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Em resumo, o devedor responderá com seus bens atuais e futuros sobre a dívida
inadimplida.
Sempre que houver dívida referente a um direito real, este será executado.
Para que fique claro, é necessário distinguir a fraude contra credores da fraude à
execução.
Caso o devedor, após ajuizada a ação de execução, alienar ou onerar seus bens, seus
atos serão considerados como fraude à execução, de acordo com as hipóteses dos incisos do
art. 792. Esses atos relativos à fraude serão considerados ineficazes.
Já, no caso de que o devedor aliene ou onere seus bens de forma que possa ser levado
à insolvência, ainda que não haja ação de execução em curso, trata-se de fraude contra credores,
conforme os termos do art. 158 do Código Civil. Neste sentido, as transações serão anuláveis.
Em relação ao fiador, ele pode pleitear pelo benefício de ordem, desde que não o tenha
renunciado no contrato. Este benefício consiste no direito de preferência do credor em executar
primeiro os bens do devedor e, subsidiariamente, os bens do fiador.
Com relação ao patrimônio dos sócios, estes não serão atingidos por dívidas da pessoa
jurídica, salvo nos casos permitidos por lei.
Por sua vez, o sócio também tem direito de preferência para que primeiro sejam
executados os bens da sociedade.
Caso seja necessário atingir o patrimônio dos sócios, faz-se necessário que se proceda a
desconsideração da personalidade jurídica.
Em relação ao espólio, este responde pelas dívidas do falecido, contudo, cada herdeiro
responderá no limite das forças da herança.
O Código Civil determina que o devedor arcará com perdas e danos, mais juros, correção
monetária e honorários de advogado. E, da mesma forma como estabelecido no CPC, o devedor
responde com todos os seus bens pelo inadimplemento de suas obrigações.
No caso de caso fortuito ou coisa maior, o devedor não responderá caso ele não tenha
se responsabilizado por eles.
Pode-se concluir, portanto, que o ordenamento pátrio faz com que recaia sobre o
patrimônio do devedor, as dívidas contraídas. Saliente-se que essas dívidas podem atingir
pessoas além do devedor, como cônjuge, sucessores, sócios, terceiros.