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“TÔ RENASCENDO DAS CINZAS DO FOGO EM QUE QUEIMARAM MEUS

ANCESTRAIS, AINDA REEXISTIMOS EM TANTOS TONS E VIVÊNCIAS”: A


HISTÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA DOS POVOS TUPINAMBÁS DE OLIVENÇA
Thayná Costa Morais1

RESUMO

O Brasil não foi descoberto por portugueses, muito antes da chegada deles
um povo já caminhava pelo solo nacional, indígenas de diversas etnias viviam no
Brasil. O seguinte artigo visa abordar a construção das lutas dos povos indígenas,
que é fruto da chegada dos portugueses, em específicos Tupinambás de Olivença,
residentes do distrito de Olivença, no município de Ilhéus, na Bahia, tendo como
principal objetivo mostrar a origem dessa luta e a forma com que ela afeta a vida dos
povos originários dessa região. A população indígena que desde 1500 tem suas
terras invadidas e tomadas e veem seus corpos alvos constante, continuam
diariamente clamando para que tenha seus direitos reconhecidos, 5 séculos após a
invasão portuguesa. A Bahia é um dos maiores estados do Brasil e a região Sul é
um dos maiores aglomerados de povos indígenas brasileiro, e justamente por isso é
o corte para análise. Utilizando fontes orais e escritas, esse artigo busca elucidar
questões a respeito dessa população e ser voz de uma história ainda em andamento
e com final incerto para quem a escreve e quem a vive.

Palavras-chave: Indígenas. Tupinambás de Olivença. Lutas.

1
Bacharel em Relações Internacionais pela UNINTER.
2

INTRODUÇÃO

A invasão portuguesa em território brasileiro é datada de 1500, quando as


caravelas desapontaram no Sul da Bahia e por lá se estabeleceram. Foi ainda nesse
período que o genocídio dos povos indígenas começou, um massacre regado de
escravidão, doenças e assassinatos. Quando aqui chegaram os portugueses, o
Brasil possuía cerca de 5 milhões de indígenas (segundo a FUNAI – Fundação
Nacional do Índio)2, hoje pouco mais de 460 mil resistem em diversas áreas do solo
nacional, lutando diariamente para recuperar direitos que foram cessados a mais de
5 séculos e que continuam sendo retirados.

A colonização portuguesa teve como principais características a submissão


e o extermínio de milhões de indígenas. Aliás, foram os europeus que
chamaram de índios os povos nativos da região. Englobar toda a
diversidade cultural indígena nesse nome generalizante criou certo
entendimento de que os povos indígenas eram todos semelhantes, mas a
verdade não é essa (CARVALHO, s.d., p. única)3.

A longa história de contato entre indígenas e colonizadores é o tema base


para a construção desse artigo, mostrando como isso segue afetando os povos
originários e de que forma esses povos resistem. Os colonizadores generalizaram,
mataram e submeteram diversos povos, escrevendo com suas palavras uma história
que não era deles.

A Bahia é um dos estados brasileiros que mais foram afetados com as ações
dos colonizadores, principalmente por ter sido o primeiro a passar pelo processo de
domínio dos mesmos. Os indígenas da região Sul do estado são provas dessas
ações, suas aldeias sofreram com influência de jesuítas, donos de terras e diversos
outros grupos que por ali passaram. Os Tupinambás de Olivença, tribo indígena da
região circunvizinha a Ilhéus, é exemplo disso.

Os Tupinambá de Olivença vivem na região de Mata Atlântica, no sul da


Bahia. Sua área situa-se a 10 quilômetros ao norte da cidade de Ilhéus e se estende

2
Disponível em: <https://www.fundobrasil.org.br/blog/povos-indigenas-historia-cultura-e-lutas/>.
Acesso em: 09 mar. 2023.
3
Disponível em: <https://www.preparaenem.com/amp/historia-do-brasil/herancas-culturais-
indigenas.htm>. Acesso em: 10 mar. 2023.
3

da costa marítima da vila de Olivença até a Serra das Trempes e a Serra do


Padeiro. Fontes históricas apontam que eles já estavam na região antes da chegada
das primeiras caravelas portuguesas.

A vila hoje conhecida como Olivença é o local onde, em 1680, foi fundado
por missionários jesuítas um aldeamento indígena. Desde então, os
Tupinambá residem no território que circunda a vila, nas proximidades do
curso de vários rios, entre os quais se destacam os rios Acuípe, Pixixica,
Santaninha e Una (VIEGAS, 2010, s.p)4.

Esses povos passaram pelo processo de catequização e aculturação


promovido pelos jesuítas enviados pela coroa portuguesa, ali se iniciava uma luta
que ainda nos dias de hoje se reflete nos acontecimentos que demarcam a história
desse povo. A exploração iniciada com a escravidão hoje ganha novos contornos,
onde eles ainda precisam erguer sua voz e fazer protesto por terras que
historicamente já seriam suas, ou quando os mesmos precisam marchar para outro
local para que vejam como as ações dos garimpeiros está resultando em mortes e
fugas de dezenas de indígenas.

2 “E CONTA A HISTÓRIA DA BISA, DA SUA BISA QUE ERA ÍNDIA”: A


HISTÓRIA DOS TUPINAMBÁS DE OLIVENÇA

Na vila conhecida como Olivença, situada próximo a Ilhéus, os povos


Tupinambás de Olivença residem desde antes da chegada dos colonizadores. Além
de Ilhéus, uma pequena parte dos Olivença ocupam os municípios de Buerarema e
de Uma, local de Mata Atlântica e de inúmeras riquezas naturais, além de
compreender um grande território litorâneo.

A área ocupada é de cerca de 50.000 hectares e não é distante do território


daqueles que não são indígenas, mas eles possuem residências e organizações que
os difere dos demais povos, costumam chamar sua casa de lugar e possuem certa
independência de uma casa para outra, cada um com sua roça e produzindo aquilo
que é necessário para sua sobrevivência.

Os registros escritos e documentados da existência dos Tupinambás de


Olivença começam a partir de 1680, quando uma missão jesuítica foi instalada na
4
Disponível em: < https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupinamb%C3%A1_de_Oliven%C3%A7a>.
Acesso em: 10 mar. 2023.
4

região e começou a moldar o que eles acreditavam ser a melhor forma de viver para
esses indígenas, foi essa missão que deu nome à aldeia e que trouxe informações
sobre como esse povo vivia e se organizava.

Foi um padre jesuíta, Serafim Leite (que também é historiador), que


identificou os indígenas daquela região como pertencentes a etnia Tupy, através de
observações e estudos, no quais constatou que os hábitos, língua e cultura dos
povos ali eram similares aos já encontrados em outros locais e que eram de origem
Tupi.

Segundo o historiador John Monteiro, no século 16, os Tupi estavam


divididos entre os povos que habitavam a capitania de São Vicente e a boca
do Amazonas – genericamente designados de Tupinambá - e aqueles que
habitavam a região ao sul de São Vicente – os Guaranis. De acordo com
esta distinção, os índios que viviam na região de Ilhéus durante esse
período eram os Tupinambá, que foram mencionados como povos da
família linguística Tupi-Guarani em mapas históricos como o de Curt
Nimuendaju (VIEGAS, 2010, s.p).

O contato dos Olivença com portugueses foi longo e maçante, a língua desse
povo foi modificada, sua cultura foi misturada a cultura portuguesa e sua história por
longos anos foram narradas por narrativas portuguesas, que não contavam os anos
de controle, o aculturamento, o genocídio e a escravidão os quais os indígenas
foram submetidos. Hoje os mais de 3000 mil indígenas dessa etnia vivem um modo
de vida diferente dos seus antepassados, mas as tradições e rituais seguem vivos.

Durante o período colonial, os índios da Vila de Olivença estabeleceram


relações com grupos Jê (Camacã, Botocudo e Pataxó), contato esse que varia de
conflitos a momentos de convivência pacífica e de cooperação. Enquanto a
convivência com os não-indígenas da localidade, os mesmos possuem uma longa
história de discriminação e exclusão, além de constantemente serem atacados por
grupos que desejam reivindicar o local onde os mesmos vivem para que possam
fazer as mais diversas atividades.

Os indígenas da região falam predominantemente o português, mas com


traços da língua tupi, suas crenças se misturam com as crenças trazidas pelos
portugueses e suas festas ganharam novas datas com a adesão das festividades
cristãs, ensinadas pelos jesuítas.
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O Estado retirou-lhes os direitos indígenas diferenciados a partir do fim do


século 19, em função das visões restritivas que os órgãos oficiais tinham a
respeito de quem era ou não indígena. Foi somente com a Constituição de
1988 que se criou abertura legislativa para que as solicitações dos
Tupinambá de Olivença, e de outros povos, fossem ouvidas e pudessem ter
respaldo (VIEGAS, 2010, s.p).

Apenas em 2001 os povos indígenas Tupinambás de Olivença foram


reconhecidos oficialmente como indígenas pela Funai, o processo pelo qual os
portugueses os fizeram passar chegou ao ponto de retirarem até mesmo a sua
alocação como povos originários. Em 2009 começou o processo de demarcação do
seu território, ainda questionado por pessoas que vivem nas cidades próximas e por
investidores que possuem interesse naquelas propriedades.

3 “ME DIZ PELO QUE VOCÊ LUTA? QUE AR VOCÊ RESPIRA, SENÃO O MEU
FÔLEGO?”: A LUTA DOS TUPINAMBÁS DE OLIVENÇA POR TERRA, DIREITOS
E RECONHECIMENTO

A história dos povos indígenas é uma história de luta por afirmação e


pertencimento, é uma história de luta de classes, entre eles e aqueles que por
séculos os submeteram e o dizimaram. Existe uma tentativa por parte dos grupos
dominantes de apagar o que aconteceu e o que segue acontecendo com esse povo,
mas ainda acontece, ainda é uma luta viva, uma luta que irriga o solo brasileiro de
sangue ancestral.
Desde a chegada das primeiras caravanas a luta por seu território tem sido a
sina dos indígenas brasileiros, aqueles que chegara ao Brasil se intitularam donos
de terras que não os pertencia e até hoje muitas etnias indígenas busca o processo
de demarcação de uma terra que é sua muito antes da invasão pela qual foram
impostos. “Pindorama” virou Brasil e o Brasil foi roubado.

Os povos tupi já habitavam a região sul da Bahia quando as primeiras frotas


de europeus chegaram à região em 1500. Linguistas, como Métraux,
consideram que a migração tupi em direção à costa atlântica teria se dado
há algumas décadas antes da chegada dos colonizadores. Entretanto
arqueólogos apontam para uma migração anterior: estas populações
estavam ali há mais de 700 anos (VIEGAS, 2010, s.p).

Ao chegarem na região os portugueses trataram de mudar a forma com que


os nativos utilizam suas terras, organizavam suas aldeias e se comunicavam, a
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partir daquele momento uma nova linha era usada para demarcar o que, pelos
estudos, era dos Olivença há mais de 700 anos. Derrubada de matas, queimadas,
expulsando povos, era dessa forma com que os colonizadores passaram a conduzir
essas terras.
Mesmo após o fim do período colonial e imperial os nativos brasileiros
continuaram a passar por diversos problemas oriundos dos traumas causados pela
forma de dominação que foi imposta aos mesmos. Além da escravidão ao quais
muitos foram submetidos, o domínio linguístico, religioso e social deixou nessa
civilização.
Os Tupinambás de Olivença ainda hoje possuem grande dificuldades em se
enquadrar dentro do processo de reconhecimento dos povos indígenas, isso porque
em seu processo de subjugação os mesmos foram expostos a situações que os
forçaram a abandonar suas principais características, ocasionando assim uma
dificuldade grande nos descentes de se reconheceram enquanto originários.

O sul da Bahia compreende uma região de extremo conflito de terras


envolvendo diversos setores da sociedade regional e os povos indígenas
habitantes dessa região, com destaque aos litígios em torno da demarcação
da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, em curso. Terra Indígena essa,
reconhecida e delimitada pela agência indigenista (FUNAI), por meio do
vínculo que os tupinambás de Olivença guardam com o aldeamento colonial
Nossa Senhora da Escada, freguesia de Ilhéus, século XVII (VIEGAS, 2010,
s.p).

Ainda no presente ano o processo de demarcação segue, com briga entre os


originários e grandes proprietários de terra que não aceitam que essas terras
possuem donos. A briga por território ocasiona anualmente uma grande taxa de
morte entre os indígenas. Para essa população ter sua terra reconhecida vai além
do direito de possuir sua casa física, mas também é uma forma de manter viva sua
origem e impedir que ao longo dos anos suam suas tradições e traços que os fazem
serem Tupinambás de Olivença.

4 “ABRA A SUA MENTE ANTES DA SUA BOCA, É O BRASIL QUE NINGUÉM


VÊ”: PAPEL DO INTERNACIONALISTA NA LUTA EM FAVOR DOS
TUPINAMBÁS DE OLIVENÇA
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O internacionalista tem como principal função a intermediação de conflitos,


negócios e demais questões que envolvem o mundo, mas também o território
nacional de forma individual. Falar sobre os conflitos e as lutas dos povos indígenas
é falar sobre a relevância de profissionais de relações internacionais que atuam em
organizações ou diretamente das aldeias, aqueles que auxiliam na luta para que os
originários possam ter os seus direitos garantidos, as suas terras mantidas e a sua
identidade reconhecida e respeitada.

A falta de conhecimento e familiaridade com a luta indígena é apenas um


dos fatores que contribuem com o apagamento histórico desses povos, e
isso reflete na nossa língua. Palavras e expressões também podem dar
continuidade a uma história discriminatória e etnocêntrica. Alguns desses
termos reforçam um estereótipo folclórico e preconceituoso, como, por
exemplo, a ideia de que uma pessoa indígena somente pode andar nua,
afastada da “grande cidade”, não usar celular ou qualquer outro aparelho
eletrônico e até mesmo não frequentar a escola (VIEGAS, 2010, s.p).

Um dos maiores problemas enfrentados pelos Tupinambás de Olivença é a


falta de reconhecimento e da identificação com suas origens, resultado de anos de
degradação e apagamento histórico de sua origem, cultura, religião, língua e demais
características. Muitos indígenas de origem Olivença não se identificam de tal forma,
não se reconhecem e não se sentem parte dessa comunidade, isso graças ao
grande processo em que ao longo dos anos os mesmos não são associados a essa
cultura, a esse povo, a essa etnia.
Cabe ao Estado e a entidades sem fins lucrativos a realização de projetos,
atividades e outras ações para fazer um resgate não apenas cultural, mas material,
tendo em vista que boa parte das fontes históricas desses povos estão em território
internacional (foram levados por colonizadores e seus descendentes). Os
internacionalistas têm grande papel na negociação para a repatriação desses
produtos.
Além da negação território que os portugueses promoveram por mais de 3
séculos, ainda existe a luta contra as invasões realizadas por grandes proprietários
de terras e empresas, a todo momento os Tupinambás de Olivença perdem seus
territórios para as plantações de cacau (principal produto agrícola da região, que é
grande exportadora de chocolate). Para obtenção dessas terrar inúmeros indígenas
são assassinados e não chegam a entrar nas estatísticas, somem e suas terras são
tomadas sem questionamentos das autoridades.
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Assim como no processo de identificação cultural, os internacionalistas teriam


grande papel se atuassem de negociação de território para evitar que esses conflitos
continuem fazendo vítimas e manchando o Sul da Bahia com sangue de povos
originários.

No caso do Povo Tupinambá, após a publicação em 20 de abril de 2009 no


Diário Oficial da União do Relatório Demarcatório do Território Indígena
Tupinambá de Olivença (FUNAI, 20/04/2009), aumentou a situação de
difamação, perseguição, repressão e morte de indígenas na região. Vale
destacar que até o presente momento (novembro de 2017) a demarcação
do Território Indígena Tupinambá de Olivença ainda não foi oficializada pelo
estado brasileiro. Esta situação tem feito com que os Tupinambá realizem o
que chamam de autodemarcação territorial, colocando em risco suas
próprias vidas (CARVALHO, s.d, p. única).

Como é possível analisar a partir da citação, após o reconhecimento territorial


a perseguição e violência contra essa população cresceu, provando que é ainda
mais necessário à atuação de pessoas na intermediação e proteção dos Olivença e
na obtenção de tratados afim de amenizar ou resolver a situação da região.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Do século XVI até os dias atuais, os povos Tupinambás de Olivença seguem


em uma história de construção de sua identidade e de reconquistar seu território, por
vezes invadido por colonizados e grandes proprietários de terras, uma história de
luta sem fim. Luta essa que não é exclusividade de uma comunidade indígena, mas
de diversos originários que lutam para sobreviver.
Demarcar a terra é um começo, resgatar a identidade é necessário, mas
ainda existe uma grande ausência de políticas públicas para que esses povos
tenham dignidade, dignidade alimentícia, religiosa e social, para que os povos do Sul
da Bahia não tenham suas terras invadidas e nem sua cultura renegadas para que
possam se sentir parte do meio ‘branco’.
Exemplos de políticas públicas para os Tupinambás de Olivença seria um
maior investimento na educação indígena, mais acesso a saúde em regiões de
demarcação, maior segurança para que as invasões não sejam tratadas como
comuns. Educar mediante a sua identidade, não estabelecer o padrão etnocêntrico,
devolver sua história, seus bens roubados e sua relevância é fundamental para
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reparar (não exterminar) os males causados pelas invasões que sofreram desde a
chegada dos primeiros colonizadores.
Pesquisar, analisar e da voz aos Tupinambás é um papel de todos aqueles
que se propõe a fazer estudos acadêmicos. O internacionalista deve e precisa
reconhecer e pôr em prática os seus estudos para atuar na mediação de conflitos e
celeumas não apenas fora do Brasil ou entre Brasil e outros países, mas também
dentro do seu território, auxiliando povos a ter sua liberdade, identidade e vida
respeitada acima de tudo.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, Leandro. Heranças Culturais Indígenas. Prepara ENEM, s.d.


Disponível em: <https://www.preparaenem.com/amp/historia-do-brasil/herancas-
culturais-indigenas.htm>. Acesso em: 10 mar. 2023.

Fundo Brasil. Povos indígenas: história, cultura e lutas. Disponível em:


<https://www.fundobrasil.org.br/blog/povos-indigenas-historia-cultura-e-lutas/>.
Acesso em: 09 mar. 2023.

VIEGAS, Susana. Tupinambá de Olivença. Povos Indígenas no Brasil, 2010.


Disponível em: <https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupinamb
%C3%A1_de_Oliven%C3%A7a>. Acesso em: 10 mar. 2023.

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