DIREITO CIVIL IV DOCENTE: GLEYDSON KLEBER DISCENTE: DENNIS MIGUEL DIAS
1. Discorra sobre o regime jurídico dos contratos de mútuo bancários.
R: O contrato de mútuo bancário trata do empréstimo de coisas fungíveis e
está classificado no nosso código civil como: Art. 586 – O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis. O mutuário é obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, qualidade e quantidade. Art. 587 – Este empréstimo transfere o domínio da coisa emprestada ao mutuário, por cuja conta correm todos os riscos dela desde a tradição. Ou seja, trata-se de um empréstimo, cujo é imprescindível que a restituição seja um bem da mesma forma, ou seja, da mesma natureza daquele que foi repassado, não podendo ser alguma coisa diversa ou até mesmo a soma em dinheiro, porque nesse caso seria uma troca ou um contrato de compra e venda e não um mútuo.
2. O que se entende por doação inoficiosa e o regime da nulidade.
R: A doação inoficiosa seria caracterizada como aquela que invade a legitimidade dos herdeiros necessários. Por exemplo, “A pessoa que tenha herdeiros necessários só pode doar até o limite máximo da metade de seu patrimônio, considerando que a outra metade é a chamada “legítima” (art. 1.846 do CC) e pertence aos herdeiros necessários.” E em relação ao regime de nulidade, aplica-se o Art. 549: Nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento.
3. Qual a distinção entre a prestação de serviços do cível e o contrato de
trabalho da CLT? R: Existem diversas diferenças entre o contrato de prestação de serviço e o contrato de trabalho, inicialmente, o contrato da CLT é caracterizado pela própria CLT em seu art.3° em que caracterizados alguns pontos como: Subordinação ao empregador: Há uma relação de dependência do empregador com o empregado, seja econômica, técnica, hierárquica ou jurídica. Onerosidade da relação: Há um salário a ser recebido pelo empregado por prestar os seus serviços. Não eventualidade: Possui uma relação de continuidade no trabalho prestado. Pessoalidade: O contrato é firmado com o empregado sem a possibilidade de substituição por outra pessoa, somente o contratado pode exercer a atividade. Já o contrato de prestação de serviço, não existe a subordinação, a onerosidade da relação, não eventualidade e a pessoalidade concomitantemente.
4. Discorra sobre a natureza e o regime jurídico do contrato de empreitada de
grandes construções e o prazo de que trata o art. 618 do CC. R: o contrato administrativo de empreitada encontra-se regulado pela Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, delimitando-se seu conteúdo em face do disposto no art. 6º, inciso I, o qual reza o seguinte: "Art. 6º. Para os fins desta Lei, considera-se: I – Obra – toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta.” Desse modo e com entendimento doutrinário, a investigação deverá concluir se a empreitada em tela se enquadra como contrato que se extingue pela conclusão de seu objeto ou, ao contrário, se sua extinção se dá pela expiração do prazo de sua vigência.