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MAGISTRATURA E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAIS

Alexandre Gialluca
Direito Empresarial
Aula 14

ROTEIRO DE AULA

Continuação:
7. Aval
7.1. Conceito
É o ato cambiário decorrente de uma manifestação unilateral de vontade pela qual uma pessoa física
ou jurídica, denominada avalista, se compromete a pagar título de crédito nas mesmas condições que
um devedor ou codevedor do título (avalizado).

- Avalista: garantidor;

- Avalizado: devedor principal ou codevedor.

- O aval é um reforço de pagamento.

7.2. Como se dá aval:


Ex.: o credor de “G” apenas aceita o cheque de dez mil reais como pagamento se ele for avalizado por
“”N”.

- Anverso do título: simples assinatura;

- Verso do título: assinatura + expressão identificadora (ex.: “aval a”; “avalizo a”).

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TJ/SC 2019 – Juiz substituto CESPE
Determinado título de crédito foi emitido com eficácia sujeita às normas previstas no Código Civil, não
sendo aplicável, na espécie, nenhuma norma especial. A respeito desse título, é correto afirmar que
será possível a realização do
a) aval, que será válido com a simples assinatura do avalista no anverso do título.
b) endosso, que deverá ser dado exclusivamente no anverso do título.
c) endosso, na forma parcial.
d) aval, na forma parcial.
e) endosso condicional e o aval cancelado.
Gabarito: A

7.3. Formas de aval


a) Em branco: Não identifica o avalizado (ex.: “por aval a _____”);

b) Em preto: Tem identificação do avalizado (ex.: “por aval a Renata”).

Obs.: No aval em branco o emitente do título é o avalizado.

TJ/AL 2019 – Juiz substituto FCC


Em pagamento de serviços que lhe foram prestados, Antônio emitiu cheque nominal em favor de
Bianca, que o endossou a Carlos, que, por sua vez, o endossou a Débora. Após, Eduardo lançou aval
no cheque, porém sem indicar quem seria o avalizado. Nesse caso, de acordo com a Lei do Cheque
(Lei n° 7.357/1985),
A) consideram-se avalizados Antônio, Bianca e Carlos.
B) considera-se avalizado Antônio, somente.
C) considera-se avalizado Carlos, somente.
D) considera-se avalizada Bianca, somente.
E) o aval é nulo, pois a indicação do avalizado é requisito essencial de validade.
Gabarito: letra B

7.4. É possível o aval parcial?


A lei especial admite o aval parcial. Contudo, o art. 897, p.ú., do CC o proíbe expressamente.

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7.5. Aval posterior ao vencimento:
É possível o aval posterior ao vencimento – nesse caso, seu efeito continua sendo de aval.

Obs.: o art. 900 do CC autoriza o aval parcial.

TJ/SC – 2022 – FGV – Juiz Substituto


Panificação Cruzeiro Ltda. emitiu nota promissória em favor de Moinhos Monte Castelo S/A com
vencimento no dia 22 de maio de 2022. Dois dias após o vencimento, sem ter como honrar a dívida, a
emitente solicitou moratória ao credor por sessenta dias, apresentando duas avalistas simultâneas,
ambas sócias, Emma e Concórdia. Cada avalista se responsabilizou pela metade do valor do título.
Findo o prazo de moratória, o credor ajuizou ação de execução apenas em face das avalistas.
A avalista Concórdia, em embargos à execução, alegou: (i) a nulidade do aval parcial em razão de sua
vedação pelo Código Civil, disposição aplicável aos títulos de crédito em geral; (ii) a proibição implícita
do aval posterior ao vencimento pela Lei Uniforme de Genebra, haja vista que o credor já poderia
exercer seu direito de ação em face do avalizado, prescindindo da garantia pessoal do aval.
Autos conclusos, você, juiz, decidiria, em relação aos embargos do avalista, pelo:
a) improvimento, diante da previsão do aval parcial na Lei Uniforme de Genebra e da previsão do
aval póstumo no Código Civil;
b) provimento parcial, apenas quanto à alegação de vedação do aval parcial no Código Civil;
c) provimento integral, diante da vedação do aval parcial pelo Código Civil e da proibição implícita do
aval póstumo pela Lei Uniforme de Genebra;
d) provimento integral, em razão da falta de inclusão na ação de execução da avalizada, já que a
responsabilidade das avalistas é acessória;
e) provimento parcial, apenas quanto à alegação de vedação implícita do aval póstumo pela Lei
Uniforme de Genebra.

7.6 – Aval Simultâneo e Aval Sucessivo:


- Aval simultâneo: ocorre quando todos os avalistas garantem o mesmo avalizado.

- Aval sucessivo: ocorre quando temos avais superpostos, ou seja, um avalista garante outro avalista.

Súmula 189 do STF: “Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos”.

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BLOCO 02:
7.7. Diferença entre aval e fiança

Cuidado: Em caso de falecimento ou incapacidade do avalizado o avalista continua sendo responsável


porque o aval é autônomo (não segue o principal).

Art. 1.647 do CC: Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura
meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.

INFORMATIVO 0604 STJ – 21/06/2017


discussão se situa em torno da interpretação do art. 1.647, inciso III, do CC/2002, a estabelecer o
consentimento conjugal como requisito de validade do aval, quando o avalista for casado em outros
regimes que não o da separação absoluta. aplicação subsidiária das normas do Código Civil aos títulos
de crédito reguladosNão obstante a literalidade dos artigos 1.647, inciso II e 1.649 do Código Civil levar
ao entendimento no sentido da nulidade do aval prestado sem a devida outorga conjugal,
recentemente a Quarta Turma desta Corte Superior, no julgamento do REsp 1.633.399-SP, sob a
relatoria do Min. Luis Felipe Salomão, propôs interpretação diferenciada desses enunciados
normativos em relação àquela que vinha se desenvolvendo. Sobrelevaram-se, especialmente, as
características imanentes dos institutos do direito cambiário, dentre os quais se insere o aval, fazendo-
se, ainda, predominar a norma do art. 903 do CC/2002, com a por leis especiais.

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Com efeito, no sistema cambiário, voltado à segurança das negociações, o título, em regra, está fadado
à circulação, podendo colocar, frente a frente, credor e devedor (portador e emitente/sacador) que,
no mais das vezes, não se ligam por atos negociais, senão eminentemente cambiários, o que
impossibilita, sobremaneira, qualquer investigação acerca das particularidades dos negócios
anteriores, razão, aliás, da vedação legal da possibilidade de os devedores suscitarem defesa que
pertina a terceiros contra portadores de boa-fé, ou seja, defesa alheia àqueles com quem estão
diretamente ligados, incluindo-se, aqui, também os garantes, avalistas da cadeia de endossos que se
poderá estabelecer, característica que decorre da abstração e autonomia. Bem se vê que o aval mais
ainda se distancia das peculiaridades do negócio que subjaz, pois ele próprio é autônomo em relação
ao crédito consubstanciado no título que, por sua vez, é autônomo em face da relação jurídica
subjacente.

Nesse sentido, a submissão da validade do aval à outorga do cônjuge do avalista compromete,


sobremaneira, a garantia que decorre do instituto, enfraquecendo os próprios títulos de crédito, tão
aptos à circulação em face de sua tranquila aceitação no mercado, tranquilidade essa a decorrer das
garantias que dimanam de suas características e dos institutos cambiários que os coadjuvam, como o
aval. Assim, a interpretação do art. 1647, inciso III, do CCB que mais se concilia com o instituto
cambiário do aval e, pois, às peculiaridades dos títulos de crédito é aquela em que as disposições
contidas no referido dispositivo hão de se aplicar aos avais prestados nos títulos de crédito regidos
pelo próprio Código Civil (atípicos), não se aplicando aos títulos de crédito nominados (típicos)
regrados pelas leis especiais, que, atentas às características do direito cambiário, não preveem
semelhante disposição, pelo contrário, estabelecem a sua independência e autonomia em relação
aos negócios subjacentes. Por fim, salienta-se que a presente modificação de entendimento resulta
na pacificação do tema perante a Terceira e Quarta Turmas do Superior Tribunal de Justiça.
REsp 1.526.560-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, por unanimidade, julgado em 16/3/2017,
DJe 16/5/2017.

Em suma: o art. 1647 do CC somente é aplicado aos títulos atípicos inominados – não se aplica a
duplicata, nota promissória, letra de câmbio e cheque.

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Letra de Câmbio

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8 – LETRA DE CÂMBIO
8.1. Conceito
Letra de Câmbio é um título de crédito decorrente de relações de créditos, entre duas ou mais pessoas,
pelo qual a designada “sacador” dá a ordem de pagamento pura e simples, a outrem, denominado
“sacado”, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficiário), no valor e nas condições dela
constantes.

8.2. Saque: é o ato de criação/emissão do título.

- Sacador: da ordem de pagamento.

- Sacado: recebe a ordem de pagamento.

- Tomador/beneficiário: credor do título.

8.3. Requisitos:
A letra contém:
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação
desse título;
2 – Uma ordem incondicional de pagar uma quantia determinada;
3 - Nome daquele que deve pagar (sacado);

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4 – Nome do tomador;
5 – assinatura do sacador;
6 – data do saque;
7 – lugar do saque;
8 - época do pagamento;
9 - lugar em que se deve efetuar o pagamento.

Os requisitos 8 e 9 são supríveis/acidentais:


- Se o título não mencionar a época do pagamento presume-se que ele será pago à vista.
- Se o título não mencionar o lugar do pagamento presume-se que será realizado no domicílio do
sacado.

Art. 2º - O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito
como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo
o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado,
ao lado do nome do sacador.

8.4. Aceite
8.4.1 – Conceito: é o ato de concordância com uma ordem de pagamento dada.

Art. 25 - O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra
equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta
na parte anterior da letra.

- O aceitante é aquele que realiza o aceite.

- Com o aceite o aceitante se torna o devedor principal do título.

8.4.2 - Na letra de câmbio o aceite é facultativo (irretratável).

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BLOCO 03:
8.4.3 – O que acontece se o sacado recusar o aceite?
R: vencimento antecipado do título.

8.4.4. Aceite parcial:


a) aceite limitativo: limita o valor.

- O aceitante fica vinculado aos termos de seu aceite – a recusa gera o vencimento antecipado da
parte recusada.

b) aceite modificativo: modifica as condições do título.

Art. 43 - O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador
e outros coobrigados: No vencimento: Se o pagamento não foi efetuado. Mesmo antes do
vencimento: 1 - Se houve recusa total ou parcial de aceite;

TJ/BA – 2019 – CESPE - João era o sacado de uma letra de câmbio no valor de mil reais, com
vencimento previsto para 31/12/2018. Em 1.º/11/2018, ao receber o título para aceite, ele discordou
do valor e declarou no anverso que aceitaria pagar somente quinhentos reais. Nessa situação
hipotética, o aceite foi parcial é:
a) modificativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio.
b) limitativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio.
c) limitativo, com a possibilidade de execução do título após a recusa parcial, com vencimento
antecipado do título.
d) modificativo, tendo ficado João vinculado ao pagamento do valor aceito, que não poderia ser
executado antes do vencimento do título.
e) limitativo, com a possibilidade de execução do título somente após o seu vencimento original,
datado de 31/12/2018.

8.4.5. Cláusula não aceitável no título de crédito (art. 22 do Dec. 57.663/66)


Essa cláusula evita o vencimento antecipado do débito.

Art. 22 - O sacador pode em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, com ou sem
fixação de prazo. Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite, salvo se se tratar de uma

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letra pagável em domicílio de terceiro, ou de uma letra pagável em localidade diferente da do
domicílio do sacado, ou de uma letra sacada a certo termo de vista. O sacador pode também estipular
que a apresentação ao aceite não poderá efetuar se antes de determinada data. Todo endossante
pode estipular que a letra deve ser apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo, salvo se ela
tiver sido declarada não aceitável pelo sacador.

8.5. Espécies de vencimento de uma letra de câmbio


a) À vista: exigível de imediato;

b) Data certa: possui data fixa (ex.: 10/06/2024);

c) A certo termo de data: número de dias contados da emissão.

d) A certo termo de vista: número de dias contados do aceite.

8.6 - Endosso: as mesmas regras.

8.7 – Aval: as mesmas regras.

8.8 – É possível pagamento parcial?


R: Não.

Art. 39 - O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja entregue com a respectiva quitação.
O portador não pode recusar qualquer pagamento parcial. No caso de pagamento parcial, o sacado
pode exigir que desse pagamento se faça menção na letra e que dele lhe seja dada quitação.

8.9 – É possível pagar antes do vencimento?


O credor não é obrigado a receber antes do vencimento.

Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que
o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.
§ 1º No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.
§ 2º No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em
separado, outra deverá ser firmada no próprio título.

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TJ/SP – 2023 – Juiz Substituto - VUNESP
Lúcia deve certa soma em dinheiro a João, tendo sido a obrigação de pagar reconhecida em um título
de crédito. Incomodada com o status de devedora, ela quer pagar o quanto antes. Segundo as regras
do Código Civil,
a) João é obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título.
b) ao pagar a quantia total, Lucia poderá exigir de João a quitação regular, mas não a entrega do título.
c) se ela pagar antes do vencimento, ficará responsável pela validade do pagamento.
d) quando do vencimento, João poderá recusar o pagamento parcial.

8.10 - Prazo prescricional:


- Devedor principal/avalista: 03 anos contados do vencimento;
- Codevedor/avalista: 01 ano contado do protesto;
- Direto de regresso: 06 meses contados do pagamento.

8.11 – Título Prescrito:


O título de crédito ou a letra de câmbio prescrito perde sua natureza cambial mas não deixa de ser
instrumento particular de dívida – o art. 206, §5 do CC é aplicado.

Art. 206. Prescreve:


§ 5º Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;
II - a pretensão dos profissionais liberais em geral, procuradores judiciais, curadores e professores
pelos seus honorários, contado o prazo da conclusão dos serviços, da cessação dos respectivos
contratos ou mandato;
III - a pretensão do vencedor para haver do vencido o que despendeu em juízo.

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NOTA PROMISSÓRIA

9 – NOTA PROMISSÓRIA
9.1. Conceito
É o título de crédito pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, designada
beneficiário, uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, em seu favor ou a
outrem à sua ordem, nas condições nela constantes.

- Emitente/subscritor/promitente: devedor principal.


- Beneficiário/tomador: credor.
- Decreto 57.663/66.

9.2 – Requisitos:
1 – a expressão nota promissória;
2 – uma promessa incondicional de pagar quantia determinada;
3 – nome do tomador;
4 – data do saque;
5 – assinatura do subscritor;
6 –lugar do saque;
7 – lugar de pagamento;
8 – época de pagamento.

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Os requisitos 7 e 8 são supríveis/acidentais porque:
- Na ausência do lugar do pagamento se presume o domicílio do subscritor;
- Na ausência da época do pagamento se presume que será à vista.

Art. 76 - O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito
como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas seguintes.
A nota promissória em que não se indique a época do pagamento será considerada pagável à vista.
Na falta de indicação especial, lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o lugar do
pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória.
A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-
o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor.

Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste
título, as disposições relativas as letras e concernentes:
Endosso (artigos 11 a 20);
Vencimento (artigos 33 a 37);
Pagamento (artigos 38 a 42);
Direito de ação por falta de pagamento (artigo 43 a 50 e 52 a 54);
Pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63);
Cópias (artigos 67 e 68);
Alterações (artigo 69);
Prescrição (artigos 70 e 71);
Dias feriados, contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74);

São igualmente aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas as letras pagáveis no domicílio
de terceiros ou numa localidade diversa da do domicílio do sacado (artigos 4 e 27), a estipulação de
juros (artigo 5), as divergências das indicações da quantia a pagar (artigo 6), as conseqüências da
aposição de uma assinatura nas condições indicadas no artigo 7, as da assinatura de uma pessoa que
age sem poderes ou excedendo os seus poderes (artigo 8) e a letra em branco (artigo 10).
São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso
previsto na ultima alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa por quem é dado entender-se-á
ser pelo subscritor da nota promissória.

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TJ/SP 2018 – Juiz substituto - A ausência de indicação de data de emissão em nota promissória:
a) torna-a inexigível como título executivo extrajudicial.
b) extingue o crédito.
c) torna-a inexigível como título executivo judicial.
d) não gera qualquer consequência.

9.3. Subscrição: ato de emissão (assinar) – o devedor principal do título é o subscritor.

9.4. Aceite: não há a figura do aceite na nota promissória.

9.5. Devedor principal: o subscritor.

9.6. Endosso: as mesmas regras.

9.7. Aval: as mesmas regras.

BLOCO 04:
9.8 Vencimento
a) à vista: exigível de imediato;

b) data certa: possui data fixada;

c) a certo termo de data: número de dias contados da emissão;

d) a certo termo de vista: número de dias contados do visto.

Art. 78 - O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma
letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos
subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo
subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja
data serve de início ao termo de vista.

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9.9 – Pagamento Parcial:
O credor não pode recusar o pagamento parcial.

9.10 - Prazo prescricional: o mesmo da nota promissória.


- Devedor principal/avalista: 03 anos contados do vencimento;
- Codevedor/avalista: 01 ano contado do protesto;
- Direito de regresso: 06 meses contados do pagamento.

9.11 – Título prescrito: a nota promissória perde a natureza cambial mas não deixa de ser instrumento
particular de dívida com prazo prescricional de 05 anos (art. 206, §5, CC).

SÚMULA n. 504 do STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota
promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.

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DUPLICATA

10. DUPLICATA – Lei 5.474/68:


10.1. Conceito:
É uma ordem de pagamento causal, decorrente de compra e venda mercantil ou prestação de serviço,
EMITIDA PELO SACADOR, PARA QUE O SACADO LHE PAGUE DETERMINADA QUANTIA À VISTA OU EM
DIA CERTO”.

- Sacador: dá a ordem de pagamento (ex.: vencedor);


- Sacado: recebe a ordem de pagamento (ex.: comprador);
- Tomador/Beneficiário (ex.: vendedor).

Art. 23. A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos
efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela.

- Obs.: A triplicata é a segunda via da duplicata.

10.2. Requisitos
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como
efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o
saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.
§ 1º A duplicata conterá:

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I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
II - o número da fatura;]III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
VI - a praça de pagamento;
VII - a cláusula à ordem;
VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo
comprador, como aceite, cambial;
IX - a assinatura do emitente.
§ 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.
§ 3º Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única, em que se
discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, uma para cada
prestação distinguindo-se a numeração a que se refere o item I do § 1º deste artigo, pelo acréscimo
de letra do alfabeto, em sequência.

10.3. Aceite
Na duplicata o aceite é obrigatório.

10.3.1. Hipóteses legais que permitem a recusa do aceite - Art. 8º c/c 21 da lei 5.474/68:
a) Em caso de avaria/não recebimento da mercadoria/não prestação do serviço;
b) Vício/defeito de quantidade ou qualidade do produto/serviço;
c) Divergência quanto ao prazo, preço e condições de pagamento.

10.3.2. Espécies de Aceite :


a) Aceite Pleno/Ordinário ou Ostensivo: o sacado assina na frente do título.

b) Aceite Presumido/Tácito:
Acerca de tal assunto, precisas essas lições de Fábio Ulhoa Coelho: “O aceite por presunção decorre
do recebimento das mercadorias pelo comprador, quando inexiste recusa formal. Trata-se da forma
mais corriqueira de se vincular o sacado ao pagamento da duplicata. Caracteriza-se o aceite
presumido, mesmo que o comprador tenha retido ou inutilizado a duplicata, ou a tenha restituído
sem assinatura. Desde que recebidas as mercadorias, sem a manifestação formal de recusa, é o
comprador devedor cambiário, independentemente da atitude que adota em relação ao documento
que lhe foi enviado”

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10.4. Endosso: Art. 25 da lei 5.474/68 (circulação)
Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre
emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio. (Lei 5474/68)

Art. 902 do CC . Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e
aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.
§ 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.
§ 2o No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em
separado, outra deverá ser firmada no próprio título.

10.5. Aval: as mesmas regras.

10.6. Tipos de vencimento


a) À vista;
b) Data certa.

10.7. Pagamento Parcial: o credor não pode recusar o pagamento parcial.

Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre
emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio. (Lei 5474/68)

Art. 902 do CC . Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e
aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.
§ 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.
§ 2o No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em
separado, outra deverá ser firmada no próprio título.

10.8. Espécies de Protesto:


- Por falta de aceite;
- Por falta de devolução;
- Por falta de pagamento.

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BLOCO 05:
Após a emissão da duplicata o sacador possui o prazo de 30 dias para realizar a remessa ao sacado.
O sacado pode dar o aceite ou recusar a duplicata – possui prazo de dez dias para realizar a devolução.

Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite, de devolução ou pagamento.


§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme o caso,
mediante apresentação da duplicata, da triplicata, ou, ainda, por simples indicações do portador, na
falta de devolução do título.
§ 2º O fato de não ter sido exercida a faculdade de protestar o título, por falta de aceite ou de
devolução, não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
§ 3º O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título.
§ 4º O portador que não tirar o protesto da duplicata, em forma regular e dentro do prazo da 30
(trinta) dias, contado da data de seu vencimento, perderá o direito de regresso contra os endossantes
e respectivos avalistas.

MP/SP 2019 - Assinale a alternativa correta.


(A) Se o alienante não permanecer com bens suficientes para pagamento dos credores, a eficácia do
trespasse dependerá do pagamento dos credores ou do consentimento de todos eles de forma
expressa.
(B) O endosso é um ato cambiário que transfere a titularidade do crédito e vincula o endossatário ao
pagamento do valor contido no título, na qualidade de coobrigado.
(C) Aquele que pretende renovar seu contrato de locação empresarial deve propor ação renovatória
no interregno de um ano, no máximo, até seis meses, no mínimo, anteriores à data de finalização do
prazo do contrato em vigor, sob pena de prescrição da ação.
(D) Pelo contrato de distribuição, uma pessoa assume, em caráter não eventual e sem vínculos de
dependência, a obrigação de promover, à conta de outra, mediante retribuição, a realização de certos
negócios, em zona determinada, tendo à sua disposição a coisa a ser negociada.
(E) A duplicata mercantil é título de aceite obrigatório e somente poderá ser recusado em caso de
desistência do negócio por parte do comprador, no prazo de 15 dias após a entrega das mercadorias.

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10.9. Execução da Duplicata
Art. 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo
aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil
,quando se tratar:
l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;
II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:
a) haja sido protestada;
b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria;
e
c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos
previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei.
§ 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberá o processo de execução referido
neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto.
§ 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não aceita e
não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do credor ou do apresentante do
título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo.

10.10. Prazo prescricional:


- Devedor principal/avalista: 03 anos contados do vencimento;
- Codevedor/avalista: 01 ano contado do protesto;
- Direito de regresso: 06 meses contados do pagamento.

10.11. Título Prescrito


A duplicata prescrita perde sua natureza cambial mas não deixa de ser instrumento particular de
dívida, incidindo o prazo prescricional de cinco anos previsto no art. 206, §5 do CC.

Art. 206. Prescreve:


§ 5o Em cinco anos:
I - a pretensão de cobrança de dívidas líquidas constantes de instrumento público ou particular;

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CHEQUE

11. CHEQUE – Lei 7.357/85


11.1. Conceito:
É o título de crédito pelo qual uma pessoa denominada emitente ou sacador, com base em prévia e
disponível provisão de fundos em poder de banco ou instituição financeira a ele assemelhada,
denominado sacado, dá contra o banco uma ordem incondicional de pagamento à vista, em seu
próprio benefício ou em favor de terceiro, designado tomador beneficiário.

- Sacador: correntista;
- Sacado: banco;
- Tomador/beneficiário: credor.

Súmula 370 do STJ: Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.

Art. 1º O cheque DEVERÁ CONTER:


I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido;
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV - a indicação do lugar de pagamento;
V - a indicação da data e do lugar de emissão;
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.

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Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser
constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente.

Cuidado:
- Na ausência de lugar do pagamento = praça do lugar do sacado;
- Na ausência de lugar da emissão = domicílio do emitente.

Art. 2º O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente não vale como
cheque, salvo nos casos determinados a seguir:
I - na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado junto ao nome
do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no primeiro deles; não existindo qualquer
indicação, o cheque é pagável no lugar de sua emissão;
II - não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indicado junto ao nome
do emitente.

BLOCO 06:
11.2. Aceite:
De acordo com o art. 6º da lei de cheque, o cheque não admite a figura do aceite.

11.3. Endosso (art.17 e ss): o estudo do endosso se aplica ao cheque.

EFEITOS
Art . 20 O endosso transmite todos os direitos resultantes do cheque. Se o endosso é em branco, pode
o portador:
I - completá-lo com o seu nome ou com o de outra pessoa;
II - endossar novamente o cheque, em branco ou a outra pessoa;
III - transferir o cheque a um terceiro, sem completar o endosso e sem endossar.
Art . 21 Salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento.
Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não garante o pagamento a
quem seja o cheque posteriormente endossado.

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QUANTIDADE
ENDOSSO SACADO E PARCIAL SÃO NULOS
Art. 18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja
subordinado.
§ 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado.

11.4. Aval
Art. 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por
terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.

11.5. Apresentação para pagamento

A) Prazo:
- Data da emissão:
i) 30 dias - mesma praça;
ii) 60 dias – praças diferentes.

Art. 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30
(trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando
emitido em outro lugar do País

b) Finalidade do prazo:
i) Dar início ao prazo prescricional;
ii) Só é possível a execução do endossante do cheque se ele é apresentado dentro do prazo legal (art.
47, II).

Art. 47 Pode o portador promover a execução do cheque:


I - contra o emitente e seu avalista;
II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de
pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o
cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara
de compensação.
§ 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo dispensa o protesto e produz os efeitos deste.
§ 2º Os signatários respondem pelos danos causados por declarações inexatas.

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§ 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa de
pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o emitente, se este
tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que
não lhe seja imputável.
§ 4º A execução independe do protesto e das declarações previstas neste artigo, se a apresentação
ou o pagamento do cheque são obstados pelo fato de o sacado ter sido submetido a intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência.

Súmula 600 do STF: Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não
apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.

C) Devolução indevida:
Súmula 388 do STJ: A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.

11.6. MODALIDADES DE CHEQUE


A) CHEQUE VISADO: é aquele em que o banco sacado, a pedido do emitente ou do portador
legitimado, coloca no verso uma declaração confirmando e reconhecendo a existência de fundos
suficientes para o pagamento do referido cheque (art. 7).
Neste caso, o Banco deve reservar o mencionado valor da conta corrente do emitente, efetuado o
débito da quantia.
No entanto, é importante esclarecer que os efeitos do visamento perduram até o fim do prazo de
apresentação do cheque. Assim, expirado o prazo de apresentação sem que o cheque não tenha sido
apresentado, o Banco estorna o valor correspondente da reserva, lançando-o como crédito na conta
do emitente.
B) CHEQUE ADMINISTRATIVO: É O EMITIDO PELO BANCO SACADO, PARA LIQUIDAÇÃO POR UMA DE
SUAS AGÊNCIAS. NELE, EMITENTE E SACADO SÃO A MESMA PESSOA

C) CHEQUE CRUZADO: O CRUZAMENTO SE RELIZA PELA APOSIÇÃO, NO ANVERSO DO CHEQUE, DE


DOIS TRAÇOS TRANSVERSAIS E PARALELOS (ART.44)

O cruzamento geral (ou em branco): não identifica nenhum banco no interior dos dois traços. Este
cheque somente pode ser pago a um banco;

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O cruzamento especial ( em preto): em que certo banco é identificado pelo seu número ou nome no
meio dos dois traços. Este somente poderá ser pago ao banco mencionado no interior dos dois traços
cruzamento dos cheques tem por objetivo aumentar a segurança da liquidez do cheque.
Se o tomador não possui conta corrente no banco mencionado no cruzamento, para receber o valor
do cheque, deverá abrir uma.

11.7. Execução do cheque


- Prazo prescricional do cheque:
- Devedor principal/avalista: 06 meses contados do fim do prazo de apresentação (30 dias + 06 meses
ou 60 dias + 06 meses);

- Codevedor/avalista: 06 meses contados do protesto/declaração – art. 47: o protesto não é


necessário para execução do cheque;

- Direito de regresso: 06 meses contados do pagamento.

TJ/RS – 2022 – Juiz Substituto


Em relação a títulos de crédito, é correto afirmar que
a) o cheque somente pode ser executado contra seu emitente, seus endossantes ou avalistas, se for
comprovado o protesto ou se houver declaração do sacado em tempo hábil.
b) a nota promissória, a duplicata e o cheque são exemplos de títulos de crédito de modelo não
vinculado. Podem, portanto, possuir forma livre, desde que constem nos respectivos títulos as
expressões mencionadas nas respectivas leis de regência.
c) a nota promissória e o cheque não admitem a figura do aceite, mas admitem as figuras do
endosso, do aval e do protesto.
d) a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça indica que não se admite o protesto por indicação
no caso das duplicatas virtuais.
e) letra de câmbio, nota promissória e duplicata admitem endosso parcial, bem como aval parcial.

CESPE - 2018 - TJ-CE - Juiz Substituto


Na hipótese de um cheque ser apresentado ao sacado fora do prazo legal de apresentação, ainda é
cabível ação executiva contra:
a) o emitente e seus avalistas, desde que haja protesto e seja observado o prazo prescricional.
b) os endossantes e seus avalistas, dentro do prazo prescricional, desde que haja protesto.

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c) os endossantes e seus avalistas, independentemente de protesto, desde que observado o prazo
prescricional.
d) o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de seis meses para o seu
ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação.
e) o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de dois anos para o seu
ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação.

11.8. Cheque prescrito


a) Art. 61 Lei de cheque: “A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se
locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados
do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.”

b) Ação monitória, o STJ de acordo com a súmula 299 “É admissível a ação monitória fundada em
cheque prescrito.

b) Ação monitória:
- Prazo: art. 206, §1, I, CC.

Súmula 503 STJ “ O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem
força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula.”
- Foi levada em consideração a tese da actio nata, isto é, o termo inicial é contado da data em que se
torna possível o ajuizamento da ação, portanto, o prazo prescricional da Ação Monitória começa a
fluir no dia seguinte ao vencimento do título

• “Causa debendi”:
SÚMULA STJ 531: em ação monitória fundada em cheque prescrito, ajuizada contra o emitente, é
dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.

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