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OBRIGAÇÕES
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ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS
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ADIMPLEMENTO E EXTINÇÃO DAS
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ESPÉCIES:
PAGAMENTO DIRETO: é aquele que é realizado diretamente
ao credor. Esta é a regra no nosso ordenamento.
PAGAMENTO INDIRETO: Porém, existem algumas formas de
pagamento que este se realiza, ou seja, existe a extinção da
obrigação, mas aquele não é entregue diretamente ao credor,
como por exemplo, na consignação em pagamento. A dação
em pagamento também é uma forma de extinção do
pagamento, mas em vez de entregar o objeto pactuado, eu
entrego outra coisa e o credor aceita.
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TRANSMISSÃO DA PROPRIEDADE: (ART. 307 CC/02):
quando a obrigação consistir em entregar uma coisa, o
pagamento só ocorrerá se quem a entregou for o seu dono, o
seu proprietário.
A2) A QUEM SE DEVE PAGAR:
A2.1) CREDOR (ART. 308 CC/02). Deve-se ter atenção, se o
credor inicial é o mesmo do momento do cumprimento –
cessão de crédito. Assim, juridicamente, credor é aquele que
se apresenta como tal no momento do pagamento.
Possibilidade de ratificação (ART. 308, segunda parte. CC/02)
PAGAMENTO INVÁLIDO: credor que não pode receber
(representação legal ou judicial). (ART. 310, CC/02)
10 CREDOR PUTATIVO: (ART.309, CC/02): parece credor, mas
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B) CONDIÇÕES OBJETIVAS DO PAGAMENTO: vimos até o
momento as condições subjetivas do pagamento, ou seja,
vinculada aos sujeitos das obrigações, sendo estudado quem
deve pagar e a quem se deve pagar. Passaremos agora ao
estudo das condições objetivas do pagamento, isto é, o objeto
da relação obrigacional.
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DÍVIDA EM DINHEIRO: quando a obrigação se extinguir com o
pagamento em dinheiro, a lei traz algumas peculiaridades.
Inicialmente, cumpre destacar que até o ano de 1933, era possível
o pagamento com qualquer moeda que fosse pactuada. A partir da
promulgação do decreto nº 23.501/33, a norma estipulou a
obrigatoriedade de pagamento em moeda corrente oficial (moeda
de curso forçado) – ART. 315 CC/02.
Observe-se que a norma reafirma tal impossibilidade, conforme se
observa no art. 318 CC/02 – Lei nº 9.069/95 (moeda nacional o
real). Exceções: relações comerciais de importação e exportação
ou ainda um dos sujeitos ter domicílio em outro país.
PRINCÍPIO DO NOMINALISMO: o referido princípio informa que a
convenção pode até ser realizado em moeda estrangeira, porém o
pagamento é obrigatório em moeda oficial do país.
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POSSIBILIDADE DE AUMENTO SUCESSIVO (ART. 316
CC/02): o índice deve ser predeterminado (correção monetária).
TEORIA DA IMPREVISÃO: de forma excepcional, o código
admite uma possibilidade de alteração do objeto da obrigação
contra a vontade do credor. (ART. 317 CC/02). Ocorre que, para
isto acontecer, necessário se faz a presente de alguns
requisitos, como os fatos imprevisíveis, que tornam a obrigação
do devedor excessivamente onerosa, gerando um
enriquecimento exagerado pelo credor. (Ex: ação revisional de
aluguel por conta da pandemia)
PROVA DO PAGAMENTO: (ART. 319): é a prova do
pagamento que gera a extinção do pagamento. Isto quer dizer
que nada adianta eu pagar a pessoa certa, com o objeto
15 pactuado, se não puder provar que este pagamento foi
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QUITAÇÃO: declaração realizada de forma unilateral pelo
credor, atestando o cumprimento da obrigação assumida pelo
devedor. Caso o credor se recuse a fornecer o recibo, surge o
direito previsto na segunda parte do art. 319 e do art. 335, I
(consignação em pagamento) ambos do CC/02.
REQUISITOS DA QUITAÇÃO: (art. 320 CC/02): Pode ser feito
em instrumento público ou particular:
Valor e espécie da dívida
Nome do devedor ou do terceiro, interessado ou não, que
realizou o pagamento;
Tempo e lugar o pagamento;
A assinatura do credor ou do seu representante legal.
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E se houve o pagamento e não foi pega a quitação? Em regra,
pagou mal, paga duas vezes. Porém existe o chamado
PRINCÍPIO DA RELATIVIZAÇÃO DA QUITAÇÃO (parágrafo
único, ART 320 CC/02)
PODE HAVER A DESNECESSIDADE DA QUITAÇÃO? O CC
admite que alguns pagamentos sejam presumidos, ou seja, não
é necessária a quitação para comprovar o cumprimento da
obrigação.
Frise-se que esta PRESUNÇÃO DE PAGAMENTO é uma
PRESUNÇÃO “JURIS TANTUM” (ADMITE-SE A PROVA EM
CONTRÁRIO)
ART. 324 CC/02 – TÍTULO DE CRÉDITO
OBS: ART. 321 CC/02 – O TÍTULO NÃO EXISTE MAIS
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OBRIGAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO: (ART. 322 CC/02)
ART. 323 - se o credor passar o recibo de que o devedor
pagou o capital, presume-se que também quitou os juros.
B1.2) LUGAR DO PAGAMENTO: A regra geral é que quando
da formação da obrigação, os sujeitos irão pactuar livremente o
lugar do pagamento.
E SE NO ACORDO INICIAL NÃO TIVER SIDO ESTIPULADO
O LUGAR DO PAGAMENTO? (ART. 327 CC/02)
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Inicialmente cumpre destacar que existem dois tipos de dívidas,
a QUÉRABLE (quesível), que é cumprida no domicílio do
devedor. Assim, o credor é que deve vir “buscar” o pagamento.
Isto tem total importância em relação ao inadimplemento. Este
tipo de dívida é a regra, ou seja, se nada ficar estipulado a
dívida é quesível. Por quê? O devedor já é bastante
“penalizado”, pois é ele que vai ter o ônus do pagamento.
A dívida PORTABLE (portável) é aquela que o pagamento deve
ser cumprido no domicílio do credor. Para que esta dívida
exista, deve ser expressa no pacto.
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FATORES QUE PODEM TRANSFORMAR O LUGAR DO
PAGAMENTO:
A PRÓPRIA LEI: (ART. 328 CC/02): Ex: entrega do bem imóvel.
MOTIVO GRAVE: (ART. 329 CC/02): Ex: imagine que a dívida é
portável e o devedor deve levar à fazenda do credor 50 bois.
Ocorre que a única ponte que leva à fazenda ruiu por conta das
chuvas e não consigo cumprir a obrigação naquele lugar.
PRESUNÇÃO DA RENÚNCIA (ART. 330 CC/02): para que a
dívida seja portável, necessária a previsão expressa. Ocorre que,
por algum motivo, o credor passa a ir ao encontro do devedor,
sendo este realizado no seu domicílio. Dessa forma, presume-se
(“presunção júris tantum”) a renúncia da dívida portável. Precisa
ser reiterada. O contrário também pode acontecer.
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MAIS DE UM LUGAR: (PARÁGRAFO ÚNICO, ART. 327 CC/02): se
for possível o pagamento em mais de um lugar, a regra é que o credor,
em tempo hábil, o escolha.
B1.3) TEMPO DO PAGAMENTO: este tempo pode ser em dias, horas,
em horário comercial, etc. Assim, todas estas circunstâncias devem
ser observadas quando da formação da obrigação.
OBS1: Frise-se que a data do inadimplemento ocorre no primeiro dia
após o prazo estipulado.
OBS2: OBRIGAÇÕES A TERMO: neste tipo de obrigação, não
existem dúvidas acerca do tempo do pagamento, pois nela já está
estipulada esta questão. (evento futuro e certo)
E SE NÃO HOUVER O TERMO NO PACTO? QUAL SERÁ O TEMPO
DO PAGAMENTO? Caso isso ocorra, o pagamento deverá ser
realizado após a notificação do devedor. (ART. 331 CC/02)
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OBS: OBRIGAÇÕES CONDICIONAIS (evento futuro e incerto) ART.
332 CC/02 – a data do pagamento ocorre quando a condição se
efetivar.
EXCEÇÕES: (ART. 333 CC/02) Não se pode exigir que o devedor
cumpra a sua obrigação antes do vencimento, a não ser que:
FALÊNCIA DO DEVEDOR: o devedor ser insolvente (lei de
recuperação judicial)
BENS DADOS EM GARANTIA SENDO PENHORADO
GARANTIAS INSUFICIENTES: ex: falecimento do fiador ou perda total
do carro dado em garantia.
PAGAMENTO ANTECIPADO: a regra é que se o prazo foi
estabelecido em favor do devedor, esse pagamento pode ser
antecipado. Ocorre que, caso o prazo tenha sido estabelecido em
favor do credor, nessa situação, apenas se o credor aceitar. Ex:
22 compra dos móveis para a casa.