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Alexandre Gialluca
Direito Empresarial
Aula 14
ROTEIRO DE AULA
Continuação:
7. Aval
7.1. Conceito
É o ato cambiário decorrente de uma manifestação unilateral de vontade pela qual uma pessoa física
ou jurídica, denominada avalista, se compromete a pagar título de crédito nas mesmas condições que
um devedor ou codevedor do título (avalizado).
- Avalista: garantidor;
- Verso do título: assinatura + expressão identificadora (ex.: “aval a”; “avalizo a”).
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TJ/SC 2019 – Juiz substituto CESPE
Determinado título de crédito foi emitido com eficácia sujeita às normas previstas no Código Civil, não
sendo aplicável, na espécie, nenhuma norma especial. A respeito desse título, é correto afirmar que
será possível a realização do
a) aval, que será válido com a simples assinatura do avalista no anverso do título.
b) endosso, que deverá ser dado exclusivamente no anverso do título.
c) endosso, na forma parcial.
d) aval, na forma parcial.
e) endosso condicional e o aval cancelado.
Gabarito: A
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7.5. Aval posterior ao vencimento:
É possível o aval posterior ao vencimento – nesse caso, seu efeito continua sendo de aval.
- Aval sucessivo: ocorre quando temos avais superpostos, ou seja, um avalista garante outro avalista.
Súmula 189 do STF: “Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos”.
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BLOCO 02:
7.7. Diferença entre aval e fiança
Art. 1.647 do CC: Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização
do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou direitos;
III - prestar fiança ou aval;
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns, ou dos que possam integrar futura
meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas aos filhos quando casarem ou estabelecerem
economia separada.
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Com efeito, no sistema cambiário, voltado à segurança das negociações, o título, em regra, está fadado
à circulação, podendo colocar, frente a frente, credor e devedor (portador e emitente/sacador) que,
no mais das vezes, não se ligam por atos negociais, senão eminentemente cambiários, o que
impossibilita, sobremaneira, qualquer investigação acerca das particularidades dos negócios
anteriores, razão, aliás, da vedação legal da possibilidade de os devedores suscitarem defesa que
pertina a terceiros contra portadores de boa-fé, ou seja, defesa alheia àqueles com quem estão
diretamente ligados, incluindo-se, aqui, também os garantes, avalistas da cadeia de endossos que se
poderá estabelecer, característica que decorre da abstração e autonomia. Bem se vê que o aval mais
ainda se distancia das peculiaridades do negócio que subjaz, pois ele próprio é autônomo em relação
ao crédito consubstanciado no título que, por sua vez, é autônomo em face da relação jurídica
subjacente.
Em suma: o art. 1647 do CC somente é aplicado aos títulos atípicos inominados – não se aplica a
duplicata, nota promissória, letra de câmbio e cheque.
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Letra de Câmbio
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8 – LETRA DE CÂMBIO
8.1. Conceito
Letra de Câmbio é um título de crédito decorrente de relações de créditos, entre duas ou mais pessoas,
pelo qual a designada “sacador” dá a ordem de pagamento pura e simples, a outrem, denominado
“sacado”, a seu favor ou de terceira pessoa (tomador ou beneficiário), no valor e nas condições dela
constantes.
8.3. Requisitos:
A letra contém:
1 - A palavra "letra" inserta no próprio texto do título é expressa na língua empregada para a redação
desse título;
2 – Uma ordem incondicional de pagar uma quantia determinada;
3 - Nome daquele que deve pagar (sacado);
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4 – Nome do tomador;
5 – assinatura do sacador;
6 – data do saque;
7 – lugar do saque;
8 - época do pagamento;
9 - lugar em que se deve efetuar o pagamento.
Art. 2º - O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito
como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, a lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo
o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado,
ao lado do nome do sacador.
8.4. Aceite
8.4.1 – Conceito: é o ato de concordância com uma ordem de pagamento dada.
Art. 25 - O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra
equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta
na parte anterior da letra.
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BLOCO 03:
8.4.3 – O que acontece se o sacado recusar o aceite?
R: vencimento antecipado do título.
- O aceitante fica vinculado aos termos de seu aceite – a recusa gera o vencimento antecipado da
parte recusada.
Art. 43 - O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador
e outros coobrigados: No vencimento: Se o pagamento não foi efetuado. Mesmo antes do
vencimento: 1 - Se houve recusa total ou parcial de aceite;
TJ/BA – 2019 – CESPE - João era o sacado de uma letra de câmbio no valor de mil reais, com
vencimento previsto para 31/12/2018. Em 1.º/11/2018, ao receber o título para aceite, ele discordou
do valor e declarou no anverso que aceitaria pagar somente quinhentos reais. Nessa situação
hipotética, o aceite foi parcial é:
a) modificativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio.
b) limitativo, tendo desvinculado João dos termos da letra de câmbio.
c) limitativo, com a possibilidade de execução do título após a recusa parcial, com vencimento
antecipado do título.
d) modificativo, tendo ficado João vinculado ao pagamento do valor aceito, que não poderia ser
executado antes do vencimento do título.
e) limitativo, com a possibilidade de execução do título somente após o seu vencimento original,
datado de 31/12/2018.
Art. 22 - O sacador pode em qualquer letra, estipular que ela será apresentada ao aceite, com ou sem
fixação de prazo. Pode proibir na própria letra a sua apresentação ao aceite, salvo se se tratar de uma
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letra pagável em domicílio de terceiro, ou de uma letra pagável em localidade diferente da do
domicílio do sacado, ou de uma letra sacada a certo termo de vista. O sacador pode também estipular
que a apresentação ao aceite não poderá efetuar se antes de determinada data. Todo endossante
pode estipular que a letra deve ser apresentada ao aceite, com ou sem fixação de prazo, salvo se ela
tiver sido declarada não aceitável pelo sacador.
Art. 39 - O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja entregue com a respectiva quitação.
O portador não pode recusar qualquer pagamento parcial. No caso de pagamento parcial, o sacado
pode exigir que desse pagamento se faça menção na letra e que dele lhe seja dada quitação.
Art. 902. Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e aquele que
o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.
§ 1º No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.
§ 2º No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em
separado, outra deverá ser firmada no próprio título.
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TJ/SP – 2023 – Juiz Substituto - VUNESP
Lúcia deve certa soma em dinheiro a João, tendo sido a obrigação de pagar reconhecida em um título
de crédito. Incomodada com o status de devedora, ela quer pagar o quanto antes. Segundo as regras
do Código Civil,
a) João é obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título.
b) ao pagar a quantia total, Lucia poderá exigir de João a quitação regular, mas não a entrega do título.
c) se ela pagar antes do vencimento, ficará responsável pela validade do pagamento.
d) quando do vencimento, João poderá recusar o pagamento parcial.
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NOTA PROMISSÓRIA
9 – NOTA PROMISSÓRIA
9.1. Conceito
É o título de crédito pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, designada
beneficiário, uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, em seu favor ou a
outrem à sua ordem, nas condições nela constantes.
9.2 – Requisitos:
1 – a expressão nota promissória;
2 – uma promessa incondicional de pagar quantia determinada;
3 – nome do tomador;
4 – data do saque;
5 – assinatura do subscritor;
6 –lugar do saque;
7 – lugar de pagamento;
8 – época de pagamento.
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Os requisitos 7 e 8 são supríveis/acidentais porque:
- Na ausência do lugar do pagamento se presume o domicílio do subscritor;
- Na ausência da época do pagamento se presume que será à vista.
Art. 76 - O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito
como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas seguintes.
A nota promissória em que não se indique a época do pagamento será considerada pagável à vista.
Na falta de indicação especial, lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o lugar do
pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória.
A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-
o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor.
Art. 77 - São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias a natureza deste
título, as disposições relativas as letras e concernentes:
Endosso (artigos 11 a 20);
Vencimento (artigos 33 a 37);
Pagamento (artigos 38 a 42);
Direito de ação por falta de pagamento (artigo 43 a 50 e 52 a 54);
Pagamento por intervenção (artigos 55 e 59 a 63);
Cópias (artigos 67 e 68);
Alterações (artigo 69);
Prescrição (artigos 70 e 71);
Dias feriados, contagem de prazos e interdição de dias de perdão (artigos 72 a 74);
São igualmente aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas as letras pagáveis no domicílio
de terceiros ou numa localidade diversa da do domicílio do sacado (artigos 4 e 27), a estipulação de
juros (artigo 5), as divergências das indicações da quantia a pagar (artigo 6), as conseqüências da
aposição de uma assinatura nas condições indicadas no artigo 7, as da assinatura de uma pessoa que
age sem poderes ou excedendo os seus poderes (artigo 8) e a letra em branco (artigo 10).
São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso
previsto na ultima alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa por quem é dado entender-se-á
ser pelo subscritor da nota promissória.
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TJ/SP 2018 – Juiz substituto - A ausência de indicação de data de emissão em nota promissória:
a) torna-a inexigível como título executivo extrajudicial.
b) extingue o crédito.
c) torna-a inexigível como título executivo judicial.
d) não gera qualquer consequência.
BLOCO 04:
9.8 Vencimento
a) à vista: exigível de imediato;
Art. 78 - O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma
letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos
subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo
subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja
data serve de início ao termo de vista.
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9.9 – Pagamento Parcial:
O credor não pode recusar o pagamento parcial.
9.11 – Título prescrito: a nota promissória perde a natureza cambial mas não deixa de ser instrumento
particular de dívida com prazo prescricional de 05 anos (art. 206, §5, CC).
SÚMULA n. 504 do STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota
promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.
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DUPLICATA
Art. 23. A perda ou extravio da duplicata obrigará o vendedor a extrair triplicata, que terá os mesmos
efeitos e requisitos e obedecerá às mesmas formalidades daquela.
10.2. Requisitos
Art. 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como
efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o
saque do vendedor pela importância faturada ao comprador.
§ 1º A duplicata conterá:
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I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
II - o número da fatura;]III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
VI - a praça de pagamento;
VII - a cláusula à ordem;
VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo
comprador, como aceite, cambial;
IX - a assinatura do emitente.
§ 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.
§ 3º Nos casos de venda para pagamento em parcelas, poderá ser emitida duplicata única, em que se
discriminarão todas as prestações e seus vencimentos, ou série de duplicatas, uma para cada
prestação distinguindo-se a numeração a que se refere o item I do § 1º deste artigo, pelo acréscimo
de letra do alfabeto, em sequência.
10.3. Aceite
Na duplicata o aceite é obrigatório.
10.3.1. Hipóteses legais que permitem a recusa do aceite - Art. 8º c/c 21 da lei 5.474/68:
a) Em caso de avaria/não recebimento da mercadoria/não prestação do serviço;
b) Vício/defeito de quantidade ou qualidade do produto/serviço;
c) Divergência quanto ao prazo, preço e condições de pagamento.
b) Aceite Presumido/Tácito:
Acerca de tal assunto, precisas essas lições de Fábio Ulhoa Coelho: “O aceite por presunção decorre
do recebimento das mercadorias pelo comprador, quando inexiste recusa formal. Trata-se da forma
mais corriqueira de se vincular o sacado ao pagamento da duplicata. Caracteriza-se o aceite
presumido, mesmo que o comprador tenha retido ou inutilizado a duplicata, ou a tenha restituído
sem assinatura. Desde que recebidas as mercadorias, sem a manifestação formal de recusa, é o
comprador devedor cambiário, independentemente da atitude que adota em relação ao documento
que lhe foi enviado”
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10.4. Endosso: Art. 25 da lei 5.474/68 (circulação)
Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre
emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio. (Lei 5474/68)
Art. 902 do CC . Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e
aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.
§ 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.
§ 2o No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em
separado, outra deverá ser firmada no próprio título.
Art. 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre
emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio. (Lei 5474/68)
Art. 902 do CC . Não é o credor obrigado a receber o pagamento antes do vencimento do título, e
aquele que o paga, antes do vencimento, fica responsável pela validade do pagamento.
§ 1o No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que parcial.
§ 2o No caso de pagamento parcial, em que se não opera a tradição do título, além da quitação em
separado, outra deverá ser firmada no próprio título.
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BLOCO 05:
Após a emissão da duplicata o sacador possui o prazo de 30 dias para realizar a remessa ao sacado.
O sacado pode dar o aceite ou recusar a duplicata – possui prazo de dez dias para realizar a devolução.
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10.9. Execução da Duplicata
Art. 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo
aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil
,quando se tratar:
l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;
II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:
a) haja sido protestada;
b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria;
e
c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos
previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei.
§ 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberá o processo de execução referido
neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto.
§ 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não aceita e
não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do credor ou do apresentante do
título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo.
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CHEQUE
- Sacador: correntista;
- Sacado: banco;
- Tomador/beneficiário: credor.
Súmula 370 do STJ: Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
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Parágrafo único - A assinatura do emitente ou a de seu mandatário com poderes especiais pode ser
constituída, na forma de legislação específica, por chancela mecânica ou processo equivalente.
Cuidado:
- Na ausência de lugar do pagamento = praça do lugar do sacado;
- Na ausência de lugar da emissão = domicílio do emitente.
Art. 2º O título, a que falte qualquer dos requisitos enumerados no artigo precedente não vale como
cheque, salvo nos casos determinados a seguir:
I - na falta de indicação especial, é considerado lugar de pagamento o lugar designado junto ao nome
do sacado; se designados vários lugares, o cheque é pagável no primeiro deles; não existindo qualquer
indicação, o cheque é pagável no lugar de sua emissão;
II - não indicado o lugar de emissão, considera-se emitido o cheque no lugar indicado junto ao nome
do emitente.
BLOCO 06:
11.2. Aceite:
De acordo com o art. 6º da lei de cheque, o cheque não admite a figura do aceite.
EFEITOS
Art . 20 O endosso transmite todos os direitos resultantes do cheque. Se o endosso é em branco, pode
o portador:
I - completá-lo com o seu nome ou com o de outra pessoa;
II - endossar novamente o cheque, em branco ou a outra pessoa;
III - transferir o cheque a um terceiro, sem completar o endosso e sem endossar.
Art . 21 Salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento.
Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não garante o pagamento a
quem seja o cheque posteriormente endossado.
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QUANTIDADE
ENDOSSO SACADO E PARCIAL SÃO NULOS
Art. 18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja
subordinado.
§ 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado.
11.4. Aval
Art. 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por
terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.
A) Prazo:
- Data da emissão:
i) 30 dias - mesma praça;
ii) 60 dias – praças diferentes.
Art. 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30
(trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando
emitido em outro lugar do País
b) Finalidade do prazo:
i) Dar início ao prazo prescricional;
ii) Só é possível a execução do endossante do cheque se ele é apresentado dentro do prazo legal (art.
47, II).
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§ 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa de
pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o emitente, se este
tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que
não lhe seja imputável.
§ 4º A execução independe do protesto e das declarações previstas neste artigo, se a apresentação
ou o pagamento do cheque são obstados pelo fato de o sacado ter sido submetido a intervenção,
liquidação extrajudicial ou falência.
Súmula 600 do STF: Cabe ação executiva contra o emitente e seus avalistas, ainda que não
apresentado o cheque ao sacado no prazo legal, desde que não prescrita a ação cambiária.
C) Devolução indevida:
Súmula 388 do STJ: A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.
O cruzamento geral (ou em branco): não identifica nenhum banco no interior dos dois traços. Este
cheque somente pode ser pago a um banco;
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O cruzamento especial ( em preto): em que certo banco é identificado pelo seu número ou nome no
meio dos dois traços. Este somente poderá ser pago ao banco mencionado no interior dos dois traços
cruzamento dos cheques tem por objetivo aumentar a segurança da liquidez do cheque.
Se o tomador não possui conta corrente no banco mencionado no cruzamento, para receber o valor
do cheque, deverá abrir uma.
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c) os endossantes e seus avalistas, independentemente de protesto, desde que observado o prazo
prescricional.
d) o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de seis meses para o seu
ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação.
e) o emitente e seus avalistas, desde que observado o prazo prescricional de dois anos para o seu
ajuizamento, contados do término do prazo de apresentação.
b) Ação monitória, o STJ de acordo com a súmula 299 “É admissível a ação monitória fundada em
cheque prescrito.
b) Ação monitória:
- Prazo: art. 206, §1, I, CC.
Súmula 503 STJ “ O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem
força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula.”
- Foi levada em consideração a tese da actio nata, isto é, o termo inicial é contado da data em que se
torna possível o ajuizamento da ação, portanto, o prazo prescricional da Ação Monitória começa a
fluir no dia seguinte ao vencimento do título
• “Causa debendi”:
SÚMULA STJ 531: em ação monitória fundada em cheque prescrito, ajuizada contra o emitente, é
dispensável a menção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.
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