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OBRIGAÇÕES
Nesta categoria de prestações a sua duração contende apenas com o modo da sua
execução. As prestações duradouras podem ainda ser de execução continuada, quando na
verdade o seu cumprimento é inenterrupto.
1. Possibilidade;
2. Licitude;
3. Determinabilidade.
Conteúdo da prestação
Dentro do limite da çlei as partes, têm plena liberdade de fixarem o conteúdo da prestação,
como resulta no art.398.º, da mesma forma resulta a liberdade de fazer constar as cláusulas
contratuais nos contratos ou nas relações de trabalho. Vide art. 405.º nº1.
Exemplo: António dirige-se a Berta pedindo um empréstimo de 10 mil kzs, comprometendo –se
pagar no dia seguinte, para o efeito necessitará fazer uso de multicaixa para realizar a
transferência.
Obrigação não constitui um fim em si mesmo, ela é apenas um meio para a satisfação de certos interesses.
Vide Antunes Varela in direito das Obrigações. Continuando o mesmo autor afirma que trata-se do
interesse do credor acente na necessidade ou situação de carência de que ele é portador e na aptidão de
satisfazer tal necessidade, é que define a função da obrigação, função que consiste na satisfação do
interesse concreto do credor, proporcionada através do sacrifício imposto pelo devdor pelo vínculo
obrigacional.
Em via de regra o interesse do credor apresenta-se como algo de externo à relação obrigacional, mas
mesmo assim não deixa de a influenciar.
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CONT.
É inegável o relevo do interesse do credor na constituição da relação obrigacional até
porque para que relação obrigacioinal se constitua validamente é necessário que a
prestação corresponda a um interesse ao credor digno de protecção legal – art.398.º nº2
CC.
O interesse do credor também não é dispensiendo na extinção deste vínculo, por exemplo
nadação em cumprimento, o art. 837.º dispõe que mesmo de valor superior se a
prestação for diversa do que foi estabelecido só exonera o devedor se o credor der o seu
consentimento, como também ocorre nos casos em que é admitido o cumprimento por
terceiro se previligia o interesse do credor.
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AS OBRIGAÇÕES E OS OUTROS
RAMOS DO DIREITO
A doutrina diverge sobre a relação obrigacional e os direitos reais, uma vez que não parece útil
estabelecer um confronto entre as relacções obrigacionais e outras relações jurídicas, como por exemplo
as relações familiares, fiscais, etc.
Contudo, a doutrina maioritaria defende que a obrigação pode ser considerada como um direito real
sobre o património do devedor. Embora outras correntes continuam a frisar a rejeição do direito real
enquanto poder de uma pessoa sobre uma coisa, enquanto outros centram-se na concepção
personalista do direito.
Por fim, para os autores que defendem os efeitos externos das obrigações deixa de fazer sentido
continuar a distinguir estruturalmente os direitos de créditos dos direitos reais no que diz respeito ao
lado passsivo da relação.
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AS PRINCIPAIS SEMELHANÇAS
Analisemos as principais semelhanças:
1. Tanto os direitos de crédito como os direitos reais são em regra constituídos por efeito de um
contrato, vide art. 408.º
2. Há direitos reais cuja a função e razão de existência tem aver com o cumprimento de obrigações,
por exemplo os direitos reais de garantia
3. É possível constituir direitos reais sobre direitos de crédito, exemplo: o penhor e o usufruto de
créditos
4. Há obrigações que se conhece o devedor pela titularidade do direito real – são as designadas as
obrigações reais ou ambulatórias, também conhecida na linguagem latina ob rem ou propter rem.
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PRINCIPAIS DIFERENÇAS
1. A fundamental diferença entre os direitos de créditos e os direitos reais é que reside
no facto de os primeiros serem direitos relactivos e os segundos direitos absolutos.