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DO INADIMPLEMENTO DAS

OBRIGAÇÕES
Prof. Dra. Carolina de Souza Novaes
OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS
-
A Princípio pacta sunt servanda
Princípio da revisão dos contratos ou da onerosidade
excessiva - cláusula rebus sic stantibus
O inadimplemento
Inadimplemento: quando, não tendo sido extinta a
obrigação por outra causa, a prestação debitória não é
efetuada, nem pelo devedor, nem por terceiro.
Este pode decorrer:
a) de ato culposo do devedor;
b) de fato a ele não imputável.
Culpa: sentido lato, abrangendo tanto a culpa stricto
sensu (imprudência, negligência e imperícia) como o
dolo.
O inadimplemento
Inadimplemento decorrente de ato culposo do devedor
Cumprimento forçado da obrigação ou, na
impossibilidade deste se realizar, a indenização cabível.
Somente quando o não cumprimento resulta de fato que
lhe seja imputável.
Inadimplemento decorrente de fato não imputável ao
devedor
caso fortuito ou força maior
inadimplemento fortuito da obrigação.
Neste caso, o devedor não responde pelos danos
causados ao credor, “se expressamente não se houver por
eles responsabilizado” (CC, art. 393).
Espécies de inadimplemento
O inadimplemento da obrigação pode ser:
Absoluto: quando a obrigação não foi cumprida nem poderá
sê-lo de forma útil ao credor. Mesmo que a possibilidade de
cumprimento ainda exista, haverá inadimplemento absoluto se
a prestação tornou-se inútil ao credor. Este será:
 a) total quando concernir à totalidade do objeto;
 b) parcial quando a prestação compreender vários objetos e um ou
mais forem entregues, enquanto outros, por exemplo, perecerem.
Relativo: no caso de mora do devedor, ou seja, quando ocorre
cumprimento imperfeito da obrigação, com inobservância do tempo,
lugar e forma convencionados (CC, art. 394).
Deveres Anexos Laterais de Conduta: Violação Positiva do Contrato
Inadimplemento absoluto
Impossibilidade de cumprimento da obrigação pois esta não é
mais útil ao credor.
Fundamento legal da responsabilidade civil contratual - art.
389 do Código Civil:
 “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e
danos, mais juros e atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
Correção monetária: desvalorização da moeda, deve ser
calculada a partir do evento.
Juros e Honorários: devem integrar o montante da
indenização, mesmo que não sejam pleiteados na inicial –
Súmula 254 STF
Inadimplemento absoluto
Inadimplemento culposo da obrigação
Descumprimento voluntário = CULPA
Presunção iuris tantum, salvo obrigação de meio.
Nascimento da obrigação de indenizar o prejuízo
causado ao credor acarreta a responsabilidade de
indenizar as perdas e danos:
 Finalidade: recompor a situação patrimonial da parte lesada pelo
inadimplemento contratual
 proporcionais ao prejuízo efetivamente sofrido
Inadimplemento absoluto
Responsabilidade patrimonial
A responsabilidade civil é patrimonial.
Art. 391 do Código Civil: “Pelo inadimplemento das
obrigações respondem todos os bens do devedor.”
Possibilidade de constrição dos bens do devedor:
penhora
Inadimplemento absoluto
Contratos benéficos e onerosos: são aqueles em que apenas um dos
contratantes aufere benefício ou vantagem, enquanto para o outro
há só obrigação, sacrifício.
Art. 392 do Código Civil: “Nos contratos benéficos, responde por
simples culpa o contratante, a quem o contrato aproveite, e por dolo
aquele a quem não favoreça. Nos contratos onerosos, responde
cada uma das partes por culpa, salvo as exceções previstas em lei.”
Responde apenas por dolo ou culpa grave aquele a quem o contrato
não favorece e até por culpa leve ou levíssima o que é por ele
beneficiado.
Nos contratos onerosos, em que ambos obtêm proveito e ao qual
corresponde um sacrifício, respondem os contratantes tanto por
dolo como por culpa, em igualdade de condições, “salvo as
exceções previstas em lei” (art. 392, segunda parte).
Inadimplemento absoluto
Inadimplemento fortuito da obrigação
Decorre de fato não imputável ao devedor
As circunstâncias determinantes da impossibilidade da prestação,
sem culpa do devedor, podem ser provocadas:
 a) por terceiro
 b) pelo credor
 c) pelo próprio devedor, embora sem culpa dele
 d) pelo caso fortuito ou força maior: constituem excludentes da
responsabilidade civil, contratual ou extracontratual, pois rompem o
nexo de causalidade. Art.393 CC/02
 Requisitos à configuração:
 o fato deve ser necessário
 o fato deve ser superveniente e inevitável.
 o fato deve ser irresistível, fora do alcance do poder humano
DA MORA
Mora é o retardamento ou o imperfeito cumprimento
da obrigação. A obrigação não foi cumprida no tempo,
lugar e forma convencionados ou estabelecidos pela
lei, mas ainda poderá sê-lo, com proveito para o
credor. Ainda interessa a este receber a prestação,
acrescida dos juros, atualização dos valores
monetários, cláusula penal etc.
Art. 394: “Considera-se em mora o devedor que não
efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo
no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção
estabelecer.”
DA MORA
Mora x Inadimplemento Absoluto: por causa do retardamento ou
do imperfeito cumprimento, tornar-se “inútil ao credor”.
Enunciado 162, aprovado na III Jornada de Direito Civil
promovida pelo Conselho da Justiça Federal:
 “A inutilidade da prestação que autoriza a recusa da prestação por
parte do credor deverá ser aferida objetivamente, consoante o
princípio da boa-fé e a manutenção do sinalagma, e não de acordo
com o mero interesse subjetivo do credor”.
Semelhanças:
 o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser
recebê-lo no tempo, lugar e forma convencionados ou devidos
responderão pelo ressarcimento dos prejuízos a que a sua mora der
causa (CC, art. 395)
 a obrigação de reparar o prejuízo depende de existência de culpa do
devedor moroso ou inadimplente. (CC, art. 396)
DA MORA
Espécies de mora
Há duas espécies de mora:
a do devedor, denominada mora solvendi (mora de
pagar) ou debitoris (mora do devedor);
 a do credor, intitulada mora accipiendi (mora de
receber) ou creditoris (mora do credor).
Pode haver, também, mora de ambos os contratantes,
simultâneas ou sucessivas
Mora do devedor
a) mora ex re (em razão de fato previsto na lei): configura-
se quando o devedor nela incorre automaticamente, sem
necessidade de qualquer ação por parte do credor
 termo prefixado – Art.397 CC;
 ato ilícito extracontratual - Art.398 CC;
 Declaração escrita de descumprimento
b) mora ex persona: Dá-se a mora ex persona em todos os
demais casos. Não havendo termo, ou seja, data estipulada,
“a mora se constitui mediante interpelação judicial ou
extrajudicial” (art. 397, parágrafo único). Depende da
providência do credor.
Mora do devedor
Requisitos a configuração da Mora
 Exigibilidade da prestação
 Inexecução culposa
 Constituição em mora
Efeitos
 Responsabilização por todos os prejuízos causados ao credor
 Perpetuação da obrigação – Art.399 CC/02 - “O devedor em
mora responde pela impossibilidade da prestação, embora
essa impossibilidade resulte de caso fortuito ou de força
maior, se estes ocorrerem durante o atraso; salvo se provar
isenção de culpa, ou que o dano sobreviria ainda quando a
obrigação fosse oportunamente desempenhada.”
Mora do credor
 Recusa do credor
Art. 394. Considera-se em mora o devedor que não efetuar
o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no
tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
ATENÇÃO: a mora do credor não exonera o devedor.
Requisitos
Vencimento da obrigação
Oferta da prestação
Recusa injustificada em receber
Constituição em mora, mediante a consignação em
pagamento
Mora do credor
Efeitos
Art. 400 do Código Civil: “A mora do credor subtrai o
devedor isento de dolo à responsabilidade pela conservação
da coisa, obriga o credor a ressarcir as despesas empregadas
em conservá-la, e sujeita-o a recebê-la pela estimação mais
favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia
estabelecido para o pagamento e o da sua efetivação.”
 Não responsabilidade do devedor pela conservação da coisa
 Responsabilidade do credor pelo pagamento das despesas
efetuadas pelo devedor
 Sujeição do credor ao recebimento da coisa pela estimação
mais favorável ao devedor
Mora de ambos os contratantes
Moras simultâneas: compensação
Moras sucessivas: permanecem os efeitos pretéritos de
cada uma.
Purgação da mora
Neutralizar seus efeitos.
A purgação só poderá ser feita se a prestação ainda for proveitosa
ao credor
Art. 401. Purga-se a mora:
I - por parte do devedor, oferecendo este a prestação mais a
importância dos prejuízos decorrentes do dia da oferta;
II - por parte do credor, oferecendo-se este a receber o pagamento e
sujeitando-se aos efeitos da mora até a mesma data.
Terceiro pode purgar a mora, “nas mesmas condições em que pode
adimplir, suportando os mesmos encargos que incidem sobre o
devedor”.
Pode ocorre a qualquer tempo, contanto que não cause dano à
outra parte.
Cessação da mora
Decorre da extinção da obrigação.
Produz efeitos pretéritos
DOS JUROS LEGAIS
Juros são os rendimentos do capital.
 São considerados frutos civis da coisa, assim como os
aluguéis.
Representam o pagamento pela utilização de capital
alheio e integram a classe das coisas acessórias (CC,
art. 95).
DOS JUROS LEGAIS
Espécies
Juros compensatórios: compensação pela utilização de capital
pertencente a outrem.
 Súmula 383 STJ
Juros moratórios: incidentes em caso de retardamento na sua
restituição ou de descumprimento de obrigação.
 A abusividade destes, todavia, só pode ser declarada, caso a caso.
 Súmula 381 STJ: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador
conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas”.
Juros convencionais: ajustados pelas partes, de comum acordo.
Juros legais: são previstos ou impostos pela lei.
DOS JUROS LEGAIS
JUROS MORATÓRIOS
 Devidos em razão do inadimplemento.
 Correm a partir da constituição em mora.
 Podem ser convencionados (moratórios convencionais) ou não,
sem que para isso exista limite previamente estipulado na lei.
 A taxa, se não convencionada, será a referida pela lei.
 art. 406 do Código Civil: “Quando os juros moratórios não forem
convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de
determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a
mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.”
 Mesmo que os juros moratórios não sejam convencionados, serão
sempre devidos à taxa legal (moratórios legais).
 art. 407 do Código Civil : “Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o
devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro,
como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor
pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.”
DOS JUROS LEGAIS
Pela Súmula 163 do Supremo Tribunal Federal, “salvo
contra a Fazenda Pública, sendo a obrigação ilíquida,
contam-se os juros moratórios desde a citação inicial para a
ação”. Assim também dispõe o art. 405 do Código Civil.
É esse o critério seguido nos casos de responsabilidade
contratual.
Já nos de responsabilidade extracontratual, pela prática de
ato ilícito meramente civil, os juros são computados desde a
data do fato (CC, art. 398). Prescreve a Súmula 54 do
Superior Tribunal de Justiça: “Os juros moratórios fluem a
partir do evento danoso, em caso de responsabilidade
extracontratual”.
DOS JUROS LEGAIS
Os juros podem ser, também, simples e compostos:
juros simples: são sempre calculados sobre o capital
inicial;
juros compostos: são capitalizados anualmente,
calculando-se juros sobre juros, ou seja, os que forem
computados passarão a integrar o capital.
DAS PERDAS E DANOS
Dano: Moral x Patrimonial
 Dano emergente e lucro cessante
Art. 402 do Código Civil: “Salvo as exceções
expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas
ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu,
o que razoavelmente deixou de lucrar.”
Art. 403 do Código Civil: “Ainda que a inexecução resulte
de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os
prejuízos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela
direto e imediato, sem prejuízo do disposto na lei
processual.”
Teoria dos danos diretos e imediatos
DAS PERDAS E DANOS
Obrigações de pagamento em dinheiro
 art. 404 do Código Civil: “As perdas e danos, nas obrigações
de pagamento em dinheiro, serão pagas com atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, abrangendo juros, custas e honorários de
advogado, sem prejuízo da pena convencional.”
 Parágrafo único. Provado que os juros da mora não cobrem o
prejuízo, e não havendo pena convencional, pode o juiz
conceder ao credor indenização suplementar.
 Art. 405. Contam-se os juros de mora desde a citação inicial.
Juros X Correção Monetária
DA CLÁUSULA PENAL
Cláusula penal é obrigação acessória pela qual se estipula
pena ou multa destinada a evitar o inadimplemento da
principal ou o retardamento de seu cumprimento.
É também denominada pena convencional ou multa
contratual.
Reforço ao pacto obrigacional.
Pode ser estipulada conjuntamente com a obrigação
principal ou em ato posterior (CC, art. 409), sob a forma de
adendo.
Geralmente fixada em dinheiro.
Distinta da obrigação principal (CC, art. 411 a 413)
DA CLÁUSULA PENAL
Funções da cláusula penal
meio de coerção
prefixação das perdas e danos: Com a estipulação da
cláusula penal, expressam os contratantes a intenção de
livrar-se dos incômodos da comprovação dos prejuízos e
de sua liquidação:
 “Art. 416. Para exigir a pena convencional, não é necessário que
o credor alegue prejuízo. Parágrafo único. Ainda que o prejuízo
exceda ao previsto na cláusula penal, não pode o credor exigir
indenização suplementar se assim não foi convencionado. Se o
tiver feito, a pena vale como mínimo da indenização, competindo
ao credor provar o prejuízo excedente.”
DA CLÁUSULA PENAL
Valor da cláusula penal
O devedor não pode eximir-se de cumprir a cláusula penal a pretexto de
ser excessiva, pois o seu valor foi fixado de comum acordo.
Entretanto, a sua redução pode ocorrer em dois casos:
a) quando ultrapassar o limite legal: art. 412 do Código Civil: “O valor
da cominação imposta na cláusula penal não pode exceder o da
obrigação principal.”
 b) nas hipóteses do art. 413 do estatuto civil- redução equitativa da
penalidade: “a penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se
a obrigação principal tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da
penalidade for manifestamente excessivo, tendo-se em vista a natureza e
a finalidade do negócio”.
 o art. 413 do novo Código Civil determina a redução da cláusula penal em razão de
dois fatos distintos, quais sejam: a) cumprimento parcial da obrigação; e b)
excessividade da cláusula penal.
DA CLÁUSULA PENAL
Espécies
 Compensatória: Estipulada para a hipótese de total inadimplemento da
obrigação (CC, art. 410)
 “Quando se estipular a cláusula penal para o caso de total
inadimplemento da obrigação, esta converter-se-á em alternativa a
benefício do credor.”
 A alternativa que se abre para o credor, sem possibilidade de cumulação,
é:
 a) pleitear a pena compensatória, correspondente à fixação antecipada dos eventuais
prejuízos;
 b) postular o ressarcimento das perdas e danos, arcando com o ônus de provar o
prejuízo; ou
 c) exigir o cumprimento da prestação.
 Moratória: Destinada a assegurar o cumprimento de outra cláusula
determinada ou a evitar o retardamento, a mora (art. 411)
 “Quando se estipular a cláusula penal para o caso de mora, ou em segurança especial
de outra cláusula determinada, terá o credor o arbítrio de exigir a satisfação da pena
cominada, juntamente com o desempenho da obrigação principal.”
DA CLÁUSULA PENAL
 Cláusula penal e pluralidade de devedores
Obrigação Indivisível:
 art. 414 do Código Civil: “Sendo indivisível a obrigação, todos os
devedores, caindo em falta um deles, incorrerão na pena; mas esta
só se poderá demandar integralmente do culpado, respondendo
cada um dos outros somente pela sua quota.”
 Aduz o parágrafo único que “aos não culpados fica reservada a
ação regressiva contra aquele que deu causa à aplicação da pena”.
Obrigação Divisível:
 art. 415 do Código Civil, “só incorre na pena o devedor ou o
herdeiro do devedor que a infringir, e proporcionalmente à sua
parte na obrigação”
DAS ARRAS OU SINAL
Sinal ou arras é quantia ou coisa entregue por um dos contraentes
ao outro, como confirmação do acordo de vontades e princípio de
pagamento.
Natureza Acessória
Caráter Real
Funções das arras:
 confirmar o contrato, tornando-o obrigatório;
 prefixação das perdas e danos;
 : É o que preceitua o art. 417 do Código Civil, verbis: “Se, por
ocasião da conclusão do contrato, uma parte der à outra, a título de
arras, dinheiro ou outro bem móvel, deverão as arras, em caso de
execução, ser restituídas ou computadas na prestação devida, se do
mesmo gênero da principal.”rincípio de pagamento;
DAS ARRAS OU SINAL
As arras são de duas espécies:
a) confirmatórias:
 “Art. 418. Se a parte que deu as arras não executar o contrato, poderá a outra tê-lo por
desfeito, retendo-as; se a inexecução for de quem recebeu as arras, poderá quem as deu
haver o contrato por desfeito, e exigir sua devolução mais o equivalente, com atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, juros e honorários de
advogado.”
 as arras representam o mínimo de indenização e que pode ser pleiteada a reparação
integral do prejuízo. Não havendo nenhuma estipulação em contrário, as arras
consideram-se confirmatórias
b) penitenciais: cabível quando for convencionado pelas partes o direito de
arrependimento, atuam como pena convencional, como sanção à parte que se
vale dessa faculdade.
 art. 420 do Código Civil: “Se no contrato for estipulado o direito de arrependimento para
qualquer das partes, as arras ou sinal terão função unicamente indenizatória. Neste caso,
quem as deu perdê-las-á em benefício da outra parte; e quem as recebeu devolvê-las-á,
mais o equivalente. Em ambos os casos não haverá direito a indenização suplementar.”
Diferenças entre institutos
Clausula Penal X Perdas e Danos
Enquanto o valor da primeira é antecipadamente arbitrado pelos próprios
contratantes, as perdas e danos são fixadas pelo juiz, com base nos prejuízos
alegados e seguramente provados.
Clausula Penal X Multa Simples.
Enquanto a primeira constitui prefixação da responsabilidade pela indenização
decorrente da inexecução culposa da avença. A segunda é É constituída de
determinada importância, que deve ser paga em caso de infração de certos
deveres, como a imposta pelo empregador ao empregado e ao infrator das
normas de trânsito. Não tem a finalidade de promover o ressarcimento de
danos, nem possui relação com o inadimplemento contratual.
Clausula Penal X Multa Penitencial
A primeira é instituída “a benefício do credor” ; a segunda é estabelecida em
favor do devedor. Caracteriza-se sempre que as partes convencionam que este
terá a opção de cumprir a prestação devida ou pagar a multa
Diferenças entre institutos
Clausula Penal X Arras Penitenciais

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