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4.

Aceitação e renúncia da herança:


4.1. Aceitação ou adição da herança - É o ato pelo qual o herdeiro confirma a transmissão da
herança, conforme art. 1.804 do CC.
CC, art. 1.804: “Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a
abertura da sucessão. Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro
renuncia à herança.”
• É necessária essa figura?
• Maria Berenice Dias entende que não, pois o “droit de saisine” é suficiente.
• Zeno Veloso defende que sim, diante da máxima “ao constrangido ou a quem não quer, não se dá
o benefício” (ninguém pode ser herdeiro contra a sua vontade).
• A aceitação da herança é classificada em 3 modalidades (art. 1.805, CC e 1.807, CC):
a) Aceitação expressa: declaração escrita do herdeiro, mediante escritura pública, escrito
particular ou simples manifestação no inventário (judicial ou extrajudicial). Está prevista no
caput do art. 1.805 do CC.
CC, art. 1.805: “A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando
tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro. § 1o Não exprimem
aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou
os de administração e guarda provisória. § 2o Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita,
pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros.”
• b) Aceitação tácita: decorre de comportamento positivo na qualidade de
herdeiro. Exemplos: pagamento de impostos e atuação efetiva no inventário.
✓ A lei exclui alguns atos no art. 1.805 do CC (Exemplos: providenciar o funeral
ou realizar a guarda provisória de bens).
c) Aceitação presumida: decorre de comportamento negativo – “silêncio do
herdeiro” CC, art. 1.807 - O interessado requer a declaração do herdeiro - 20 dias
de abertura da sucessão.
CC, art. 1.807: “O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a
herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo
razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena
de se haver a herança por aceita.”
✓ Requer ao juiz a fixação de um prazo razoável, não superior a 30 dias, para a
manifestação do herdeiro – “Quem cala, consente” (exceção ao art. 111, CC)
• 4.2.Renúncia à herança:
A renúncia à herança afasta a transmissão. Somente pode ser EXPRESSA, seguindo as
formalidades previstas em lei e após o falecimento do de cujus (art. 1.806, CC).
CC, art. 1.806: “A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento
público ou termo judicial.”
A renúncia à herança deve ocorrer por instrumento público ou termo judicial, sob pena
de nulidade absoluta (art. 166, IV e V, CC.) .
A renúncia pode ser feita por procuração, desde que a outorga dos poderes seja feita
por escritura pública.
EMENTA: “DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RENÚNCIA À HERANÇA. REQUISITOS
FORMAIS. MANDATO. TRANSMISSÃO DE PODERES. 1.- O ato de renúncia à herança
deve constar expressamente de instrumento público ou de termo nos autos, sob pena
de invalidade. Daí se segue que a constituição de mandatário para a renuncia à
herança deve obedecer à mesma forma, não tendo a validade a outorga por
instrumento particular. 2.- Recurso Especial provido.” (REsp 1236671/SP, Rel. Ministro
MASSAMI UYEDA, Rel. p/ Acórdão Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 09/10/2012, DJe 04/03/2013).
• Classificação da renúncia à herança (doutrina):
a) Renúncia abdicativa: pura ou simples. É aquela sem a indicação de
beneficiário. A parte abre mão do bem, que é destinado ao acervo
hereditário.
b) Renúncia translativa ou in favorem: ocorre quando há indicação do
beneficiário. Equivale a uma cessão gratuita ou doação (incide imposto de
transmissão Inter vivos).
✓ O bem é transmitido ao beneficiário (e não ao acervo).
➢ Regras em comum da aceitação e da renúncia
• Ambas são irrevogáveis (art. 1.812, CC).
• Não se aceita ou se renuncia à herança (art. 1.808, CC): em parte; o sob
condição; ou a termo.
• CC, art. 1.812: “São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.”
• CC, art. 1.808: “Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a
termo. § 1º O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a
herança; ou, aceitando-a, repudiá-los. § 2º O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a
mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente
deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia.”
Regras específicas ou exclusivas da renúncia à herança:
Conforme art. 1.810 do Código Civil, a parte do herdeiro renunciante acresce à dos outros
herdeiros da mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve aos da subsequente.
Enunciado 575 da VI Jornada de Direito Civil: “Concorrendo herdeiros de classes
diversas, a renúncia de qualquer deles devolve sua parte aos que integram a mesma
ordem dos chamados a suceder.”
Art. 1.811 do Código Civil - A renúncia à herança afasta o direito de representação.
CC, art. 1.811: “Ninguém pode suceder, representando herdeiro renunciante. Se, porém,
ele for o único legítimo da sua classe, ou se todos os outros da mesma classe renunciarem
a herança, poderão os filhos vir à sucessão, por direito próprio, e por cabeça.”
• Nas palavras de Zeno Veloso, é como se o renunciante nunca tivesse existido.
Porém, se o renunciante for o único sucessor legítimo da sua classe (grau), ou
se todos da mesma classe (grau) renunciarem, poderão seus filhos vir a
suceder.
• ➢ Diagramas exemplificativos: fazer no quadro em sala.
5. Excluídos da sucessão. Indignidade e deserdação:
Giselda Hironaka: nos dois casos, tem-se a exclusão da herança por razão
subjetiva ou pessoal; não se confundindo com a falta de legitimação sucessória,
em que há razão objetiva.
• Indignidade (arts. 1.814 a 1.818 do CC) :
1. Matéria de sucessão legítima e testamentária (atinge qualquer herdeiro).
2. Alcança herdeiros necessários ou facultativos.
3. As suas hipóteses também servem para a deserdação.
4. Decorre de decisão judicial.
• Deserdação (arts. 1.961 a 1.965 do CC):
1. Matéria de sucessão testamentária.
2. Só atinge herdeiros necessários.
3. Existem hipóteses que não alcançam a indignidade.
4. Decorre de testamento, com uma posterior confirmação judicial.
OBS: Hipóteses = Rol taxativo.
O art. 1.814 do CC prevê as hipóteses de indignidade.
• CC, art. 1.814: “São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que
houverem sido autores, coautores ou partícipes de homicídio doloso, ou
tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge,
companheiro, ascendente ou descendente; II - que houverem acusado
caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a
sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios
fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de
seus bens por ato de última vontade.”
• O art. 1.962 e 1963 do CC traz outras causas de deserdação:
CC, art. 1.962: “Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a
deserdação dos descendentes por seus ascendentes: I - ofensa física; II - injúria
grave; III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto; IV - desamparo do
ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.”
• Ofensa física;
• Relações ilícitas (adultério) com a madrasta ou padrasto; ou
• Desamparo.
➢ Prazo e legitimidade para a ação de exclusão de herdeiro por indignidade:
Prazo decadencial de 4 anos, contados da abertura da sucessão (art. 1.815, CC).
CC, art. 1.815: “A exclusão do herdeiro ou legatário, em qualquer desses casos de
indignidade, será declarada por sentença. § 1º O direito de demandar a exclusão
do herdeiro ou legatário extingue-se em quatro anos, contados da abertura da
sucessão. § 2º Na hipótese do inciso I do art. 1.814, o Ministério Público tem
legitimidade para demandar a exclusão do herdeiro ou legatário.”
• Legitimidade: além da legitimidade do herdeiro, existe a legitimidade do
Ministério Público no caso do inciso I do art. 1.814 do CC (incluída pela Lei
13.532/2017).
Enunciado 116 da I Jornada de Direito Civil: “O Ministério Público, por força do
art. 1.815 do novo Código Civil, desde que presente o interesse público, tem
legitimidade para promover ação visando à declaração da indignidade de
herdeiro ou legatário.”
➢ Prazo para a ação de confirmação da deserdação: Prazo decadencial de 4
anos, contados da abertura do testamento (art. 1.965, CC).
CC, art. 1.965: “Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação,
incumbe provar a veracidade da causa alegada pelo testador. Parágrafo único. O
direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro anos, a
contar da data da abertura do testamento.”
➢ Confrontação entre renúncia à herança e indignidade - Os efeitos da
indignidade são pessoais (art. 1.816 do CC), portanto, não afasta o direito de
representação.
CC, art. 1.816: “São pessoais os efeitos da exclusão; os descendentes do herdeiro
excluído sucedem, como se ele morto fosse antes da abertura da sucessão.
Parágrafo único. O excluído da sucessão não terá direito ao usufruto ou à
administração dos bens que a seus sucessores couberem na herança, nem à
sucessão eventual desses bens.
OBS: A renúncia à herança afasta o direito de representação (como se o
renunciante nunca tivesse existido).
✓ E a deserdação? A lei é omissa, porém a doutrina majoritária entende que os
efeitos também são pessoais (Zeno Veloso, José Fernando Simão e Flávio
Tartuce).
1 - Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-SC Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2021 - MPE-SC - Promotor de Justiça Substituto - Prova 1
A respeito do direito de família, do direito das sucessões e do registro
público, julgue o item seguinte.
É válida a renúncia à herança realizada por mandatário constituído para tal
fim por instrumento particular.
Certo ( )
Errado ( )
2 - Ano: 2021 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: MPE-AP Prova:
CESPE / CEBRASPE - 2021 - MPE-AP - Promotor de Justiça Substituto
A renúncia da herança se comprova por
A - atos contrários à aceitação.
B - termo judicial.
C - instrumento particular.
D - cessão gratuita aos demais co-herdeiros.
E - declaração escrita dada a qualquer herdeiro.
3 - Ano: 2019 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TJ-PA Prova:
CESPE - 2019 - TJ-PA - Juiz de Direito Substituto.
A respeito de aceitação e renúncia de herança, julgue os itens seguintes.
I Aceitando a herança, o herdeiro passa a responder por todo o passivo deixado pelo de cujus,
ainda que isso supere os limites das forças da herança.
II Conforme entendimento do STJ, é possível a constituição de mandatário com poderes
expressos para renunciar a herança, admitindo-se que a outorga dos referidos poderes seja
conferida por instrumento público ou particular.
III Os credores prejudicados pelo devedor que renuncia a herança poderão aceitá-la em nome do
renunciante, desde que habilitem seus créditos no juízo do inventário e solicitem autorização
judicial para aceitação no prazo de 180 dias seguintes ao conhecimento do fato.
Assinale a opção correta.
A - Nenhum item está certo.
B - Apenas o item II está certo.
C - Apenas o item III está certo.
D - Apenas os itens I e II estão certos.
E - Apenas os itens I e III estão certos.
4 - Ano: 2019 Banca: Instituto Consulplan Órgão: MPE-SC Prova: Instituto
Consulplan - 2019 - MPE-SC - Promotor de Justiça – Matutina
O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá,
quinze dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de
trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança
por aceita.
Certo – ( )
Errado – ( )
• 6. Sucessão
• Legítima 6.1.
Introdução. Tabela comparativa dos sistemas sucessórios.
• Como era: sistema anterior = Baseado no Código Civil de 1916 e legislação
correlata;
• Como ficou: sistema atual = Código Civil de 2002, após 11/01/2003.
COMO ERA:
1. Não existia a concorrência sucessória do cônjuge ou companheiro (em
relação aos descendentes e ascendentes).
2. A ordem de sucessão legítima estava prevista no art. 1.603 do CC/1916 de
um modo bem simples: I) Descendentes; II) Ascendentes; III) Cônjuge; IV)
Colaterais; V) Município, DF ou União.
3. Havia previsão de um usufruto vidual em favor do cônjuge sobrevivente (art.
1.611 do CC/1916).
4 - A sucessão do companha estava prevista em duas leis: - Lei 8.971/1994; e Lei
9.278/1996. “Equiparado ao cônjuge”.
5 - O CC/1916 reconhecia o direito real de habitação em favor do cônjuge
somente no regime da comunhão universal (art. 1.611).
6 - O art. 7º, § único da Lei 9.278/19962 previa o direito real de habitação do
companheiro.
7 - CC/1916 - Herdeiros necessários (art. 1.721): - Descendentes; - Ascendentes.
COMO FICOU:
1. No CC/2002, foi introduzida a concorrência sucessória do cônjuge (art. 1.829,
CC) e do companheiro (art. 1.790, CCdeclarado inconstitucional pelo STF).
2. A ordem de sucessão legítima está agora no art. 1.829 do CC/2002
(complexa): I) Descendentes + cônjuge (o que depende do regime de bens); II)
Ascendentes + cônjuge; III) Cônjuge; IV) Colaterais (até 4º grau
3 - O usufruto vidual foi extinto e substituído pela concorrência sucessória.
4 - A sucessão do companheiro foi tratada pelo art. 1.790 do CC, posteriormente
declarado inconstitucional pelo STF (Informativo 864). O companheiro deve ser
incluído no art. 1.829, CC1 , ao lado do cônjuge.
5 - O CC/2002 reconhece o direito real de habitação do cônjuge em qualquer
regime de bens (art. 1.831 do CC).
6 - O CC/2002 não prevê expressamente o direito real de habitação do
companheiro. Doutrina e jurisprudência afirmam que o companheiro tem esse
direito, seja por aplicação do art. 7º, parágrafo único da Lei 9.278/1996, que não
foi revogado, seja por aplicação analógica do art. 1.831 do CC/2002.
7 - CC/2002 - Herdeiros necessários (art. 1.845): - Descendentes; - Ascendentes; -
Cônjuge. Nas palavras de Luiz Paulo Vieira de Carvalho, “o cônjuge é a grande
estrela sucessória no CC/2002”, pois se tornou herdeiro necessário, concorre com
ascendentes e descendentes, possui a reserva da quarta parte, além de ter o
direito real de habitação em qualquer regime de bens. Com a decisão do STF, a
grande dificuldade é saber se o companheiro passou a ser herdeiro necessário.
• OBS: O STF entendeu que o art. 1.790 do CC é inconstitucional, devendo o
companheiro ser incluído ao lado do cônjuge no rol do art. 1.829 (incisos I, II e III) -
Informativo n. 864 do STF - RE 646.721 e RE 878.694.
CC, art. 1.829: “A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: (Vide Recurso
Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº 878.694) I - aos
descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art.
1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não
houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais.”
CC, art. 1.790: “A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro,
quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições
seguintes: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721) (Vide Recurso Extraordinário nº
878.694) I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que
por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança,
tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer com outros
parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes
sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.”
• Observação: ver artigo do professor Flávio Tartuce, o qual foi publicado no site Migalhas:
“STF encerra o julgamento sobre a inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil. E
agora?”
Questões: Houve equiparação total entre o casamento e a união estável com a decisão do
STF?
O companheiro passou a ser herdeiro necessário?
Sobre a equiparação, há três correntes:
• Total (Maria Berenice Dias e Zeno Veloso) – É herdeiro necessário;
• Para fins sucessórios (Giselda Hironaka e Flávio Tartuce – Enunciado 641, VIII da JDC) – É
herdeiro necessário;
• Para os fins do art. 1.829, CC (Mário Delgado) – O companheiro não é herdeiro necessário.
Enunciado n. 641 da VIII Jornada de Direito Civil: “A decisão do Supremo Tribunal Federal
que declarou a inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil não importa equiparação
absoluta entre o casamento e a união estável. Estendem-se à união estável apenas as regras
aplicáveis ao casamento que tenham por fundamento a solidariedade familiar. Por outro
lado, é constitucional a distinção entre os regimes, quando baseada na solenidade do ato
jurídico que funda o casamento, ausente na união estável.”
• STJ - Reconhecendo o companheiro como herdeiro necessário: - REsp
1.337.420/RS (Leitura obrigatória do julgado, cuja ementa se encontra no final
deste roteiro. Ver o inteiro teor). - REsp 1.139.054/PR; - REsp 1.357.117/MG; -
REsp 1.332.773/MS; - Agravo Interno no REsp 1.318.249/GO.

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