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AULA 4 – DIREITO

DAS OBRIGAÇÕES
PROF: AVELINO PEDRO, MSC

UNIVERSIDADE METODISTA DE ANGOLA, 2023


PRESTAÇÕES DETERMINADAS E
PRESTAÇÕES INDETERMINADAS
As prestações determinadas estão previstas nos arts. 280.º e 400.º, que segundo a
qual a prestação enquanto objecto da obrigação não necessita de se encontrar
determinada no momento da conclusão do negócio bastando que seja determinável.

Contudo, a prestação pode igualmente ser indeterminada quando resulta dos arts.
883.º relactivo a compra e venda, art. 1158.º relactivo ao mandato e outros
contratos onerosos de transmissão de bens e prestação de serviços previstos nos
arts. 939.º e 1156.º, que resulta em uma pessoa encomendar uma certa quantidade
de mercadorias, vide arts. 883.º nº 1 e 239.º.
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AS OBRIGAÇÕES GENÉRICAS
As obrigações genéricas estão previstas no art. 539.º, são bastantes comuns
no comércio ocorrendo quase sempre que se efectua uma negociação sobre
coisas fungíveis, vide arts. 207.º e 400.º, 539.º, 796.º, 408.º e ss.

Ocorre igualmente na situação da mora do credor previsto no art. 313.º,


igualmente no art. 541.º e em relação a coisa de vida, previsto no art. 841.º.

Finalmente, o caso da promessa de envio referida no art. 797.º e 770.º.

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AS OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS
As obrigações pecuniárias têm por objecto dinheiro, visando proporcionar ao
credor o valor que as respectivas especies monetárias possuem. São dois
requisitos comulativos, se a obrigação tem dinheiro por objecto, mas não visa
proporcionar ao credor dela. Exemplo, a entrega de determinadas moedas e
notas, para integrar uma colecção.

O dinheiro objecto dessas obrigações assegura na ordem económica


simultaneamente as funções de meios gerais de troca, meio legal de pagamento e
unidade de conta.
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AS TRÊS MODALIDADES DE
OBRIGAÇÕES PECUNIÁRIAS
Destacam-se as seguintes

a) Obrigações de quantidade- art. 550.º

b) Obrigações em moedas especificas- art. 552.º

c) Obrigações em moedas estrangeiras- art. 558.º

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OBRIGAÇÕES DE JURO
As obrigações de juro estão caracterizados no art.212.º nº2 que a qualifica como
frutos cívis.

Por via de regra, os juros representam assim uma prestação de vida como
compensação ou indemnização pela privação temporária de uma quantidade de
coisas fungíveis denominada capital e pelo risco de reembolso desta.

A sua extinção depende do pagamento ou restituição do capital, vide art. 561.º,


559.º nº 1, 806.º e 559.º, o seu regime está previsto igualmente nos arts. 1146.º e o
seu limite de fixação nos art. 292.º.
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A INDETERMINAÇÃO DO
CREDOR NA RELAÇÃO
OBRIGACIONAL
O credor pode não ficar determinado ao momento em que a obrigação é
constituída, embora deva ser determinável sob pena de ser nulo o negócio jurídico
que de resulta a obrigação, vide art. 511.º.

A indeterminação temporária do credor pode resultar de se aguardar a verificação


de um determinado facto futuro e incerto ou em virtude de a ligação entre o
credor e a relação obrigacional se apresentar como indirecta ou mediata, sendo
essa qualidade determinada através de uma relação de natureza diferente.

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A PLURALIDADE DE PARTES NA
RELAÇÃO OBRIGACIONAL
Um dos critérios de classificação das relações reside no número de
sujeitos que participa na relação obrigacional. Daí que se a relação
abrangir apenas dois sujeitos (o credor-devedor) fala-se de
obrigação singular, mas se abranger mais de dois sujeitos dir-se –à
de uma pluralidade de credores ou de pluralidade de devedores ou
melhor fala-se de obrigação plural.

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OBRIGAÇÕES CONJUNTAS OU
PARCIARIAS
Nas obrigações conjuntas ou parciárias cada um dos devedores só
está vinculado a prestar ao credor ou credores a sua parte na
prestação e cada um dos credores só pode exigir dos devedor ou
devedores a parte que lhe cabe. A prestação é assim realizada por
partes prestando cada um dos devedores a parte a que se vinculou e
não recebendo cada um dos credores mais do que aquilo que lhe
compete, vide arts. 786.º e ss.
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AS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
O regime das obrigações solidárias estão nos arts. 512.º ss.

Por via de regra, estas obrigações resultam do facto de que qualquer um dos
devedores estar obrigado perante o credor a realizar a prestação integral
(solidariedade passiva) ou ainda por qualquer um dos credores poder exigir do
devedor a prestação integral (solidariedade activa) ou ainda pelo facto de qualquer
um dos credores poder exigir a qualquer um dos devedores a prestação de vida por
todos os devedores à todos os credores (solidariedade mista), vide arts. 513.º ,
467.º e 533.º do CC.
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O REGIME DA SOLIDARIEDADE
PASSIVA
As solidariedades podem ser externas, previstas nos arts. 512.º,
519.º e 518.º e nas relações internas, previstos nos arts. 526.º,
521.º e 525.º.

Os meios de defesa que cada um dos condevedores possuia em


relação ao cumprimento da obrigação, quer sejam comuns, quer
pessoais do demandado, podem ser igualmente opostos ao credor
de regresso. Vide art. 525.º nº 1.
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Cont.
Quanto a prescrição esta não é oponível ao credor de regresso se por
não ter ela ainda decorrido em relação a ele, este viera a ser
obrigado a cumprir a obrigação apesar de prescritas as obrigações
dos outros condevedores mais já lhe será oponível se o cumprimento
da obrigação se verificou apenas em virtude de ele não ter envocado
a prescrição. Isto resulta nos nº 1 e 2 do art. 521.º.

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BIBLIOGRAFIA REFERENCIAL
Dicionário da Língua Portuguesa. Ed. Porto
ECONGO, Domingos de Alegria. Processo Disciplinar na Função Pública. Ed. BC Livtec, Lda. 2018
GONZÀLEZ, José Albrto. Código Civil Anotado. Vol. I. Ed. Sociedade. 2011
LEITÃO, Luis Manuel Teles de Menezes. Direito das Obrigações 9ª edição. Ed. Almedina. 2010
MARQUES, António Vicente. Direito do Trabalho Angolano. Texto Editores. 2006
MARQUES, António Vicente. Código Civil Angolano. Texto Editores. 2006

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