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1.

EM MATÉRIA DE SUCESSÕES:

a) Ao cônjuge supérstito cabe sempre, em primeiro lugar, a investidura na inventariança;


b) Havendo testamento contemplando o primeiro filho, o Código Civil dispöe que, nascendo gêmeos, serão
estes considerados de igual idade para tal fim;
c) A declaração de vacância, quando não aparecerem herdeiros. incorpora a herança definitivamente ao
patrimônio público;
d) A indignidade do herdeiro è uma pena e, se ele falecer antes da sua declaração por sentença, seu
direito hereditário passa aos sucessores.
Responder
A) INCORRETA: A ordem da sucessão legítima descrita no art. 1.829, CC afirma que o cônjuge supérstite é o
3º na ordem de vocação hereditária.

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:


I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

B) INCORRETA: As disposições testamentárias devem beneficiar pessoa certa e determinada. Pode, contudo,
ser indicado o herdeiro dentro de uma coletividade. Arts. 1.897; 1.903; 1.904 e 1.905,CC.

C) INCORRETA: A declaração de vacância, mesmo que apareçam herdeiros habilitados legalmente, após os 5
anos da abertura da sucessão os bens serão incorporados ao patrimônio do Município.

Art. 1.822. A declaração de vacância da herança não prejudicará os herdeiros que legalmente se habilitarem;
mas, decorridos cinco anos da abertura da sucessão, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou
do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União quando
situados em território federal.
Parágrafo único. Não se habilitando até a declaração de vacância, os colaterais ficarão excluídos da sucessão.

D) CORRETA: A pena de exclusão do herdeiro por indignidade é de natureza pessoal, portanto os sucessores do
indigno o sucederão como se morto fosse antes da abertura sucessória com fulcro no Art. 1.816,CC.

Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele
morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.
Reportar abuso

2. Assinale a alternativa correta:


a) Na sucessão universal, o direito de propriedade imobiliária transmite-se quando do registro dos formais de
partilha no Ofício do Registro de Imóveis.
b) Conforme regra expressa do Código Civil, são herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes, os
cônjuges e os companheiros.
c) O testador não pode, mesmo justificando, estabelecer cláusula de impenhorabilidade sobre os bens da
legítima.
d) O direito de representação, no direito sucessório, dá-se apenas na linha reta descendente e ascendente.
e) O prazo de decadência para anular disposição testamentária inquinada de coação é de quatro anos,
contados de quando o interessado tiver conhecimento do vício.
a) ERRADA. Pelo direito de saisine, a posse e a propriedade são transmitidas aos herdeiros no momento da
abertura da sucessão.
Art. 1.784, CC/02. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e
testamentários.
b) ERRADA. Pela lei, companheiro não é herdeiro necessário.
Art. 1.845, CC/02. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.

c) ERRADA. o testador pode estabelecer cláusula de impenhorabilidade sobre os bens da legítima, desde que
haja justa causa.
Art. 1.848, CC/02. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer
cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.

d) ERRADA. Não há direito de representação na linha ascendente.


Art. 1.852. O direito de representação dá-se na linha reta descendente, mas nunca na ascendente.

e) CORRETA.
Art. 1.909. São anuláveis as disposições testamentárias inquinadas de erro, dolo ou coação.

Parágrafo único. Extingue-se em quatro anos o direito de anular a disposição, contados de quando o interessado
tiver conhecimento do vício.

3. Em matéria de sucessões, pode-se afirmar que:


a) o quinhão hereditário, no todo ou em parte, não pode ser objeto de cessão por escritura pública;
b) a renúncia da herança deve constar expressa e exclusivamente de instrumento público;
c) quando não se efetua o direito de acrescer, não se transmite aos herdeiros legítimos a quota vaga do
nomeado;
d) são irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança;
e) os efeitos da exclusão do herdeiro indigno se estendem aos seus sucessores.
Resposta: Letra D
A - ERRADO - Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro,
pode ser objeto de cessão por escritura pública.
B - ERRADO - Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo
judicial.
C - ERRADO - Art. 1.944. Quando não se efetua o direito de acrescer, transmite-se aos herdeiros legítimos a
quota vaga do nomeado.
D - CERTO - Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
E - ERRADO - Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem,
como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão. Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito
ao usufruto ou à administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual
desses bens.

4. Em direito das sucessões, constitui a legítima:

a) Na metade dos bens da herança pertencente aos herdeiros necessários.


b) No legado recebido, pelo herdeiro necessário, da parte disponível dos bens do testador.
c) Na ordem ocupada pelo cônjuge sobrevivente na sucessão legítima.
d) No direito do herdeiro, em ação de petição de herança, demandar o reconhecimento de seu direito sucessório.
e) Na exclusão da sucessão do herdeiro ou legatário declarado, por sentença, indigno.

5.De acordo com o direito das sucessões,


a) o indivíduo com mais de dezesseis anos de idade pode dispor de seus bens por ato de última vontade, desde
que judicialmente autorizado, uma vez que não possui capacidade testamentária plena.
b) o testamento cerrado terá de ser aberto pelo tabelião, na presença de, pelo menos, três testemunhas.
c) a partilha, uma vez julgada, só será anulável pelos vícios e defeitos que invalidem, em geral, os negócios
jurídicos e desde que observado o prazo decadencial de quatro anos.
d) o cônjuge sobrevivente está em segundo lugar na ordem de vocação hereditária; e, se forem cinco os filhos
comuns do casal, caberá a ele, ascendente dos herdeiros, uma quarta parte da herança, sendo o restante dividido
em partes iguais pelos filhos.
e) os descendentes do herdeiro excluído por indignidade sucedem por estirpe, como se ele estivesse morto
antes da abertura da sucessão.
Vejamos o erro da letra "D" de uma forma mais simplificada:
Com a morte de um dos cônjuges e a abertura da sucessão do falecido (artigo 1.784), no lugar do último
domicílio deste (artigo 1.789), não havendo testamento quanto à parte disponível do seu patrimônio, transmite-se
a herança aos herdeiros legítimos (artigo 1.788), dentre os quais está o cônjuge, na terceira classe (artigo 1.829,
III), em concorrência com os descendentes ou ascendentes (artigo 1.829, I e II).
Art. 1.829 CC: A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes ...
II - aos ascendentes ....
III - ao cônjuge sobrevivente (Está ai o erro da questão, o cônjuge sobrevivente está em terceiro lugar na ordem
de vocação hereditária).
OBS:. outro erro da questão foi em afirmar que caberá a quarta parte da herança, isso só ocorrerá se o cônjuge
for ascendente dos herdeiros que concorrer.
Espero ter ajudado, bons estudos a todos...

Conceito de Indignidade: é uma pena civil, que priva do direito de herança, não só o herdeiro (sucessão
legítima), como o legatário (sucessão testamentária). As causas de indignidade são taxativas, e estão previstas no
art. 1.814 do Código Civil, cabendo à pessoas que:

•houverem sido autores ou cúmplices em crime de homicídio voluntário, ou tentativa deste, contra a pessoa de
cuja sucessão se tratar. No caso de homicídio doloso consumado ou tentado contra o autor da herança, não é
preciso que haja processo criminal. O homicídio pode ser provado na ação de indignidade.
• acusaram o falecido caluniosamente em juízo, ou incorreram em crime contra a sua honra basta a denunciação
caluniosa).
• por violência ou fraude, inibiram o falecido de livremente dispor dos seus bens em testamento ou codicilo, ou
lhe obstaram a execução dos atos de última vontade.

A sentença decorrente de ação de indignidade provoca alguns resultados, a saber:

⇒ o indigno é excluído da sucessão: o efeito dessa decisão é, via de regra ex tunc, salvo se terceiros de boa fé
adquiram bens do quinhão do indigno onde ele responderá por perdas e danos e a sentença se operará com
efeitos ex nunc porque aos olhos do adquirente ele é o herdeiro aparente, ou seja, verdadeiro e legítimo
titular do direito sucessório, embora não o fosse em razão de um erro ou ignorância da existência de um herdeiro
mais próximo;
⇒ os descendentes do indigno herdam no lugar dele como se ele fosse morto: chamada morte civil (CC
art. 1816);
⇒ o indigno não terá direito ao usufruto e á administração dos bens que a seus filhos menores
couberem na herança ou á sucessão eventual desses bens (CC, arts. 1.816, § único).
⇒ o excluído da sucessão poderá representar seu pai na sucessão de outro parente.
⇒ o indigno, apurada a obstação, ocultação ou destruição do testamento por culpa ou dolo, deve
responder por perdas e danos.
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_________________________________

)
A)
CC, Art. 1.860. Além dos incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem pleno
discernimento.
Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos.

B)
CC, Art. 1.875. Falecido o testador, o testamento será apresentado ao juiz, que o abrirá e o fará registrar,
ordenando seja cumprido, se não achar vício externo que o torne eivado de nulidade ou suspeito de falsidade.

C)
Art. 2.027. A partilha, uma vez feita e julgada, só é anulável pelos vícios e defeitos que invalidam, em geral, os
negócios jurídicos.
Parágrafo único. Extingue-se em um ano o direito de anular a partilha.

D)
Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares.
(...)
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos
que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos
herdeiros com que concorrer.

E)
CC, Art. 1.816. São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro excluído sucedem, como se ele
morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à administração dos bens que a seus
sucessores couberem na herança, nem à sucessão eventual desses bens.

6.Acerca das sucessões, assinale a opção correta.


a) A sucessão abre-se no lugar da morte do falecido.
b) A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade, conforme seja legítima ou testamentária,
e, havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.
c) A companheira ou o companheiro, na sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos na vigência da união
estável, concorre com descendentes só do autor da herança, tendo direito a uma quota equivalente à que por lei
for atribuída a cada um deles.
d) Legitimam-se a suceder apenas as pessoas já nascidas no momento da abertura da sucessão, não havendo
direitos sucessórios do nascituro.
e) Aberta a sucessão pelo ajuizamento da ação de inventário, a herança transmite-se por sentença que homologa
a partilha de bens aos herdeiros legítimos e testamentários.

Qual a origem do princípio de Saisine? - Kelli Aquotti Ruy

O princípio de Saisine tem sua origem na Idade Média. Naquela época, quando ocorria a morte do servo seu
patrimônio retornava ao senhor feudal. Este exigia dos sucessores um determinado pagamento para sua
respectiva imissão. No entanto, os doutrinadores franceses, por volta do século XIII, chegaram à primeira
conclusão doutrinária sobre o princípio de Saisine, marcando como característica básica a transmissão imediata
dos bens do "de cujus" aos seus sucessores. Assim, atualmente o nosso direito contempla este princípio,
definindo a passagem de todos os bens do autor da herança, desde o momento em que abrir a sucessão, aos seus
sucessores. Isto é, essa aquisição se dá independente de qualquer ato por parte dos herdeiros.

Gabarito: "B".
A letra "a" está errada, pois nos termos do art. 1.785, CC, a sucessão abre-se no lugar do último domicílio do
falecido.
A letra "b" está certa, pois de acordo com o art. 1.786, CC, a sucessão dá-se por lei ou por disposição de última
vontade. E estabelece o art. 1.789, CC que havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade
da herança.
A letra "c" está errada, pois estabelece o art. 1.790, CC, que a companheira ou o companheiro participará da
sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições
seguintes: I. se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao
filho; II. se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um
daqueles; III. se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV. não havendo
parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
A letra "d" está errada, pois segundo o art. 1.798, CC, legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já
concebidas (trata-se do nascituro) no momento da abertura da sucessão.
A letra "e" está errada, pois prevê o art. 1.784, CC que aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos
herdeiros legítimos e testamentários.

7. Sobre o Direito das Sucessões, é correto afirmar:

a) É eficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre bem singularizado que compõe a herança
ainda não partilhada.
b) Nos termos da lei civil, a companheira do falecido par- ticipará da sucessão quanto aos bens adquiridos
onerosamente na constância da união estável e, concorrendo apenas com dois descendentes só do autor da
herança, caberá à companheira quota equivalente a que couber a cada um dos filhos do de cujus.
c) Credor de herdeiro, que vem a ser prejudicado pela renúncia de seu devedor à herança pode,
mediante autorização judicial, vir a aceitar a herança pelo renunciante.
d) Para renunciar à herança, o herdeiro deve o fazer expressamente, por meio de termo judicial ou instrumento
público ou particular.
e) A herança responde pelo pagamento das dívidas do falecido, mas após a partilha por este débito responderão
os herdeiros, independente da proporção recebida de herança por cada qual, cabível o pos- terior direito de
regresso.
LETRA A - ERRADA, pois neste caso a cessão é ineficaz.

Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de
cessão por escritura pública.
§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em conseqüência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se
não abrangidos pela cessão feita anteriormente.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado
singularmente.
LETRA B - ERRADA, a quota da companheira neste caso equivalerá à metade do que couber a cada filho do
falecido.

Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos
onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho;
II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um
daqueles;
LETRA C - CERTA
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização
do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
LETRA D- ERRADA, não pode ser feita por instrumento particular.
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial.
LETRA E - ERRADA
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-lhe, porém, a prova
do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor dos bens herdados.

8. A respeito das sucessões em geral, é correto afirmar que


a) é ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança
considerado singularmente.
b) a sucessão de alguém abre-se no lugar em que ocorreu o seu falecimento.
c) o testador não poderá, havendo herdeiros neces- sários, dispor, no todo ou em parte, da herança.
d) a companheira ou companheiro em nenhuma hipótese terá, por expressa vedação legal, direito à totalidade da
herança.
e) o direito à sucessão aberta não pode ser objeto de cessão por escritura pública.
a) é ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado
singularmente.
CORRETO - é o art. 1.793, § 2º
b) a sucessão de alguém abre-se no lugar em que ocorreu o seu falecimento.
ERRADO - Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do ÚLTIMO DOMICÍLIO do falecido.
c) ERRADO - Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só PODERÁ DISPOR DE METADE da
herança.
d) ERRADO - Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens
adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:
(...)
IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.
e) ERRADO - Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro,
PODE ser objeto de cessão por escritura pública.

9. A respeito do direito das sucessões, é correto afirmar que:


a) o testamento pode ser mudado pelo testador a qualquer tempo em sua vida nos termos do art. 1.858 do CC,
ao passo que os codicilos, uma vez instituídos, não podem ser alterados;
b) a distinção entre a indignidade e a deserdação está no fato de que a primeira ocorre quando o sucessor
incorre em uma das hipóteses legais de ofensa ao autor da herança, independente de qualquer ato volitivo deste,
ao passo que a deserdação decorre de ato de vontade do autor da herança, independente da ocorrência de
qualquer hipótese legal praticada pelo eventual sucessor;
c) o direito de representação sucessório é aquele que decorre de poderes especiais do sucessor outorgados a
determinada pessoa, que pode, assim, praticar todos os atos civis como se sucessor fosse;
d) na substituição fideicomissária, a propriedade resolúvel do fiduciário pode ser instituída por tempo
indeterminado;
e) a herança vacante, em sucintas palavras, é aquela que deriva dos bens do autor da herança que não deixa
sucessores capazes de sucedê-lo, adquirindo ela o status de herança jacente depois de decorridos cinco anos da
abertura da sucessão, momento este em que os bens arrecadados passarão ao domínio de um Estado da
federação.

10. Ainda sobre o Direito de Sucessões, é correto afirmar, EXCETO:


a) Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, nem nos trinta
dias subseqüentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinária, outro testamento.
b) É nula a disposição testamentária que favoreça irmãos ou ascendentes da pessoa que, a rogo, escreveu o
testamento.
c) Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer cláusula de
inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
d) Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em testamento.
a) INCORRETO - Art.1891, CC/2002 Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador não morrer
na viagem, nem nos noventa dias subseqüentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma
ordinária, outro testamento.
b) Art. 1801, I, CC/2002 Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e
irmãos;
c) Art. 1848, CC/2002 Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador estabelecer
cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima.
d) Art. 1964, CC/2002 Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em
testamento.

11. A respeito do direito das sucessões, assinale a opção correta.


a) O cônjuge que, nos autos do inventário, renunciar ao direito real de habitação, perde o direito de participação
na herança.
b) Existindo interesse público, o MP tem legitimidade para promover ação, com vistas à declaração da
indignidade de legatário.
c) A instituição de cláusula revocatória invalida o testamento.
d) Na concorrência entre o cônjuge e os herdeiros do de cujus, deve ser reservada a quarta parte da herança para
o sobrevivente no caso de filiação híbrida.
e) Não há possibilidade no direito brasileiro a realização de testamento vital.

Como já ocorreu na questão da mesma prova sobre Direito de Família, o CESPE retirou a maioria das respostas
dos Enunciados aprovados nas Jornadas de Direito Civil:
a) Enunciado 271 – Art. 1.831: O cônjuge pode renunciar ao direito real de habitação nos autos do
inventário ou por escritura pública, sem prejuízo de sua participação na herança.
b) Enunciado 116 – Art. 1.815: O Ministério Público, por força do art. 1.815 do novo Código Civil, desde que
presente o interesse público, tem legitimidade para promover ação visando à declaração da indignidade de
herdeiro ou legatário.
c) Art. 1970, CC/02 (já comentado pelos colegas)
d) Enunciado 527 – Art. 1.832: Na concorrência entre o cônjuge e os herdeiros do de cujus, não será reservada
a quarta parte da herança para o sobrevivente no caso de filiação híbrida.
e) Enunciado 528 – Arts. 1.729, parágrafo único, e 1.857: É válida a declaração de vontade expressa em
documento autêntico, também chamado “testamento vital”, em que a pessoa estabelece disposições sobre o tipo
tipo de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de manifestar
a sua vontade.de tratamento de saúde, ou não tratamento, que deseja no caso de se encontrar sem condições de
manifestar a sua vontade.

12. Quanto ao direito das sucessões, assinale a opção correta.

a) A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer dos casos de indignidade, será declarada por sentença, e o
direito de demandar a exclusão do indigno extingue-se em dois anos, contados da abertura da sucessão.
b) O credor que se sentir prejudicado pela renúncia do herdeiro poderá, mediante autorização do juiz,
aceitar a herança em nome do renunciante. Quitadas as dívidas do renunciante, e se houver saldo,
prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
c) Considere que o autor da herança seja casado pelo regime da separação de bens e não tenha deixado
descendentes, deixando o cônjuge sobrevivente, e, como ascendentes, os pais e a avó materna. Nessa hipótese,
serão chamados a suceder os ascendentes, por direito próprio, e a herança será dividida em três partes iguais.
d) Havendo herdeiros legítimos, o autor da herança poderá dispor por testamento da metade de seu patrimônio,
pois a outra parte será necessariamente entregue aos herdeiros, desde que não haja cláusula testamentária de
deserdação.
a) A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer dos casos de indignidade, será declarada por sentença, e o
direito de demandar a exclusão do indigno extingue-se em dois anos, contados da abertura da sucessão.
[ERRADA]

Art. 1.815. A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de indignidade, será declarada por
sentença.
Parágrafo único. O direito de demandar a exclusão do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos,
contados da abertura da sucessão.

b) O credor que se sentir prejudicado pela renúncia do herdeiro poderá, mediante autorização do juiz, aceitar a
herança em nome do renunciante. Quitadas as dívidas do renunciante, e se houver saldo, prevalece a renúncia
quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros. [CORRETA]

Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização
do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos
demais herdeiros.
c) Considere que o autor da herança seja casado pelo regime da separação de bens e não tenha deixado
descendentes, deixando o cônjuge sobrevivente, e, como ascendentes, os pais e a avó materna. Nessa hipótese,
serão chamados a suceder os ascendentes, por direito próprio, e a herança será dividida em três partes iguais.
[ERRADA]

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:


I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no
regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.

d) Havendo herdeiros legítimos, o autor da herança poderá dispor por testamento da metade de seu patrimônio,
pois a outra parte será necessariamente entregue aos herdeiros, desde que não haja cláusula testamentária de
deserdação. [ERRADA]

Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança.

13. A revogação do testamento


a) não produzirá seus efeitos, ainda quando o testamen to, que a encerra, vier a caducar por exclusão, incapa
cidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado, assim como, se o testamento revogatório for anulado por omissão
ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.
b) não produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar por exclusão,
incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; valendo, todavia, se o testamento revogatório for anulado
por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.
c) produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar por exclusão,
incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; não valerá, se o testamento revogatório for anulado
por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.
d) produzirá seus efeitos, ainda quando o testamento, que a encerra, vier a caducar por exclusão, incapacidade
ou renúncia do herdeiro nele nomeado ou quando o testamento revogatório for anulado por omissão ou infração
de solenidades essenciais ou por vícios intrínsecos.
:
O testamento revogatório CADUCO produzirá efeitos, pois é um testamento VÁLIDO, que obedeceu as
formalidades legais na sua formação. Por isso, esse produz efeito de revogação.
Já o testamento revogatório ANULADO não produzirá efeitos, pois é um testamento que NÃO É VÁLIDO, já
que não obedeceu as solenidades essenciais. Por isso, esse não produz efeito de revogação.

REVOGAÇÃO DO TESTAMENTO:
PRODUZ EFEITOS = quando o testamento revogatório vier a caducar (por exclusão, incapacidade ou renúncia).

NÃO VALERÁ = quando o testamento revogatório for anulado (por omissão/infração de solenidades essenciais
ou por vícios intrínsecos).
CAPÍTULO XII - Da Revogação do Testamento
Art. 1.969. O testamento pode ser REVOGADO pelo MESMO MODO e FORMA COMO pode ser FEITO.

Art. 1.970. A revogação do testamento PODE SER TOTAL ou PARCIAL.


Parágrafo único. Se PARCIAL, ou se o testamento posterior não contiver cláusula revogatória expressa, O
ANTERIOR SUBSISTE em tudo que NÃO FOR CONTRÁRIO ao posterior.

Art. 1.971. A revogação PRODUZIRÁ seus EFEITOS, ainda QUANDO O TESTAMENTO, que a encerra,
VIER A CADUCAR por exclusão, incapacidade ou renúncia do herdeiro nele nomeado; NÃO VALERÁ, SE o
testamento revogatório FOR ANULADO por omissão ou infração de solenidades essenciais ou por vícios
intrínsecos.
Art. 1.972. O TESTAMENTO CERRADO que o testador abrir ou dilacerar, ou for ABERTO ou
DILACERADO com seu consentimento, haver-se-á como REVOGADO.

14. Entendese por testamento conjuntivo aquele:

a) realizado por duas ou mais pessoas, em instrumentos distintos, cada qual beneficiando o outro
b) realizado por pessoa sem capacidade de testar.
c) que dispõe da totalidade dos bens do testador
d) que contenha disposições testamentárias eivadas de erro, dolo ou coação.
e) feito por duas ou mais pessoas, no mesmo instrumento, em benefício recíproco ou de terceiro.

Testamento conjuntivo conforme as lições de Carlos Roberto Gonçalves é:

Testamento conjuntivo, de mão comum ou mancomunado é aquele em que duas ou mais pessoas, mediante um
só instrumento (portanto, num mesmo ato), fazem disposições de última vontade acerca de seus bens. É
simultâneo quando os testadores dispõem em benefício de terceiros, num só ato (uno contextu); recíproco,
quando instituem benefícios mútuos, de modo que o sobrevivente recolha a herança do outro; correspectivo,
quando os testadores efetuam disposições em retribuição de outras correspondentes. O caráter
pactício do testamento conjuntivo, como assevera Silvio Rodrigues, “é inegável, principalmente nas espécies
chamadas recíproca e correspectiva. Ora, como a lei veda o contrato sobre herança de pessoa viva (CC, art. 426),
por conter um votum mortis de indiscutível imoralidade, deve, obviamente, proibir o testamento de mão
comum”.

O testamento conjuntivo é vedado no nosso ordenamento, podendo, no entanto, existir testamentos em benefícios
recíprocos desde que realizados em instrumentos diferentes, independentemente de terem sido feitos no mesmo
dia, hora e local!!!
Testamento feito em instrumentos diferentes não são conjuntivos e são permitidos..
CC - Art. 1.863. É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo

15, Em relação ao testamento é correto afirmar que


a) a legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída no testamento.
b) é defeso o testamento conjuntivo, permitido porém o recíproco ou correspectivo.
c) as disposições testamentárias de caráter não patrimonial são válidas, a não ser que o testador tenha se
limitado a elas.
d) embora ato personalíssimo, a revogação do testamento exige fundamentação idônea quanto às razões que a
determinaram.
e) são modalidades de testamento especial o marítimo, o militar e o cerrado.

gabarito: letra "A"


(a) CORRETA. Segundo o art. 1857, § 1o, do CC, "A legítima dos herdeiros necessários não poderá ser incluída
no testamento".
(b) INCORRETA. Art. 1.863. "É proibido o testamento conjuntivo, seja simultâneo, recíproco ou correspectivo".
(c) INCORRETA. Art. 1.857, § 2o "São válidas as disposições testamentárias de caráter não patrimonial, ainda
que o testador somente a elas se tenha limitado".
(d) INCORRETA. Art. 1.858. "O testamento é ato personalíssimo, podendo ser mudado a qualquer tempo".
(e) INCORRETA.
"Art. 1.862. São testamentos ordinários:
I - o público;
II - o cerrado;
III - o particular.
[...]
Art. 1.886. São testamentos especiais:
I - o marítimo;
II - o aeronáutico;
III - o militar."

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