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DIREITO CIVIL

OBRIGAÇÕES

Prof. Andréa de Benedetto Silva


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DIREITO CIVIL - OBRIGAÇÕES

UNIDADE 3
SEÇÃO 3
Compensação.
Confusão.
Remissão.
Novação.
Assunção de dívida.
Cessão de crédito.
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COMPENSAÇÃO
Compensação é meio de extinção de obrigações entre pessoas que são, ao
mesmo tempo, credor e devedor uma da outra.
Acarreta a extinção de duas obrigações cujos credores são,
simultaneamente, deve dores um do outro.
É modo indireto de extinção de obrigações, sucedâneo do pagamento, por
produzir o mesmo efeito deste.
A compensação pode ser total ou parcial. Pode ser, também, legal,
convencional e judicial.
▪ Compensação convencional é a que resulta de um acordo de vontades,
incidindo em hipóteses que não se enquadram nas de compensação
legal.
▪ Compensação judicial é a determinada pelo juiz, nos casos em que se
acham presentes os pressupostos legais. 3
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COMPENSAÇÃO

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CONFUSÃO
A obrigação pressupõe a existência de dois sujeitos: o ativo e o
passivo. Credor e devedor devem ser pessoas diferentes.
Se essas duas qualidades, por alguma circunstância, encontrarem-se
em uma só pessoa, extingue-se a obrigação, porque ninguém pode
ser juridicamente obrigado para consigo mesmo ou propor demanda
contra si próprio.
Art. 381 do Código Civil:
“Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se
confundam as qualidades de credor e devedor”.

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CONFUSÃO
Na compensação, há dualidade de sujeitos, com créditos e débitos
opostos, que se extinguem reciprocamente, até onde se
defrontarem.
Na confusão, reúnem-se numa só pessoa as duas qualidades, de
credor e devedor, ocasionando a extinção da obrigação.
Exemplos: a confusão resulta da herança, o caso mais comum é o do
filho que deve ao pai e é sucessor deste. Morto o credor, o crédito
transfere-se ao filho, que é exatamente o devedor.

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CONFUSÃO

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REMISSÃO
Remissão é a liberalidade efetuada pelo credor, consistente em
exonerar o devedor do cumprimento da obrigação.
É o perdão da dívida.
Art. 385 do Código Civil: “A remissão da dívida, aceita pelo devedor,
extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro”.
Incumbe ao devedor provar que foi o próprio credor quem
espontaneamente lhe efetuou a entrega.
A remissão é espécie do gênero renúncia.
A remissão pode ser total ou parcial, no tocante ao seu objeto.
Pode ser, ainda, expressa, tácita ou presumida.
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REMISSÃO

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NOVAÇÃO
Novação é a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior.
A novação não produz, como o pagamento, a satisfação imediata do
crédito, sendo, pois, modo extintivo não satisfatório.
Tem natureza contratual, operando-se em consequência de ato de
vontade dos interessados, jamais por força de lei.
O principal efeito da novação consiste na extinção da primitiva
obrigação, substituída por outra, constituída exatamente para
provocar a referida extinção.

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ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
A assunção de dívida ou cessão de débito constitui novidade
introduzida pelo Código Civil de 2002.
Trata-se de negócio jurídico pelo qual o devedor transfere a outrem
sua posição na relação jurídica. Ocorre frequentemente na venda do
fundo do comércio, em que o adquirente declara assumir o passivo,
e na cessão de financiamento para aquisição da casa própria.
Na definição de Pontes de Miranda, é “o negócio jurídico bilateral
pelo qual o novo devedor fica no lugar de quem o era”.

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ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o
consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo
se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava.
Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que
consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa.
Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se
extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele
originariamente dadas ao credor.
Art. 301. Se a substituição do devedor vier a ser anulada, restaura-se o débito, com
todas as suas garantias, salvo as garantias prestadas por terceiros, exceto se este
conhecia o vício que inquinava a obrigação.
Art. 302. O novo devedor não pode opor ao credor as exceções pessoais que
competiam ao devedor primitivo.
Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento
do crédito garantido; se o credor, notificado, não impugnar em trinta dias a
transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento. 15
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CESSÃO DE CRÉDITO
Cessão de crédito é negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor
transfere a outrem seus direitos na relação obrigacional.
Trata-se de um dos mais importantes instrumentos da vida
econômica atual, especialmente na modalidade de desconto
bancário, pelo qual o comerciante transfere seus créditos a uma
instituição financeira.
O credor que transfere seus direitos denomina-se cedente. O terceiro
a quem são eles transmitidos, investindo-se na sua titularidade, é o
cessionário. O terceiro personagem, o devedor ou cedido, não
participa necessariamente da cessão, que pode ser realizada sem a
sua anuência. Deve ser, entretanto, dela comunicado, para que
possa solver a obrigação ao legítimo detentor do crédito.
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CESSÃO DE CRÉDITO
Todos os créditos podem ser objeto de cessão, constem de título ou
não, vencidos ou por vencer, salvo se a isso se opuser “a natureza
da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor” (art. 286).
A cessão pode ser total ou parcial, e abrange todos os acessórios do
crédito, como os juros e os direitos de garantia (art. 287).
Assim, por exemplo, se o pagamento da dívida é garantido por
hipoteca, o cessionário torna-se credor hipotecário; se por penhor, o
cedente é obrigado a entregar o objeto empenhado ao cessionário.

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CESSÃO DE CRÉDITO
NOTIFICAÇÃO DO DEVEDOR
Dispõe o art. 290 do Código Civil que a “cessão do crédito não tem
eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas
por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou
particular, se declarou ciente da cessão feita”.
Qualquer dos intervenientes, cessionário ou cedente, tem qualidade
para efetuar a notificação, que pode ser judicial ou extrajudicial.

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CESSÃO DE CRÉDITO
RESPONSABILIDADE DO CEDENTE
Preceitua o art. 295 do Código Civil que, “na cessão por título oneroso, o
cedente, ainda que se não responsabilize, fica responsável ao cessionário
pela existência do crédito ao tempo em que lhe cedeu; a mesma
responsabilidade lhe cabe nas cessões por título gratuito, se tiver
procedido de má-fé”.
A responsabilidade imposta pela lei ao cedente não se refere à solvência
do devedor. Por esta o cedente não responde, correndo os riscos por conta
do cessionário, salvo estipulação em contrário (art. 296).
Se ficar convencionado expressamente que o cedente res ponde pela
solvência do devedor, sua responsabilidade limitar-s-eá ao que recebeu do
cessionário, com os respectivos juros, mais as despesas da cessão e as
efetuadas com a cobrança (art. 297).
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CESSÃO DE CRÉDITO

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AS PESSOAS NÃO CARECEM


DE FORÇA, CARECEM DE
DETERMINAÇÃO.

VICTOR HUGO

OBRIGADA!
Prof. Andréa de Benedetto Silva
andrea.benedetto@anhanguera.com
@andreabenedetto.prof

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