pretor mas sim pelo judeu na segunda faze' a in judicium
in judicium (perante o árbitro privado – judex – que decidia o conflito) perante um arbitro que ia
resolver o conflito, arbitragem privada, utilizando as ações da lei. As partes aceitavam a decisão deste
judex, onde ele era escolhido pelas partes, era um pretor privado.
Este era um processo tipicamente privado, a participação do estado era muito pequena, apenas na
primeira fase, onde não decidia nada.
A formula do pretor, em substituição ao formalismo do jus civile. O pretor criava formulas para resolver
o conflito, eram formulas mais simples que no indio eram aplicadas para os cidadãos nao romanos. Com
o tempo o próprio pretor que atuava nos processos dos cidadãos urbanos começou a utilizar essa
formulas Foi chancelado pelo estado esta formula (mas nao era ele o estado que resolvia diretamente) ,
pois eram mais simples. Continua sendo uma arbitragem privada com acoes da lei mas tbm a formula, a
soluçao do conflito nao é dada pelo estado e sim por um terceiro. Aqui ainda á as duas fases, a in jure e a
in judicium.
Pretor passa a decidir o conflito. Desaparecem as duas fase, o estado paasa o decidir o conflito na
pessoa do pretor. Há um estado atuando, solucionando o conflito.
O Estado passa, então a ser o terceiro imparcial que soluciona os conflitos. Chegamos à jurisdição (cujo
instrumento é o processo)
Autotutela? Como regra, é proibida, mas há exceções (ex: desforço imediato em defesa da posse, corte
de galhos de árvore que transcendem os limites dos vizinhos etc. – arts. 1210, § 1.º; 1283; 249, p. único;
251, p. único; 578, CC) as vezes se adimite ela pois a situação mais urgentes, situações mais pontuais
onde o legislador permite vc tomar suas providências/ações. Caso nao esteja previsto a utilização da
autotutela ela é proibida, mas ela tem um espaço muito pequeno.
A jurisdição tem primazia, sem prejuízo dos “Alternative Dispute Resolution” (ADR)
Direito Material: “... normas disciplinadoras das relações entre os indivíduos e os bens da vida, bem
como disciplinadoras das relações dos sujeitos entre si.” Milton Paulo de Carvalho
Direito Material: “... é o corpo de normas que disciplinam as relações jurídicas referentes a bens e
utilidades da vida (direito civil, penal, administrativo, comercial, tributário, trabalhista etc.).”
Cintra-Grinover-Dinamarco