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AULAS DE

DIREITO DAS OBRIGAÇÕES


PROF: AVELINO PEDRO, MSC.

23-10-2023 UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA


CONCEITUAÇÃO E ETMOLOGIA
O termo Obrigações vem do latim obrigatio que numa tradução literal significa ligação, elo,
conexão.

Descodificando vem de ob- significa para, mais ligare, atar, unir, ligar. Uma pessoa em obrigação
com outra que está atada.

Ainda do latim traduz-se obrigação é um sinónimo de dever, incubencia, realização sem ou com
vontade.

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OBRIGAÇÕES - CONCEITO
DOUTRINÁRIO E LEGAL
Direito das Obrigações é a parte do Direito Civil que estuda os vínculos jurídicos criados entre
pessoas em que o património do devedor está a mercê do credor. vide Antunes Varela in Direito
das Obrigações, 10ª edição.

Direito das Obrigações é um vinculo jurídico que une CREDOR com DEVEDOR , permitindo que
o primeiro exija do segundo uma prestação economicamente valiável.

Obrigações é um vínculo entre o credor devedor acerca de uma prestação em que o segundo
se compromete a cumprir voluntariamente.

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Cont.
Obrigação é um vínculo juridico que confere ao credor ( SUJEITO ACTIVO) , o direito de exijir do
devedor ( SUJEITO PASSIVO) o cumprimento de determinada prestação. Vide Luís Leitão, in
Direito das Obrigações, 9ª edição.

Obrigação é um vinculo juridico que confere ao credor ( sujeito activo) o direito de exijir ao
devedor ( sujeito passivo) o cumprimento de determinada prestação.

´´A obrigação por via de regra contém uma mão dupla, envolvendo tanto a prestação do
devedor quanto a do credor´´.

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IDENTIDADE DO DIREITO DAS
OBRIGAÇÕES
O direito das Obrigações faz parte do amplo estudo do código cívil que se enquadra no livro II
que começa nos artigos 397º. até 1250.º perfazendo um todas de 853.º artigos.

Este livro grosso modo trata das relações creditícias, sobre contratos, responsailidade cívil, das
garantias e das relações entre credor e devedor.

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CONCEITO TÉCNICO JURÍDICO
o art. 397.º atribui uma noção de que a obrigação é um vínculo jurídico por virtude do qual uma pessoa
fica adstrita para com a outra a realização de uma prestação.

Para além do conceito restrito acima referenciado a obrigação pode ser igualmente ebntendido no sentido
amplo, podendo abranger todo e qualquer vínculo jurídico entre duas pessoas, como seja os devedor es
jurídicos genéricos, os ónus e as sujeições. Vide Manuel de Andrade in Teoria Geral das Obrigações, 3ª
edição.

Entretanto, a sujeição traduz-se na posição que o devedor se coloca em suportar as consequèncias


juridicas correspondentes ao exercício a um direito postetativo, o que significa em que a parte devedora,
lhe é submetida ao exercício sem poder constetá-lo.

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Exemplos, Cont.
O joão detentor de um prédio entre outro e que o estado não encontra outra alternativa em
constituir uma via pública sobre ele numa servidão legal de passagem em benefício do prédio
encravado, vide art. 1550.º do CC.

Efectivamente no estdo de sujeição não é possível obstar a que surjam os efeitos jurídicos
correspoindente ao exercício do dieito postetaivo, náo havendo portanto possibilidade de
violação da sujeição. Pelo contrario, a obrigação é passivel de ser violada aida que o devedor
acarrete nestes casos a sanção de indemnizado, vide art. 798.º, ou na ultima isntáncia de
execução do património, vide art. 817. º todos do CC.

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ÓNUS NO DIREITO DAS
OBRIGAÇÕES
O ónus consiste na necessidade de adoptar uma conduta em proveito prório, dito de outro modo na necessidade de
realizar certo comportamenteo para beneficia ruma situação favoravel. Vide art. 342.º

O ónus em direito cívil pode se traduzir na prova que se oferece para justificar um determinado facto, comportamento ou
mesmo atitude. Vide art. 342.º

Obrigação não se confunde com ónus uma vez que consiste num dever juridico imposto em beneficio de outra pessoa, o
credor. Tal como espelha o art. 398.º nº 2 do CC.

O dever juridico generíco- consiste na situação em que se encontram os outros sujeitos relactivamente aos titulares dos
direitos absolutos. Por exemplo: direito de personalidade como a vida, direitos reais como a propriedade, todos os outros
sujeitos estão obrigados a um dever geral de respeito, e cuja a violação é passivel de responsabilidade cívil e indemnizar
os danos sofridos pelo titular. Vide art. 483.º CC.

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OBJECTOS E CARACTERISTICAS
DO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
O Direito das obrigações assume-se como um ramo do direito cívil que grosso modo constitui o
direito privado comum. Por isso, goza das caracteristicas do direito privado a liberdade e a
igualdade. Em principio o sujeito das relações obrigacionais tèm os mesmos poderes e são livres
de fazer tudo o que não se enconta abran por uma proibição. Vide art. 405. º e 877.º CC.

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DIFERENÇAS ENTRE O DIREITO
PRIVADO E DIREITO PÚBLICO
No direito privado rege-se por via de regra principio da liberdade contratual entre os contraentes.

Exemplo: o joão e a joana entenderem livremente celebrar um contrato promessa de compra e


venda de um computador.

Exemplo. O Délsio e a Delma convencionarem fazer a troca comercial de um ténis em


contrapartida de um prato de feijoada.

Neste exemplo os elementos importantes a extrair são: liberdade, concesualidade e vontade das
partes.

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CONT.
Já o direito público via de regra rege-se pelas características da autoridade da competencia em
que a uma sujeição efectiva da outra parte pois nele existe o ius imperi.

Neste conceito pode se extrair no direito público as decisões são vinculadas e portanto a sua
motivação é sempre relevante.

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FONTE DAS OBRIGAÇÕES
Fonte das obrigações são a lei, a jurisprudencia, os contratos, os acordos, com destaque os contratos vide art. 405.º e

seguintes do CC. Os negócios juridicos unilaterais arts. 457.º, a gestão de negocios arts. 464.º, o enruiquecimento sem

causa art. 373.º e responsailidade civil art. 483.º.


O direito das obrigações abrangerá as seguintes áreas e realidades:
1. Circulação de bens
2. Prestação de serviços
3. Instituições de organizações
4. Sanções civis para comportamento ilicitos e culposos
5. Compensação por danos, despesas ou pela obtenção de um enriquecimento
6. Responsabilidade civil
7. Indemnizações, entre outros.

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CONT.
Deste modo sáo regulados pelo direito das obrigações a transmissão dos direitos reais e os contratos que a
desencadeam – cfr art. 308.º e 874.º do CC, de doação art. 940.º, a concessão de gozo de bens alheios
através de contratos como a locação arts. 1022.º e ss, comodato art. 1129.º e ss, o fenomeno de
transmissão de créditos e de divídas através dos institutos da secção de créditos arts. 577.º e ss, subrogação
arts. 589.º e ss, asunção de divídas arts. 595.º e ss, secção da posição contratual arts. 424.º e ss.

Prestação de serviços, arts. 1154.º , o mandato arts. 1157.º, o depósito arts. 1185.º, a empreitada arts.
1207.º e ss, contrato de trabalho arts. 1152.º e finalmente temos as sanções por observar por inobservancia
das obrigações assumidas, as indemnizações por danos causados arts. 562.º genericamente designada por
responsabilidade civíl.

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CONT.
No ambito da responsabilidade civil subjectiva o sistema do código destingue a responsabilidade
civil delitual art. 483.º e ss, da responsabilidade civil obrigacional art. 798.º. E, temos finalmente
a materia relactiva a compensação positiva por danos e despesas por enriquecimento.

A materia da compensação por danos é abrangida pela responsabilidade e pelo risco. Vide art.
499.º , gestão de negócio art. 464.º e depois pelo Instituto de enriquecimento sem causa, art.
473.º.

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DIREITO CIVIL E DIREITO DAS
OBRIGAÇÕES E A SUA
IMPORTÂNCIA
O direito civil ocupa-se no estudo das relações entre privados ou melhor nas relações entre
particulares, sejam elas de caracter individual ou singular, ou de caracter plural ou colectiva, desde que
diz respeito das relações privatisticas.

O direito das obrigações por via de regra tem o seus escopo de estudo nas relações e innterações
crediticias onde por regra tem a imersão de doius grandes sujeitos, o credor e o devedor.

O direito das obrigações tem as uma importância para o estudo, de regulação das relacoes civis e
crediticias impondo limite na actuação dos seus intervenientes como tambe

m edstabelecendo sanções sempre que aja violação nos direitos de outrem.

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DIREITO DA OBRIGACOES E A SUA
IMPLICÁNCIA
A obrigação é um vínculo jurídico pelo qual uma pessoafica adstrita para com outra, a adoção
de um determinado comportamento, visando a satisfação de um interesse digno de protecção
legal, ou entao a relação juridica por virtude do qual uma ou mais pessoa pode exigir de outra
ou outras a realização de uma prestação.

Assim, podemos afirmar que o objecto daobrigação é a prestação que consiste exactamente na
conduta a adoptar pelo devedor em favor do credor; e este comportamento pode ser positivo
ou negativo, ou seja, pode implicar uma facere ou não facere, uma actividade ou uma
abstenção.

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MODALIDADE DE PRESTAÇÕES
Prestação de FACTO e prestação de COISA

a) Prestação de facto pode ser de facto positivo ou negativo:

1. o facto postivo : quando o devedor estiver obrigado a adoptar uma conduta activa, um facer. Por
ex: mandatario – art. 1157. º, os contraentes num contrato promessa, art. 410.º nº 1, 1ª parte ou
obrigado a preferencia se decidir alienar a coisa objecto direito de preferencia.

2. Facto negativo: a prestação de facto negativo pode consistir num no facere ou numa tolerancia
pelo devedor de um determinado comportamento pelo credor, por ex. A posição de uma clausula
de não concorrencia estabelecida de um contrato de trespasse de um estabelecimento comercial.

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CONT.
A prestação de facto pode ser:

1. FACTO MATERIAL : isto é alguem que se encarrega de reparar na outrem um electrodomestico.

2. FACTO JURÍDICO, isto é, quando o sujeito confere a outrem um mandato para que este pratique determinados actos

juridicos.

b) Prestação de coisa podem ser:

3. DAR- quando o devedor entrega ao credor uma coiusa que ja está na sua esfera patrimonial.

4. PRESTAR– emprega-se normalmente para referir a entrega de uma coisa para uso e fluição do credor, continuand ela a

pertencer ao credor .

5. RESTITUIR - nestas circunstancias a coisa pertence ao devedor e foi utilizada pelo devedor

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CONT.
A prestação de coisa em regra incide sobre coisas existentes, mas nda impedi que incida sobre coisas futuras. É
a conclusão que se pode retirar da exegese do art. 399.º onde se afirma claramente que , salvo se proibição
legal, a prestação pode recair sobre a coisas futuras.

Prestação fungiveis e infungiveis:

São fungiveis as prestações que tanto piodem ser realizadas pelo proprio devedor como poir um tercero
estranho a relação obrigacuional.

A regra da fungibilidade resulta no disposto no art. 767.º nº 1, com a excepção prevista no nº2. o credor so
pode recusar a prestação por terceiro se houver acordo em contrario, ou qunado a prestação prestada por
terceiro o prejudique.

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CONT.
Pretações infungiveis

São infungiveis todas aquelas prestações que apenas pode ser cumprida pelo devedor. A
infungibilidade pode resultar da lei ou ter caracter convencional. As prestações infungiveis tém o
seu campo de eleição no ambito das prestações de facto, nomeadamente em todos aqueles
casos em que a relacao obrigacional foi constituida atendendo a partculares, qualidades do
devedor. Por ex. O artista, o advogado, o medico, etc.

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BIBLIOGRAFIA REFERENCIAL
Dicionário da Língua Portuguesa. Ed. Porto
ECONGO, Domingos de Alegria. Processo Disciplinar na Função Pública. Ed. BC Livtec, Lda. 2018
GONZÀLEZ, José Albrto. Código Civil Anotado. Vol. I. Ed. Sociedade. 2011
LEITÃO, Luis Manuel Teles de Menezes. Direito das Obrigações 9ª edição. Ed. Almedina. 2010
MARQUES, António Vicente. Direito do Trabalho Angolano. Texto Editores. 2006
MARQUES, António Vicente. Código Civil Angolano. Texto Editores. 2006

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