Você está na página 1de 4

Respostas da Avaliação do 2° Bimestre – Obrigações, Contratualidade e Danos

Aluna: Alessandra Fernando Adriano e


Matricula: 1901973
Turma: 2MB

Questão 1

A) Sim, pois o credor não irá receber o produto caso esse não chegue ao prazo
estipulado pelas duas partes. Institui o Código Civil no art 394 “Considera-se em mora
o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo,
lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.”

B) A diferença entre Mora e Inadimplemento absoluto se baseia no parâmetro da


utilidade para o credor, tendo em vista que, o inadimplemento absoluto é quando a
prestação não é cumprida pelo devedor e acaba se tornando inútil ao credor que o
devedor venha a cumprir. Já a mora, se caracteriza com a possibilidade do devedor vir
a cumprir, ou seja, para o credor ainda é útil que o devedor atenda o que lhe foi
solicitado.

C) No caso descrito o governador deixa claro "A nós, não interessam respiradores
entregues a partir do dia 30 de julho", ou seja, a postura cabível em caso de
inadimplemento absoluto é que o devedor efetue pagamento de uma indenização por
perdas e danos ao credor como descrito no artigo 389 do CC, tendo em vista que a
prestação não é mais útil ao credor Art. 389. “Não cumprida a obrigação, responde o
devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.” No entanto, em caso
de Mora se o comprador aceitar receber o produto pode-se aplicar ao devedor
acréscimos de encargos monetários como descrito no artigo 395 do Código Civil.

Art. 395. Responde o devedor pelos prejuízos a que sua mora der causa, mais juros,
atualização dos valores monetários segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.

Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao credor, este poderá
enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos
Questão 2

A) O caso requerido não se trata de obrigações alternativas, isso porque, a


obrigação alternativa se caracteriza por uma pluralidade de prestação, tendo em vista
que, a realização sucede no adimplemento da obrigação, o que não é o caso. A
obrigação do caso citado refere-se da pluralidade no modo de execução podendo ser
efetuado o pagamento por uma única forma sendo ela cheque ou em dinheiro e cabe
ao devedor escolher o melhor modo a ser feito.

B) A prestação de entrega do automóvel acaba por se tornar quesível já que a


obrigação deve ser efetuada no domicílio do devedor, no caso citado, Ariovaldo irá
fazer a entrega do carro na casa de Brunhilde em Rua dos Bobos, n°0

C) Não, pois no caso referido fala-se em multa de 50% do valor do contrato, tendo
em vista que o valor limite de multa moratória é de 10% sobre o valor da obrigação.
50% que acaba se tornando um valor exorbitante.

Decreto nº 22.626 de 07 de Abril de 1933

Art. 9º. Não é válida a cláusula penal superior a importância de 10% do valor da dívida.

D) Não depende, pois o inadimplemento da obrigação resulta em mora do devedor,


o artigo 397 do Código Civil deixa claro “Art. 397. O inadimplemento da obrigação,
positiva e líquida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor” Portanto
a obrigação entre as partes caracterizada como positiva e liquida, não requer
notificação extrajudicial para que ocorra a mora caso Marilene esteja inadimplente com
sua obrigação.

E) Brunhilde a fim de evitar sua incursão em mora é necessário que a mesma


realize a consignação em pagamento que se qualifica como pagamento indireto da
coisa, o devedor passa a cumprir a obrigação de forma diferente da acordada, tendo
em vista que esse é o único meio a ser realizado. A consignação do pagamento
consiste no ato de depósito judicial da coisa devida, já que, devedora Marlene tem
direito de pegar e diante do estado de saúde do credor Ariovaldo o mesmo encontra-se
impossibilitado de receber. Disposto no art 334 e 335 I do Código Civil
Art. 334. Considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em
estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais.

Art. 335. A consignação tem lugar:


I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar
quitação na devida forma;

Questão 3

A) O negócio jurídico realizado entre Roberto e Santiago caracteriza-se como


cessão de crédito onde o credor transfere a outra pessoa sua posição na relação
obrigacional. No caso citado, Roberto é o credor que ao transmitir essa posição a ser o
cedente e Santiago ao adquirir passa a ser cessionário

B) Caso haja silêncio entre as duas partes quanto a responsabilidade de Roberto


frente a obrigação de Marlene aplica-se a regra disposta no artigo 296 do Código Civil.
Portanto, Roberto no silêncio de sua relação jurídica com Santiago não há nenhuma
providência complementar a ser exigida pelo Roberto, ou seja, esse não assume
nenhuma responsabilidade pelo adimplemento que a devedora Marlene fará. A única
responsabilidade de Roberto é pela existência da legalidade do crédito em haver,
sendo assim, em caso de solvência de Marlene, Roberto é responsável apenas pelo
valor que recebeu do cessionário Santiago, valor esse de 50 mil reais, sem ter que
arcar com o prejuízo de juros e despesas gastas com a cobrança, segundo o artigo 297
do Código Civil.

Art. 296. Salvo estipulação em contrário, o cedente não responde pela solvência do


devedor. O cedente somente é responsável pela solvência do devedor (bonita nominis),
nos casos em que assim declarar como tal.

 Art. 297. O cedente, responsável ao cessionário pela solvência do devedor, não


responde por mais do que daquele recebeu, com os respectivos juros; mas tem de
ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o cessionário houver feito com a
cobrança.

C) Caso as duas partes tenham estabelecido a matéria do contrato Roberto é


responsável pela solvência porém não irá pagar valor a mais do que realmente recebeu
pelo título como disposto no art 297 CC “O cedente, responsável ao cessionário pela
solvência do devedor, não responde por mais do que daquele recebeu, com os
respectivos juros; mas tem de ressarcir-lhe as despesas da cessão e as que o
cessionário houver feito com a cobrança.”

Você também pode gostar