Você está na página 1de 18

Sumário

Nenhuma entrada de sumário foi encontrada.

1.1. VISITAÇÃO
1.2. SOLIDARIEDADE
1.3. PROVÉRBIOS
1.4. CONTOS
1.5. ADVINHAS
1.6. RITUAIS
1.7. FOLCLOR
1.8. DESPORTO
1.9. EDUCAÇÃO
1.10. INDUMENTÁRIAS
1.11. GASTRONIMIA
1.12. CABELEIREIRA
1.13. NASCIMENTO
1.14. NAMOROS
1.15. CASAMENTOS
1.16. INFELICIDADES (ÓBITOS)
1.17. DOENÇAS, TRATAMENTOS E CURAS (OKUKOTA “OKUKOTA” IMUNIZAR)
1.18. JULGAMENTOS
1.19. VIAGENS
1.20. RECEPÇÃO DO HÓSPEDES
1.21. ALOJAMENTOS DE HÓSPEDES
1.22. DESPEDIDAS DE HÓSPEDES
1.23. NASCIMENTO DE GÉMEOS
1.24. TRATAMENTO ESPECIAL DE GÉMEOS
1.25. DESARECIMENTOS FÍSICO DE GÉMEOS.

IIIºASPECTOS FINAIS
3.1. CONCLUSÕES
3.2. RECOMENDAÇÕES
3.3.ANEXOS
3.4. BIBLIOGRAFIA
DEDICATÓRIA
O presente trabalho é dedicado ao meu esposo António Martins Morça pela ajuda
moral e científica, aos meus filhos por estarem sempre presentes na minha vida, sem
esquecer meus pais Abel Frederico Saúde e Isabel Chovocuene, por me terem gerado.
Aos meus irmãos especialmente o irmão mais velho, Adolfo Nunda Saúde, pelo
incentivo até me tornar na mulher que hoje sou.
AGRADECIMENTOS
Os meus agradecimentos são extensivos primeiro a Deus –Pai-Todo poderoso, pelo
dom da vida e saúde, em especial pela grande oportunidade que me cedeu em me
tornar numa estudante universitária. Foram ainda parte da minha formação os meus
estimados colegas, dos meus benquistos professores que nunca pouparam esforço na
ministração de conhecimentos conducentes ao desenvolvimento multifacêtico.
A minha consideração e agradecimentos também àqueles anonimamente não
mencionados, mas que directa ou indirectamente deram o seu contributo para o
alcance daquilo que hoje granjeei, fruto da formação.
RESUMO
O presente trabalho visa identificar os usos e costumes do povo umbunbu. Nesta
perspectiva, torna-se de importância vital, o conhecimento da cultura deste mesmo
povo, de modos que, as futuras gerações conheçam, as suas origens, sua cultura, para
promover uma convivência sócio-cultural salutar. Tanto é que, a tribo umbundu
constitui mais de 37% da população angolana.
São um povo que, antes da chegada dos portugueses, vivia da agricultura de
subsistência, da caça e de alguma criação de gado bovino e de pequenos animais.
Durante algum tempo, uma vertente importante teve o comércio das caravanas entre o
Leste da Angola. Este comércio entrou em crise quando, no início do século XX, o
sistema colonial português lhes exigia o pagamento de impostos, os Ovimbundos
viraram-se sistematicamente para a agricultura de produtos comercializáveis,
principalmente o milho.

No decorrer do século XX, e em especial no período da "ocupação efectiva" de Angola,


implementada a partir de meados dos anos 1920, a maioria dos Ovimbundu tornou-se
cristã, aderindo quer à Igreja Católica, quer a igrejas protestantes, principalmente à
Igreja Evangélica Congregacional de Angola (IECA), promovida por missionários norte-
americanos.

Com este trabalho, esperamos potenciar a população estudantil e não só de um


manancial de conhecimentos suficiente, para conhecer a sua identidade, que tem como
o epicentro o domínio da Língua Umbundu.

Palavras chaves: hábitos, rituais, costumes e manifestações culturais.


SUMMARY
The present work seeks to identify the custom and usage of the people umbunbu. In
this perspective, it becomes of vital importance, the knowledge of the culture of this
same people, of manners that, the future generations know, their origins, their culture,
to promote a salutary partner-cultural coexistence. So much is that, the tribe umbundu
constitutes more than 37% of the Angolan population.
They are a people that, before the arrival of the Portuguese, he/she lived of the
subsistence farming, of the hunt and of some bovine cattle breeding and of small
animals. During some time, an important slope had the trade of the caravans among the
East of Angola. This trade entered in crisis when, in the beginning of the century XX, the
Portuguese colonial system demanded them the payment of taxes, Ovimbundos were
turned systematically for the agriculture of marketable products, mainly the corn.
In elapsing of the century XX, and especially in the period of the "occupation efectiva" of
Angola, implemented starting from middles of the years 1920, most of Ovimbundu
became Christian, adhering wants to the Catholic Church, he/she wants to Protestant
churches, mainly to the Evangelical Church Congregacional of Angola (IECA),
promoted by North American missionaries.
With this work, we waited for potenciar the student population and not only of an
enough spring of knowledge, to know his/her identity, that has as the epicenter
Umbundu Language domain.
Key words: habits, rituals, habits and cultural events.
ÍNDICE...............................................................................................
I-CAPÍTULO
INTRODUÇÃO………………………………………………….
2. LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA, DELIMITAÇÃO R CONCEITUALIZAÇÃO.
2.1. PROVÍNCIA DO HUAMBO (LOCALIZAÇÃO).
2.2. DELIMITAÇÃO.
2.3. ORIGEM DA POPULAÇÃO ESUA DENSIDADE
II-CAPÍTULO- MARCO TEÓRICO
3. USOS E COSTUMES DO POVO UMBUNDU NA PROVÍNCIA DO HUAMBO.
3.1. SAUDÇÃO
3.2. VISITAÇÃO
3.3. SOLIDARIEDADE
3.4. PROVÉRBIOS
3.5. CONTOS
3.6. ADVINHAS
3.7. RITUAIS
3.8. FOLCLÓRICAS
3.9. DESPORTIVAS (LÚDICAS)
3.10. ERÓTICAS
3.11. EDUCATIVAS
3.12. INDUMENTÁRIAS DE ACORDO AS REGIÕES
3.13. GASTRONIMIA TÍPICA DE ACORDO AS REGIÕES
3.14. CABELEIREIRA
3.15. NASCIMENTOS
3.16. NAMOROS
3.17. CASAMENTOS
3.18. INFELICIDADES (ÓBITOS)
3.19. DOENÇAS, TRATAMENTOS E CURAS (OKUKOTA “OKUKOTA” IMUNIZAR)
3.20. JULGAMENTOS
3.21. VIAGENS
3.22. RECEPÇÃO DO HÓSPEDES
3.23. ALOJAMENTOS DE HÓSPEDES
3.24. DESPEDIDAS DE HÓSPEDES
3.25. NASCIMENTOS DE GÉMEOS
3.26. TRATAMENTO ESPECIAL DE GÉMEOS
3.27. DESARECIMENTOS FÍSICO DE GÉMEOS.
III-MARCO METODOLÓGICO
IV-ASPECTOS FINAIS
3.1. CONCLUSÕES
3.2. RECOMENDAÇÕES
3.3.ANEXOS
3.4. BIBLIOGRAFIA
I-CAPÍTULO
I-INTRODUÇÃO
O presente trabalho visa o fim do curso para a obtenção de grau de Licenciatura em
História, cujo tema retrata dos Hábitos e costumes do povo Umbundu na província do
Huambo.
A província do Huambo está dividida em 11 municípios, nomeadamente: Huambo
cidade capital com o mesmo nome, Caála, Longonjo, Ukuma, Tchindjendje,
Londuimbali, Bailundo, Mungo, Katchiungo e Tchikala Tcholohanga com cerca 36
comunas.
1.1. PROVÍNCIA DO HUAMBO (LOCALIZAÇÃO)
A província em causa, localiza-se no centro do país, sendo referenciado pelo planalto
central de Angola e pelas montanhas altaneiras, como é o caso do monte Luvili e o
moro Moco, este último constitui o ponto mais alto de Angola com cerca de 2620𝑚 de
altura.
1.2. DELIMITAÇÃO
Geograficamente a província do Huambo é limitada pelas províncias do Cuanza Sul a
Norte, a Sul pela província Huíla, a Leste pela província do Bié e a Oeste pela província
de Benguela.
1.3 ORIGEM DA POPULAÇÃO E SUA DENSIDADE
A origem dos Ovimbundu tem sido motivo de estudos apaixonados por parte de vários
historiadores. Uma das razões tem a ver com o facto de se tratar de um grupo étnico
que marcou (e continua a marcar), de modo profundo, a história económica, social,
política e cultural da porção de território que hoje se chama Angola.
O grupo étnico dos Ovimbundu é, actualmente, formado por vários subgrupos :Va-
Mbalundu, Va-Vihé, Va-Wambu, Va-Ngalangui, Va-Ndulu, Va-Tchingolo, Va-
Kaluquembe, Va-Sambu, Va-Kakonda, Va-Sele, Va-Hanha, Va-Nganda Va-Chikuma.
Eles constituem 37% da população do país. Os Ovimbundu ocupam hoje o planalto
central de Angola e a faixa costeira adjacente, a uma região que compreende as
províncias do Huambo, Bié e Benguela, cuja língua que lhes caracteriza é o Umbundu.
Estes subgrupos vivem na região que compreende o Huambo (zona de solo fértil e
onde se podem cultivar cereais, horticulturas, e com boas condições para o gado,
especialmente bovino).
No que diz respeito a origem do nome Wambu, segundo historiadores é oriundo de um
caçador que vinha da vizinha província do Cuanza Sul, no município de Seles, que
seguia um elefante que veio a ser abatido entre as duas pedras gigantes do município
da Caála, chamadas Nganda la Kawe, na regedoria hoje designada por Mwangunja.
Em homenagem ao primeiro soberano daquela Ombala. Este caçador não foi soba,
porém, veio a ser soba seu neto que instalou sua residência no local hoje chamado
Huambo e encontrado pelos portugueses, dali o território passou a ter o nome daquele
ancestral.
Retrato do Rei Ekuikui II, o soberano do Bailundo:
Relativamente a Angola é de referir que os Bantu angolanos são originários do que se
tem designado por 2º Centro Autófono (Baixo Congo e Planalto Luba). Os Ovimbundu
seriam, assim, descendentes dos Bantu que se fixaram no planalto central outros
dizem são descendentes dos autores das pinturas rupestres de Caninguiri (Kañilili).
É de referir que está se situa nas áreas do Mungo e do Bailundo e remonta a milhares
de anos (9600 anos ou 9670 anos em idade absoluta). O que mostra que,
paralelamente as comunidades pré-bantu (Bosquímanos, Vátuas e outras) existia na
região do planalto central uma comunidade de onde saíram os autores das famosas e
impressionantes pinturas rupestres de Kañilili. Existem evidências claras que apontam
no sentido de os Ovimbundu serem descendentes directos dos autores das pinturas de
Kañilili (Davidson, B. (1981).
Palavras chaves: hábitos, rituais, costumes e manifestações culturais.
II-CAPÍTULO- MARCO TEÓRICO
2. USOS E COSTUMES DO POVO UMBUNDU NA PROVÍNCIA DO HUAMBO.
Os usos e costumes de um povo fazem parte de todas as instituições e sociedades.
Por muito tempo se confundiu costumes com doutrinas, mas há diferenças
significativas entre esses conceitos. Segundo Aurélio Buarque de Holanda, definiu
costume como uso, hábito ou prática geralmente observada.
2.1. SAUDAÇÃO
Os ovimbundu caracterizam-se pela sua simpatia, uma das principais marcas deste
povo é a saudação. Saúda todos quanto encontram sempre com aquele sorriso típico,
usando as expressões como: “akuku? Kalungi? Walali? wosali?”

2. 2.VISITA
2.3.SOLIDARIEDADE
2.4.PROVÉRBIOS
2.5.CONTOS
2.6.ADVINHAS
2.7.RITUAIS
2.7.1.De acordo a algumas análises, o ritual da chuva é praticado quando não chove na
devida época, na ocasião os velhos da comunidade (Va Sekulo) reúnem-se junto dos
Akokoto (lugar específico onde jazem os crânios do antigos somas e reis) para efectuar
o devido ritual. Este obedece as seguintes regras:
A mulher do soba prepara a comida que é constituída por canjica de milho, feijão e
outros alimentos e sacrificam alguns animais como cabras e galinhas.
preparam também as bebidas tradicionais tais como a kachipembe, otchissangua.
Comem, bebem e dançam ao som do batuque oferecendo assim a cerimónia aos
espíritos.
Se chover nesse dia significa que os espíritos gostaram da cerimónia, caso contrário,
devem repetir a cerimónia.
2.7. 2.A CIRCUNCISÃO
Os ritos da puberdade têm como finalidade iniciar os jovens na plena vida da
comunidade. Constituem a forma de celebrar, de maneira solene e até, por vezes,
dramática, a transição da fase de criança para adulto, e, através delas, se completa e
se aperfeiçoa a educação que até aí se tinha processado como que espontaneamente.
O objetivo principal destas cerimónias é a preparação das crianças e dos adolescentes
para a plenitude do estatuto de adulto, o seu fortalecimento físico e psíquico, a sua
iniciação no conhecimento integral da cultura do grupo a que pertencem. Constituem
também a sua solene aceitação no seio da comunidade. Nesse ritual, faz-se, em
primeiro lugar, a separação do rapaz da família e da comunidade. Durante um período
de tempo bastante dilatado, que varia entre um e dois meses, e, por vezes, se estende
até mais de um ano, os rapazes passam a viver no mato, enclausurados num recinto
vedado que previamente foi preparado para o efeito.
Durante o tempo de segregação são iniciados nas atividades dos adultos por indivíduos
que a comunidade considera como aptos para tal função. São lhes dadas a conhecer
as concepções religiosas do grupo e os mistérios do culto, são lhes ministrados
conhecimentos sobre as práticas mágicas, e também sobre os mitos do seu povo e as
tradições do clã a que pertencem. Também lhes são revelados os segredos que até aí
lhes eram interditos e que fazem parte da cultura masculina. Aprendem também as
danças rituais, as músicas e os cânticos que acompanham essas e outras danças em
uso na região. São igualmente submetidos à aprendizagem de certas artes e ofícios e,
durante todo este período de segregação, praticam intensamente a pesca e a caça,
aprendendo a fazer armadilhas e a seguir os rastos dos animais.
Normalmente, as cerimónias terminam com juramentos solenes, como, por exemplo, o
de nunca revelarem o que se passou durante os ritos da iniciação. E, além disso, juram
respeitar sempre as mulheres dos seus tios, dos mestres e companheiros do rito. Estes
juramentos vêm coroar todo o cerimonial de aparato e de mistério que caracteriza os
ritos da iniciação e criam uma tensão emocional que jamais se apagará no espírito dos
iniciados.
2.7.3.ENTRONIZAÇÃO DO SOBA/REI
A entronização do soba ou rei, é feita seguindo o ritual apropriado. Para começar, o
candidato a Soba ou mesmo o Rei, tinha que ser da linhagem real, normalmente o
sobrinho filho da irmã. Este é eleito pela comunidade e se na aldeia não existir, será
localizado noutras aldeias, porquanto não pode ser alguém que não é da família. No
dia da entronização, organiza-se uma festa com comes e bebes para tomada de posse.
Os sobas grandes e os Sekuku fazem o ritual de entronização.
No caso de Rei o processo é mais sofisticado, porquanto este é selecionado pela corte
real e após a confirmação da sua eleição, faz-se o pedido deste da família como noiva
até a Ombala. No dia da entronização este sacrifica um boi, sem que este saia sangue,
portanto, ele chama pelos nomes de reis que já por lá passaram, e quando chamar
pelo nome no Rei que ele inspira, a comunidade rejubila-se com gritos e assobios e
assim, acende a fogueira de forma artesanal e após a morte do animal sacrificado, é
lhe ungido, segundo rituais da tribo, sentam numa esteira chamada esisa ele e a rainha
Nasoma, é ungido com óleo de palma, elimbui e outros amuletos. Depois o novo Rei
sopra no chifre do boi dança manifestando a sua alegria junto à comunidade, neste dia
haverá uma manifestação cultural de todo tipo, comem, bebem e dançam ao som do
batuque com a presença do tchinganji, kaviula, tchivanje e muito mais e após a festa,
toda comunidade deverá apagar suas fogueiras e tirando o fogo na lareira acesa pelo
novo Rei levando às suas casas, símbolo da nova era.
2.7.4.A MORTE DO SOBA
A morte de um soba (Okufa kuosoma ou olofa vio soma) é um problema acérrimo e
reclama por uma urgente reflexão porque mesmo durante a doença, corre a notícia
segundo a qual o soba está em viagem irredutível. Quando acaba em morrer, amarra-
se a corda ao pescoço para a retirada da cabeça até que esta caia ao chão seguindo
um processo específico, durante o processo comunica-se que o soba está gravemente
doente e após a retirada da cabeça, aí sim, comunica-se a morte do soba. Ela é untada
com óleo de palma, e fica enrolada num pano branco e posteriormente colocada num
lugar supostamente sagrado chamado (Akokoto), que é o lugar onde ficam os crânios
de todos os sobas da aldeia. Esta constituem um tesouro para a comunidade porque a
partir deste momento a comunidade passará entrar em contacto com este sobas,
visitando-os e suplicando-lhes o auxílio na escassez da chuva, pouca colheita, e tantos
outros méritos.
2.7.5.RITUAIS AOS LOCAIS SAGRADOS (AKOKOTO E ETAMBO).
O povo ovimbundu venera muito os seus antepassados. Construindo assim pequenas
casotas a que se chamam Etambo e os Akotoko.
2.7.6.A ENTRADA PARA O AKOKOTO
Para os Ovimbundu quando uma pessoa morre o seu espirito permanece como
manifestações afectivas de poder, personalidade e conhecimento dessa pessoa na
sociedade, assim sendo os espíritos têm uma influência poderosa sobre os vivos. Por
isso devemos cuidar bem dos seus túmulos.
Para se visitar estes locais os visitantes devem ungir os pulsos e seu tornozelos com
óleo de Palma e folhas duma planta específica chamada elimbui. Esta acção é que dá
acesso e permissão a entrada do local. Porém, não deverá entrar no local (Akokoto)
crianças mulheres em período de menstruarão sob pena do sangramento não esgotar.
Devem ser acompanhados por um guia. Este é uma pessoa indicada pela Corte da
Ombala chamado Kesongo, que é o porta-voz da Ombala, geralmente é o soba que
toma a dianteira.
Mas para visitar um Etambo (local onde se encontram as caveiras dos antepassados) o
ritual é mais complicado deve-se seguir os seguintes passos:
Repete-se o caso da unção dos pulsos e dos tornozelos com óleo de palma e elimbui;
Deposita-se uma quantia monetária no balaio (okuyamba ou okolumba); que simboliza
a autorização dos antepassados ao local.
Entrega-se a autoridade um garrafão de aguardente ou vinho tinto e um galo; E só
assim se tem acesso ao Etambo.
2.8. FOLCLÓRICAS

2.9.DESPORTIVAS (LÚDICAS)
2.10.ERÓTICAS
2.11.EDUCATIVAS
2.12.INDUMENTÁRIAS DE ACORDO AS REGIÕES
2.13.GASTRONIMIA TÍPICA DE ACORDO AS REGIÕES
Relativamente a gastronomia na cultura umbundu, estes têm com prato típico o pirão
de fubá de milho, tanto é que, são os potenciais produtores de milho, nalguns
momentos também utilizam fubá de bombó, batata rena, batata-doce e outro cereais e
tubérculos.
Normalmente acompanhado de feijão, lombi, carne de vaca, de porco, de cabrito, de
aves e peixe de água doce.
2.14.CABELEIREIRA
A mulher umbundu tem uma particularidade no toca a beleza. Ela gosta de
apresentar-se de forma sensual, especialmente em festas de grande significância,
como é o caso de ayele, festas circuncisão casamentos, etc. Quanto a atividade de
cabeleireira, as tranças típicas usada são: Ondondi, o malafa, okakonda, tipos de
tranças que põem a mulheres muito bonitas,
2.15.NASCIMENTOS
2.16.NAMOROS
O namoro é a fase de preparação para o casamento, que passa
2.17.CASAMENTOS
2.17.1.O ALAMBAMENTO
O termo tem sido constantemente utilizado. Vem do verbo O kulomba, que significa
apoderar-se de, ou perseguir, vem de verbo okulambalala, e lomba de okulomba que
quer dizer pedir, suplicar. Ovilombo é o particípio passado do verbo Okulomba que
quer dizer pedido. Por dependência a dinâmica em que a sociedade se encontra, o
termo passou a significar garantia ou contrato de casamento. É sinal de casamento,
prémio aos pais da moça, portanto, futura noiva, pelo sacrifício proporcionado por eles
desde a gestação até ao casamento.
A primeira fase do alambamento é chamado de “okutambela” que é a acção de
assegurar a noiva, vem do verbo “okutamba” que quer dizer pescar, seduzir e apanhar.
Feita a eleição da moça em obediência aos critérios exigidos, manda-se um emissário
aos parentes da moça levando consigo algum valor ou bebida. Aqui trata-se única e
exclusivamente da cultura umbundu, onde o gesto é tão sagrado. Desta feira, os
presentes uma vez aceite pelos pais da moça, constitui o pontapé de saída para a
constituição saudável do relacionamento saudável do futuro casal.
Devido a sacralidade do gesto, não são contemplados apenas os pais como também a
moça na cerimónia de apresentação. Retido o gesto pelos pais da noiva, há garantia
promessa da satisfação.
O passo seguinte é de “ocitindiko” que é o presente que se dá à família da moça para
se evitar que outros jovens apareçam com a mesma intenção, também o gesto é
conhecido por “okukuta kokuokuo” ou “okutilisa ovikuelume” em Português
significa afugentar os rivais.
2.17. 2.O NOIVADO (Etambelo)
Este constitui a terceira fase de entrega de presentes à família da noiva.
O noivado é o reconhecimento público da relação amorosa. Neste entretanto, toda a
mulher comprometida em noivado está obrigada a fidelidade baseada na obediência ao
seu namorado. Na cultura Umbundu sustenta-se que se noivo pretender romper com o
relacionamento, o pai da noiva não tem obrigação de devolver o dotação da noiva, ao
passo que se se for o pai da noiva romper com a relação da filha, este teria de devolver
o dobro da dotação recebida.
Os tios e tias do moço vão à casa da família da noiva para empreender as devidas
negociações. De acordo aos costumes da família do noivo leva consigo quatro (4)
garrafões de aguardente(okachipembe), um rolo de panos, quimones, indumentárias
para o pai e a mãe, um litro de óleo que simboliza a beleza da noiva, o famoso

(uvia woponda) , cujo significado é de bater a porta ao longo do relacionamento

afetivo do casal jovem, portanto, todos os passos devem ser seguidos rigorosamente.
Nada é feito sorrateiramente, portanto, em segredo.
Outro elemento muito importante neste processo de noivado é a virgindade. Este
constitui um elemento que dá respeito a família da noiva porquanto determina a
pureza e a fidelidade. Na noite nupcial, a mulher é posta em prova virginal com o seu
marido colocando um pano branco sobre a cama para mancha-lo de hemorragia. E se
este sinal não aparecer, no dia seguinte a tia do noivo após interrogatório ao noivo e
este contar o ocorrido, no momento da busca do utensílio da noiva, apresentam uma
porção de lençol queimada ao meio o que simboliza que a noiva não é virgem, isto,
não foi fiel com seu noivo, e a garrafa de vinho que se leva naquele dia vai sem
cortiça, tudo para mostrar que a filha deles não se cuidou.
2.18. INFELICIDADES (ÓBITOS)
Na cultura dos ovimbundu são os mais velhos que detêm o poder nas cerimónias de
festa ou de morte tomam sempre a palavra para a resolução das questões e
acontecimentos sociais. A sua presença é de vital importância para a realização desses
eventos. Por exemplo, a execução de um enterro ofuneral, fica condicionada à sua
presença e, sem eles este não se realiza, pois, como porta-vozes da comunidade, os
“ondjende” estão encarregados de resolverem os problemas e de decretarem a
realização das exéquias. Uma das canções de óbito recolhidas coloca-nos perante a
“sentença” ou lição de um desses mestres da palavra, que apela à presença de
familiares do morto no momento do funeral:
2. 19. DOENÇAS, TRATAMENTOS E CURAS (OKUKOTA “OKUKOTA” IMUNIZAR)
Utilizavam folhas e raízes para a cura de diversas enfermidades de ordem física por
curandeiros (ovimbanda), para as doenças de ordem espiritual, recorriam aos famosos
advinhas (vakuakutahã ou vakuakupilula) estes tinham poder sobre o mundo
sobrenatural.
Quando alguém tivesse uma enfermidade de índole espiritual, era levado àqueles
especialistas para o tratamento, por sua vez preparavam os materiais necessários e
lugares específicos para o efeito, os materiais mais utilizados são: cabaças, pratos de
vidro, panelas de barro dentre outros. Aos doentes exigiam animais para serem
sacrificados que podia ser uma galinha fémea ou cabrito. A galinha preparada para a
cura tinha como nome de (osanji yo mbuiyu), o animal depois de sacrificado, misturava-
se o sangue com outros medicamentos e assim se consumava o acto. Normalmente o
lugar propício para a cura é o um espaço compactado por salalé chamado
(otchimbandi) dentro duma mata. Após a cura, o paciente é advertido para nunca
passar pelo mesmo lugar, sob pena de voltar a adquirir a mesmos espíritos. Este acto é
chamado de okutahã ou okipilula, cuja finalidade é de afugentar os espíritos malignos.
1. 20.JULGAMENTOS
Quanto ao julgamento na cultura umbundu, estes as autoridades tradicionais têm um
tribunal específico consubstanciado no direito costumeiro o onjango yelombe ou
yombala, onde se encontram alguns artefatos dos quais o réu ou a ré, são submetidos
quando estes não se assume ter cometido o crime pelo qual são acusados. Dos
artefatos mais frequentes são: ukumbi, que é uma espécie de algemas tradicionais aos
pés e bem apertados, alí o infrator não tem como não confessar, o outro é o
olumwango ou olomango, que são duas barras de madeira que se colocam um de cada
lado da cabeça bem na direcção dos olhos e amarrando as duas extremidades com
muita força, ao ponto de quase retirar as vistas da cabeça, também, usa-se o famoso
esisa, que é um conjunto de pedrinhas colocadas ao chão no onjango onde o infratror
ajoelha com braços estendidos, sendo em poucos minutos transpirado seriamente e
ainda se usa uma pedra aguçada com o nome de …… No caso de acusações de
feitiçaria, alí o caso é mais caricato. Leva-se o acusado e o ofendido a ombala nas
autoridades junto as suas famílias, e como forma de laboratório tradicional, faz-se o
Ombulungu, este consiste em as duas família prepararem galinhas e bebida
tradicional aguardente, os Sobas sacrificam as galinhas de ambas as partes, cujo
sangue misturam com bebidas das duas partes num almofariz e daí, cada membro ao
julgamento tinha que tomar uma porção começando pelo acusado e depois o ofendido
e as respectivas famílias. Enquanto ocorre o processo de misturas de produtos, as
galinhas sacrificadas seus cadáveres são colocados nas entradas opostas do jango
sendo do acusado na entrada oriental e do ofendido na entrada ocidental onde todas
entradas são barradas de pisos de almofarizes (usi) junto umas folhas próprias
chamadas (upu). Se na verdade o acusado for o culpado, minutos depois o sinal
aparece, este pode encontrar uma morte imediata ou mesmo apresentar transtornos
mentais que lhe levarão em revelar tudo como que estivesse hipnotizado, porém, o
primeiro sinal deverá se verificar nas formigas bravas bissondes que envolverão à
galinha do acusado, segundo afirmou o Soba “Kanjamba na aldeia da Epanda, comuna
do Quipeio” …Esta é uma realidade vivida e não contada segundo o ancião.
Daí o velho provérbio “Tchamola isso ombulungo isule ”

2. 21.VIAGENS
2. 22.RECEPÇÃO DO HÓSPEDES
2. 23.ALOJAMENTOS DE HÓSPEDES
2. 24.DESPEDIDAS DE HÓSPEDES
2. 25.NASCIMENTOS DE GÉMEOS
Na tradição dos Ovimbundu o nascimento de bebés gémeos constitui alegria para a
família e ao mesmo tempo uma preocupação.
Quando nascem gémeos , ao contrários de outros bebés, estes são saudados com
insultos.
São chamados por nomes abusivos, por exemplo: " Ove a Ngulu, ove ambua" que
significa em português (tu porco, tu cão) e outras palavras depreciativas pelas quais
são tratados para culturalmente salvaguardar e sua permanência no mundo dos vivos.
A mãe e os gémeos depois de os umbigos caírem, são levados para fora de casa,
envoltos em barro, a mãe é arrastada no lodo passando com ela em volta da casa num
alarido de insultos assobios e ao som de chifre de boi ou cabrito, com um balaio cheio
de canjica não desfarelada na cabeça ( ombulunga ou olondolo), que vai sendo
consumida á medida que se vai arrastando a mãe no lodo. Esta festa dura quase a
manha toda.
De seguida os umbigos são enterrados junto ao cruzamento dos caminhos, as roupas
que serviram a parturiente são deitadas fora ou num rio. Quem faz isto é o curandeiro
que acompanhou a parturiente. Os bebés recebem o nome de animais selvagens mais
temidos na fauna Angolana tais como:
Se forem dois rapazes
1º nascido = JAMBA (ELEFANTE)
2 º nascido = HOSSI (LEÃO)
Se forem um menino e uma menina, portanto, um casal;
1º o menino =JAMBA
2ª a menima = NGUEVE (HIPOPOTÁMO)
2.26.TRATAMENTO ESPECIAL DE GÉMEOS
2.27.DESARECIMENTO FÍSICO DE GÉMEOS.
Se falecer um deles não se deve Chorar. A mãe e o bebé vivo são escondidos ao
máximo, até terminar o óbito e em sua substituição cria-se uma estátua antropomórfica
de pequenas dimensões que deverá trajar a mesma roupa que o vivo e que deverá
sempre ser levada pela mãe.

III-MARCO METODOLÓGICO

IV-ASPECTOS FINAIS
3.1. CONCLUSÕES
3.2. RECOMENDAÇÕES
3.3.ANEXOS
III-MARCO METODOLÓGICO

IV-ASPECTOS FINAIS
3.1. CONCLUSÕES
3.2. RECOMENDAÇÕES
3.3. ANEXOS

Retrato do Rei Ekuikui II, o soberano do Bailundo


3.3.1.CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

ACTIVIDADES CRONOGRAMA DE ACTIVEDADES

DESENHO DO PROJECTO Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho

RECPOLHA RE
INFORMAÇÃO
OBSERVAÇÕES
INQUÉRITOS
ENTREVISTAS
TRATAMENTO DE
INFORMAÇÃO
ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO
DE DADOS
ELABORAÇÃO DO MARCO
TEÓRICO
APRESENTAÇÃO DO
TRABALHO

3.4.REFERÊNCIABIBLIOGRAFIA
 CHACUSSANGA,G.A.A FAMÍLIA, A MORTE E O ONJANGO NA CULTURA
TRADICIONSL DOS OVIMBUNU, FILOSOFIA DOS OVIMBUNDU, LUANDA.

3.4. BIBLIOGRAFIA

Você também pode gostar