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A definição de obrigação:
Regulado no livro II do CC, tendo a definição da figura da obrigação estimulada no art. 397º,
entende se por esta o vinculo pelo qual uma pessoa fica adstrita a outra a realização de uma
prestação, isto é, as obrigações são situações jurídicas que tem por conteúdo a vinculação de
uma pessoa em relação a outra à adoção de uma determinada conduta em benefício desta.
No sentido amplo a obrigação pode abranger todo e qualquer vinculo jurídico entre duas
pessoas, como sejam os deveres jurídicos genéricos, os ónus e as sujeições, sendo necessário
efetuar uma contraposição entre as obrigações e estas figuras afins.
que caracteriza a obrigação relativamente a estas figuras é a o facto de que determinada
pessoa se encontra adstrita a realizar uma conduta positiva ou negativa no interesse de outra.
Conduta essa designada por prestação.
Ónus- consiste na necessidade de adotar uma conduta em proveito próprio, ou seja, adotar
certo comportamento para beneficiar de um situação favorável. Ex: onus da prova( art. 342º).
Não se confunde com a obrigação uma vez que esta consiste num dever jurídico impostoras
benificiode outra pessoa, o credor.
A liberdade contratual e os seus conteúdos- o que caracteriza o negocio juridico é que ambas
as partes estão de acordo em relacao aos efeitos jurídicos produzidos estabelecendo os através
de duas declarações negociais harmonizáveis entre si, uma disciplina juridica comum com
repercussão nas respetivas esferas juridicas. Baseando se o contrato-me livre determinação as
partes uma vez que este exige o consenso de ambas para se poder formar (ver art 232º).
A liberdade contratual é a parte mais importante mais importante da autonomia privada
enquanto principio fundamental do direito das obrigações.
Art. 228 e ss.
Inclui-se também nesta liberdade a liberdade de extinguir por mutuo acordo o contrato através
da celebração do respetivo distrate ou revogação, que pode ser total ou parcial (ver art 406º)
resultante a extinção do contrato anterior de um contrato extintivo.
Uma consequência importante desta autonomia privada é a supletividade tendências das suas
regras, ou seja, o relevo dado a autonomia privada neste ramo do direito implica que as regras
estabelecidas por lei devam ceder perante a decisão das partes em sentido contrario,
consequentemente no DO raramente se encontrando regras imperativas.
Restrições a liberdade contratual- o pressuposto da aplicação integral de todas as
consequências da autonomia privada é a existência de absoluta igualdade entre as partes
tendo ambas poder negocial idêntico e portanto as mesmas possibilidades de ditar a clausulas
contratuais. Sabe se porém que essa igualdade nem sempre corresponde ao plano económico
dai que a ordem juridicamente que abandonar o paradigma da tutela absoluta da autonomia
privada para estabelecer em certos casos, igualmente uma tutela da parte mais fraca, que
implica aceitar restrições Pontus a liberdade contratual. Apesar da importância da liberdade
contratual como principio fundamental doDO não pode aceitar se energicamente que todo e
qualquer contato seja sempre efetivamente baseado na livre determinação de ambos os
sujeitos.
Surgem então determinadas restrições ou mesmo afastamento da liberdade de celebração ou
estipulação de um contrato, sendo estas:
Restrições a liberdade de celebração:
uma importante restrição consiste na obrigação de celebração do contrato, podendo
uma das partes ou ambas estar vincularas por obrigação contratual ou legal, à
celebração do contrato com a outra parte, nestes casos pode a outra parte exigir a
celebração (art. 817º) ou inclusive obter sentenca que produza os mesmos efeitos que
o contrato prometido (art. 830º), a não celebração do mesmo constitui nestes casos
um ilícito obrigacional, que gera obrigação a de indemnização.
No caso de contrato sobre bens essenciais à ausência de concorrência no setor e a
necessidade dos bens por parte do consumidor levaria a constrangimentos inaceitáveis
pela parte mais fraca, se a outra parte pudesse livremente recusar o contrato.
Restrições a liberdade de estipulação:
A liberdade de estipulação pressupõe a liberdade de celebração pois se uma parte não é livre
de celebrar um contrato também não é livre de determinar o seu conteúdo e qualquer
limitação a liberdade de celebração acarreta limitação a liberdade de estipulação, é possível
porém ocorrerem limitações a liberdade de estipulação mantendo se a liberdade de celebração
intacta como se suede sempre que a lei determina imperativamente o conteúdo do contrato a
fim de evitar prejuízo a parte economicamente mais fraca, havendo dois tipos de restrição a
liberdade de estipulação:
a) Contratos submetidos a um regime imperativo- imposição justificado em razao de
maior relevância de certos contratos sociais elementares que coloca uma das partes
em dependência económica da sua celebração- ex: contrato de trabalho.
b) Cláusulas contratuais gerais- consistem em situações típicas do trafego negocial de
massas em que as declarações negociais de uma das partes se caracterizam pela pre
elaboração, generalidade e rigidez.
c) Os contratos pre formulados- caso dos contratos estimulados entre um profissional um
consumidor
Posição adoptada:
A obrigação não se pode considerar um direito incidente sobre os bens do devedor, sendo
antes um vinculo pessoal sobre dois sujeitos, através do qual um pode pedir do outro que
adote determinado comportamento em seu benefício.
Sendo este o conceito adotado pelo legislador em acordo com o art. 397º, é também a posição
advogada por maioria da doutrina portuguesa, que entende o direito de credito como tendo
por objeto a prestação, negando a existência de qualquer irrito do credor sobre o património
do devedor, efetivamente, a a acao executiva representa apenas a aplicação pelo estado da
sanção pelo incumprimento das obrigações, através do qual se assegura a proteção juridica do
direito de credito, assim, no processo de execução o estado substitui ao devedor na satisfação
do direito de credito obtendo os meios necessários através da execução do seu património.
portanto ao credor, reconhece-se o direito subjetivo a prestação.
Características da obrigação:
A autonomia- não podiam ser consideradas como obrigações aquelas situacoes que
embora estruturalmente obrigacionais viessem a ser regularas por outros ramos do
direito
Distinção:
A distinção entre estes dois consiste no critério do objeto: os direitos reais são direitos
sobre as coisas enquanto os direitos de credito são direitos a prestações,isto é, a uma
conduta do devedor.
Este distinto objeto reflete-se nas características de ambos os direito. Se o direito de
credito é um direito sobre uma prestação ele caracteriza-se pela necessidade de
mediação do devedor para ser exercido, assim mesmo quando a prestação tem por
objeto uma coisa, o credor não possui qualquer direito sobre ela, que sucederia se
possuísse um direito real, tem apenas o direito a que devedor lhe entregue a coisa que
necessita, nada disso acontece nos direitos reais, vist orquestra nestes o titular do
mesmo não necessita da ajuda de ninguém para o exercer.
Distingue-se ainda em virtude da sua relatividade estrutural, o direito de credto
assenta numa relacao, o direito real não, encontrando se desligado de qualquer tios de
relação interpessoal exercendo se diretamente sobre a coisa.
Existe ainda a inerência, segundo a qual o titular de um direito real pode perseguir a
coisa onde quer que ela se encontre (ex: compras e vendas de bem alheio, titular da
propriedade so tem que a alegar para determinar a invalidez das mesmas- art 1311º), o
direito de credito já não tem esta característica, se alguém tem direito ao uma
prestação e o devedor aliena o objeto da mesma, o credor já não o pode exigir, resta
lhe pedir uma indemnização ao devedor por impossibilitar culposamente a prestação.
A prevalência, significando esta a prioridade do direito real primeiramente constituído
sobre posteriores constituições, salvo a regra do registo, e a maior fica dos direitos
reais sobre os direitos de credito. Essa característica não existe nos direitos de credito,
que não se hierarquizam entre si pela ordem da constituição, antes ocorrem sobre pe
de igualdade sobre o património do devedor que se não for suficiente, é rateado de
maneira a efetuar um pagamento proporcional a todos os credores- art 604º,1
Efetivamente os direitos reais tem mais forca que os direitos de credito, mediante o
facto de que se houver um conflito entre ambos prevalecera o direito real.
A questão dos direitos pessoais de gozo: locação (art. 1022º), comodato (art. 1129º),
parceiro pensador (art. 1121º) e deposito (art 1185º)
A classificação destas figuras torna-se assim controvertida entre direito real e direito de
credito.
O legislador pretender qualificar estes direitos como direito de credito, estabelecendo que
embora confiram o gozo de uma coisa esse gozo resulta de uma obrigação positiva assumida
por outrem (locação), de uma obrigação negativa (comodato), parceria pecuniária, ou ainda de
uma autorização eventual (depósito).
Não há assim um direito imediato sobre a coisa como é caracteristico dos direitos reais.
No entanto o facto de admitirem uma tutela que extravasa a simples acao de cumprimento e
execução, aproxima-os dos direitos reais, para alem disso, o gozo sobre a coisa normalmente
realiza-se sem intervenção de qualquer pessoa.
A lei vem estabelecer uma hierarquização dos direitos pessoais de gozo segundo a ordem da
sua constituição ou registo (art. 407º) que também é uma solução estranha no âmbito dos
direitos de credito.
Modalidades de obrigações:
Obrigações naturais:
Definidas no artigo 402° como sendo as obrigações que se fundam “num mero dever de ordem
moral ou social, cujo cumprimento não é judicialmente exigível, mas corresponde a um dever
de justiça” caracterizando se sssim pela sua falta de exigibilidade judicial da prestação,
resumindo se a sua tutela jurídica à possibilidade de o credor conservar a prestação
espontaneamente realizada, a que se refere o artigo 403°.
Como consequência exclui se a possibilidade de repetição do indevido, referida no artigo 476°
salvo nos casos de o devedor não ter capacidade para realizar a prestação.
As obrigações naturais não podem ser convencionadas livremente pelas partes no exercício da
sua autonomia privada, uma vez que isso equivaleria a uma renúncia do credor do direito de
exigir, expressamente vedado pelo artigo 809°.
A lei manda aplicar as obrigações naturais o regime das obrigações civis em tudo que não se
relacione com a realização coerciva da prestação salvo exceções da lei- art 404°.
Não lhes é aplicável o regime das fontes das obrigações nem tao pouco é possDefinidas no
artigo 402° como sendo as obrigações que se fundam “num mero dever de ordem moral ou
social, cujo cumprimento não é judicialmente exigível, mas corresponde a um dever de justiça”
caracterizando se sssim pela sua falta de exigibilidade judicial da prestação, resumindo se a sua
tutela jurídica à possibilidade de o credor conservar a prestação espontaneamente realizada, a
que se refere o artigo 403°.
Como consequência exclui se a possibilidade de repetição do indevido, referida no artigo 476°
salvo nos casos de o devedor não ter capacidade para realizar a prestação.
As obrigações naturais não podem ser convencionadas livremente pelas partes no exercício da
sua autonomia privada, uma vez que isso equivaleria a uma renúncia do credor do direito de
exigir, expressamente vedado pelo artigo 809°.
A lei manda aplicar as obrigações naturais o regime das obrigações civis em tudo que não se
relacione com a realização coerciva da prestação salvo exceções da lei- art 404°.
Não lhes é aplicável o regime das fontes das obrigações nem tao pouco é possível a
transmissão negócios de obrigações naturais, estás também não podem extinguir se por
prescrição, uma vez que as consequências desta correspondem precisamente em transformar
uma obrigação civil em obrigação natural.
A obrigação natural não constitui uma verdadeira obrigação jurídica na medida em que não
existe um vínculo jurídico por virtude do qual uma pessoa fica artrite a outra a realização de
uma prestação como presente no art 397°.
ível a transmissão negócios de obrigações naturais, estás também não podem extinguir se por
prescrição, uma vez que as consequências desta correspondem precisamente em transformar
uma obrigação civil em obrigação natural.
A obrigação natural não constitui uma verdadeira obrigação jurídica na medida em que não
existe um vínculo jurídico por virtude do qual uma pessoa fica artrite a outra a realização de
uma prestação como presente no art 397°.
Generalidades:
O objeto das obrigações é a prestação, ou seja, a conduta a que o
devedor está vinculado. Esta conduta pode consistir numa série de
situações, as quas são por vezes objeto de um regime específico,
importando por isso classificar os tipos de prestações
Prestação de coisa e prestação de facto:
Prestações de coisa são aquelas cujo objeto consiste na entrega de uma
coisa.
Prestações de facto consiste em realizar uma conduta de pira ordem.
As prestações de coisa dizem respeito ao fornecimento de bens enquanto
as prestações de facto a realização de serviços. Juridicamente surgem, no
entanto, outras destinações.
Na prestação de coisa pode ser distinguida a atividade do devedor da
própria coisa que existe independentemente da sua conduta podendo
portanto estabelecer de distinção entre a prestação do devedor e a coisa
a prestar, verificando se o entered de do credor normalmente em relação
a coisa, no entanto, o direito de crédito nunca incide diretamente sobre a
coisa mas antes sobre a conduta do devedor, assim, mesmo que o credor
obtenha a execução específica dessa obrigação, conseguindo a entrega da
coisa por outrem, continuamos a estar perante um direito de prestação.
Já nas prestações de facto, não é possível distinguir entre a conduta do
devedor e uma realidade que existe independentemente dessa conduta.
O criador tem nesta por interesse nenhuma realidade além da prestação.
É necessário, porém, ter em conta a distinção entre prestação de coisa
presente e prestação de coisa futura, estando presente no artigo 211 a
definição de coisa futura. Os bens futuros são assim aqueles que não
tendo existência não possuindo autonomia ou não se encontrar na
disponibilidade do sujeito São objeto de negócio jurídico.
Não há qualquer obstáculo a prestação que tenha por objeto coisas
presentes porém há restrições a prestações que tenham por objeto coisas
futuras, embora no artigo 399º, admita genericamente esta prestação há
casos em proíbe efetivamente bens futuros não podem ser objeto de
doações.
As prestações de facto distinguem-se ainda entre prestações de facto
positivo e prestações de facto negativo. As prestações de facto positivo
são aquelas em que a prestação tem por objeto uma ação e este facto
negativo aquelas em que a prestação tem por objeto uma omissão.
Dentro das prestações de facto ainda uma subdivisão interpretações de
facto material (A conduta que o devedor se compromete a realizar é uma
conduta puramente material), e prestações de facto jurídico (a conduta
do devedor aparece destinada a produção de efeitos jurídicos).
Prestações fungíveis e infungiveis:
Prestações fungíveis são aquelas em que a prestação pode ser realizada
por outra em que não o devedor podendo assim as de fazer substituir no
comprimento. Pelo contrário as prestações infungiveis São aquelas que só
devedor pode realizar a prestação não sendo permitida a sua realização
por terceiros.
O art 767°,1 Determina que a prestação pode ser realizada por terceiros,
interessados ou não no cumprimento da obrigação desta norma resulta
em regra geral as prestações são fungíveis, já no número dois desta artigo
refere os casos em que as prestações são infungiveis: quando a
substituição do devedor no cumprimento prejudica o criador
(infungibilidade natural), ou quando se tem acordado expressamente que
a prestação só pode ser realizada pelo devedor (infungibilidade
convencional).
A Fungibilidade da prestação tem uma importância especial para efeitos
de execução específica da obrigação. Efetivamente, se a prestação
infungível o credor pode sem prejuízo para o seu interesse obter a
realização da mesma de qualquer pessoa e não apenas do devedor. Já no
caso contrário a substituição do cumprimento do devedor já não é
possível, pelo que a lei não admite uma execução específica da obrigação.
Admite-se porém em alguns casos a aplicação de uma sanção cunhada
compulsória que visa precisamente com a agir o devedor a cumprir
obrigação (art 829° A).
Prestações instantâneas e duradouras:
As prestações instantâneas são aquelas cuja execução ocorre num único
momento. As prestações duradouras são aquelas cuja execução se
prolonga no tempo, em virtude de terem por conteúdo um
comportamento prolongado no tempo ou uma repetição sucessiva da
prestação isolada por um período de tempo.
Cpc+sssw Ainda distinção entre ações duradouras continuadas ao
periódicas, nas primeiras a prestação não sofre qualquer interrupção, já
nas segundas abstração a sucessivamente repetir em certos períodos de
tempo.
As prestações instantâneas porém, não tem o seu conteúdo extensão de
limitados em função do tempo podendo ainda, classificar-se em
prestações instantâneas integrais ou fracionadas, as primeiras são
realizadas de uma só vez, as segundas são aquelas em que o montante
global é dividido em várias frações a realizar sucessivamente.
As prestações instantâneas fracionadas poderiam ser confundidas com as
prestações duradouras periódicas, a distinção faz porém no facto das
prestações fracionadas encontrar-nos perante uma única obrigação cujo
objeto é dividido em frações, enquanto que nas prestações periódicas
verifica-se uma pluralidade de obrigações distintas embora emergentes
de um vínculo comum.
A lei tem que assegurar uma de limitação temporal aos contratos de
execução duradoura, o que é realizado através de acordo prévio das
partes ficção no limite temporal do contrato. Uma outra característica dos
contratos de execução duradoura é um desvio ao regime da resolução do
contrato, documentado no artigo 434°,2 efetivamente, se a resolução do
contrato tem normalmente efeitos retroativos (art 434°,1) Nos contratos
de execução continuada o periódica, pelo contrário, ela não abrange as
prestações já executadas a não ser que entre elas e a causa de resolução
existe um vínculo que legitima a resolução todas elas (art. 434,2