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Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-
devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver,
presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
O DEVEDOR QUE SATISFEZ A DÍVIDA TODA PODE COBRAR DOS CO-DEVEDORES SUAS
COTAS DO DÉBITO, DE MANEIRA DIVÍSIVEL, PORQUE A SOLIDARIEDADE TERMINA COM
O PAGAMENTO.
SE NO MOMENTO DO REGRESSO UM DOS DEVEDORES FOR INSOLVENTE SUA
COTA SERÁ DVIDIDA POR TODOS ART. 284.
ART. 279 cc. SE POR CULPA DE TODOS OS DEVEDORES O OBJETO SE PERDE (EX.
DEIXAM O BOI MORRER DE FOME) EM SE TRATATANDO DE OBRIGAÇÃ SOLIDÁRIA
TODOS RESPODEM PELO VALOR DA COISA (EQUIVALENTE) MAIS PERDAS E DANOS
DE MANEIRA SOLIDÁRIA.
B) PATOLOGIA = INADIMPLEMENTO.
3º LUGAR DO PAGAMENTO.
3.1) Chama-se credor putativo a pessoa que, estando na posse do título obrigacional,
passa aos olhos de todos como sendo a verdadeira titular do crédito (credor aparente),
v.g., no pagamento da comissão de corretagem ao preposto de imobiliária que faz a
intermediação de venda de imóvel (AC 2004.005533-1).
PORÉM SE ELE PAGAR A DÍVIDA EM NOME PRÓPRIO ELE PODERÁ TER DIREITO DE
REGRESSO SEM DIREITO A SUB-ROGAÇÃO.
3º LUGAR DO PAGAMENTO.
Parágrafo único. Designados dois ou mais lugares, cabe ao credor escolher entre eles.
Atente-se ainda para o fato de que, se forem designados dois ou mais lugares para o
Aula 02 – 28/02/12
3 hipóteses de sub-rogação
1 – pagamento por terceiro interessado.
1) Quando um terceiro paga ou empresta o necessário para que o devedor solva a sua
obrigação, operar-se-á, por convenção ou em virtude da própria lei, a transferência
dos direitos e, eventualmente, das garantias do credor originário para o terceiro (sub-
rogado).
2) Há dois efeitos necessários na sub-rogação: liberatório (pela extinção do débito em
relação ao devedor original) e translativo (pela transferência da relação obrigacional
para o novo credor).
3) Não há que se confundir, todavia, o pagamento com sub-rogação com a mera
cessão de crédito, visto que, nesta última, a transferência da qualidade creditória
opera-se sem que tenha havido o pagamento da dívida.
4) Pagamento com sub-rogação legal:
4.1) Em favor do credor que paga a dívida do devedor comum: se duas ou mais
pessoas são credoras do mesmo devedor, operar-se-á a sub-rogação legal se qualquer
dos sujeitos ativos pagar ao credor preferencial (aquele que tem prioridade no
pagamento do crédito) o valor devido. Ex: pode acontecer que um credor hipotecário,
com segunda hipoteca sobre determinado imóvel do devedor, queira pagar ao titular
do crédito, com primeira hipoteca sobre essa mesma coisa, sub-rogando-se nos
direitos destes, executando, depois, os dois créditos hipotecários, sem ficar
aguardando que o primeiro seja executado para, em seguida, executar o segundo
sobre o saldo que restar da primeira execução.
4.2) Em favor do adquirente do imóvel hipotecado, que paga ao credor hipotecário,
bem como do terceiro que efetiva o pagamento para não ser privado do direito sobre
o imóvel. Ex: é o que ocorre se o promitente comprador de um imóvel paga a dívida do
proprietário (promitente vendedor), por considerar que o credor poderia exigir a
alienação judicial do bem, objeto do compromisso de venda.
4.3) Em favor do terceiro interessado, que paga a dívida pela qual era ou podia ser
obrigado, no todo ou em parte. Ex: o fiador que paga a dívida do devedor principal,
passando, a partir daí, a poder exigir o valor desembolsado, utilizando, se necessário,
as garantias conferidas ao credor originário. É o que ocorre também quando um dos
devedores solidários paga a dívida ao credor comum.
NOVAÇÃO
NOVAÇÃO (art. 360) É A CRIAÇÃO DE UMA OBRIGAÇÃO NOVA PARA
EXTINGUIR UMA DIVIDA ANTIGA.
2) Requisitos:
2.1) Existência de uma obrigação anterior, só se poderá efetuar a novação se
juridicamente existir uma obrigação anterior a ser novada. Ressalte-se, porém, que se
a obrigação primitiva for simplesmente anulável, essa invalidade não obstará a
novação. Ora, se o ato anulável pode ser confirmado, nada impede que a relação
obrigacional aí compreendida seja extinta, e substituída por uma outra, por meio da
novação. Tal não será possível se a obrigação for nula ou estiver extinta. No primeiro
caso, dada a gravidade do vício que porta (nulidade absoluta), a obrigação deverá ser
repetida, ou seja, novamente pactuada, considerando-se inclusive o fato de não poder
ser confirmada. A segunda hipótese proibitiva ocorrerá quando a obrigação primitiva
estiver extinta. Por óbvio, se a obrigação já foi cumprida, o pagamento solveu o débito,
não havendo lugar para a novação.
4.1) A novação subjetiva poderá ocorrer de dois modos: por expromissão (sem
consentimento do devedor, decorre de simples ato de vontade do credor) e por
delegação (indicação do devedor de terceira pessoa, com aquiescência do credor).
4.3) Da mesma forma, a novação subjetiva passiva não se confunde com o pagamento
por terceiro – interessado ou desinteressado. Neste, a dívida é extinta pelo
adimplemento, enquanto, naquela, nova obrigação é contraída, com o mesmo
conteúdo, mas com diversidade substancial no pólo passivo, extinguindo-se a relação
obrigacional primitiva.
4.4) Na novação subjetiva, se o devedor for insolvente, não tem o credor que o
aceitou, nos termos do art. 363, ação regressiva contra o primeiro devedor, salvo se
esse obteve de má-fé a substituição.
5.1) Da mesma forma, a ressalva de uma garantia real que tenha por objeto bem de
terceiro só valerá com a anuência expressa deste.
5.2) Ocorrida a novação entre o credor e um dos devedores solidários, o ato só será
eficaz em face do devedor que novou, recaindo sobre o seu patrimônio as garantias do
crédito novado, restando, por conseqüência, liberados os demais devedores (art. 365).
6.1) Obrigações extintas há uma impossibilidade lógica de se extinguir o que não mais
existe
Ex: Sobrinho pede dinheiro emprestado para o tio e quanto o tio morre o sobrinho é
seu único herdeiro testamentário.
Empresa A deve para empresa B é incorporada pela credora.
1) Opera-se quando as qualidades de credor e devedor são reunidas em uma mesma
pessoa, extinguindo-se, conseqüentemente, a relação jurídica obrigacional.
4) neste caso acima descrito a dívida fica paralisado, não ocorre juros e correção
monetária.
Não confundir com renúncia que é ato unilateral que depende da vontade
apenas do renunciante.
1) A consignação tem lugar (art. 335): a) se o credor não puder, ou, sem
justa causa, recusar o pagamento, ou dar quitação na devida forma; b) se
o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição
devidos; c) se o credor for incapaz de receber, for desconhecido,
declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou
de difícil acesso (principio de preservação de integridade do devedor); d)
se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do
pagamento; e) se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
3) Para que a consignação tenha força de pagamento, será mister concorram todos os
requisitos, sem os quais o pagamento não é válido, relativamente: a) às pessoas
(devedor/credor); b) ao objeto (pagamento integral, uma vez que o credor não está
obrigado a aceitar pagamento parcial); c) modo; d) tempo (é vedado efetuar-se antes
de vencida a dívida, se assim não foi convencionado. A mora do devedor, por si só, não
impede a propositura da consignação, se ainda não provocou conseqüências
irreversíveis, pois tal ação pode ser utilizada tanto para prevenir como para emendar a
mora).
5) Qualquer interessado pode pagar a dívida, razão pela qual pode também o terceiro
requerer a consignação.
Compensação
5) O devedor que, notificado, nada opõe à cessão que o credor faz a terceiros
dos seus direitos, não pode opor ao cessionário a compensação, que antes da
cessão teria podido por ao cedente. Se, porém, a cessão lhe não tiver sido
notificada, poderá opor ao cessionário a compensação do crédito que antes
tinha contra o cedente.
6) Obrigando-se por terceiro uma pessoa, não pode compensar essa dívida
com a que o credor dele lhe dever.
1) Todo aquele que recebeu o que não lhe era devido fica obrigado a restituir;
obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de
cumprida a condição.
2) No campo das relações obrigacionais, com fulcro na idéia de que não é
possível enriquecer-se sem uma causa lícita, todo pagamento feito, sem que
seja, ainda, devido, deverá ser restituído.
3) Sobre a dívida obrigacional, é preciso lembrar que a aposição de condição
suspensiva subordina não apenas a sua eficácia jurídica (exigibilidade), mas,
principalmente, os direitos e obrigações decorrentes do negócio. Quer dizer, se
um sujeito celebra um contrato de compra e venda com outro, subordinando-o
a uma condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá
adquirido o direito a que ele visa. O contrato gerará, pois, uma obrigação de
dar condicionada, o que não ocorre quando se tratar de termo, pois o devedor
pode, em regra, renunciá-lo, pagando o débito antecipadamente.
4) Por força do art. 877, quem (solvens) voluntariamente pagou o indevido deve
provar não somente ter realizado o pagamento, mas também que o fez por
erro, pois a ausência de tal comprovação leva a se presumir que se trata de
uma liberalidade ou, quando, assim não seja, reflete simulação inocente,
escondendo o intuito de doar.
5) Vale destacar, porém, que se o pagamento indevido tiver consistido no
desempenho de obrigação de fazer ou de não fazer (dever de abstenção), não
haverá mais, em princípio, como restituir as coisas ao estado anterior, pelo
que, não sendo mais possível, aquele que recebeu a prestação fica na
obrigação de indenizar o que a cumpriu, na medida do lucro obtido.
6) Espécies de pagamento indevido: a) pagamento objetivamente indevido,
quando há erro quanto à existência ou extensão da obrigação. É o caso, v.g.,
do pagamento realizado enquanto pendente condição suspensiva (débito
inexistente) ou quando paga quantia superior à efetivamente devida (débito
inferior ao pagamento realizado); b) pagamento subjetivamente indevido,
quando realizado por alguém que não é devedor ou feito a alguém que não é
credor.
7) Conseqüências do pagamento indevido e boa-fé: a) se o bem,
indevidamente recebido, fora transferido a um terceiro, de boa-fé, e a título
oneroso, o alienante ficará obrigado a entregar ao legítimo proprietário a
quantia recebida, em ação regressiva. Não cabe ao solvens o direito de
reivindicar o bem contra o terceiro adquirente; b) se o bem, indevidamente
recebido, fora transferido, de má-fé, a um terceiro, e a título oneroso, o
alienante ficará obrigado a entregar ao legítimo proprietário a quantia recebida,
além de pagar perdas e danos. Não cabe ao solvens o direito de reivindicar o
bem contra o terceiro adquirente; c) se o bem fora transferido ao terceiro, a
título oneroso estando este último de má-fé, caberá ao que pagou por erro
(solvens) o direito à reivindicação; d) se o bem fora transferido ao terceiro, a
título gratuito, caberá ao que pagou por erro (solvens) o direito à reivindicação.
7.1) Se o accipiens procedeu sem malícia e recebeu a coisa por acreditá-la
devida, é tratado como possuidor de boa-fé. Isso vale dizer que tem direito aos
frutos percebidos; não responde pela perda ou deterioração da coisa, a que
não deu causa; recebe indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias,
podendo levantar as voluptuárias; cabe-lhe direito de retenção pelo valor
daquelas. Se, entretanto, atuou com malícia, responde como possuidor de má-
fé.
8) O credor que ao receber o pagamento de outrem que não seu devedor o fez
por conta de dívida verdadeira e inutilizou o título que a representava, não pode
ser compelido a repetir. Em rigor recebeu o indevido, pois quem pagou nada
lhe devia. Entretanto, inutilizando o título desmuniu-se da prova de seu direito,
talvez, a possibilidade de o fazer valer contra o verdadeiro devedor.
9) Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir
obrigação judicialmente inexigível.
10) Se o pagamento se efetuou com o escopo de alcançar fim ilícito ou imoral,
não tem o solvens direito de repeti-lo.