ISCTEM

ARQUITECTURA E URBANISMO
HISTÓRIA 4

Tema: Civilizações da África Oriental: O Grande Zimbabwe/Estado de

Mwenemutapa

Grupo 5:
- Jorge Lampião
- Marla Gomes
- Sara Buque
- Yula Giralt Docente: Emanuel Simango
Civilizações da África Oriental

Fig.1 Mapa dos paises da África Oriental.

 O Grande Zimbabwe
O Grande Zimbabwe - é considerado um complexo de amuralhados de
pedra .

O nome original africano é Dzimbabwe .

Dzimba casa

Ibwe pedra
 Localização

Com uma aréa 390,757km²  de

Zimbabwe é limitado por :

- A sul pela Africa do Sul ;

- A sudoeste pelo Botswana ;
- A Noroeste pela Zambia ;
- A Leste por Moçambique;

Fig. 2. Mapa de localização do Zimbabwe.

 Subdivisão
O Zimbabwe está dividido em oito províncias
e duas cidades com estatuto de província:
-Bulawayo(cidade);
-Harare (cidade);
-Manicalândia;
-Maxonalândia Central;
-Maxonalândia Leste;
-Maxonalândia Oeste;
-Masvingo;
-Matabelelândia Norte;
-Matabelelândia Sul;
-Midlands;
 Surgimento
O Zimbabwe resulta de migrações ao planalto , entre o rio
Zambeze e o Limpopo, de povos pastores karanga (vindos da
África do Sul ) falantes de lingua Shona que no sec.XI povoaram a
região, onde estabeleceram o reino do Zimbabwe em torno de
1220.

Esses povos eram grandes construtores de muralhas de pedra , que

representavam o poder ou instrumento físico de domínio de uma
classe sobre a outra e de proteção militar contra ataques externos .
 Significado do Amuralhado
• Demonstração de poder ;
• Instrumento físico de domínio de uma classe , com função de
proteger militarmente ;
• Simbolizava o poder politico e economico das classes
dirigentes ;

Os colonialistas ingleses , afirmavam que tais construções

grandiosas não podiam ter sido construídas por povos de raça
negra .
 Clima
O clima é temperado devido à altitude.
- Inverno : de Maio a Outubro ,aquece
durante o dia e de noite fica fresco . Nyangani, a leste do país, próximo à
- Verão : de Novembro a Abril , é
chuvoso com precipitações
frequentemente violentas , mas
breves .
Geografia
O território é constituído por uma região
planáltica coberta de savanas, sendo a
altitude máxima de 2592m no Monte
fronteira com Moçambique.
O solo é muito fértil, propício à
agropecuária.
A criação de gado bovino e a
cultura do tabaco constituem a
principal riqueza económica.
 Actividades Economicas
• Agricultura ;
• Pastorícia ;
• Metalurgia do ferro – fabrico de enxada e ponta de setas ;
• Comércio – estabelicia relações com chineses, indianos e árabes, a
classe dominante vendia ouro, cobre, ferro, marfim, e em troca
recebia tecidos, missangas, porcelana, louça de vidro etc ;
• Mineração – era praticada num período em que não comprometia a
agricultura , com objetivo aquisição de matéria-prima necessaria
para artesãos fabricarem instrumento de trabalho e objetos de
adorno ;
 Organização Político-social
A forma de governo era a monarquia, organizados da seguinte forma :

• No topo estava o rei que vivia no Grande Zimbabwe, auxilidiado

por um Conselho de Anciãos ( esta classe tinha um número
aproximado a 1000 habitantes).

• Na base da pirâmide estava a comunidade aldeã ( composta por

camponeses e exploradores mineiros ), que vivia fora dos
Madzimbabwes ;
Fig.3. Imagem do Centro político do Zimbabwe.
 Fontes Económicas do Poder dos Chefes

• As populações entregavam como contributo produtos como

mapira, bois, cabras, ouro, e marfim;

• Tinham que dar ao chefes todos os meses sete dias de trabalho

para construção de muralhas ;
 Ideologias
As crenças mágico-religiosas desempenhavam um papel muito
importante nessa sociedade, era arma fundamental de poder de
coesão social e de aparente mobilidade .

O rei e os chefes das linguagens imploravam aos antepassados,

para si para seu povo, a chuva, a saúde, a proteção para caça e para
as viagens ;

O rei era o elo de ligação entre os vivos e os mortos, possuindo

assim, uma função que era uma base do poder ;
 Decadência
• Abandono de maior parte de habitantes ;
• Conflitos frequentes entre os chefes dos clãs Rozwi e Torwa devido ao
controle de comércio da costa ;
• Procura de terras fértis parra agricultura ;
• Aumento da população numa reguão pouco fértil ;
• A necessidade de troca comercial com os Árabes no vale do Zambeze ;
• A seca do rio Save , que dificultava a comunicação com a costa ;

Porem não são claras as razões do abandono . Aponta-se ainda a invasão

do planalto zimbabweano pelos exercitos Mutota .
Pintura Escultura
As esculturas representavam aves ,que
combinam características de ave e humanas
• A pintura retratava caça. - lábios em vez de bicos  e pés com
cinco dedos  - poderiam ser símbolos do
poder real, ou de outro poder.

Fig.5. Escultura do Pássaro do

Zimbabwe.
Fig.4. Arte Rupestre do Grande Zimbabwe.
 A Grande Muralha
Contruida aproimadamente no sec. XII. Parte dela perdeu se com a passagem dos seculos, embora parece
que havia pelo menos três portas de acesso dotadas de dinteis. Nas formações rochosas proximas da
antiga capital registra se pinturas rupestres com cenas de caça, com mais de 35 000 anos.

Nas ruinas distinguem-se três importantes construções :

•Templo oval cercado por uma muralha de 2,5km com 9m de altura e 4,5m de largura;
•O seu interior possui duas torres, a maior com 10m de altura .
•Uma fortaleza e casas ;
Fig.6. Muros do Grande Zimbabwe. Fig.7. Torres do Grande
Zimbabwe.
Fig.7 e 8. Vista Aérea do Grande Zimbabwe.
 O Império de Mwenemutapa
Mwenemutapa ( nome dado ao rei ) foi a civilização que cresceu
no séc XV ao XVIII entre o rio Zambeze, Zimbabwe e o Oceano
Índico até ao rio Limpopo;

Fundado entre 1440 a 1450 por Nhatsimba Mutota , formou se

nas bases das lutas e conquistas e domínio do Reino Mutapa e
outros que são : Manica, Bárue, Selada, Batua, Maunguue,
Quiteve, Quissanga.
 Localização Os mwenemutapas
organizaram o seu território
com limites que se estendiam
do rio Zambeze ao Limpopo,
do Oceano Índico ao deserto
Kalaari.

-A Sul, pelo rio Limpopo;

-A norte, pelo vale do
Zambeze;
-A este, pelo Oceano
Índico ;
- A oeste ,pelo deserto do
Kalaari ;
Fig.9. Mapa de Localização do Estado Mwenemutapa.
 Desintegração do Estado do Zimbabwe
Com a desintegração do Estado do Zimbabwe surgiram outros dois
Estados :
• A população que ficou na região do Grande Zimbabwe, do Estado
Zimbabwe, sob direcção do clã Torwa, formou o Estado de Torwa,
com a capital em Khami .

A população que se deslocou para região do vale do Zambeze, sob

direcção do clã Rozwi, chefiado por Nhantsimba Mutota, formou o
Estado Mwenemutapa, por volta de 1450, com capital em Dande, ou
Zuangombe, localizado entre os rios Mazoe e Luia .
Organização Social, Política e Administrativa do Estado
O poder central localizava-se entre os rios Luia e Mazoe e era
circundado por estados vassalos : Sedanda, Quiteve, Quissanga,
Manica etc.
As classes dominantes desse estados eram constituidas por parentes
dos Mwenemutapas e por estes nomeados .
A sociedade Shona estava dividida em dois níveis socio-económicos :
• A comunidade aldeã ( a Musha e a Incube), relativamente autárcica e
estruturada pelas relações de parentesco
• Aristocracia dominante, que controlava o comércio a longa distância
e a vida das comunidades
 Estrutura Político-administrativa
• Mambo – era o representante supremo de todas as
comunidades ;
• Mazarira, Inhahanda e Nhambuiza –as três
principais esposas do soberano com funções
importantes na administração ;
• Matumes-( mensageiros, que tinham a missão de
estabelecer a ligação entre a casa real e os chefes
territoriais , levando informações para junto do
soberano e vice-versa ) e os Infices ( que eram
guardas pessoais do soberano );
• Nove Altos Funcionários- responsáveis pela defesa, comercio,
cerimonia mágico-religiosas, relações exteriores, festas etc;
• Fumo ou Incosse- Chefes provinciais , era eleito Fumo quem
tivesse maior riqueza material;
• Mukuro ou Muenemusha - chefe dos mushas ( o ancião mais
idoso);
• Linnhagem – sociedade produtora constituida por um grupo de
pessoas que descendem do mesmo antepassado ;
Swikiros – contavam a história do imperio e memorizavam os
acontecimentos relativos a história familiar dos chefes e suas sucessões,
apoiavam o poder do mwenemutapa através da superstição, levavam o
povo a acreditar que eles eram capazes de falar com espíritos dos
antepassados e eram responsaveis pelos cultos .

Nevinga – quando morria o mwenemutapa e até a eleição do novo

mambo, o poder era exercido por um personagem que usava o nome
Nevinga, que era morto logo após a eleição do mambo de direito .
 Fontes Economicas do Poder dos Chefes
Obrigação dos Mushas
1. Imposto em trabalho:
• Mineração do ouro para alimentar o comercio a longa distancia e adquirir os bens
de prestigio ( tecido, missanga etc.).
• Prestação de sete dias de trabalho mensalmente na propriedade dos chefes ;
• Construção de casas para os membros da classe dominante ;
• Transporte de mercadorias de e para o estabelecimento comerciais Árabes e
Portugueses,

2 . Impostos em géneros
• Primícias das colheitas ( tribute simbolico ) e uma parte da produção agricola
regular ;
• Marfim, peles e penas de alguns animais e aves ;
• Materiais para construção de residencia da classe dominante: pedra , estacas ,palha
etc ;
 Obrigação da Classe Dominante
•Orientação das cerimonias de invocação da chuva ;
•Pedir aos muzimos reais ( espirito dos antepassados reias ) a fertilidade do
solo, os sucessos das colheitas ;
•Garantir a segurança das pessoas e dos seus bens ;
•Manutenção da paz interna, defesa do territorio dos ataques externos e
organização ;
•Assegurar estabilidade política e militar no territorio ;
•Servir de intermedio fiel entre vivos e mortos ;
•Orientar cerimonias mágico-religiosas contra cheias , epidemias e outras
calamidades etc.
 Economia do Estado Mwenemutapa
As actividades que mais dominavam o imperio eram : agricultura e
criação de gado ( os principais cereais cultivados eram mapira, mexoeria,
naxemi, milho e ao longo do rio cultivava –se o arroz .

A pesca, artesanato, mineração e caça praticava-se em menor escala,

porém a base do comercio era o ouro ;
 Ideologia do Estado Mwenemutapa

Os Mwenemutapas constituiam os antidotos mais eficazes contra o

caos ,um culto forte entre os Shonas , era dedicado aos espíritos dos
antepassados ,os Muzimo.

Haviam dois nomes para designar Deus :

1. Mulungo – utilizado nas terras marítimas , ao longo do vale do
zambeze e Nordoeste do planalto Zimbabweano ;
2. Muari – usado a sul do planalto .
Penetração Portuguesa e o Estado de Mwenemutapa

Os portugueses, movidos por interesses economicos, sociais e

religiosos, ocuparam e colonizaram Moçambique. Numa primeira fase
ocuparam posições costeiras, junto de pontos de comercio porem mais
tarde foram para o interior junto dos pontos de extração de ouro .
 Decandência do Mwenemutapa
Causas políticas
• Lutas internas pela sucessão do poder entre os reinos vassalos ;
• A luta entre aristocracia e as comunidades aldeãs;
Causa Social
• Penetração e fixação dos portugueses no porto de Sofala em 1505;
Causas Económicas
• Penetração mercantil portuguesa em Moçambique , em 1498;
• Esgotamento das minas de Ouro ;
Bibliografia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Zimbabwe.
https://colegiomoz.blogspot.com/2017/11/o-estado-de-zimbabwe.html.
https://slideplayer.com.br/slide/3328709/.
https://www.webartigos.com/artigos/teorias-sobre-o-estado-do-zimbab
we/149480#