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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO D0 2º.

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA DE JOINVILLE – SANTA CATARINA

FABIO SAMIR CUZINSKY, brasileiro, separado judicialmente, químico, portador do CPF


021.690.569-98, RG 3.359.261-SSP-SC, residente e domiciliado na Rua Albino Kolbach, 54,
apartamento 211, bairro Costa e Silva, na cidade de Joinville-SC, vem perante Vossa Excelencia,
por seus procuradores signatários, com procuração anexa, propor a presente

AÇÃO DE COBRANÇA C/C REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS

Contra GREICY LOZ DE SOUZA, brasileira, casada, advogada inscrita regularmente na


OAB/SC sob o no 21910-B, com escritório profissional à Rua XV de Novembro, no. 6901, sala
06, bairro Vila Nova, na cidade de Joinville-SC, CEP 89237-000.

Rua Dona Francisca, nº 1.113, sala 709 – Centro Empresarial Everest – Saguaçú – Joinville – SC
CEP 89.221-006 - Fone/Fax: +55 47 3028 1109 – contato@selinkegerent.adv.br
I. DOS FATOS

1. Na data de 05.02.2007, o requerente firmou negócio de compra e venda


com a requerida mediante procuração publica, pelo qual o primeiro venderia o automóvel,
categoria particular, espécie passageiro, marca Renault, modelo Clio RT 1.0 16v, placas MCD
7552, cor preta, ano/modelo 2001/2001, combustível gasolina, código RENAVAM no 757929363
e chassis no 93YLB06251J249695, conforme documento em anexo, mediante o compromisso
de que a requerida assumiria o pagamento do financiamento por completo, conforme a própria
confessou nos autos do processo no 038.08.005169-0, tendo afirmado:

“Que o veiculo foi adquirido do autor, mas não foi pago nada a ele, tendo a ré assumido o
financiamento do veiculo;(...)”.

2. Ocorreu que após varias tentativas fracassadas do requerente solicitar á


requerida o pagamento do financiamento junto ao Banco Itaú, a mesma não honrou seus
compromissos de adimplir os pagamentos daquelas parcelas ocasionando a inscrição do
requerente nos órgãos restritivos de crédito.

3. Reforça-se que a inscrição do requerente nos órgãos restritivos de crédito


ocorreu exclusivamente por culpa da requerida.

4. Assim, para as restrições havidas em nome do requerente fossem


sanadas, o mesmo, firmou acordou com o Banco Itaú S.A, credor do financiamento, para
quitação total das parcelas devidas, efetuando o pagamento de R$3.500,00 (Três mil e
quinhentos reais), conforme se comprova pelo recibo de pagamento em anexo.

5. Ainda conforme dito no processo n o 038.08.005169-0 pela requerida a


mesma seria responsável pelo pagamento das multas que incidisse sobre aquele veiculo:

“(...), em caso de eventual multa junto ao referido veiculo, esta seria imediatamente
apresentada à requerida que então providenciaria todos os trâmites de retirada da multa do
nome do requerente.”

6. Contudo, apesar de ter sido cientificada pelo requerente, inclusive


durante o processo supracitado, a mesma não efetuou o pagamento de qualquer multa,
restando devidos débitos junto ao Detran-SC, no valor de R$1.749,45 (Um mil setecentos e
quarenta e nove reais e quarenta e cinco centavos), conforme consulta consolidada de veículos
em anexo

7. Assim, resta claro o dever da requerida de ressarcir o requerente pelas


despesas que o mesmo teve por conta da atitude da requerida.

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II. DO DIREITO

A- DO PAGAMENTO DO FINANCIAMENTO

8. Conforme dito acima a requerida assumiu compromisso com o requerente


de efetuar o pagamento de todas as parcelas do financiamento.

9. Porem, a mesma não agiu conforme combinado, gerando a inscrição do


requerente nos órgãos restritivos de direito.

10. Para retirar o nome do requerente dos órgãos restritivos de crédito o


requerente quitou a dívida no valor de R$3.500,00 (Três mil e quinhentos reais), dívida esta
que se originou por falta de pagamento das parcelas que deveriam ser pagas pela requerida,
conforme acordado entre as partes.

11. A sub-rogação é uma forma de pagamento, o qual é mais uma das


formas de extinção de uma obrigação. Ocorre quando um terceiro interessado paga a dívida do
devedor, colocando-se no lugar de credor. Neste caso, a obrigação só se extingue em relação
ao credor satisfeito, mas continua existindo em relação àquele que pagou a dívida. Neste
contexto, sub-rogação é o caso do Requerente que paga ao credor a dívida da Requerida.

12. O requerente não era absolutamente responsável pela dívida, mas como a
Requerida não à pagou deverá ele pagá-la. Como co-responsável pela dívida, ou seja, como
terceiro interessado, o Requerente se antecipou à Requerida (devedora) insolvente pagando a
dívida de R$ 3.500,00 (Três mil e quinhentos reais), e colocando-se no lugar do credor, em
relação ao qual a dívida se extingue.

13. Art. 985, III, Código Civil: "A sub-rogação opera-se, de pleno direito, em
favor: III – do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser obrigado, no
todo ou em parte".

14. Segundo comentário do desembargador Sergio Cavalieri Filho:

“ A propriedade da coisa móvel se transmite pela tradição, diferentemente da coisa imóvel,


que se faz pelo registro. Consequentemente, consumada a venda e entregue o veiculo ao
adquirente, o vendedor deixa de ser dono, independente da a transferência ser feita no
Detran, ou do registro do contrato de títulos e documentos administrativos. Logo, o
vendedor não pode ser responsabilizado juridicamente a titulo de dono, porque proprietário
não é mais.”

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