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DAS OBRIGAÇÕES
P R O F : AV ELIN O P E D R O , M S C .
Em sentido literal a expressão autonomia privada, do grego auto, próprio e nomus regra.
Consiste na possibilidade que aguém tem de estabelecer as suas próprias regras.
Efectivamente o que os privados criam são os comandos que só para eles vigoram. Vide art.
405.º, 457.º todos do CC.
Trata-se de uma liberdade que não aparece expressamente referida no art.405.º, embora se
encontre explicita na expressão, todavia existe sim um regime de formação de contrato
previsto no art.228.º.
Por ela entende-se a possibilidade que cada uma das partes tem de livremente decidir se quer
ou não celebrar o contrato e com quem e, consequentemente a possibilidade de livremente
propor ou não a celebração do contrato e de aceitar ou rejeitar sem constrangimento de
qualquer ordem.
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA, 2023
RESTRIÇÕES À LIBERDADE
CONTRATUAL
A liberdade contratual apesar da possibilidade que é atribuida às partes
livremente celebrar os seus contratos, todavia não se apresenta como um
fenómeno novo ou acabado. Desde sempre se admitiu uma restrição a autonomia
das partes que consiste na proibição da celebração de negócios, usurários em que
uma das partes conseguem obter benefícios injustificados através da exploração
da necessidade económica da outra parte. Vide art. 282.º e ss.
Nos casos previstos no art. 817.º e 830.º que prevê a indemnização sempre que
haja ílicito obrigacional.
UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA, 2023
CONTRATOS SUBMETIDOS A UM
REGIME IMPERATIVO
Essa imposição justifica-se em razão da maior relevância de certos
contratos para a satisfação das necessidades sociais elementares que
coloca uma das partes na dependência económica da sua celebração.
Finalmente, é proibida a clausula que premita ao predisponente sem acordo da outra parte
acessão da posição contratual, vide art.424.º e 595.º, igualmente a proibição de clausulas
contratuais perpectuas, vide art.1231.º.
Neste casos temos a denominada responsabilidade por factos lícitos ou pelo sacrifício:
Esta situação constitui o colorário de uma longa evolução do direito privado, aliás a expressão
responsabilidade patrimonial não deve ser confundida com a responsabilidade civil, pois no caso
da responsabilidade civil encontra se em causa a imputação a alguém dos danos causados pelo
seu comportamento ou abrangido numa zona de risco a seu caso. No caso da responsabilidade
patrimonial aparece antes em causa a sujeição do património do devedor ao poder de execução
dos seus credores.