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O Direito das Obrigações é a parte do Direito Civil que estuda os vínculos jurídicos criados
entre pessoas em que o património do devedor poderá responder pelo seu inadimplemento.
Tem sua previsão no Código Civil.
Pode-se dizer com bastante certeza que a base do Direito Obrigacional é uma das mais
importantes de todo o Direito em razão de sua repercussão no dia-a-dia de absolutamente
todas as pessoas que vivem em sociedade.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Daí que a obrigação, é definido como sendo o vínculo jurídico por virtude
do qual uma pessoa fica adstrita para com a outra à realização de uma
prestação (art.º 397.º C.C) do que vem a ser obrigação, deve-se agora,
apreender quais os elementos a constituem por intermédio da sua estrutura.
Vínculo jurídico em virtude do qual uma pessoa pode exigir de outra prestação
economicamente apreciável.”
Relação jurídica, de caráter transitório, estabelecida entre devedor e credor e cujo objeto
consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao
segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio.”
1.2.1 Os Sujeitos
1.2.3. O Objecto
O primeiro entendimento que devemos ter é que, o objecto da obrigação é a
prestação debitório, isto é, a prestação devida ao credor. A prestação
traduz-se num comportamento num comportamento, expresso numa acção
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Como nos brinda Orlando Fernandes na sua Obra “SUMÁRIOS DE DIREITOS DAS OBRIGAÇÕES”
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Como o caso do contrato de compra e venda previsto nos termos do art.º 874.º do C.c.
ou abstenção a que o sujeito passivo fica adstrito e que aproveita o sujeito
activo.
O objecto de toda e qualquer obrigação, é a prestação. Ou seja, a
prestação constitui objecto único da relação jurídico obrigacional. De
salientar que, o objecto da prestação deve atenção alguns requisitos. (2
Como o caso do contrato de compra e venda previsto nos termos do
Art. 874 do C.c.
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Vide o nº 1 do art.º 280 e art.º 400º C.c
O acontecimento humano ou natural que despoleta os efeitos jurídicos
contidos na relação jurídica, é tido como facto jurídico. Os factos
constitutivos das obrigações tomam o nome de fontes das obrigações.
Significa dizer que a obrigação depende, na sua existência, de factos
jurídicos.
Há factos constitutivos, modificativos e extintivos.
Os factos constitutivos, são aqueles através dos quais, as obrigações serão
criadas.
Os factos modificativos, são aqueles que vão introduzir algumas alterações,
de natureza objectiva ou subjectiva; pertencem a este número,
inclusivamente, os casos de transmissão em que as obrigações, mantendo-
se as mesmas na sua objectividade, todavia mudam de sujeitos.
Por último, em relação aos factos da terceira espécie, são aqueles que põe
fim ou termo às obrigações.
O facto jurídico, apesar de exterior à obrigação modela a estrutura
interna da mesma e concorre para o estabelecimento do respectivo regime.
Impõe-se igualmente, sublinhar que os factos jurídicos, para além de
constitutivos de obrigações, podem também ser modificativos ou extintivos
das mesmas. Em bom rigor, apenas os factos constitutivos e os
modificativos são fontes da obrigação. Os extintivos não podem
propriamente considerar-se uma fonte da obrigação.
Teoria dualista das obrigações: o vínculo jurídico é composto por dois elementos – o débito
(Schuld) e a responsabilidade (Haftung). O débito é o dever imposto ao devedor de que ele
deve cumprir uma obrigação no prazo e forma pactuados. Já a responsabilidade é o direito do
credor de exigir judicialmente o adimplemento da obrigação. Além disso, é submetido à
obrigação o patrimônio do devedor
Conclusão
Obrigação em sentido amplo: pode ser entendida como um vínculo jurídico transitório, já que
nenhuma obrigação é eterna, e que se estabelece entre sujeitos que estão em lados distintos,
no qual o sujeito do polo passivo se obriga a uma determinada prestação economicamente
apreciável a ser cumprida em favor do sujeito do polo activo.
Contudo, é impreterível dizer que direito das obrigações é a base de toda relação jurídica
privada.
Fernandes Orlando, Sumários de Direito das Obrigações Introdução e Fontes, Luanda 2008.
André Borges de Carvalho Barros & João Ricardo Brandão Aguirre, Direito civil, revista
atualizada, 5. Ed., v.4.