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OBRIGAÇÕES

OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA É AQUELA QUE POSSUI MAIS DE UM CREDOR E/OU DE MAIS


UM DEVEDOR.

CADA UM DOS DEVEDORES RESPONDE PELA DÍVIDA TODA (SOLIDARIEDADE PASSIVA)


OU CADA CREDOR PODE EXIGIR A DÍVIDA TODA) AT. 264 cc

 A SOLIDARIEDADE É UMA EXCEÇÃO PORQUE NASCE DA LEI OU DA VONTADE DAS


PARTES E NÃO SE PRESUME ART. 265 ELA DEVE SER CRIADA POR FORÇA DE LEI OU
POR FORÇA DO CONTRATO.

 IMPORTANTE - FIADOR NÃO É DEVEDOR SOLIDÁRIO

 A PRÁTICA DE ATOS ILÍCITOS GERAM OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS.

 1º OS QUE CONJUNTAMENTE CAUSAM UM DANO 942 CAPUT

 EMPREGADOR QUE RESPONDE POR DANOS CAUSADOS POR EMPREGADO NO


EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

 ENTRE OS COMODATÁRIOS OCORRE A OBRIGAÇÃO SOLIDÁRIA.

 ENTRE OS LOCATÁRIOS OCORRE A SOLIDARIEDADE. O FIADOR NÃO É SALVO


DISPOSIÇÃO EXPRESSA NO CONTRATO.

 SE EXISTIREM DOIS FIADORES ELES POSSUEM OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS ENTRE SI.

 ART. 283 E 284 IMPORTANTE!

 Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver,
presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.

 Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da


solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.

 NA SOLIDARIEDADE PASSIVA CADA DEVEDOR RESPONDE PELO TODO, MAS SÓ


DEVE PARTE DA DÍVIDA.

O DEVEDOR QUE SATISFEZ A DÍVIDA TODA PODE COBRAR DOS CO-DEVEDORES SUAS
COTAS DO DÉBITO, DE MANEIRA DIVÍSIVEL, PORQUE A SOLIDARIEDADE TERMINA COM
O PAGAMENTO.
 SE NO MOMENTO DO REGRESSO UM DOS DEVEDORES FOR INSOLVENTE SUA
COTA SERÁ DVIDIDA POR TODOS ART. 284.

 ART. 279 cc. SE POR CULPA DE TODOS OS DEVEDORES O OBJETO SE PERDE (EX.
DEIXAM O BOI MORRER DE FOME) EM SE TRATATANDO DE OBRIGAÇÃ SOLIDÁRIA
TODOS RESPODEM PELO VALOR DA COISA (EQUIVALENTE) MAIS PERDAS E DANOS
DE MANEIRA SOLIDÁRIA.

 OBS: SE NÃO HOUVER SOLIDARIEDADE E O OBJETO FOR INDIVISÍVEL A


INDIVISIBILIDADE ACABA COM A SUA PERDA E A OBRIGAÇÃO PASSA A SER
DIVISÍVEL ART. 263 cc.

 A INDIVISIBILIDADE ESTÁ NO OBJETO E A SOLIDARIEDADE NÃO ESTÁ (É UMA


GARANTIA)

SE APENAS UM DOS DEVEDORES SOLIDÁRIOS FOR CULPADO, SOMENTE ELE RESPONDE


PELAS PERDAS E DANOS. (INDENIZAÇÃO), MAS TODOS RESPONDEM SOLIDARIAMENTE
PELO VALOR DO OBJETO.

COM RELAÇÃO AOS JUROS DE MORA HÁ RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DE TODOS OS


DEVEDORES CASO O DEVEDOR INOCENTE OS PAGUE, TERÁ DIREITO DE REGRESSO
CONTRA O DEVEDOR CULPADO.

REGRA GERAL: SÓ RESPONDE PELO INADIMPLEMENTO DA OBRIGAÇÃO O DEVEDOR


QUE TEVE CULPA E ESTE PAGA INDENIZAÇÃO. SE NÃO HOUVER CULPA (CASO
FORTUÍTO OU FORÇA MAIOR) A OBRIGAÇÃO SE EXTINGUE E NÃO HÁ INDENIZAÇÃO.

EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES

A) NATURAL = DECORRE DO PAGAMENTO.

B) PATOLOGIA = INADIMPLEMENTO.

1ª EXTINÇÃO NATURAL É ADIMPLEMENTO OU CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO.


DA-SE PELO CUMPRIMENTO DO OBJETO DA PRESTAÇÃO.

(PAGAMENTO DIRETO OU PELOS MEIOS INDIRETOS DE EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO)

2ª MODO ANORMAL . DECORRE DO INADIMPLEMENTO QUE É TEMA DE


RESPONSABILIDADE CIVIL.
 PAGAMENTO DIRETO. 3 REGRAS PARA PROFERIR O PAGAMENTO:

1º A QUEM SE DEVE PAGAR (CREDOR)

2º QUEM DEVE PAGAR (DEVEDOR)

3º LUGAR DO PAGAMENTO.

PAGAMENTO CONVENCIONAL (MANDATÁRIO QUE POSSUI PROCURAÇÃO PARA


RECEBER).

SE O DEVEDOR PAGAR A QUEM NÃO É CREDOR. O PAGAMENTO POR CERTO NÃO


PRODUZIRÁ EFEITOS. E CONTINUA POSSUINDO DEVER DE PAGAR.

EXCEÇÃO. (O PAGAMENTO HÁ QUEM NÃO É CREDOR LIBERA O DEVEDOR DA


OBRIGAÇÃO) QUE OCORRE EM 3 HIPÓTESES:

1º A CONFIRMAÇÃO DO CREDOR EFETUADA A TERCEIRO (ART. 308 cc)

2º SE O DEVEDOR PROVAR QUE O PAGAMENTO REVERTEU EM BENEFÍCIO DO


CREDOR (ART. 308) A REGRA É EVITAR ENREQUICIMENTO SEM CAUSA.

3º CREDOR PUTATIVO: É AQUELE QUE AOS OLHOS DO MUNDO PARECE SER


CREDOR, MAS NA REALIDADE, NÃO O É. EX; HERDEIRO DESERDADO. OU MANDATÁRIO
CUJO MANDATO FOI REVOGADO SEM QUE SE DESSE CIÊNCIA A TERCEIROS.

O PAGAMENTO AO CREDOR PUTATIVO É VALIDO SE REALIZADO PELO DEVEDOR DE


BOA-FÉ QUE DESCONHECIA A PUTATIVIDADE. CABERÁ AO CREDOR REAL COBRAR DO
PUTATIVO EM PROCEDIMENTO PRÓPRIO.

3.1) Chama-se credor putativo a pessoa que, estando na posse do título obrigacional,
passa aos olhos de todos como sendo a verdadeira titular do crédito (credor aparente),
v.g., no pagamento da comissão de corretagem ao preposto de imobiliária que faz a
intermediação de venda de imóvel (AC 2004.005533-1).

3.2) Requisitos indispensáveis para validade do pagamento ao credor putativo: a) boa-


fé do devedor; b) a escusabilidade de seu erro.
QUEM DEVE PAGAR (ART. 304)

QUEM DEVE PAGAR É O SOLVENS. EM PRINCÍPIO CABE AO DEVEDOR PAGAR A


DIVIDA, MAS ADMITE-SE QUE TERCEIROS A PAGUEM , POIS HÁ AO SISTEMA
INTERESSA O ADIMPLEMENTO. SALVO AS OBRIGAÇÕES PERSONALÍSSIMAS QUE SÓ
PODE SER CUMPRIDA PELO DEVEDOR EM ESPEFÍCO (OBRIGAÇÃO DE FAZER EX.
PINTURA DE UM QUADRO)

DOIS TIPOIS DE TERCEIRO:

1º O INTERESSADO: É AQUELE QUE SOFRE AS CONSEQUÊNCIAS DO


INADIMPLEMENTO. EX: FIADOR E SUBLOCATÁRIO.

O TERCEIRO QUE PASSA A TER DIREITO DE RECEBER DO DEVEDOR TODAS AS


QUANTIAS PAGAS E SE SUB-ROGA (SUBSTITUI) OS INTERESSES DO CREDOR.

O NÃO INTERESSADO É QUE PAGA POR MOTIVOS PESSOAIS E NÃO SOFREM


CONSEQUÊNCIAS DO INADIMPLEMENTO. EX. PAI QUE PAGA A DÍVIDA DO FILHO.

SE O TERCEIRO NÃO INTERESSADO PAGAR EM NOME DO PRÓPRIO DEVEDOR HÁ


UMA LEBERALIDADE (EQUIVALE A UMA DOAÇÃO) E NÃO PODERÁ COBRAR DO
DEVEDOR PRINCIPAL.

PORÉM SE ELE PAGAR A DÍVIDA EM NOME PRÓPRIO ELE PODERÁ TER DIREITO DE
REGRESSO SEM DIREITO A SUB-ROGAÇÃO.

3º LUGAR DO PAGAMENTO.

NO SILÊNCIO DO CONTRATO AS DÍVIDAS SÃO PAGAS NO DOMICÍLIO DO DEVEDOR


E RECEBEM O NOME DE QUESÍVEL OU QUERABLE, CONTUDO O CONTRATO OU A
LEI PODE DETERMINAR PAGAMENTO EM LUGAR DIVERSO E A DÍVIDA É CHAMADA
DE PORTÁVEL OU PORTABLE

Art. 327. Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes


convencionarem diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da
obrigação ou das circunstâncias.

Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
Atente-se ainda para o fato de que, se forem designados dois ou mais lugares para o

pagamento, diferentemente do que se possa imaginar, a lei determina que a escolha

caberá ao credor (art. 327, parágrafo único).

Em caráter excepcional, se o pagamento consistir na tradição de um BEM IMÓVEL, ou


em prestações relativas ao imóvel, o pagamento será feito no lugar onde for situado o
bem.

O pagamento feito reiteradamente em outro local faz presumir a renúncia do credor


do lugar previsto no contrato.

REGRA GERAL: A LEI FAVORECE SEMPRE QUE PODE O DEVEDOR PORQUE É A


PARTE MAIS FRACA É O CHAMADO FAVOR DEBITORIS.

Aula 02 – 28/02/12

Pagamento indireto são os modos pelos quais a obrigação é cumprida ocorrendo


certas circunstâncias que equivalem ao pagamento.

 Havendo duas dívidas em desfavor do mesmo credor, o DEVEDOR podendo pagar


apenas uma ele não é obrigado a pagar a dívida mais antiga. Desta forma ocorre
imputação quando o devedor deve para o mesmo credor mais de uma dívida e
todas elas são vencidas liquidas (certa quanta a existência e determinada quanto
ao valor) e fungíveis entre si e o devedor indica qual delas está pagando, se não
indicar a escolha passa ao credor e se este também não indicar a lei imputa o
pagamento na dívida mais antiga.

 Se todas as dívidas se vencerem no mesmo dia a imputação ocorre na dívida mais


onerosa ao devedor, ou seja, primeiro se extingui a mais pesada.

PAGAMENTO COM SUB – ROGAÇÃO – ART. 346 A 351

Ocorre uma transferência para o terceiro de todas as garantias e direitos do


credor originário inclusive a fiança.

3 hipóteses de sub-rogação
1 – pagamento por terceiro interessado.

2 – ocorre quando são dois credores de um mesmo devedor e um deles (credor


quirografário, sem garantia) paga ao outro credor (credor com garantia real) a dívida
comum.

3- remição (verbo remir) (NÃO CONFUNDIR COM O PERDÃO DA DÍVIDA): ocorre


quando o adquirente do imóvel hipotecado paga a dívida para a resgatar a hipoteca -
o art. 350 determina que o direito de regresso não pode exceder a soma utilizada para
exonerar o devedor sob pena de enriquecimento sem causa ex: fiador paga 100 e
extingue dívida de 120 só poderá cobrar em regresso 100.

1) Quando um terceiro paga ou empresta o necessário para que o devedor solva a sua
obrigação, operar-se-á, por convenção ou em virtude da própria lei, a transferência
dos direitos e, eventualmente, das garantias do credor originário para o terceiro (sub-
rogado).
2) Há dois efeitos necessários na sub-rogação: liberatório (pela extinção do débito em
relação ao devedor original) e translativo (pela transferência da relação obrigacional
para o novo credor).
3) Não há que se confundir, todavia, o pagamento com sub-rogação com a mera
cessão de crédito, visto que, nesta última, a transferência da qualidade creditória
opera-se sem que tenha havido o pagamento da dívida.
4) Pagamento com sub-rogação legal:
4.1) Em favor do credor que paga a dívida do devedor comum: se duas ou mais
pessoas são credoras do mesmo devedor, operar-se-á a sub-rogação legal se qualquer
dos sujeitos ativos pagar ao credor preferencial (aquele que tem prioridade no
pagamento do crédito) o valor devido. Ex: pode acontecer que um credor hipotecário,
com segunda hipoteca sobre determinado imóvel do devedor, queira pagar ao titular
do crédito, com primeira hipoteca sobre essa mesma coisa, sub-rogando-se nos
direitos destes, executando, depois, os dois créditos hipotecários, sem ficar
aguardando que o primeiro seja executado para, em seguida, executar o segundo
sobre o saldo que restar da primeira execução.
4.2) Em favor do adquirente do imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário,
bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado do direito sobre
o imóvel. Ex: é o que ocorre se o promitente comprador de um imóvel paga a dívida do
proprietário (promitente vendedor), por considerar que o credor poderia exigir a
alienação judicial do bem, objeto do compromisso de venda.

4.3) Em favor do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte. Ex: o fiador que paga a dívida do devedor principal,
passando, a partir daí, a poder exigir o valor desembolsado, utilizando, se necessário,
as garantias conferidas ao credor originário. É o que ocorre também quando um dos
devedores solidários paga a dívida ao credor comum.

5) Pagamento com sub-rogação convencional: a) quando o credor recebe o pagamento


de terceiro e expressamente lhe transfere todos os seus direitos. Esse caso é diferente
da cessão de crédito, pois nessa a notificação do devedor é condição indispensável
para que o ato tenha eficácia jurídica. O pagamento com sub-rogação, diferentemente,
não exige a notificação do devedor; b) quando terceira pessoa empresta ao devedor a
quantia precisa para solver a dívida, sob a condição expressa de ficar o mutuante sub-
rogado nos direitos do credor satisfeito.

6) O principal efeito da sub-rogação é transferir ao novo credor todos os direitos,


ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor
principal e seus fiadores. Ex: se o credor principal dispunha de garantia real ou pessoal,
ou ambas o terceiro sub-rogado passará a detê-las, podendo, pois, tomar as
necessárias medidas judiciais para a proteção do seu crédito, como se fosse o credor
primitivo.

7) Na sub-rogação legal, o sub-rogado não poderá exercer os direitos e as ações do


credor, senão até a soma que tiver desembolsado para desobrigar o devedor.

8) O credor originário, só em parte reembolsado, terá preferência ao sub-rogado, na


cobrança da dívida restante, se os bens do devedor não chegarem para saldar
inteiramente o que a um e outro dever.

NOVAÇÃO
NOVAÇÃO (art. 360) É A CRIAÇÃO DE UMA OBRIGAÇÃO NOVA PARA
EXTINGUIR UMA DIVIDA ANTIGA.

 A novação extingue a antiga obrigação antiga e todos os seus acessórios.

 A garantia prestada por terceiro só se mantém se houver a anuência do terceiro


art. 364 cc/02 no caso da novação.

 O elemento que caracteriza a novação é o animus novandi. É a intenção de novar.


Ausente a intenção a segunda obrigação apenas confirma a primeira.

 Pequenas alterações como mudança de data, local ou pagamento, ou ainda taxa


de juros não significa novação, a mudança do objeto deve ser radical.

1) Dá-se a novação quando, por meio de uma estipulação negocial, as partes


criam uma nova obrigação, destinada substituir e extinguir a obrigação
anterior.

2) Requisitos:
2.1) Existência de uma obrigação anterior, só se poderá efetuar a novação se
juridicamente existir uma obrigação anterior a ser novada. Ressalte-se, porém, que se
a obrigação primitiva for simplesmente anulável, essa invalidade não obstará a
novação. Ora, se o ato anulável pode ser confirmado, nada impede que a relação
obrigacional aí compreendida seja extinta, e substituída por uma outra, por meio da
novação. Tal não será possível se a obrigação for nula ou estiver extinta. No primeiro
caso, dada a gravidade do vício que porta (nulidade absoluta), a obrigação deverá ser
repetida, ou seja, novamente pactuada, considerando-se inclusive o fato de não poder
ser confirmada. A segunda hipótese proibitiva ocorrerá quando a obrigação primitiva
estiver extinta. Por óbvio, se a obrigação já foi cumprida, o pagamento solveu o débito,
não havendo lugar para a novação.

2.2) A criação de uma nova obrigação, substancialmente diversa da primeira. Quando


há parcelamento da dívida, aumento no prazo para pagamento, ou recalculo da taxa
de juros aplicada, não necessariamente estará realizando uma novação.
2.3) Ânimo de novar (animus novandi): ausente esse requisito, não se configura a
novação, porque não desaparece a obrigação original. Assim, faltando o animus
novandi, cuja prova poderá decorrer declaração expressa ou das próprias
circunstâncias, a segunda obrigação simplesmente confirmará a primeira.

3) Novação objetiva: ocorre quando as partes de uma relação obrigacional


convencionam a criação de uma nova obrigação, para substituir e extinguir a anterior.

4) Novação subjetiva: por mudança de devedor (passiva); por mudança do credor


(ativa); por mudança de credor e devedor (mista).

4.1) A novação subjetiva poderá ocorrer de dois modos: por expromissão (sem
consentimento do devedor, decorre de simples ato de vontade do credor) e por
delegação (indicação do devedor de terceira pessoa, com aquiescência do credor).

4.2) Não há que se confundir, todavia, a novação subjetiva – principalmente por


delegação – com a mera cessão de débito, uma vez que, neste caso, o novo devedor
assume a dívida, permanecendo o mesmo vínculo obrigacional. Não há, aqui, portanto,
ânimo de novar, extinguindo o vínculo anterior.

4.3) Da mesma forma, a novação subjetiva passiva não se confunde com o pagamento
por terceiro – interessado ou desinteressado. Neste, a dívida é extinta pelo
adimplemento, enquanto, naquela, nova obrigação é contraída, com o mesmo
conteúdo, mas com diversidade substancial no pólo passivo, extinguindo-se a relação
obrigacional primitiva.

4.4) Na novação subjetiva, se o devedor for insolvente, não tem o credor que o
aceitou, nos termos do art. 363, ação regressiva contra o primeiro devedor, salvo se
esse obteve de má-fé a substituição.

4.5) Na novação subjetiva ativa, opera-se a mudança de credores, considerando-se


extinta a relação obrigacional em face do credor primitivo que sai e dá lugar ao novo.
O devedor, portanto, não deverá mais nada ao primeiro, uma vez que a sua dívida
reputar-se-á liquidada perante ele.

5) Em geral, realizada a novação, extinguem-se todos os acessórios e garantias da


dívida (ex. hipoteca e fiança), sempre que não houver estipulação em contrário. Aliás,
quanto à fiança, o legislador foi mais além, ao exigir que o fiador consentisse para que
permanecesse obrigado em face da obrigação novada. Quer dizer, se o fiador não
consentiu na novação, estará conseqüentemente liberado.

5.1) Da mesma forma, a ressalva de uma garantia real que tenha por objeto bem de
terceiro só valerá com a anuência expressa deste.

5.2) Ocorrida a novação entre o credor e um dos devedores solidários, o ato só será
eficaz em face do devedor que novou, recaindo sobre o seu patrimônio as garantias do
crédito novado, restando, por conseqüência, liberados os demais devedores (art. 365).

6) Ressaltando: Obrigações que não podem ser novadas:

6.1) Obrigações extintas há uma impossibilidade lógica de se extinguir o que não mais
existe

6.2) Obrigação Nula

Dação em pagamento (art. 356) – ocorre dação quando o credor aceita


receber prestação diversa da contratada.

 A dação significa afastamento pela vontade do credor da regra do


art. 313 do cc/02 pela qual o credor não é obrigado a aceitar
prestação diversa ainda que mais valiosa. (alivid pro alivid)
1) Consiste na realização de uma prestação diferente da que é devida, com o fim de,
mediante acordo do credor, extinguir imediatamente a obrigação.

2) Requisitos: a) a existência de uma dívida vencida; b) o consentimento do credor; c) a


entrega de coisa diversa da devida; d) o ânimo de solver (animus solvendi).

3) Obs: Não existirá propriamente dação quando a coisa dada em pagamento


consistir em título de crédito, visto que, no caso, haverá mera cessão de crédito, com
extinção da obrigação por um meio de pagamento.

4) Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, ou seja, perdê-la para o


terceiro que prove ser o verdadeiro dono, desde antes da sua entrega, a obrigação
primitiva será restabelecida, ficando sem efeito a quitação dada ao devedor. (art. 359)

4.1) Apenas deverão ser ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé, a exemplo do


que ocorreria se a prestação originária fosse a entrega de um veículo, e este já
estivesse alienado a terceiro. No caso, havendo sido perdido o imóvel, objeto da dação
em pagamento, por força da evicção, as partes não poderão pretender restabelecer a
obrigação primitiva, mantendo o mesmo objeto (a entrega do carro), que já se
encontra em poder de terceiro de boa-fé. Deverão, pois, na falta de solução melhor,
resolver a obrigação em termos pecuniários.

5) O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado se o credor, em pagamento da


dívida, aceitar amigavelmente do devedor objeto diverso do que este era obrigado a
lhe dar (dação em pagamento), ainda que depois venha a perdê-lo por evicção (art.
838, III).

Confusão (art. 381)

Ex: Sobrinho pede dinheiro emprestado para o tio e quanto o tio morre o sobrinho é
seu único herdeiro testamentário.
Empresa A deve para empresa B é incorporada pela credora.
1) Opera-se quando as qualidades de credor e devedor são reunidas em uma mesma
pessoa, extinguindo-se, conseqüentemente, a relação jurídica obrigacional.

2) Se a confusão se der na pessoa do credor ou devedor solidário, a obrigação só será


extinta até a concorrência da respectiva parte no crédito (se a solidariedade for ativa),
ou na dívida (se a solidariedade for passiva), subsistindo quanto ao mais a
solidariedade.

3) Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a


obrigação anterior. Art. 384 cc Efeito da pós – eficácia - Para Silvio Rodrigues ocorre
paralisação da dívida. Para Pontes de Miranda chama o efeito de pós-eficacização.

4) neste caso acima descrito a dívida fica paralisado, não ocorre juros e correção
monetária.

Remissão (art. 385) (perdoar) (possui natureza bilateral aceitação de


ambas as partes)

1) Requisitos: a) ânimo de perdoar, que deve ser, em regra, expressa, somente se


admitindo excepcionalmente o perdão tácito, em função de presunções legais; b)
aceitação do perdão, pois a remissão tem natureza bilateral.

 Não confundir com renúncia que é ato unilateral que depende da vontade
apenas do renunciante.

2) A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova


desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de alienar, e o
devedor capaz de adquirir.
3) A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia
real, não a extinção da dívida.

4) A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele


correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os
outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. Ex: A, B e C
são devedores solidários de D da quantia de R$ 300,00. D, por sua vez, perdoa a dívida
de C. Nesse caso, subsistirá a solidariedade em face dos demais devedores (A e B), que
estarão obrigados ao pagamento de R$ 200,00, uma vez que deverá ser abatida a
quota-parte do devedor perdoado (R$ 100,00).

5) Há duas espécies de remissão a expressa e a tácita: a remissão tácita quando as


partes praticam atos incompatíveis com a conservação do crédito. Ex: credor devolve o
cheque emitido pelo devedor

Obs: se o credor restitui o objeto dado em garantia o principal permanece inalterado.

Consignação em pagamento (art. 334) visa à extinção da obrigação.

QUALQUER BEM MÓVEL OU IMÓVEL PODE SER CONSIGNADO E NÃO APENAS


DINHEIRO.

SE FOR DINHEIRO É CABÍVEL A CONSIGNAÇÃO EXTRAJUDICIAL EM BANCO OFICIAL


(BB OU CAIXA ECONÔMICA) O CREDOR TERÁ 10 DIAS PARA RECUSÁ-LO E O SEU
SILÊNCIO INDICA ACEITAÇÃO. (OCORRE A LIBERÇÃO DO DEVEDOR)

1) A consignação tem lugar (art. 335): a) se o credor não puder, ou, sem
justa causa, recusar o pagamento, ou dar quitação na devida forma; b) se
o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos; c) se o credor for incapaz de receber, for desconhecido,
declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou
de difícil acesso (principio de preservação de integridade do devedor); d)
se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento; e) se pender litígio sobre o objeto do pagamento.

2) O devedor da obrigação litigiosa exonerar-se-á mediante consignação, mas, se pagar


a qualquer dos pretendidos credores, tendo conhecimento do litígio, assumirá o risco
do pagamento (art. 344).

3) Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram todos os
requisitos, sem os quais o pagamento não é válido, relativamente: a) às pessoas
(devedor/credor); b) ao objeto (pagamento integral, uma vez que o credor não está
obrigado a aceitar pagamento parcial); c) modo; d) tempo (é vedado efetuar-se antes
de vencida a dívida, se assim não foi convencionado. A mora do devedor, por si só, não
impede a propositura da consignação, se ainda não provocou conseqüências
irreversíveis, pois tal ação pode ser utilizada tanto para prevenir como para emendar a
mora).

4) Realizado o depósito com a finalidade de extinguir a obrigação, poderá ele ser


levantado? Depende do momento em que o devedor pretender realizar tal ato. Pode
livremente se for antes da aceitação ou impugnação do depósito pelo credor; se for
depois da aceitação ou impugnação pelo credor, só com anuência deste; se for julgado
procedente o pedido consignatório não poderá mais, ainda que o credor consinta,
senão de acordo com os outros devedores e fiadores.

5) Qualquer interessado pode pagar a dívida, razão pela qual pode também o terceiro
requerer a consignação.
Compensação

Ocorre compensação quando entre o mesmo credor e o mesmo devedor existem


dívidas RECÍPROCAS líquidas vencidas e fungíveis entre si. A compensação ocorre na
dívida de menor valor

Compensação (art. 368)

1) Requisitos para compensação legal: a) reciprocidade de obrigações.


Exceção: refere-se ao fiador, que pode compensar a sua dívida com a de seu
credor ao afiançado, tendo em vista que se trata de um terceiro interessado,
que é responsabilizado sem débito próprio. Tal exceção deve ser interpretada
restritivamente, haja vista que, por força da lei, o terceiro, que se obriga por
determinada pessoa, não pode compensar essa dívida com a que o credor dele
lhe dever; b) liquidez das dívidas, para que haja a compensação legal, é
necessário identificar a expressão numérica das dívidas; c) exigibilidade atual
das prestações, ou seja, a imediata exigibilidade da prestação. Registre-se, por
óbvio, que a obrigação natural, por faltar o requisito da exigibilidade, não pode
ser também compensada; d) fungibilidade dos débitos (mesma natureza).

1.1 ) Pressentes os Requisitos legais a compensação é automática e não


depende de acordo entre as partes ou de decisão judicial

1.2) Compensação Convencional surge do acordo de vontades, as partes


podem criar a compensação quando ausentes os requisitos legais, ex:
compensação de dívida líquida com dívida ilíquida.

2) Embora sejam do mesmo gênero as coisas fungíveis, objeto das duas


prestações, não se compensarão, verificando-se que diferem na qualidade,
quando especificada no contrato.

3) Impede a compensação as causas nas dívidas: objetos de mesmo gênero


mais qualidades diferentes (cão labrador x cão pastor alemão); se provierem de
esbulho, furto ou roubo; se uma se originar de comodato, depósito ou alimentos
(a vedação nos alimentos evitar deixar o credor em situação famélica); se uma
for de coisa não suscetível de penhora.

4) Não haverá compensação quando as partes, por mútuo consentimento, a


excluírem, ou no caso de renúncia prévia de uma delas. O acordo pode evitar a
compensação

5) O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros
dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da
cessão teria podido por ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido
notificada, poderá opor ao cessionário a compensação do crédito que antes
tinha contra o cedente.
6) Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida
com a que o credor dele lhe dever.

O ART. 374 DO CC QUE PREVIA A APLICAÇÃO DA COMPENSAÇÃO CÍVIL


AO DIREITO TRIBUTÁRIO FOI REVOGADO POR MEDIDA PROVISÓRIA
DEPOIS CONVERTIDA EM LEI ANTES MESMO DO CC ENTRAR EM VIGOR

Remissão (art. 385)

1) Requisitos: a) ânimo de perdoar, que deve ser, em regra, expressa, somente


se admitindo excepcionalmente o perdão tácito, em função de presunções
legais; b) aceitação do perdão, pois a remissão tem natureza bilateral.
2) A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular,
prova desoneração do devedor e seus coobrigados, se o credor for capaz de
alienar, e o devedor capaz de adquirir.
3) A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à
garantia real, não a extinção da dívida.
4) A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a
ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade
contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte
remitida. Ex: A, B e C são devedores solidários de D da quantia de R$ 300,00.
D, por sua vez, perdoa a dívida de C. Nesse caso, subsistirá a solidariedade
em face dos demais devedores (A e B), que estarão obrigados ao pagamento
de R$ 200,00, uma vez que deverá ser abatida a quota-parte do devedor
perdoado (R$ 100,00).

Pagamento indevido (art. 876)

1) Todo aquele que recebeu o que não lhe era devido fica obrigado a restituir;
obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de
cumprida a condição.
2) No campo das relações obrigacionais, com fulcro na idéia de que não é
possível enriquecer-se sem uma causa lícita, todo pagamento feito, sem que
seja, ainda, devido, deverá ser restituído.
3) Sobre a dívida obrigacional, é preciso lembrar que a aposição de condição
suspensiva subordina não apenas a sua eficácia jurídica (exigibilidade), mas,
principalmente, os direitos e obrigações decorrentes do negócio. Quer dizer, se
um sujeito celebra um contrato de compra e venda com outro, subordinando-o
a uma condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá
adquirido o direito a que ele visa. O contrato gerará, pois, uma obrigação de
dar condicionada, o que não ocorre quando se tratar de termo, pois o devedor
pode, em regra, renunciá-lo, pagando o débito antecipadamente.
4) Por força do art. 877, quem (solvens) voluntariamente pagou o indevido deve
provar não somente ter realizado o pagamento, mas também que o fez por
erro, pois a ausência de tal comprovação leva a se presumir que se trata de
uma liberalidade ou, quando, assim não seja, reflete simulação inocente,
escondendo o intuito de doar.
5) Vale destacar, porém, que se o pagamento indevido tiver consistido no
desempenho de obrigação de fazer ou de não fazer (dever de abstenção), não
haverá mais, em princípio, como restituir as coisas ao estado anterior, pelo
que, não sendo mais possível, aquele que recebeu a prestação fica na
obrigação de indenizar o que a cumpriu, na medida do lucro obtido.
6) Espécies de pagamento indevido: a) pagamento objetivamente indevido,
quando há erro quanto à existência ou extensão da obrigação. É o caso, v.g.,
do pagamento realizado enquanto pendente condição suspensiva (débito
inexistente) ou quando paga quantia superior à efetivamente devida (débito
inferior ao pagamento realizado); b) pagamento subjetivamente indevido,
quando realizado por alguém que não é devedor ou feito a alguém que não é
credor.
7) Conseqüências do pagamento indevido e boa-fé: a) se o bem,
indevidamente recebido, fora transferido a um terceiro, de boa-fé, e a título
oneroso, o alienante ficará obrigado a entregar ao legítimo proprietário a
quantia recebida, em ação regressiva. Não cabe ao solvens o direito de
reivindicar o bem contra o terceiro adquirente; b) se o bem, indevidamente
recebido, fora transferido, de má-fé, a um terceiro, e a título oneroso, o
alienante ficará obrigado a entregar ao legítimo proprietário a quantia recebida,
além de pagar perdas e danos. Não cabe ao solvens o direito de reivindicar o
bem contra o terceiro adquirente; c) se o bem fora transferido ao terceiro, a
título oneroso estando este último de má-fé, caberá ao que pagou por erro
(solvens) o direito à reivindicação; d) se o bem fora transferido ao terceiro, a
título gratuito, caberá ao que pagou por erro (solvens) o direito à reivindicação.
7.1) Se o accipiens procedeu sem malícia e recebeu a coisa por acreditá-la
devida, é tratado como possuidor de boa-fé. Isso vale dizer que tem direito aos
frutos percebidos; não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que
não deu causa; recebe indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias,
podendo levantar as voluptuárias; cabe-lhe direito de retenção pelo valor
daquelas. Se, entretanto, atuou com malícia, responde como possuidor de má-
fé.
8) O credor que ao receber o pagamento de outrem que não seu devedor o fez
por conta de dívida verdadeira e inutilizou o título que a representava, não pode
ser compelido a repetir. Em rigor recebeu o indevido, pois quem pagou nada
lhe devia. Entretanto, inutilizando o título desmuniu-se da prova de seu direito,
talvez, a possibilidade de o fazer valer contra o verdadeiro devedor.
9) Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir
obrigação judicialmente inexigível.
10) Se o pagamento se efetuou com o escopo de alcançar fim ilícito ou imoral,
não tem o solvens direito de repeti-lo.

Enriquecimento sem causa (art. 884)

1) Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa de outrem, será


obrigado a restituir o indevidamente auferido.
2) O enriquecimento ilícito traduz a situação em que uma das partes de
determinada relação jurídica experimenta injustificado benefício, em detrimento
da outra, que se empobrece, inexistindo causa jurídica para tanto.
3) Ressalte-se que o instituto se aplica não só quando não tenha havido causa
que justificasse o enriquecimento, mas também se esta deixou de existir.
4) O repúdio ao enriquecimento indevido estriba-se no princípio de maior
equidade que não permite o ganho de um, em detrimento do prejuízo de outro,
sem uma causa que o justifique. É ele alcançado por meio de uma ação
denominada ação de in rem verso e só é permitido se não houver qualquer
outro remédio judicial a que possa o prejudicado recorrer.
4.1) Pressupostos da ação in rem verso: enriquecimento do réu;
empobrecimento do autor; nexo de causalidade; inexistência de relação
jurídica; inexistência de ação específica (caráter subsidiário).
4.2) A idéia de relação de causalidade não significa que o empobrecimento
seja causa eficiente do enriquecimento e vice-versa. Estas são noções jurídicas
que traduzem as conseqüências de fatos jurídicos, isto é, resultantes, e que,
portanto, não podem ser vistas como causas eficientes. Enriquecimento e
empobrecimento são resultantes do mesmo fato. Assim, o indivíduo que presta
algum trabalho, sem ser remunerado, sofre um empobrecimento
correspondente do beneficiado. Ambos foram causados pelo mesmo fato, isto
é, o serviço prestado.

Preferências e privilégios creditórios

1) Ordem legal: crédito trabalhista decorrente de acidente do trabalho; crédito


trabalhista em geral; crédito tributário; crédito real; crédito pessoal privilegiado
especial; crédito pessoal privilegiado geral e crédito pessoal simples.

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