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CONSEQUÊNCIA DA

INEDIPLEMENTO DAS
OBRIGAÇÕES
DIREITO CIVIL II
PROFESSORA: ROBÉRIA SANTOS
ALUNOS: CLAYELLEN SANTANA, EDSON VINÍCIUS E EWERTON BERNADES
O QUE É A INADPIPLEMENTO DAS
OBRIGAÇÕES ?
 Ter-se-á o inadimplemento da obrigação quando faltar a
prestação devida, isto é, quando o devedor não a cumprir,
voluntária ou involuntariamente; se o descumprimento
resultar de fato imputável ao devedor, haverá inexecução
voluntária, que poderá ser dolosa, ou resultar de
negligência, imprudência ou imperícia do devedor.
Responsabilidade contratual do
inadimplente:
 Todo aquele que voluntariamente infringir dever jurídico,
estabelecido em lei ou em relação negocial, causando
prejuízo a alguém, ficará obrigado a ressarci-lo; havendo
liame obrigacional, a responsabilidade do infrator,
designar-se-á responsabilidade contratual; não havendo
vínculo obrigacional será extracontratual ou aquiliana.
MORA:

 Considera-se em mora o devedor que não efetuar o


pagamento, e o credor que o não quiser receber no
tempo, lugar e forma convencionados; a mora vem a ser
não só a inexecução culposa da obrigação, mas também a
injusta recusa de recebê-la no tempo, no lugar e na forma
devidos.
TIPOS DE MORA:
 a) mora ex re, se decorrer de lei, resultando do próprio fato
do descumprimento da obrigação, independendo, portanto,
de provocação do credor; se houver vencimento determinado
para p adimplemento, o próprio termo interpela em lugar do
credor, assumindo o papel da intimação;

 b) mora ex persona, se não houver estipulação de termo


certo para a execução da relação obrigacional; nesse caso,
 Mora solvendi ou mora do devedor: será imprescindível que o credor tome certas providências
configura-se quando este não necessárias para constituir o devedor em mora (notificação,
interpelação, etc.); pressupões os seguintes requisitos: a)
cumprir, por culpa sua, a prestação
exigibilidade imediata da obrigação; b) inexecução total ou
devida na forma, tempo e lugar parcial da obrigação; c) interpelação judicial ou extrajudicial
estipulados; seu elemento objetivo é do devedor; produz os seguintes efeitos jurídicos: a)
a não realização do pagamento no responsabilidade o devedor dos prejuízos causados pela mora
tempo, local e modo ao credor, mediante pagamento de juros moratórios legais ou
convencionados; o subjetivo é a convencionais, indenização do lucro cessante, reembolso das
inexecução culposa de sua parte; despesas e satisfação da cláusula penal, resultante do não-
manifesta-se sob 2 aspectos: pagamento; b) possibilidade do credor exigir a satisfação das
perdas e danos, rejeitando a prestação, se por causa da
mora ela se tournou inútil ou perdeu seu valor; c)
responsabilidade do devedor moroso pela impossibilidade da
prestação, mesmo decorrendo de caso fortuito ou força
maior.
TIPOS DE MORA:
 Mora accipiendi ou mora do credor é a injusta recusa de aceitar o
adimplemento da obrigação no tempo, lugar e forma devidos; são
pressupostos: a) a existência de dívida positiva, líquida e vencida; b) estado
de solvência do devedor; c) oferta real e regular da prestação devida pelo
devedor; d) recusa injustificada, em receber o pagamento; e) constituição
do credor em mora; tem como conseqüências jurídicas a liberação do
devedor, isento de dolo, da responsabilidade pela conservação da coisa, a
obrigação de ressarcir ao devedor as despesas efetuadas, a obrigação de
receber a coisa pela sua mais alta estimação, se o valor oscilar entre o
tempo do contrato e o do pagamento, e a possibilidade da consignação
judicial da res debita pelo devedor.
 Mora de ambos: verificando-se mora simultânea, isto é, de ambos os
contratantes, dá-se a sua compensação aniquilando-se reciprocamente
ambas as moras, com a conseqüente liberação recíproca da pena pecuniária
convencionada; imprescindível será a simultaneidade da mora, pois se for
sucessiva, apenas a última acarretará efeitos jurídicos.
JUROS:

 Juros são o rendimento do capital, os frutos civis produzidos pelo


dinheiro, sendo, portanto, considerados como bem acessório, visto
que constituem o preço do uso do capital alheio em razão da privação
deste pelo dono, voluntária ou involuntariamente.

 Os juros compensatórios decorrem de uma utilização consentida do


capital alheio, pois estão, em regra, preestabelecidos no título
constitutivo da obrigação, onde os contraentes fixam os limites de seu
proveito, enquanto durar o negócio jurídico, ficando, portanto, fora
do âmbito da inexecução
 Juros moratórios constituem pena imposta ao devedor
pelo atraso no cumprimento da obrigação, atuando como
se fosse uma indenização pelo retardamento no
adimplemento da obrigação; poderão ser: a)
convencionais, caso em que as partes estipularão a taxa
de juros moratórios até 12% anuais e 1% ao mês; b) legais,
se as partes não os convencionarem, pois, mesmo que não
se estipulem, os juros moratórios serão sempre devidos,
na taxa estabelecida por lei, ou seja, de 6% ao ano ou
0,5% ao mês.

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