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Obrigações:

O direito das obrigações e a definição legal de obrigação:

A definição de obrigação:
Regulado no livro II do CC, tendo a definição da figura da obrigação estimulada no art. 397º,
entende se por esta o vinculo pelo qual uma pessoa fica adstrita a outra a realização de uma
prestação, isto é, as obrigações são situações jurídicas que tem por conteúdo a vinculação de
uma pessoa em relação a outra à adoção de uma determinada conduta em benefício desta.
No sentido amplo a obrigação pode abranger todo e qualquer vinculo jurídico entre duas
pessoas, como sejam os deveres jurídicos genéricos, os ónus e as sujeições, sendo necessário
efetuar uma contraposição entre as obrigações e estas figuras afins.
que caracteriza a obrigação relativamente a estas figuras é a o facto de que determinada
pessoa se encontra adstrita a realizar uma conduta positiva ou negativa no interesse de outra.
Conduta essa designada por prestação.

Sujeições- mutua relação passiva dos direitos potestativos, consistindo na necessidade de


suportar as consequências jurídicas correspondentes ao exercício de um direito potestativo,
não havendo possibilidade de violação desta. ex: servidão de passagem.
Opondo se assim a obrigação, sendo esta eminentemente violável ainda que o devedor
acarrete nestes casos a sanção de indemnização(art. 798º) ou da execução do seu
património(art. 817º).

Ónus- consiste na necessidade de adotar uma conduta em proveito próprio, ou seja, adotar
certo comportamento para beneficiar de um situação favorável. Ex: onus da prova( art. 342º).
Não se confunde com a obrigação uma vez que esta consiste num dever jurídico impostoras
benificiode outra pessoa, o credor.

Dever jurídico genérico- consiste na situação em que se encontram os outros sujeitos


relativamente aos titulares de direitos absolutos, estando obrigados a um dever geral de
respeito, cuja infração pode acarretar responsabilidade civil com o correspondente dever de
indemnizar os danos sofridos pelo titular(art. 483º).
Não se confunde com obrigação na medida em que não se traduz numa relação jurídica entre
credor e devedor e sim num direito sem relação não se podendo considerar este um viculo
que autorize uma pessoa a exigir de oura uma prestação.

Objeto e características do direito das obrigações:


O direito das obrigações assume-se como um ramo do direito civil, que constitui parte do
direito privado comum, gozando portanto das suas características: a liberdade e a igualdade.
Os sujeitos das relações obrigacionais tem os mesmos poderes e são livres de fazer tudo o que
não se encontrem abrangidos por uma proibição. Pelo contrario o direito publico rege se pela
autoridade e competencia, no qual uma das partes so pode provocar modificações na esfera
juridica alheia e so pode praticar os atos para os quais a lei lhe atribui competencia.
Esta diferenciação tem reflexos no controlo e motivação dos sujeitos, visto que no direito
publico as decisões são vincularas, portanto a sua motivação é sempre relevante, no direito
privado a atuação do sujeito define-se pela sua uberdade de decisão não relevando a sua
motivação exceto nos casos de grave discordância com o sistema juridico.
A autonomização do direito das obrigações tem como base estrutural a diferenciação entre
direitos reais e direitos de credito, sendo dito que o direito das obrigações se refere a
transmissão dos bens enquanto que o direito das coisas se refere ao domínio estático dos bens,
mas precisamente, o direito das obrigações refere-se a regulação de fenómenos futuros
enquanto o direito das coisas regula situacoes juridicas já existente.
Assim, sempre que surja estruturalmente a vinculação de uma pessoa para com outra a adoção
de determinada conduta esta situação é regulado pelo direito das obrigações a menos que se
verifique a sua absorção por uma instituição pertencente a outro ramo do direito, fazendo com
que o direito das obrigações abrange matérias sujeitas a Campos jurídicos distintos unificadas
através do conceito de obrigação, abrangendo essencialmente as seguintes realidades:
1) Circulação de bens- são abrangidas pelo direito das obrigações todas as situacoes das
quais resulte alterações na ordenação juridica dos bens através de negócios juridico,
são regulados pelo direito das obrigações e transmissão dos direitos e dos contratos
que as desencadeiam
2) Prestação de serviços- genericamente abrangida pelo direito das obrigações através do
contato de prestações de serviços (art. 1154º e ss.), uma modalidade contratual atípica
regulando a a lei tres modalidades típicas: o mandato(art.1157º), o deposito(art.1185º)
e a empreitada(art. 1207º)
3) Instituição de organizações- temos o contrato de sociedade civil (atos.980º e ss.) que
aparece regulado pelo direito das obrigações como a forma comum da associação de
pessoas para a exploração de uma atividade económica lucrativa.
4) Sanções civis por comportamentos ilícitos ou culposo- consiste essencialmente na
obrigação de indemnizar por danos acusados (art. 562º) cuja fonte genericamente é
designada por responsabilidade civil. Relativamente a responsabilidade civil subjetiva,
o sistema do código distingue a responsabilidade civil delitual (arts.483º e ss.) da
responsabilidade civil obrigacional (art. 798º e ss.) consoante esteja em causa a
violação de uma situação jurídica absoluta ou da violação de uma obrigação. A sanção
civil aparece. Aqui associada a uma função de compensação do danos sofridos pelo
lesado, levando a que por vezes seja obliterada perante a valorização deste ultimo
aspecto.
5) Compensação por danos, despesas ou obtenção de enriquecimentos- a materia da
compensação dos danos é abrangidas pela responsabilidade pelo risco (arts. 499º e ss)
dando igualmente origem a uma obrigação de indemnização, não se apresenta neste
como tendo natureza sancionatoria, visando exclusivamente a compensação de danos
segundocriterios objetivos da repartição do risco. Já a compensação de despesas é
abrangida pela gestão de negócios (art. 464º e ss.) instituto que visa tutelar a atuações
realizadas sem autorização em benefício de outrem. Por fim a compensação do
enriquecimento é abrangida pelo o instituto do enriquecimento sem causa (art. 473º e
ss) que visa determinar a compensação do enriquecimento obtido injustamente a
causa de o outrem.

Princípios gerais do direito das obrigações:

Princípio da autonomia privada:


-A autonomia privada e o negocio jurídico: em sentido literal expressão “autonomia privada”
consiste na possibilidade que alguém tem de estabelecer as suas próprias regras, (deve referir-
se que a regras juridicas caracterizadas pela generalidade e abstração, pelo que elas não
podem ser criadas por ato de privados,efetivamente o que os privados creiam são comandos
que so para eles vigoram). A autonomia privada é assim a possibilidade de alguém estabelecer
efeitos jurídicos que so se repercutirão na sua esfera juridica e por esse motivo a autonomia
privada não se confunde co o direito subjetivo.
A autonomia privada consiste assim num espaço de liberdade, já que, desde que sejam
respeitados certos limites as partes podem livremente desencadear os efeitos jurídicos que
pretendem.
A autonomia privada é assim a liberdade de produção refletida de efeitos jurídicos, na medida
em que os efeitos jurídicos produzidos irão repercutir se na esfera dos sujeitos que os
produzem, no entanto esta repercussão depende da utilização de um efeito jurídico especifico:
o negocio jurídico, ato distinto dos meros atos jurídicos, nestes existe apenas liberdade de
celebração, uma vez que os seus efeitos resultam imperativamente da lei, já nos negócios
existe tanta liberdade de celebração como de estipulação.
Os negócios jurídicos correspondem portanto a forma preferencial do exercício da autonomia
privada.
Quer nos negócios unilaterais quer nos contratos as partes exercem amplamente a sua
autonomia privada, determinando os seus efeitos jurídicos. No entanto, quanto à constituição
de obrigações a lei atribui primazia aos contratos, referindo no artigo 405º sob a epígrafe
“liberdade contratual” sendo esta simultaneamente a liberdade de celebração de contratos, a
liberdade de seleção do tipo negocial e a liberdade de estipulação. Os negócios jurídicos
unilaterais so em certos casos legalmente previstos poderão dar origem a obrigações so nos
casos previstos na lei- art 457º.

A liberdade contratual e os seus conteúdos- o que caracteriza o negocio juridico é que ambas
as partes estão de acordo em relacao aos efeitos jurídicos produzidos estabelecendo os através
de duas declarações negociais harmonizáveis entre si, uma disciplina juridica comum com
repercussão nas respetivas esferas juridicas. Baseando se o contrato-me livre determinação as
partes uma vez que este exige o consenso de ambas para se poder formar (ver art 232º).
A liberdade contratual é a parte mais importante mais importante da autonomia privada
enquanto principio fundamental do direito das obrigações.
Art. 228 e ss.
Inclui-se também nesta liberdade a liberdade de extinguir por mutuo acordo o contrato através
da celebração do respetivo distrate ou revogação, que pode ser total ou parcial (ver art 406º)
resultante a extinção do contrato anterior de um contrato extintivo.
Uma consequência importante desta autonomia privada é a supletividade tendências das suas
regras, ou seja, o relevo dado a autonomia privada neste ramo do direito implica que as regras
estabelecidas por lei devam ceder perante a decisão das partes em sentido contrario,
consequentemente no DO raramente se encontrando regras imperativas.
Restrições a liberdade contratual- o pressuposto da aplicação integral de todas as
consequências da autonomia privada é a existência de absoluta igualdade entre as partes
tendo ambas poder negocial idêntico e portanto as mesmas possibilidades de ditar a clausulas
contratuais. Sabe se porém que essa igualdade nem sempre corresponde ao plano económico
dai que a ordem juridicamente que abandonar o paradigma da tutela absoluta da autonomia
privada para estabelecer em certos casos, igualmente uma tutela da parte mais fraca, que
implica aceitar restrições Pontus a liberdade contratual. Apesar da importância da liberdade
contratual como principio fundamental doDO não pode aceitar se energicamente que todo e
qualquer contato seja sempre efetivamente baseado na livre determinação de ambos os
sujeitos.
Surgem então determinadas restrições ou mesmo afastamento da liberdade de celebração ou
estipulação de um contrato, sendo estas:
Restrições a liberdade de celebração:
 uma importante restrição consiste na obrigação de celebração do contrato, podendo
uma das partes ou ambas estar vincularas por obrigação contratual ou legal, à
celebração do contrato com a outra parte, nestes casos pode a outra parte exigir a
celebração (art. 817º) ou inclusive obter sentenca que produza os mesmos efeitos que
o contrato prometido (art. 830º), a não celebração do mesmo constitui nestes casos
um ilícito obrigacional, que gera obrigação a de indemnização.
 No caso de contrato sobre bens essenciais à ausência de concorrência no setor e a
necessidade dos bens por parte do consumidor levaria a constrangimentos inaceitáveis
pela parte mais fraca, se a outra parte pudesse livremente recusar o contrato.
Restrições a liberdade de estipulação:
A liberdade de estipulação pressupõe a liberdade de celebração pois se uma parte não é livre
de celebrar um contrato também não é livre de determinar o seu conteúdo e qualquer
limitação a liberdade de celebração acarreta limitação a liberdade de estipulação, é possível
porém ocorrerem limitações a liberdade de estipulação mantendo se a liberdade de celebração
intacta como se suede sempre que a lei determina imperativamente o conteúdo do contrato a
fim de evitar prejuízo a parte economicamente mais fraca, havendo dois tipos de restrição a
liberdade de estipulação:
a) Contratos submetidos a um regime imperativo- imposição justificado em razao de
maior relevância de certos contratos sociais elementares que coloca uma das partes
em dependência económica da sua celebração- ex: contrato de trabalho.
b) Cláusulas contratuais gerais- consistem em situações típicas do trafego negocial de
massas em que as declarações negociais de uma das partes se caracterizam pela pre
elaboração, generalidade e rigidez.
c) Os contratos pre formulados- caso dos contratos estimulados entre um profissional um
consumidor

Princípio do ressarcimento de danos:


Sempre que exista uma razao de justiça, da qual resulte que o dano deva ser suportado por
outro que não o lesado, deve ser aquele e não este a suportar o dano. A transferência do dano
do lesado para outrem opera-se mediante a constituição de ima obrigação de indemnização,
através da qual se deve restituir a situação que existiria se não tivesse ocorrido o evento lesivo
(art. 562º).
A simples injustiça de dano sofrido não é porém sufuciente para ter direito a indemnização, dai
que o dano geralmente seja suportado por quem o sofreu como faz parte do risco geral a vida.
Em muitas situações ocorre porém um fenómenoque se denominade imputação de danos.
Esta ocorre quando a lei considera existir,não apenas um dano injusto para o lesado, mas
também uma razão de justiça que justifique transferência deste dano Para outrem.Chama-se a
esta situação responsabilidade civil. (Art. 483 e ss).
A consequência dessa formulação é a de que o lesado não teria direito a qualquer
indemnização, a menos que demonstrasse a culpa do lesante (art. 487°, n° 1). O rigor do
regime foi, no entanto, atenuado através da consagração de sucessivas presunções de culpa,
por meio das quais o lesado era dispensado desse ónus (cfr. actualmente arts. 491°, 4929 e
4939). Posteriormente, foi-se desenvolvendo a ideia de que a imputação de danos poderia
mesmo dispensar a culpa do lesante, passando a assentar simplesmente na criação de riscos
específicos de que outrem tira proveito ou que pode controlar, tendo que indemnizar os danos
abrangidos por essa esfera de riscos. Surge assim, a responsabilidade pelo risco, que se tem
vindo a assumir como uma outra grande categoria de responsabilidade civil, embora entre nós
continue a ser restrita às hipóteses previstas na lei (art. 4839, n° 2). Actualmente inserem-se
aqui, entre outras situações, os casos da responsabilidade do comitente (art. 5009), da
responsabilidade do Estado e pessoas colectivas públicas (art. 501°), os danos causados por
animais (art. 502°), os acidentes por veículos (arts. 503° e ss.) e os danos causados por
instalações de energia eléctrica ou do gás (arts. 509° e ss.).
Em certos casos, a imputação de danos pode, porém, basear-se em permissões legais de
sacrificar bens alheios no interesse próprio, que têm como contrapartida o estabelecimento de
uma obrigação de indemnização
Nesses casos, temos a denominada responsabilidade por factos lícitos ou pelo sacrifício.
do para outre
Temos, assim, três títulos de imputação de danos:
a) imputação por culpa- responsabilidade baseia-se numa conduta ilícita e censurável do
agente
b) imputação pelo risco- o fundamento que lhe está na base baseia-se numa concepção
de justiça distributiva
c) imputação pelo sacrifício- corresponde à situação em que a lei permite, em
homenagem a um valor superior, que seja sacrificado um em ou direito pertencente a
outrem, atribuindo, porém, uma indemnização ao lesado como compensação desse
sacrifício.

Princípio da restituição do enriquecimento injustificado:


Encontra-se consagrado na norma do art. 473,1º, consistindo por iss num principio em forma
de norma, Significado que sempre que alguém Obtenha um enriquecimento a custa de outra
sem causa justificada tem que restituir aquilo que injustamente se ocupou.

Princípio da boa fé:


Conceito polissemico, falando se de boa fé no sentido subjetivo, definindo se como a
ignorância de estar a lesar direitos alheios mas podendo se ainda definir no sentido objetivo
sendo assim uma regra de conduta.
No âmbito do direito das obrigações fala-se de boa fé objetiva encontrando se essencialmente
em cinco institutos:
1) a responsabilidade pre-contratual (art 227,1º)
2) A integração dos negócios (art. 239º)
3) O abuso do direito (art. 334º)
4) A resolução ou modificada de contratos por alteração de circunstâncias (art. 437º)
5) A complexidade das obrigações (art. 762,2º)

Princípio da responsabilidade patrimonial:


Consiste na possibilidade de o credor em caso de não cumprimento executar o património do
devedor e obter satisfação do seu credito.
Ao se definir, nos termos do art. 397° do Código Civil a obrigação como o vínculo jurídico que
provoca a adstrição de uma pessoa à realização de uma prestação, naturalmente que se
pressupõe o recurso aos tribunais para assegurar a realização da prestação, sem a qual a
adstrição do devedor não ocorreria.
Caso, porém, a realização da prestação já não seja possivel em virtude de facto imputável ao
devedor, o credor só poderá reclamar um direito à indemnização. É o que sucede nos caso de
incumprimento definitivo (arts. 798° e 8089) e de impossibilidade culposa de cumprimento
(art. 801°). O direito à indemnização já não se identifica com o direito de crédito inicial, tendo
um fundamento diferente: a responsabilidade civil

Conceito e estrutura da obrigação:

Posição adoptada:
A obrigação não se pode considerar um direito incidente sobre os bens do devedor, sendo
antes um vinculo pessoal sobre dois sujeitos, através do qual um pode pedir do outro que
adote determinado comportamento em seu benefício.
Sendo este o conceito adotado pelo legislador em acordo com o art. 397º, é também a posição
advogada por maioria da doutrina portuguesa, que entende o direito de credito como tendo
por objeto a prestação, negando a existência de qualquer irrito do credor sobre o património
do devedor, efetivamente, a a acao executiva representa apenas a aplicação pelo estado da
sanção pelo incumprimento das obrigações, através do qual se assegura a proteção juridica do
direito de credito, assim, no processo de execução o estado substitui ao devedor na satisfação
do direito de credito obtendo os meios necessários através da execução do seu património.
portanto ao credor, reconhece-se o direito subjetivo a prestação.

Características da obrigação:

Apontam se como características da obrigação as seguintes:


 A patrimonialidade- que se entende pela suscetibilidade de a obrigação ser avaliada
em dinheiro, tendo, portanto, conteúdo económico.
O atual código português afastou-se dessa orientação referindo que a prestação não
precisa de ter carácter pecuniário, mas eve corresponder a um interesse do credor,
digno de proteção legal (art. 398º,2) ficando assim consagrada a possibilidade de
constitui obrigações sem cariz patrimonial.
Efetivamente o credito enquanto direito a prestação é garantido através da acao de
execução de cumprimento e de execucaodo património do devedor (art.817º)
O direito de credito torna-se um ativo patrimonial do credor enquanto a obrigação se
torna um passivo no património do devedor.
 A mediação ou colaboração devida- outra característica da obrigação é o facto do
credor não poder exercer direta e imediatamente o seu direito, necessitando da
colaboração do devedor para obter a satisfação do seu interesse.
A mediação tem sido apontada pela doutrina como uma das qualidades das obrigações
que permite estabelecer a sua distinção dos direitos reais uma vez que a estes faltaria
essa característica, na medida em que consistem num poder direto e imediato sobre
uma coisa.
Em certos casos, acontece porém que perante a recusa do devedor em prestar o
credor põe obter o seu direito a prestação por via coerciva, como sucede na execução
especifica (arts. 827º e ss.).
 Relatividade- esta característica é suscetível de ser entendida em dois sentidos
diferentes:
a) Através do prisma estrutural: neste sentido refere-se que o direito de credito
se estrutura com base numa relacao entre credor e devedor
b) Através do prisma da eficácia: neste sentido refere-se que o direito de credito
apenas é eficaz contra o devedor. Consequentemente so ele pode ser oposto e
so por ele pode ser violado.
Sendo ainda relativa na medida em que o direito se apresenta como direito de
NOTA:
exigir de outrem uma prestação consequentemente so podendo ser exercido
 art 483º-
pelo titular. Assim conclui-se o seu carácter relativo distinguindo os dos direitos
responsabilidade
reais na medida que estes tem um carácter absoluto.
civil relativamente
Direitos de credito so podendo ser violados pelo devedor, resulta em não
a violação de
terem terceiros qualquer responsabilidade pela sua frustração- art 406º,2, esta
direitos absolutos
realização permite fazer uma distinção entre responsabilidade delitual e
 art.798º-
responsabilidade obrigacional.
responsabilidade
Conclui-se então que a obrigação tem como característica a relatividade
obrigacional
estrutural e o regime da responsabilidade patrimonial implica a
relativamente a
admissibilidade de constituir direitos de credito incompatível entre si, não
violação de direitos
de credito
tendo o direito de credito anterior prevalência sobre o posterior exceto em
situações vistas como abusivas em que o terceiro pode ser responsabilizado
(art. 334º)

 A autonomia- não podiam ser consideradas como obrigações aquelas situacoes que
embora estruturalmente obrigacionais viessem a ser regularas por outros ramos do
direito

Distinção entre direitos de credito e direitos reais:

Distinção:
 A distinção entre estes dois consiste no critério do objeto: os direitos reais são direitos
sobre as coisas enquanto os direitos de credito são direitos a prestações,isto é, a uma
conduta do devedor.
Este distinto objeto reflete-se nas características de ambos os direito. Se o direito de
credito é um direito sobre uma prestação ele caracteriza-se pela necessidade de
mediação do devedor para ser exercido, assim mesmo quando a prestação tem por
objeto uma coisa, o credor não possui qualquer direito sobre ela, que sucederia se
possuísse um direito real, tem apenas o direito a que devedor lhe entregue a coisa que
necessita, nada disso acontece nos direitos reais, vist orquestra nestes o titular do
mesmo não necessita da ajuda de ninguém para o exercer.
 Distingue-se ainda em virtude da sua relatividade estrutural, o direito de credto
assenta numa relacao, o direito real não, encontrando se desligado de qualquer tios de
relação interpessoal exercendo se diretamente sobre a coisa.
 Existe ainda a inerência, segundo a qual o titular de um direito real pode perseguir a
coisa onde quer que ela se encontre (ex: compras e vendas de bem alheio, titular da
propriedade so tem que a alegar para determinar a invalidez das mesmas- art 1311º), o
direito de credito já não tem esta característica, se alguém tem direito ao uma
prestação e o devedor aliena o objeto da mesma, o credor já não o pode exigir, resta
lhe pedir uma indemnização ao devedor por impossibilitar culposamente a prestação.
 A prevalência, significando esta a prioridade do direito real primeiramente constituído
sobre posteriores constituições, salvo a regra do registo, e a maior fica dos direitos
reais sobre os direitos de credito. Essa característica não existe nos direitos de credito,
que não se hierarquizam entre si pela ordem da constituição, antes ocorrem sobre pe
de igualdade sobre o património do devedor que se não for suficiente, é rateado de
maneira a efetuar um pagamento proporcional a todos os credores- art 604º,1
Efetivamente os direitos reais tem mais forca que os direitos de credito, mediante o
facto de que se houver um conflito entre ambos prevalecera o direito real.

A questão dos direitos pessoais de gozo: locação (art. 1022º), comodato (art. 1129º),
parceiro pensador (art. 1121º) e deposito (art 1185º)
A classificação destas figuras torna-se assim controvertida entre direito real e direito de
credito.
O legislador pretender qualificar estes direitos como direito de credito, estabelecendo que
embora confiram o gozo de uma coisa esse gozo resulta de uma obrigação positiva assumida
por outrem (locação), de uma obrigação negativa (comodato), parceria pecuniária, ou ainda de
uma autorização eventual (depósito).
Não há assim um direito imediato sobre a coisa como é caracteristico dos direitos reais.
No entanto o facto de admitirem uma tutela que extravasa a simples acao de cumprimento e
execução, aproxima-os dos direitos reais, para alem disso, o gozo sobre a coisa normalmente
realiza-se sem intervenção de qualquer pessoa.
A lei vem estabelecer uma hierarquização dos direitos pessoais de gozo segundo a ordem da
sua constituição ou registo (art. 407º) que também é uma solução estranha no âmbito dos
direitos de credito.

Objeto da obrigação: prestação

Delimitação do conceito de prestação:


Segundo o presente no artigo 397º a prestação consiste na conduta que o devedor se obriga a
desenvolver e beneficio do credor.
Daí que a realização da prestação pelo devedor se considere como cumprimento, extinguindo
portanto a obrigação (art. 726°,2).
Assim, de acordo com o art. 398°,1, a prestação pode tanto consistir numa ação, como numa
omissão, sendo o seu conteúdo determinado pelas partes, dentro dos limites da lei.
Já no art 398°,2, estabelece se um requisito suplementar, a prestação, embora não necessite de
ter valor pecuniário deve corresponder a um interesse do credor, digno de proteção legal.

Requisitos legais da prestação:


 Generalidade- Face ao artigo 397° a prestação constitui o objeto da obrigação.
Nos temos do artigo 398° define-se a faculdade das partes de determinarem o seu
conteúdo dentro dos limites da lei e portanto conclui se que está tem que respeitar
certos requisitos legais para a sua constituição.
Assim, se a obrigação resulta de um negócio jurídico, a prestação estará naturalmente
sujeita as regras relativas ao objeto negociar presentes no art 280°c tendo como
consequência a nulidade do negócio verificado algum desrespeito a estes limites: ser
física ou legalmente possível, ser lícita, determinável e respeitar a ordem pública e os
bons costumes.
Os requisitos da prestação são novamente referidos no artigo 400° e 401° sendo estes
acessórios ao 280°.
 Possibilidade física ou legal- A impossibilidade da prestação produz a nulidade do
negócio jurídico pc podendo essa impossibilidade ser física ou legal, vindo esta regra
expressa no artigo 280°,1 bem como 401°,1, referindo se o número 2 e 3 do mesmo
artigo a algumas restrições a esta solução.
Efetivamente, para que a impossibilidade da prestação produza nulidade do negócio
jurídico, é necessário que ela constitua uma impossibilidade originária (art. 401°,1). Se
a prestação se vier a tornar superveniente mente impossível, após a constituição do
negócio, este não é nulo, mas a obrigação extinguir-se-a por força do art. 790°.
Já o art, 401°,2 admite casos em que a prestação é originariamente impossível mas a
validade do negócio não é afetada, casos como a eventualidade de a prestação se
tornar possível sendo exemplo desta a prestação de coisa futura (art. 399°)
A impossibilidade tem, portanto, de ser absoluta impedindo a realização da prestação,
e não meramente relativa, ou seja dificultando a excessivamente ou onerando-a.
A impossibilidade tem também que ser objetiva e não meramente subjetivos na
medida em que só se considera impossível a prestação que o seja em relação ao objeto
e não em relação a pessoa do devedor. A mesma regra aplica se a impossibilidade
superveniente por força do art 791°, efetivamente podendo as prestações em princípio
fungíveis, ser realizadas por qualquer pessoa (art. 767°, 1) fazendo com que caso o
devedor se veja impossibilitado de prestar procure fazer-se substituir.
 Licitude- Presente no art 280°,1 bem como no 294°, define que o objeto negocioso não
pode ser contrário a qualquer posição que tenha carácter injuntivo. As normas
injustiças constituem limites a autonomia privada gerando nulidade para os negócios
que as contrariem.
A ilicitude do negócio pode ser de resultado oi de meios, consoante o negócio vide
objetivamente um resultado ilícito (ex: assassinato contratado) ou se proponha a
alcançar um resultado lícito através de meios cuja utilização é proibida por lei (ex:
tratamento de uma pessoa em discordância com as regras da medicina) em ambas as
situações o art 280°,1 declara o negócio como nulo.
 Determinabilidade- Da mesma forma a prestação tem de ser determinável, resultando
esta regra do artigo 280°, que estabelece nulidade do negócio jurídico cujo objetivo
seja indeterminável.
Indeterminável não deve porém ser confundido com indeterminado, já que a
obrigação pode ser constituída estando ainda a prestação indeterminada desde que
ela seja determinável.
Em caso de indeterminarão da prestação aplica se o artigo 400°.
O ato de determinação da prestação qualificar-se como um ato jurídico simples avais se
aplicam as regras do negócio jurídico por antologia (art. 295°) podendo assim ser
anilado por dolo, erro ou coação moral.
Caso não resulte do negócio qualquer critério de determinação da prestação, o
negócio será considerado nulo por indeterminável (art. 280°,1) não podendo o artigo
400 suprir essa nulidade.
 Não contrariedade a ordem pública e aos bons costumes- A prestação nao pode ser
contrária à ordem pública e aos bons costumes (art. 280°,2) sendo neste caso os
conceitos indeterminados.
A referência aos bons costumes refere-sé asa regras de conduta familiar e sexual bem
como as regras deontológicas estabelecidas no exercício de certas profissões. Já a
referência a ordem pública corresponde aos denominador princípios fundamentais do
ordenamento jurídico cujo desrespeito implica a invalidade do negócio.

A complexidade intra-obrigacional e os deveres acessórios de


conduta:
Um dos problemas suscitados pela obrigação é a complexidade do vínculo obrigacional.
Pode se então falar de obrigação no sentido estrito, correspondendo a difundi-vos do artigo
397, que apenas abrange o binómio credito-crer de prestar, e outro mais amplo, que abrange
todo o conjunto de situações jurídicas geradas no âmbito da relação entre credor e devedor.
A obrigação abrange assim:
1) o dever de efetuar a prestação principal- sendo o elemento determinante da obrigação
é que lhe atribui individualidade própria.
2) Os deveres secundários- que correspondem a outras prestações funcionalizadas em
função da prestação principal visando complementá-la (Muitas vezes estes deveres
secundários de prestação são mesmo estabelecidos por lei, como sucede com a
obrigação de entrega dos documentos relativos à coisa (art. 882°, n° 2). Como deveres
de prestação, estão naturalmente sujeitos à acção de cumprimento (art. 817°) e,
existindo um contrato sinalagmático, são abrangidos pelo sinalagma, permitindo ao
credor utilizar a excepção de não cumprimento do contrato (art. 428°) ou a resolução
em caso de não cumprimento (art. 801°, n° 2). Paralelamente aos deveres de
prestação, principais ou secundários. podem ainda surgir para as partes outros deveres
específicos de conduta, e que normalmente desempenham apenas uma função
acessória do dever principal: são os chamados deveres acessórios de conduta.
3) Os deveres acessórios- independentes do dever de prestação principal podendo surgir
antes ou após a sua extinção e inclusive tutelaria situação de terceiros ao contrato
4) Sujeicoes- contrapostas a situação jurídica potestativa poderemos incluir entre elas a
faculdade de interpelação mas obrigações putas que coloca o devedor em situação de
mora ou a resolução do contrato em consequência do incumprimento (art. 801°,2). (O
direito de crédito não sendo potestativo pode incluir no seu seio elementos de caráter
potestativo).
5) Poderes ou faculdades- a faculdade de o devedor oferecer a todo o tempo a prestação
nas obrigações puras (art. 777°,1) que não sendo aceite coloca o credor em mora (art.
813°) e as faculdades de determinar a prestação nas obrigações genéticas (art. 638°) e
alternativas (art. 754°).
6) Exceções- podendo incluir a prescrição (art 303°), a exceção de não cumprimento do
contrato (art. 428°), o benefício da execução (art. 638°) e o direito de retenção (art.
754°).

Modalidades de obrigações:

Obrigações naturais:

Definidas no artigo 402° como sendo as obrigações que se fundam “num mero dever de ordem
moral ou social, cujo cumprimento não é judicialmente exigível, mas corresponde a um dever
de justiça” caracterizando se sssim pela sua falta de exigibilidade judicial da prestação,
resumindo se a sua tutela jurídica à possibilidade de o credor conservar a prestação
espontaneamente realizada, a que se refere o artigo 403°.
Como consequência exclui se a possibilidade de repetição do indevido, referida no artigo 476°
salvo nos casos de o devedor não ter capacidade para realizar a prestação.
As obrigações naturais não podem ser convencionadas livremente pelas partes no exercício da
sua autonomia privada, uma vez que isso equivaleria a uma renúncia do credor do direito de
exigir, expressamente vedado pelo artigo 809°.
A lei manda aplicar as obrigações naturais o regime das obrigações civis em tudo que não se
relacione com a realização coerciva da prestação salvo exceções da lei- art 404°.
Não lhes é aplicável o regime das fontes das obrigações nem tao pouco é possDefinidas no
artigo 402° como sendo as obrigações que se fundam “num mero dever de ordem moral ou
social, cujo cumprimento não é judicialmente exigível, mas corresponde a um dever de justiça”
caracterizando se sssim pela sua falta de exigibilidade judicial da prestação, resumindo se a sua
tutela jurídica à possibilidade de o credor conservar a prestação espontaneamente realizada, a
que se refere o artigo 403°.
Como consequência exclui se a possibilidade de repetição do indevido, referida no artigo 476°
salvo nos casos de o devedor não ter capacidade para realizar a prestação.
As obrigações naturais não podem ser convencionadas livremente pelas partes no exercício da
sua autonomia privada, uma vez que isso equivaleria a uma renúncia do credor do direito de
exigir, expressamente vedado pelo artigo 809°.
A lei manda aplicar as obrigações naturais o regime das obrigações civis em tudo que não se
relacione com a realização coerciva da prestação salvo exceções da lei- art 404°.
Não lhes é aplicável o regime das fontes das obrigações nem tao pouco é possível a
transmissão negócios de obrigações naturais, estás também não podem extinguir se por
prescrição, uma vez que as consequências desta correspondem precisamente em transformar
uma obrigação civil em obrigação natural.
A obrigação natural não constitui uma verdadeira obrigação jurídica na medida em que não
existe um vínculo jurídico por virtude do qual uma pessoa fica artrite a outra a realização de
uma prestação como presente no art 397°.
ível a transmissão negócios de obrigações naturais, estás também não podem extinguir se por
prescrição, uma vez que as consequências desta correspondem precisamente em transformar
uma obrigação civil em obrigação natural.
A obrigação natural não constitui uma verdadeira obrigação jurídica na medida em que não
existe um vínculo jurídico por virtude do qual uma pessoa fica artrite a outra a realização de
uma prestação como presente no art 397°.

Classificação das funções em função do tipo de prestação:

 Generalidades:
O objeto das obrigações é a prestação, ou seja, a conduta a que o
devedor está vinculado. Esta conduta pode consistir numa série de
situações, as quas são por vezes objeto de um regime específico,
importando por isso classificar os tipos de prestações
 Prestação de coisa e prestação de facto:
Prestações de coisa são aquelas cujo objeto consiste na entrega de uma
coisa.
Prestações de facto consiste em realizar uma conduta de pira ordem.
As prestações de coisa dizem respeito ao fornecimento de bens enquanto
as prestações de facto a realização de serviços. Juridicamente surgem, no
entanto, outras destinações.
Na prestação de coisa pode ser distinguida a atividade do devedor da
própria coisa que existe independentemente da sua conduta podendo
portanto estabelecer de distinção entre a prestação do devedor e a coisa
a prestar, verificando se o entered de do credor normalmente em relação
a coisa, no entanto, o direito de crédito nunca incide diretamente sobre a
coisa mas antes sobre a conduta do devedor, assim, mesmo que o credor
obtenha a execução específica dessa obrigação, conseguindo a entrega da
coisa por outrem, continuamos a estar perante um direito de prestação.
Já nas prestações de facto, não é possível distinguir entre a conduta do
devedor e uma realidade que existe independentemente dessa conduta.
O criador tem nesta por interesse nenhuma realidade além da prestação.
É necessário, porém, ter em conta a distinção entre prestação de coisa
presente e prestação de coisa futura, estando presente no artigo 211 a
definição de coisa futura. Os bens futuros são assim aqueles que não
tendo existência não possuindo autonomia ou não se encontrar na
disponibilidade do sujeito São objeto de negócio jurídico.
Não há qualquer obstáculo a prestação que tenha por objeto coisas
presentes porém há restrições a prestações que tenham por objeto coisas
futuras, embora no artigo 399º, admita genericamente esta prestação há
casos em proíbe efetivamente bens futuros não podem ser objeto de
doações.
As prestações de facto distinguem-se ainda entre prestações de facto
positivo e prestações de facto negativo. As prestações de facto positivo
são aquelas em que a prestação tem por objeto uma ação e este facto
negativo aquelas em que a prestação tem por objeto uma omissão.
Dentro das prestações de facto ainda uma subdivisão interpretações de
facto material (A conduta que o devedor se compromete a realizar é uma
conduta puramente material), e prestações de facto jurídico (a conduta
do devedor aparece destinada a produção de efeitos jurídicos).
 Prestações fungíveis e infungiveis:
Prestações fungíveis são aquelas em que a prestação pode ser realizada
por outra em que não o devedor podendo assim as de fazer substituir no
comprimento. Pelo contrário as prestações infungiveis São aquelas que só
devedor pode realizar a prestação não sendo permitida a sua realização
por terceiros.
O art 767°,1 Determina que a prestação pode ser realizada por terceiros,
interessados ou não no cumprimento da obrigação desta norma resulta
em regra geral as prestações são fungíveis, já no número dois desta artigo
refere os casos em que as prestações são infungiveis: quando a
substituição do devedor no cumprimento prejudica o criador
(infungibilidade natural), ou quando se tem acordado expressamente que
a prestação só pode ser realizada pelo devedor (infungibilidade
convencional).
A Fungibilidade da prestação tem uma importância especial para efeitos
de execução específica da obrigação. Efetivamente, se a prestação
infungível o credor pode sem prejuízo para o seu interesse obter a
realização da mesma de qualquer pessoa e não apenas do devedor. Já no
caso contrário a substituição do cumprimento do devedor já não é
possível, pelo que a lei não admite uma execução específica da obrigação.
Admite-se porém em alguns casos a aplicação de uma sanção cunhada
compulsória que visa precisamente com a agir o devedor a cumprir
obrigação (art 829° A).
 Prestações instantâneas e duradouras:
As prestações instantâneas são aquelas cuja execução ocorre num único
momento. As prestações duradouras são aquelas cuja execução se
prolonga no tempo, em virtude de terem por conteúdo um
comportamento prolongado no tempo ou uma repetição sucessiva da
prestação isolada por um período de tempo.
Cpc+sssw Ainda distinção entre ações duradouras continuadas ao
periódicas, nas primeiras a prestação não sofre qualquer interrupção, já
nas segundas abstração a sucessivamente repetir em certos períodos de
tempo.
As prestações instantâneas porém, não tem o seu conteúdo extensão de
limitados em função do tempo podendo ainda, classificar-se em
prestações instantâneas integrais ou fracionadas, as primeiras são
realizadas de uma só vez, as segundas são aquelas em que o montante
global é dividido em várias frações a realizar sucessivamente.
As prestações instantâneas fracionadas poderiam ser confundidas com as
prestações duradouras periódicas, a distinção faz porém no facto das
prestações fracionadas encontrar-nos perante uma única obrigação cujo
objeto é dividido em frações, enquanto que nas prestações periódicas
verifica-se uma pluralidade de obrigações distintas embora emergentes
de um vínculo comum.
A lei tem que assegurar uma de limitação temporal aos contratos de
execução duradoura, o que é realizado através de acordo prévio das
partes ficção no limite temporal do contrato. Uma outra característica dos
contratos de execução duradoura é um desvio ao regime da resolução do
contrato, documentado no artigo 434°,2 efetivamente, se a resolução do
contrato tem normalmente efeitos retroativos (art 434°,1) Nos contratos
de execução continuada o periódica, pelo contrário, ela não abrange as
prestações já executadas a não ser que entre elas e a causa de resolução
existe um vínculo que legitima a resolução todas elas (art. 434,2

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