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Povos Indígenas

Professor: Francisco
Como eles Chegaram ?
➢ Acredita-se que os índios chegaram ao Brasil
por meio de grupos humanos que migraram
da Ásia até a América na Antiguidade.

➢ A presença inicial do ser humano ao Brasil
está diretamente relacionada com a sua
chegada ao continente americano. A teoria
mais aceita atualmente trabalha com a ideia
de que grupos humanos entraram no
continente americano pelo Estreito de
Bering, que atualmente separa o Alasca
(EUA) da Rússia.
Primeiras Evidências

➢ Luiza: Evidência
arqueológica de ocupação
no Brasil começou há mais
de 10 mil anos atrás (Lagoa
Santa - MG ).

➢ Sambaquis

✓ Significa monte de conhas ,


indicando o povoamento no
litoral brasileiro desde 9 mil
anos atrás.
Tronco Linguístico
Antes da chegada dos
portugueses ao Brasil já existiam
vários grupos indígenas
habitando o nosso território.
Diante dessa variedade, os
índios brasileiros foram
classificados segundo as línguas
distintas, que são: Tupi,
macro-jê, aruak e karib.
Observe abaixo as características
das línguas e dos grupos
indígenas que as falam.
Tupi
Os grupos indígenas de língua tupi
eram as tribos tamoio, guarani,
tupiniquim, tabajara etc. Todas essas
tribos se encontravam na parte
litorânea brasileira. Estes foram os
primeiros índios a terem contato com
os portugueses que aqui chegaram.
Essas tribos eram especialistas em
caça, ótimos pescadores e
desenvolveram bem a coleta de
frutos.
Macro-jê
Raramente eram encontrados no litoral.
Com exceção de algumas tribos na Serra
do Mar, eles eram encontrados
principalmente no planalto central. Nesse
contexto, destacavam-se as tribos ou
grupos: timbira, aimoré, goitacaz,
carijó, carajá, bororó e botocudo.

Esses grupos indígenas viviam nas


proximidades das nascentes de córregos
e rios, viviam basicamente da coleta de
frutos e raízes e da caça. Esses grupos só
vieram a ter contato com os brancos no
século XVII, quando os colonizadores
adentraram no interior do país.
Karib
Grupos indígenas que habitavam a região que hoje
compreende os estados do Amapá e Roraima, chamada
também de Baixo Amazonas. As principais tribos são os
atroari e vaimiri - esses eram muito agressivos e
antropofágicos, isso significa que quando os índios
derrotavam seus inimigos, eles os comiam acreditando
que com isso poderiam absorver as qualidades
daqueles que foram derrotados.

O contato dessas tribos com os brancos ocorreu no


século XVII, com as missões religiosas e a dispersão do
exército pelo território.
Aruak
Suas principais tribos eram
aruã, pareci, cunibó, guaná e
terena. Etavam situados em
algumas regiões da
Amazônia e na ilha de
Marajó. A principal atividade
era o artesanato cerâmico.
Antropofalgia
Esse tipo de visão não levava em consideração que a prática
antropofágica entre boa parte dos índios tupinambás acontecia por
razões que ultrapassavam a função biológica do alimento. O
consumo de carne humana acontecia como um resultado de ações
simbólicas desenvolvidas em situações de guerra entre diferentes
povos. O mais interessante é notar que esse ato era realizado em
uma situação festiva.

Após o aprisionamento de um guerreiro inimigo, os tupinambás


ofereciam uma mulher para casar com o prisioneiro. No dia do
sacrifício, uma grande festa era realizada para que o consumo de
carne humana acontecesse. A expectativa dos participantes
envolviam valores bastante peculiares em relação aos da cultura do
Velho Mundo. Em primeiro lugar, essa morte era considerada
positiva pelo próprio guerreiro conquistado, pois o inevitável fim da
vida seria consagrado pela experiência de conflito.
Bispo Sardinha
O primeiro bispo do Brasil foi dom Pero Fernandes Sardinha, que chegou a Salvador em 1551, vindo de
Portugal. Sua trajetória ficou marcada na história do Brasil por ter sido, segundo alguns relatos controversos,
devorado por índios caetés inimigos da tribo Tabajara, em um ritual de antropofagia, no litoral do nordeste
em Alagoas no rio Coruripe , em 1556. A antropofagia era a prática realizada por algumas tribos indígenas
de comer homens aprisionados ou pegos durante guerras. A antropofagia também é conhecida como
canibalismo. A morte do bispo Sardinha pode ter ocorrido em um destes rituais de antropofagia.

Álvaro da Costa x Bispo Sardinha


O Índio Hoje!
Atualmente, os indígenas passam por um processo conhecido
como retomada, pelo qual eles retornam às suas regiões de origem
para exigirem o direito de viver ali e resgatarem sua cultura
original. Essa exigência dá-se pelo direito de demarcação das
terras, assegurado pela Constituição e que deve ser realizado
pelo Estado.

Os indígenas que vivem em terras demarcadas, como os


Yanomami, têm direito às riquezas delas, sendo que essa
permanência é vitalícia e só em casos de catástrofe ou epidemia é
que eles podem ser retirados desses locais. Ainda assim, eles
enfrentam diversos desafios para que sejam efetivamente
respeitados.
Invasões
Isso acontece porque existe uma grande pressão de
fazendeiros, madeireiros e garimpeiros que querem a exploração
irresponsável dos recursos naturais, inclusive sobre terras que
historicamente pertencem aos indígenas. Os mencionados
Yanomami, por exemplo, tiveram a demarcação de suas terras
reconhecida apenas em 1992.

A terra yanomami foi demarcada no estado de Roraima, mas,


desde 2007, ela vem sendo constantemente invadida por
garimpeiros que exploram ouro e diamante no local. Em 2019,
estimou-se que cerca de 20 mil pessoas tenham invadido as terras
dos Yanomamis. Os índios veem suas terras serem destruídas pela
ganância e são frequentemente ameaçados pelos invasores.
Funai.
A existência da FUNAI

A Fundação Nacional do Índio (Funai) foi criada em 1967 com a responsabilidade oficial de
proteger os direitos dos povos indígenas, garantidos pela CF de 1988. No entanto, em
março de 2017, o órgão teve - por meio do decreto 9.010, a representação alinhada no que
se refere a política indigenista, sob a ótica jurídica no Brasil e no mundo.

Desta forma, as políticas são voltadas ao desenvolvimento sustentável das populações


indígenas, a conservação e recuperação do meio ambiente de suas terras, além do controle
de impactos ambientais vindos de outros povos.
Constituição 1988
Direito à educação
Uma educação ambientada em outras línguas - para manutenção e
disseminação de sua língua materna, que seja comunitária está prevista aos
povos indígenas de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB). De competência de avaliação e supervisão do Ministério da
Educação, a educação escolar diferenciada e intercultural. Com a função de
preservar esta cultura, as aldeias têm direito de possuir uma escola em seu local.

Direitos sociais
Como cidadãos plenos, os benefícios sociais e previdenciários - sob a ótica do
sistema seguido pelo Estado brasileiro, são estendidos desde a CF de 1988 a
todos os índios. Dentro da lei, qualquer cidadão brasileiro possui os mesmos
direitos previdenciários.
Direito à terra

Toda e qualquer exploração econômica dentro de terras


indígenas, deve ficar à cargo da população indígena. Desde a
CF de 1988 são os índios que têm a posse de suas terras
assegurada, como bens da União. Ainda há a necessidade de
uma demarcação correta no que se refere aos espaços
habitados por índios. No entanto, a autonomia da aldeia deve
ser respeitada.
Direito à saúde

Foi em 1999, sob a Lei nº 9.836 (Lei do Arouca) que o Subsistema de


Atenção à Saúde dos Povos Indígenas foi criado. Formado pelos Distritos
Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), trata-se de uma rede de serviços
implantada nas terras indígenas que primam por respeitar suas
características sob critérios geográficos, demográficos e culturais. O
Dseis, de acordo com o SUS (Sistema Único de Saúde) considera a
premissa de aumentar o controle e planejamento dos serviços voltados à
população indígena

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